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PEDIATRIA II

Aula 3
Reanimação do recém nascido > ou igual a 34 semanas

 Recém nascido pré termo: idade gestacional inferior a 37 semanas


 RN a termo:
 RN pós termo:

o FR: 25/60 ipm


o FC: 120/160 bpm
o TEMPERATURA: 36,5 a 37,5°C

A FC pode ser medida pela palparão do cordão umbilical, ausculta do precórdio com estetoscópio (por 6seg e
multiplica por 10), pela oximetria ou pela atividade elétrica do coração pelo monitor cardíaco

Apnéia primária e secundária


O bebê tem 2 tipos de apneia, primária e secundária
A primária se reverte com estímulo, se não for revertido o bebê vai ter um “gasping”
Diminuição da FC, DC, PA

APGAR

Preparo para a assistência


1. Realização de anamnese materna
A. Parto cesáreo
B. Parto anormal de FC fetal
C. Anestesia geral
D. Hipertonia uterina
E. Uso de opióides antes do parto
F. Descolamento prematuro da placenta
G. Idade gestacional
H. Sangramento no 2º ou 3º trimestre
I. Diabetes
J. Síndromes hipertensivas
K. Gestação múltipla

2. Todo material necessário para reanimação deve ser preparado, testado, e estar disponível, em local de fácil
acesso, antes do nascimento
3. Presença de equipe treinada em reanimação neonatal
4. Para a recepção do RN, utilizar as precauções padrão (lavar mãos etc)

Avaliação de vitalidade ao nascer


Imediatamente após nascer, necessidade de reanimação depende da avaliação, respirando ou chorando?, a
termo OU > ou = 34 semanas?, se sim, o RN está do boa vitalidade e não necessita de manobras de
reanimação
Quando ligar o cordão? TARDIO, SE com boa vitalidade, em torno de 3 minutos após o nascimento,
posicionado sobre o abdômen da mãe ou ao nível da placenta, evitando a perda de temperatura corporal
PRECOCE, se o RN não estiver com boa vitalidade, sem respiração ou tônus flácido, se houve rotura ou
descolamento de placenta

Secagem do bebê
Imediatamente, envolver o bebê em campos secos e colocar touca
É muito difícil aquecer um bebê que já ficou hipotérmico
Garantir a temperatura na sala de parto entre 23 a 26°C

Posicionamento do bebê
Cabeça com leve extensão do pescoço

Aspiração do bebê
Apenas se for necessário, primeiro a boca e depois as narinas

Clampeamento do cordão

Contato pele com a mãe


Estimula a produção de ocitocina (menor risco de hemorragia materna), fortalece o vínculo mãe – bebê e a
amamentação

Em 30seg se faz os procedimentos: posiciona, aspira, seca e avalia

Na presença de liquido amniótico mecônios, fluido ou espesso, não se deve realizar a aspiração de vias
aéreas.

“The golden minute”


1- VPP
2- Ventilação com ambú e máscara
3- Oximetria de pulso

Quando intubar?
1. Ventilação com máscara não efetiva
2. Ventilação com máscara facial prolongada
3. Aplicação de massagem cardíaca

Medicações são feitas intravenosas ou

AULA DIA 21/02- V3

 PREMATURIDADE TARDIA
 Pré termo: todo RN com menos de 37s de idade gestacional
 Não teve sua maturação completa

 Classificação do RN pela idade gestacional


P. Tardio: 34-36s e 6d
P. Moderado: 31-36s e 6d
P. Grave: 28-31s e 6d
P. Extremo: <28s

 Relação peso/idade gestacional:


PIG: abaixo do percentil 10
GIG: acima do percentil 90
AIG: entre percentil 10 e 90

 Retardo de crescimento intrauterino:


 RCIU OU CIUR
 RN não recebeu suprimento suficiente para sua vida extra uterina e não conseguiu atingir intrauterino
todo o potencial de crescimento (1° Sem – simétricos | 3° sem – assimétricos)
 Principal causa é a insuficiência placentária
 Prematuridade
 Maioria são PT tardios, maior risco de morbidade apesar de nascerem bem
 Principais causas: bolsa rota espontânea, gravidez na adolescência, maiores de 35 anos e gestação
múltipla
 Indicação para parto cesáreo prematuro: HAS, pré eclampsia, oligodramnio, cesáreas iatrogênicas...

 Principais riscos dos RNPTT


1. Instabilidade térmica:
 Muito difícil reverter a hipotermia, aumenta o risco de morte, parada cardíaca, cianose,
hipoglicemia... precisa manter a temperatura em torno de 36° e 36,4°C
 O ambiente seco e frio da sala de parto propicia a perda de calor
 Usar a touca, manusear o RN sob fonte de calor radiante, controle térmico junto a mãe, manutenção
de temperatura

2. Hipoglicemia: distúrbio metabólico mais comum no período neonatal, pode aumentar a


morbimortalidade e sequelas a longo prazo
Após o clampeamento do cordão os níveis de glicemia fetal caem até cerca de 30mg/dl durante as
primeiras 1 a 2 horas e atinge +- 45mg/do nas primeiras 4 a 6h de vida
Quadro clínico: pode ser sintomático ou assintomático, letargia, tremores, irritabilidade, insônia,
palidez, cianose, taquipneia, apatia, convulsão
Monitoramento: realizado após os primeiros 30 min após mamada
Tratamento: alimentação; bolo de glicose, infusão contínua...

3. Distúrbios respiratórios: 40% das internações em UTI, observar


1- FR (40-60ipm)
2- retrações da caixa torácica (intercostal, fúrcula, subcostal)
3- Batimentos de asa de nariz -
4- Gemidos respiratórios
5- Cianose das mucosas – falha na oxigenação

Distúrbios mais frequentes:


1- Taquipneia transitória do RN
- Cesárea eletiva é a causa frequente, assim como prematuros e gravidez múltipla
- RX tórax
- Hemograma com cultura normal
-TTO com oxigênio, e monitoração da saturação

2- Síndrome do desconforto respiratório


- Forma clássica e dominante da dificuldade respiratória em prematuros
- RX com broncografia aéreos, aumento de líquido pulmonar, presença de infiltrado retículo
granular difuso de intensidade variada

3- Apneia da prematuridade
- São paradas respiratórias por 15 a 20s com redução da FC
- TTO: oxigenioterapia
- Pode ser sinal de sepse, hipoglicemia, hipotermia
4- Pneumonia
- FR: infecção urinária materna, Streptococcus agalactae grupo B, corioamnionite...
-TTO: ampicilina e gentamicina visando também bactérias gram negativas; oxigenioterapia;
oxigenioterapia CPAP

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