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São mudanças no padrão de respiração como TESTE DE SILVERMAN

frequência e ritmo (polipneia), além de sinais de esforço


respiratório/dispneia (aleteo nasal, gemidos,
movimentos da cabeça e retrações inter/subcostais e
supraesternal) e mudanças de cor (cianose)
→ Frequência respiratória: do neonato é de 40 a 60 rpm,
e a presença de taquipneia é um sinal precoce da
maioria das enfermidades neonatais. Controla igual no
adulto.
→ Apneia: é definida como a pausa >20 segundos ou
>10-15s + bradicardia, cianose ou diminuição da
saturação. Atenção para não confundir com a apneia
fisiológica do neonato que é de 5-10s
→ Aleteos nasais: a respiração do neonato é quase
exclusivamente nasal e ao abrir as narinas se reduz a
resistência da passagem de ar pelas vias aéreas
superiores diminuindo o trabalho respiratório,
→ Gemido respiratório: devido ao fechamento e abertura
parcial da glotes durante a espiração, com finalidade de
manter volume residual de ar e evitar colapso no fim da
espiração. TAQUIPNEIA TRANSItoRIA DO RN - ttrn
→ Movimento da cabeça: é o movimento para cima e Chamada também de retardo na reabsorção de liquido
para baixo em cada ciclo da respiração, dependendo do pulmonar ou síndrome de dificuldade respiratória tipo 2.
uso dos músculos acessórios do pescoço É a dificuldade respiratória precoce (primeiras horas de
→ Retrações torácicas (inter/subcostais, supraesternal e vida) de curta duração e benigna de 2 a 4 dias de
esternal): presente em enfermidades que geram evolução com rápida recuperação
endurecimento do parênquima pulmonar (EMH, SALAM) Incidente em RN quase de termino (36ª) e de termino ou
ou por obstrução das vias respiratórias superiores e então em partos por cesariana
inferiores. (quando as retrações esta todas presentes se Essa patologia se dá pela lenta reabsorção de liquido
chama tiragem universal) dos pulmões fetais ou então por defeito da eliminação
→ Cianose: de líquido existente nos alvéolos por ausência da
 Acrocianose ou cianose periferica (palmas e compressão torácica durante o parto
plantas) e um sinal comum e de caráter benigno
no RN, geralmente resultado da exposição ao FATORES DE RISCO:
frio  Cesárea sem trabalho de parto (trabalho departo
 Cianose central: vista em nariz, língua, lábios, causa estresse que faz com que madure mais
tronco se deve a hipoxemia severa e rápido)
concentração de hemoglobina reduzida. Nesses  Asfixia perinatal (cordão, infecções)
casos a gente investiga cardiopatia congênita e  Diabete materna
cianótica grave e enfermidade pulmonar grave  Asma
 Policitemia.
CLASSIFICAÇÃO ETIOPATOGENIA
Obstrução de vias aéreas. No pulmão fetal tem um liquido que contribui para o
Atrésia nasal.
Atrésia de coanas desenvolvimento no período intrauterino, mas logo antes
Laringomalácia. do nascer esse liquido deve ser reabsorvido, e uma outra
Estenose laríngea ou traqueal. parte de este é eliminado pela compressão torácica
EMH. durante a passagem pelo canal do parto.
RESPIRATÓRIAS TTRN.
SALAM. Parto por cesárea, atraso no pinçamento do cordão e
Pneumonias. hidratação maternal excessiva são os principais fatores
Escapes de ar. relacionados a essa dificuldade respiratória.
Hemorragia pulmonar.
Enfisema lobar congênita.
Hipoplasia pulmonar QUADRO CLINICO e DIAGNOSTICO
Cardiopatias  Taquipneia
Insuficiência cardíaca.  Gemidos
CARDÍACAS Choque séptico.
Choque cardiogênico.  Retrações
choque hipovolêmico. → Laboratório: gases alterados o
SISTEMA
Hemorragia intracraniana. sangue com uma rápida queda de
Asfixia perinatal. O2 e leve impacto no pH
NERVOSO
Apneias
Hipoglicemia.
→ Radiológicos: diminuição da
METABÓLICAS Acidose. transparência pulmonar, fissuras
Hipotermia. engrossadas, hiperaereação com
OUTRAS Hérnia diafragmática diafragma plano, cardiomegalia

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leve e/ou derrame pleural (predomínio no pulmão → Cianose
direito). Radiografia deve ser feita de preferência >2h do → Diminuição dos ruídos respiratórios
nascimento pois menos que esse tempo os condutos e → Tiragem inter e subcostal
forames ainda não estão fechados podendo dar → Retração xifóide
diagnostico errôneo. → Aleteo nasal
TRATAMENTO → Hipotonia
→ O2 (FiO2<40%) por cânula nasal ou CPAP, paciente vai → Hipotensão arterial
apresentar melhora na condição em 12/24h e rara 72h. Pode evolui a insuficiência respiratória
→ Se FR >60 rpm recomenda-se alimentar o bebe por Sem sintomas nas primeiras 8h de vida podemos excluir
sonda orogástrica para evitara broncoaspiração de leite a EMH
Contraindicado: antibióticos e diuréticos! → RX: colapso pulmonar aparece no raio x como um
volume pulmonar reduzido a sete espaços intercostais,
ENFERMIDADE DA MEMBRANA HIALINA aspecto reticogranular em vidro esmerilhado, pequenas
Chamada também de síndrome de dificuldade sombras uniformes em ambos campos pulmonares
respiratória ou síndrome de distres respiratório como broncograma aéreo.
É a dificuldade respiratória secundaria a incapacidade do → Laboratório: gases artérias que indicam a hipoxemia,
neumocito tipo 2 para produzir o surfactante causando acidose mista com predomínio das respiratórias por
colapso alveolar progressivo na espiração. retenção de CO2 e acumulo de ácido láctico.
É a causa mais frequente de dificuldade respiratória e
mais incidente em prematuros (50-60% dos RN de 28- DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
30) de sexo masculino  Neumonia connatal (estreptococo beta
hemolítico B)
ETIOPATOGENIA  Taquipneia transitória
Se dá por:  Insuficiência respiratória pos asfixia
 Imadurez extrema das células de revestimento  Policitemia
alveolar  Escapes aéreos
 Diminuição ou alteração da capacidade de  Malformações pulmonares e cardíacas
produção do surfactante em situações de
estresse fetal ou neonatal TRATAMENTO
 Defeito no mecanismo de liberação de → Pré-natal: nas mamãe com riscos de parto prematuro
fosfolipídios da membrana dos pneumocitos deve ser administrado corticóides para aumentar a
tipo 2 produção de surfactante e melhorar a função e
 Destruição da célula encarregada da síntese de elasticidade pulmonar
surfactante  2 dose de 12 mg de betametasona IM c/24h
 4 dose de 4 mg de dexametasona IM c/12h
FATORES PREDISPONENTES → Medidas gerais: termorregulação, balance nutricional
RN anteriores com EMH
e hídrico, antibióticos sistêmicos (se fatore de risco
DM
ANTECEDENTES associado), transfusão
Gestação múltipla
MATERNOS
Isoimunização RH → Surfactante exógeno: natural (survanta-bovino) e
Hemorragia vaginal sintético (exosurf)
TRANSTORNOS DO Cesárea não precedida de trabalho de
A aplicação é confirmada por radiografia
NASCIMENTO parto antes da 38ª semana
Prematuros  Profilaxia: administrada após o nascimento nos
EVENTOS DE RN Asfixia primeiros minutos de vida através do tubo
Sexo masculino endotraqueal na
29ª e 30ª semana
FATORES QUE DIMINUEM A INCIDÊNCIA DE EMH  Redosificação: 3 a 4
 Administração pré-natal de corticoides (beta e vezes com intervalo
dexametasona) de 6-12h.
 Ruptura prolongada de membrana
 Hipertensão materna PREVENÇÃO
 Restrição de crescimento intrauterino A melhor maneira de prevenir é evitar o parto prematuro
com pré-natal adequado.
QUADRO CLINICO e DIAGNOSTICO Uso de corticoides antes das 48h do parto
Não tem sinais patognomonicos (betametasona IM 12 mg cada 24h) para gestações
→ Se baseia na presença de fatores de risco de um RN entre 24-34 semanas.
prematuro, com um quadro de hipoxemia, hipercapnia e
radiografia compatível SINDROME DE ASPIRacaO DE LIQUIDO AMnioTICO
→ Dificuldade respiratória desde o nascimento ou dentro MECONIAL- SALAM
das primeiras 2 horas de vida que aumenta nas 24-48h É a aspiração do mecônio, que vai para baixo das cordas
de vida vocais. É uma das principais causa de enfermidade
→ Gemidos intermitentes ou contínuos audíveis com respiratória em RN de termino ou pós-termo
estetoscópio ou a distancia É grave e com alta taxa de mortalidade (20-30%)

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Pode ter atraso no desenvolvimento neurológico do bb. nascimento ou se apresentam com complicações de
FATORES DE RISCO infecções nosocomiais
 Gestação >42 semanas → Vias de infecção: ascendente por RPM (mas pode
 Mães com APP toxemia, diabete materna, ascender com membranas intactas também),
tabagismo, enfermidades cardiovasculares ou contaminação com a flora genital.
respiratórias crônicas
 RCIU FATORES PREDISPONENTES
 Circulares ou prolapso de cordão  Menor diâmetro da arvore bronquial
 Desprendimento de placenta  Baixos níveis de IgM e de complemento
 Presença de mecônio nas vias aéreas que
ETIOPATOGENIA facilita o crescimento bacteriano
O líquido amniótico em purê de ervilhas é um indicativo  Prematuridade
de sofrimento fetal agudo (asfixia).  Parto prolongado
Os movimentos respiratórios se iniciam ainda intrautero  RPM
e ao fazer isso o bebe aspira o liquido que está com  Infecção materna
mecônio até os bronquíolos terminais produzindo um
quadro obstrutivo que acaba em um mecanismo que o FATORES DE RISCO
ar entra, mas não consegue sair. → Corioamnionites clínica: febre >38º, FC >100
O mecônio também altera a relação perfusão vs → WBC materna >20.000, FC fetal >160, útero doloroso
ventilação causando acidose (hipoxemia e HPP) → Ruptura de membrana amniótica >18h
Raramente ocorre em prematuros <34 semanas. → Trabalho de parto prematuro e inexplicável
O mecônio também pode ser eliminado em → Colonização materna por estreptococos agalactiae
apresentações pélvicas. (beta hemolítico grupo B)

QUADRO CLINICO CLASSIFICAÇÃO


→ RN lambuzado de mecônio - Inicia até 48h de vida
→ Início precoce de taquipneia, quejido, aleteo nasal, - Adquirido antes do nascimento (‘’congênito’’)
tiragens, dissociação toracoabdominal, retração xifóide causado por STORC, listerioses, tuberculoses, AIDS,
PRECOCE corioamnionites.
→ Dificuldade respiratório moderada/grave
- Adquirido durante o nascimento: por
→ Cianose central ou periferica microorganismos que colonizam o canal de parto,
→ Rx de tórax: tórax enfisematoso hiperaireado S.agaactiae, E.coli, listeria
→ Peumomediastino por escapes de ar - Inicia >48h de vida
TARDIO - Geralmente pela flora hospitalária: S.aureus,
estafilococos coagulasa negativos, fungos.

DIAGNOSTICO
Se deve suspeitar em qualquer RN com dificuldade
respiratória (aleteo, tiragem...), acompanhada de
hemocultivo positivo ou >2 critérios seguintes:
TRATAMENTO 1- Fatores de risco para sepse neonatal
→ Se o RN nasce vigoroso se faz a recepção de rotina e 2- Sinais clínicos de sepse (intolerância alimentar)
coloca na oxigenoterapia. 3- Mudanças radiológicas persistentes >48h:
→ Se o RN nasce deprimido intubação e aspiração da infiltrado nodular (grosso) ou granular (delgado),
traqueia de rotina. consolidação, broncograma ar e edema
→ Considerar assistência respiratória mecânica (ARM) pulmonar
em casos graves 4- Exames de laboratório positivos para sepse e
→ Antibióticos (se tem patologias infecciosas PCR positivo
associadas)
→ Tratar a asfixia e suas complicações TRATAMENTO
Medidas gerais: HP e termorregulação
PREVENÇÃO Antibióticos: ampi+genta ou ampi+amicacina ou
oxacilina
 Controle pré-natal
Avaliar: ARM
 Diagnóstico precoce de alterações fetais
 Manejo adequado de gestações de alto risco

PNEUMONIA E BRONCOPNEUMONIA NEONATAL


É a inflamação do parênquima pulmonar causada por
agente infeccioso. É a primeira manifestação clínica de
uma infecção sistêmica podendo estar associada a uma HIPERTENsao PULMONAR PERSISTENTE DO RN – HPPRN
sepse e a meningite. É uma condição patológica de permanência da
Outra definição é a complicação de infecções connatais circulação pulmonar fetal mesmo após o nascimento, ou
que se transmite durante o trabalho de parto e seja, a derivação direita a esquerda permanece através
do forame oval e conduto arterioso devido à alta

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resistência vascular no leito pulmonar causando por fim
hipoxemia e hipercapnia; esses levam a uma falha
generalizada que compromete a oxigenação dos tecidos,
acidose e oferece risco a vida do RN.

FATORES DE RISCO
→ Antenatais: SALAM, hérnia diafragmática congênita,
sofrimento fetal, mãe com diabetes gestacional ou pré-
eclâmpsia, asma
→ Pós natais: nascimento por cesárea, pré-termino
tardio ou pos termino

CLINICA
 Dificuldade respiratória desproporcionada ao
grau de patologia pulmonar
 Hipoxemia refrataria
 Cianose generalizada em episódios de lenta
recuperação
Pode apresentar de forma primaria ou como
complicação de SALAM, EMH, pneumonia e outros
Independente da causa primaria todos os RN com HPP
tem resistência vascular pulmonar aumentada,
vasoconstricção pulmonar e reatividade vascular
alterada
DIAGNOSTICO
→ Oximetria de pulso: labilidade com dessaturacao em
estímulos como choro, mudanças de posição, colocação
de acessos venosos, sondas orogástricas, mudanças de
fralda, etc.
→ Ecocardiografia bidimensional com fluxo doppler color
(preferência em <24h de internação)
→ Eletrocardiograma: onda T e P altas
→ Gradiente pré e pos ductal
→ Rx de tórax

TRATAMENTO
Suspeita surge nas primeiras 2 horas de vida
 Hospitalizar
 Medidas gerais RN (ambiente térmico adequado,
hidratação parenteral, balanço)
 Cateterismo da artéria e veia umbilical (se <48h
de vida)
 Oxigenoterapia
 Laboratório: hemograma, gasometria arterial,
glicemia, calcemia, crases sanguínea

PREVENÇÃO
→ Pré-natal adequado
→ Monitorização do parto (diagnóstico precoce de
sofrimento fetal agudo)
→ Bom manejo das patologias que podem se complicar
com hipertensão pulmonar como SDR/EMH, SALAM e
pneumonias.

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