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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTC

ANDREINA KELI SILVA DOS SANTOS


ANDREZA SANTOS DE JESUS
IRACEMA DE ALMEIDA SOUZA
LAIANE DE ALMEIDA DOS SANTOS
MAIARA DOS SANTOS SENA DIAS
NÚBIA CONCEIÇÃO SÃO LEÃO
RITA DE CÁSSIA SILVA BARRETO
STEFANE BELAU DOS SANTOS
TAIANE SARMENTO PORTUGAL SANTOS
THAÍS FARAÓ DOS SANTOS

EXAMES MICROBIOLÓGICOS E
PARASITÁRIOS

Feira de Santana/BA
2021
ANDREINA KELI SILVA DOS SANTOS
ANDREZA SANTOS DE JESUS
IRACEMA DE ALMEIDA SOUZA
LAIANE DE ALMEIDA DOS SANTOS
MAIARA DOS SANTOS SENA DIAS
NÚBIA CONCEIÇÃO SÃO LEÃO
RITA DE CÁSSIA SILVA BARRETO
STEFANE BELAU DOS SANTOS
TAIANE SARMENTO PORTUGAL SANTOS
THAÍS FARAÓ DOS SANTOS

EXAMES MICROBIOLÓGICOS E
PARASITÁRIOS

Trabalho apresentado como requisito de


avaliação parcial da disciplina Métodos de
Apoio Diagnóstico em Saúde, do Centro
Universitário UNIFTC, sob a orientação do
professor Robinson Moresca de Andrade.

Feira de Santana/BA
2021
❖ Essa atividade foi realizada tendo como base seis artigos, três sobre
Mycobacterium Leprae e três sobre Ascaris Lumbricoides.

Mycobacterium Leprae

• Principais microrganismos causadores de enfermidades;

M. Leprae foi identificado em 1873, na Noruega, por Gerhard Henrik Armauer


Hansen, o mesmo pertence à família Mycobacteriacea da ordem
Actinomycetales. É um parasito intracelular obrigatório que infecta
predominantemente macrófagos, células endoteliais e células de Schwann,
sendo a única espécie de micobactéria capaz de infectar o nervo periférico
(Scollard et al., 2006). É um bacilo gram-positivo, reto ou ligeiramente
encurvado. Assim como outras micobactérias, é considerado um bacilo álcool-
ácido resistente (BAAR), pois se cora em vermelho pela fucsina e é resistente à
descoloração pela lavagem com solução álcool-ácida (Ress, 1985). A bactéria
possui um genoma de aproximadamente 3.2 Mb, que é significativamente menor
do que as demais micobactérias e, a ausência de genes fundamentais pode
implicar na carência de vias enzimáticas críticas, sendo, desta forma, necessário
o parasitismo (Cole et al., 2001).

• Principais patologias relacionadas aos organismos estudados (nos


artigos encontrados);

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de curso crônico, que afeta


principalmente os nervos periféricos, a pele e a mucosa das vias aéreas
superiores. A doença tem como agente etiológico o Mycobacterium Leprae.
• Relate as metodologias utilizadas para exames quantitativos e
qualitativos destes organismos;

As micobactérias são evidenciadas pela coloração de ZIEHL-NEELSEN: coram-


se pela mistura de fucsina mais ácido fênico aquecido, que penetra no
citopolasma e resistem à descoloração com uma mistura de álcool e ácido.
Podem ser visualizadas também por microscopia de fluorescência. Após
coloração por Auramina as bactérias são visualizadas como bastonetes
amarelos. O diagnóstico da hanseníase é primariamente clínico e laboratorial.
Na ausência de recursos laboratoriais, o diagnóstico passa a ser essencialmente
clínico, baseando-se em sinais e sintomatologia, exames da pele e nervos
periféricos e na história epidemiológica. Os principais sinais cardinais da doença
são lesões cutâneas e espessamento dos nervos. Para o diagnóstico correto é
importante que se entenda o conceito espectral da hanseníase, que possibilita o
entendimento do curso clínico-evolutivo da doença e da extensão do
comprometimento cutâneo e neural característico de cada forma clínica da
doença. A partir deste entendimento são aplicadas as classificações que
facilitam a compreensão e a terapêutica (Souza, 1997).

Diagnóstico laboratorial: teste cutâneo da Lepromina (extrato de tecido


lepromatoso injetado na pele) hipersensibilidade tardia - este teste é positivo
durante o estágio tuberculóide doença. A detecção microscópica dos bacilos
ácidos resistentes em amostras clínicas constitui a forma mais rápida da
confirmação da doença – exsudatos e tecidos. A bacterioscopia é positiva
durante o estágio lepromatoso doença.

• Ciclo de vida;

Possui um período de incubação longo, em média de 3 a 10 anos, o que confere


à doença uma evolução arrastada e muitas vezes silenciosa. Também é
considerada uma doença incapacitante, uma vez que ocorre dano neural
causado pela invasão de M. leprae e comprometimento do sistema nervoso
periférico, irreversível em vários casos (Scollard et al., 2006).

• Forma de transmissão;

Admite-se que a via de entrada do parasito é o trato respiratório superior, por


onde atinge a mucosa e dissemina-se pelo organismo. A hipótese da via de
transmissão aérea foi confirmada pela grande quantidade de bacilos íntegros
isolados de secreções nasais de pacientes (Martins et al., 2010). O contágio
conhecido ocorre de pessoa a pessoa através do convívio de doentes
multibacilares sem tratamento e pessoas suscetíveis. Não se pode deixar de
mencionar a possibilidade de transmissão por contato direto da pele com lesões
de doentes multibacilares não tratados (Margoles et al., 2011).

• Forma de controle destas patologias (medicamentos e controle natural).

A maneira mais eficiente de prevenir as complicações decorrentes da


hanseníase se dá através do diagnóstico e tratamento precoce dos casos, antes
de ocorrerem lesões nervosas. A erradicação da doença parece distante, pelo
menos em alguns países. Segundo a Organização Mundial da Saúde (2015), de
acordo com relatórios oficiais recebidos de 138 países de todas as regiões da
OMS, a incidência mundial foi de 210.758 casos e a prevalência global de
hanseníase foi de 174.608 casos (WHO 2016). O tratamento específico da
hanseníase, recomendado pela OMS e preconizado pelo Ministério da Saúde do
Brasil é a PQT, uma associação de Rifampicina, Dapsona e 10 Clofazimina
(apenas para multibacilares) na apresentação de blister. Essa associação evita
a resistência medicamentosa do bacilo que ocorre, com frequên10L10, quando
se utiliza apenas um medicamento, impossibilitando a cura da doença. É
administrada através de esquema padrão, de acordo com a classificação
operacional do doente: PB, 6 meses de tratamento e MB, 12 meses de
tratamento. A poliquimioterapia, primeiramente recomendada pelo Comitê de
Peritos da OMS em 1984, rapidamente se tornou o tratamento padrão da
hanseníase e tem sido fornecida pela OMS gratuitamente a todos os países
endêmicos desde 1995 (Ministério da Saúde, 2014).
Ascaris Lumbricoides

• Principais parasitos causadores de enfermidades em humanos;


Ascaris Lumbricoides

• Principais patologias relacionadas aos organismos estudados (nos


artigos encontrados);

Ascaridíase, mais conhecida como, lombriga, é uma patologia


epidemiológica de ordem global afetando principalmente países
subdesenvolvidos e em desenvolvimento;

• Relate as metodologias utilizadas para exames quantitativos e


qualitativos destes organismos;

A coleta coproparasitológica humana e a análise de triagem foram realizadas


em seis estados brasileiros; As amostras positivas
para A. lumbricoides e N. americanus foram armazenados em formaldeído a
10% para posterior análise molecular; O isolamento inicial dos ovos foi
realizado de acordo com Ritchie (1948) com modificações; 2 ml de suspensão
fecal foram homogeneizados, filtrados em gaze e transferidos para um tubo de
15 ml; Adicionaram-se cinco ml de éter sulfúrico à suspensão e depois agitou-
se vigorosamente, seguindo-se 1 minuto de centrifugação a 14.000 x g; O
sobrenadante foi descartado; Os ovos foram lavados em uma nova etapa,
adicionando 500 μl de 1,0% e 5,0% de hipoclorito por 10 minutos ao N; O
material foi centrifugado a 14.000 xg e o sobrenadante descartado; Os ovos
foram lavados novamente com 500 μl de água ultrapura, seguida de
centrifugação a 14.000 x g; O sobrenadante foi então descartado; O sedimento
foi ressuspenso em 100 ul de água ultrapura para N . americanos; O
processamento dos ovos incluiu as etapas adicionais de incubação a 30 ° C
em 500 μl de ácido sulfúrico 0,2 N por 30 dias (para o desenvolvimento das
larvas); centrifugação a 14.000 xg e descarte do sobrenadante; lavagem
(ressuspensão em 500 μl de água ultrapura, centrifugação a 14.000 xg e
descarte do sobrenadante); incubação com 500 μl de hipoclorito a 1,0% até o
ponto em que a membrana limitadora externa se dissolvia usando um
microscópio para confirmação visual; repetição das etapas ac seguidas pela
adição de 100 μl de água ultrapura; Para a extração do ADN, os ovos de
ambos foram observados sob um microscópio óptico, pipetados
individualmente em um volume de 1 μl e transferidos para um tubo de micro
centrífuga de 500 μl contendo 10 μl de tampão, conforme descrito por Lake e
colegas e modificado por Diawara e colegas; Nenhuma dessas amostras veio
de pacientes poliparasitados.

• Ciclo de vida;

O ciclo biológico de organismos de Ascaris Lumbricoides originários de


humanos ou de suínos pode ser completado em ambos os hospedeiros;
- ocorre transmissão cruzada;
- eventos de fluxo gênico e hibridização;
- existem genótipos de Ascaris que são comuns a ambos os hospedeiros,
quando encontrados, existem poucas diferenças em seus nucleotídeos.

• Forma de transmissão;

O Ascaris lumbricoides é transmitido devido à facilidade de contaminação,


originando-se pelo solo, água e alimentos infectados com o parasito ou pelo
déficit de higienização e educação.

• Forma de controle destas patologias (medicamentos e controle natural).

O tratamento com benzimidazol é a abordagem mais importante para o


controle de helmintos transmitidos pelo solo; entretanto, o uso indiscriminado
dessas drogas em uma população-alvo seleciona parasitas naturalmente
resistentes, capazes de sobreviver à exposição à droga e podem produzir
descendentes resistentes. O tratamento adequado da água e boa higiene
pessoal também são formas de controle.
Referências:

OLIVEIRA, Jéssica Araujo da Paixão de. Estudo dos mecanismos reguladores da


expressão e atividade da enzima Indoleamina 2,3 dioxigenase (IDO) em células
dendríticas estimuladas por Mycobacterium leprae. 2017. 81 f. Dissertação (Mestrado
em Biologia Celular e Molecular)-Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio
de Janeiro, 2017.

DUO FILHO, V. B.; BELOTTI, N. C. U.; PASCHOAL, V. D. A.; NARDI, S. M. T.;


PEDRO, H. da S. P. Mycobacterium leprae: aspectos da resistência aos fármacos na
poliquimioterapia. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v. 25, n. 1,
p. 79-85, jan./ abr. 2021.

DINIZ, Cláudio Galuppo. Micobactérias (tuberculose e lepra) e Nocardias.


Universidade Federal de Juiz de Fora, 2018. Acesso em: 28 de novembro de 2021.
Disponível em: file:///C:/Users/User/Downloads/Micobacterias-e-nocardias%20(2).pdf.

Zuccherato LW, Furtado LF, Medeiros CdS, Pinheiro CdS, Rabelo ÉM (2018) PCR-
RFLP para triagem de polimorfismos associados à resistência ao benzimidazol
em Necator americanus e Ascaris lumbricoides de diferentes regiões geográficas do
Brasil. PLoS Negl Trop Dis 12 (9):
e0006766. https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0006766

CruzJ. de S., SantosS. I. dos, MacêdoK. P. C., BezerraJ. V., CostaE. S. de A.,
SantosG. M., AzevedoF. I. S., AndradeA. da C., OliveiraJ. K. A. de, ReisR. de C.,
SilvaR. M. da, Lima VerdeR. M. C., SousaF. das C. A., OliveiraE. H. de, & CarvalhoA.
C. de. (2020). Análise epidemiológica das parasitoses intestinais em escolares de 7 a
12 anos. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (47), e875.
https://doi.org/10.25248/reas.e875.2020

ALVES, E.B. DA S; CONCEIÇÃO, M.J; LELES,D. (2016). Ascaris lumbricoides,


Ascaris suum, ou “Ascaris lumbrisuum”?.
file:///C:/Users/User/Downloads/Artigo%201%20(2).pdf

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