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PNEUMONIA BACTERIANA
ETIOLOGIA
S. pneumoniae → MAIS COMUM!
> 2 meses
S. aureus
S. agalactiae (grupo B) → trato genital fem.
Gram negativos entéricos
< 2 meses Transmissão vertical - na vida intrauterina ou
durante a passagem pelo canal de parto.
Geralmente ocorrem nos primeiros dias de
vida.
Sinais clássicos
Pequena quantidade de exsudato nos alvéolos → estertores inspiratórios
Conforme a doença avança → síndrome de consolidação (os alvéolos tornam-se
preenchidos por exsudato) → frêmito tóraco-vocal aumentado, broncofonia,
pectorilóquia
SINAIS DE GRAVIDADE
TIRAGEM SUBCOSTAL → marcador de uma importante diminuição da complacência pulmonar. Surge sempre
que o diafragma tem de realizar uma contração muito vigorosa, tracionando seus pontos de inserção nos
arcos costais. Para que a tiragem seja considerada sinal de gravidade, é necessário que ela seja mantida.
BATIMENTO DE ASA NASAL → dilatação das narinas a cada inspiração, com o objetivo de diminuir a
resistência ao fluxo aéreo, e assim, diminuir o trabalho respiratório.
GEMÊNCIA → som expiratório que ocorre através de uma glote parcialmente fechada, na tentativa de
aumentar a capacidade residual funcional (volume de ar que fica no pulmão ao final da expiração que está
diminuída pelos alvéolos com líquido. Ao manter a glote parcialmente fechada, o ar fica parcialmente
WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA
A maioria das pneumonias estafilocócicas evoluem com a formação de derrame pleural; porém sempre
que estivermos diante de uma criança com derrame parapneumônico, o S. pneumoniae ainda é o agente
mais provável (pois a PNM pneumocócica é muito mais comum!)
Timo → aspecto triangular ou lobulado – não é incomum que crianças sejam tratadas por um infiltrado pulmonar
que na realidade é o timo (sinal do barco a vela).
Outros exames:
Hemograma (presença de leucocitose)
Hemocultura (a taxa de positividade é muito baixa)
Líquido pleural
INDICAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO
Idade < 2 meses (< 2 meses + taquipneia = PNM grave)
Comprometimento respiratório grave (tiragem subcostal, queda de saturação, cianose)
Sinais gerais de perigo (letargia, TEC prolongado, vomita tudo o que ingere, incapaz de
mamar ou aceitar líquidos)
Doença de base (cardiopatia grave, imunodepressão, doença pulmonar – fibrose cística...)
Complicação e extensão radiológica
TRATAMENTO
TRATAMENTO AMBULATORIAL (> 2 meses)
Amoxicilina (VO)
Penicilina procaína (IM)
Duração do tratamento, em média, 10 dias
FALHA TERAPÊUTICA
Principal complicação: DERRAME PLEURAL. O que é causa de falha terapêutica é o derrame pleural infectado, ou
seja, um empiema, o qual não melhora apenas com ATB, necessitando drenagem torácica.
empiema. Eventualmente, as bactérias que estavam causando a PNM podem atingir o espaço pleural e começam
a proliferar no líquido pleural, causando um exsudato infectado (empiema). Para saber se o paciente com derrame
pleural tem somente um exsudato ou se já tem um empiema realiza-se toracocentese e avaliação do líquido
pleural.
Transudato Sem características inflamatórias
Proteína e LDH elevados; associado com doença pleural
Exsudato
- O exsudato pode ser inflamatório ou um empiema (este só se resolve com a drenagem).
PNEUMONIA ATÍPICA
Atípicos: causam pneumonia de forma um pouco diferente daquela causada pelo pneumococo
Quadro arrastado e cheio de manifestações extrapulmonares
Não melhoram com penicilina
Microrganismos não crescem em meios de cultura convencionais
QUADRO CLÍNICO
Conjuntivite no RN: deve ser tratada com ATB sistêmico, pois além do
tratamento da conjuntivite também queremos eliminar o microrganismo
da nasofaringe, caso contrário a criança poderá evoluir com PNM
Pneumonia: 1º trimestre
Início insidioso (AFEBRIL)
Tosse intensa + taquipneia
EXAMES COMPLEMENTARES
Hemograma
Eosinofilia
Radiografia
Infiltrado intersticial (não há o padrão de condensação como o
encontrado nas pneumonias bacterianas; o que iremos ver é um
infiltrado intersticial ou uma hiperinsuflação).
WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA
TRATAMENTO
MACROLÍDEOS (azitromicina ou eritromicina)
Obs.: eritromicina: está tipicamente associada a um maior risco para o
desenvolvimento de estenose hipertrófica de piloro.
A descrição de tosse emetizante sempre deve nos fazer lembrar de um diagnóstico diferencial da PNM afebril do
lactente → COQUELUCHE!
COQUELUCHE
AGENTE: Bordetella pertussis
3 FASES:
1) FASE CATARRAL
2) FASE PAROXÍSTICA → ocorrência de paroxismos de tosse intensa (ACESSOS DE TOSSE, tipicamente seguidos
pela emissão de um GUINCHO)
< 3 meses: TOSSE + APNEIA + CIANOSE
Eventualmente pode convulsionar
3) FASE DE CONVALESCENÇA
HEMOGRAMA
“Reação leucemoide” (leucocitose muito intensa) + linfocitose
Enquanto a criança não recebeu a vacina, ela estará suscetível à infecção. A imunidade após a infecção/vacina não
é duradoura – os títulos de anticorpos vão progressivamente diminuindo (se a mãe foi vacinada muito tempo
antes, não terá ACs suficientes para proteger o RN)
Todas as gestantes a partir da 27ª semana recebem uma dose de tríplice bacteriana acelular → produção de ACs
que passam pela placenta → o bebê estará protegido antes mesmo dele ter sido imunizado!
TRATAMENTO
Azitromicina (1ª escolha) – 10mg/kg/dia VO 1x/dia por 5 dias
Claritromicina
Sibilante transitório precoce : criança que sibilou até 2-3 anos de vida (repetidos episódios) e depois
parou de sibilar; e, aos 6 anos de idade, não sibilava mais → repetidos episódios de bronquiolite
Sibilante persistente: repetidos episódios nos primeiros 3 anos de vida e depois dessa idade continuou
sibilando → criança que provavelmente tem asma
Sibilante de início tardio: não sibilou no início da vida, mas começou na idade escolar (6-7 anos) →
provavelmente tem asma
O grande problema é fazer o diagnóstico diferencial nos dois primeiros anos de vida entre o sibilante transitório
precoce e o sibilante persistente. O que ajuda a fazer a distinção:
TRATAMENTO
A maioria será tratada ambulatorialmente, embora configure como uma das principais causas de internação.
Para crianças internadas:
Oxigenioterapia (se saturação O2 < 90%)
Nutrição / hidratação
NBZ com salina hipertônica (3%) → apenas para internados (diminui período de internação; teria a capacidade
de facilitar o clearance da secreção nos bronquíolos)
Beta2-agonista → teste terapêutico (guideline da AAP = não fazer!)