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DPOC
Doença pulmonar obstrutiva crônica ( DPOC), é uma doença progressiva com
limitação ao fluxo aéreo e sintomas persistentes. É uma doença comum em
pacientes com histórico de exposição crônica a agentes como cigarro,
queima de carvão ou predisposição genética. Diferente da asma, aqui, o
corticoide não será nossa primeira opção de tratamento.
Exposição a agentes
Sintomático: dispneia + tosse + secreção
Obstrução diagnosticada por espirometria
VEEF1/CVF < 0,7
FISIOPATOLOGIA
O pulmão normal possui mecanismos para manter a via aérea aberta; seria
como uma rede de fibras elásticas puxando e evitando que haja
colabamento. Perceba na imagem a seguir, temos a luz da via aérea sendo Obstrução das vias aéreas por inflamação e muco
mantida devido a ação das fibras elásticas e da musculatura lisa. Exposição a irritativos como cigarros
Tosse crônica e produtiva por mais de 3 meses
Produção de muco
O paciente com DPOC evolui com lesões nesse mecanismo, fazendo com que
ele deixe de manter a via aérea aberta. Perceba que há uma maior produção
de muco, maior inflamação e fibrose e que as fibras elásticas estão rompidas.
Tudo isso favorece a evolução para um quadro de obstrução do fluxo aéreo.
FATODE RISCO
Tabagismo
São pacientes que evoluem com limitação ao fluxo aéreo, o que chamamos Deficiência alfa 1 antitripsina
de aprisionamento aéreo. A presença de muco por hipersecreção ( tosse Paciente jovem ( < 40 anos) com sintomas
produtiva), hipertensão pulmonar – cor pulmonale também são achados Enfisema basal e panacinar
comuns de serem vistos. Hepatopatia associada na família
História familiar positiva
BRONQUITE PULMONAR: Paciente com bronquite crônica,
infiltrada por células inflamatórias como macrófagos e neutrófilos, levam a
CLASSIFICAÇÃO CLINICA
respostas como cicatrização e fibrose dos brônquios; fazendo com que a via
aérea fique obstruída. Comum em pacientes com exposição a gatilhos como PADRÃO ENFISEMA PULMONAR: O chamado soprador
cigarros ou carvão. róseo, a hipoxemia sofrida por esses pacientes estimula a produção de
hemácia e ele acaba ficando vermelho por excesso de hemácia ( policitemia
secundária)
. Tosse crônica e produtiva Solicitada mais quando o paciente não conseguir realizar a espirometria. Ela
vai mostrar áreas de aprisionamento aéreo e áreas de enfisemas.
Dispneia
Obstrução ao fluxo expiratório:
Prolonga a expiração para compensar
Aumenta o espaço Antero – posterior
Pulmão hiperinsulflado
Hipoventilação, paciente se adapta com saturação baixa
Murmúrio vesicular diminuído
Saturação diminuída, chegando a 88%
Edema: mas somente nos casos mais graves
EXAMES NO DPOC
Em um estado normal, temos uma área de volume residual fixa nos pulmões
para evitar colabamentos dos alvéolos. A capacidade vital, fica preservada e
utilizamos para manter nosso fluxo expiratório e inspiratório adequado.
É bom lembrar que embora seja possível observar áreas com enfisemas, o
diagnóstico formal de enfisema é feito via biópsia ( mas isso não existe na
prática)
ESPIROMETRIA NA DPOC
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
Como resposta a diminuição de CV e aumento de VR, o corpo inicia com Perceba que o paciente normal coloca muito ar para fora de forma bem
medidas para aumentar o volume de ar trabalhado – aumento do diâmetro rápida, isso é percebido pela curva mais acentuada do gráfico. Essa linha
anteroposterior, retificação das cúpulas diafragmáticas e aumento dos que corta o gráfico na marcação de 1 segundo, indica onde termina o VEF1;
espaços intercostais seria todo o ar que o paciente conseguiu expirar no primeiro segundo do
exame.
Filipe Moura
VEF1: diminuído, o DPOC não consegue por grandes volumes de
ar para fora no primeiro segundo de realização do exame.
CVF: diminuído, o DPOC tem menos ar para trablhar
Relação CVF1/CVF será menor que 0,7 ( 70%) mesmo após uso
de broncodilatador
CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE
Paciente comparece a consulta com tosse crônica, dispneia e expectoração. O sistema mais usado para classificar a dispneia do paciente é o MRC que
Além disso, é comum referirem alta carga tabagica ( nº março dia X anos de pontua de 0 a 4 de acordo com a tabela. A dica aqui é tentar diferenciar se o
fumante) alta. O exame da espirometria virá alterado e sem melhora após paciente está entre 0 e 1 ou se o paciente está entre 2 e 4 na escala de MRC.
teste com broncodilatador.
O formoterol é o mais interessante entre os LABA, pois ele tem inicio de ação
rápida e seu efeito dura muitas horas. Então, ele ajuda a diminuir os
sintomas de forma bem acelerada e mantem o paciente em uma zona
Quanto maior a dispneia do paciente (MRC), mais sintomático ele será e mais confortável por um período longo.
reclamações ele terá como tosse, falta de ar e fadiga. As exacerbações estão
mais direcionadas as complicações como internações ou atendimento na
ANTAGONISTA MUSARÍNICO
emergência.
SAMA – antagonista muscarínico de curta duração
Ipratrópio ( atrovente) – pode vir associado LABA
LAMA – antagonista muscarínico de longa duração
De uma forma clínica, veja que o tipo A seria o mais tranquilo, com poucos Teotrópio ( Espiriva)
sintomas e quase nenhuma exacerbação. Já o tipo B, seria o paciente com Glicopirrônico ( Seebri)
raros episódios de exacerbações, mas com muito sintomas de dispneia. O
paciente do tipo D, seria o mais sintomático e com maior número de LAMA é outra classe muito interessante, pois foi provado em vários estudos
internações nos últimos 12 meses. que eles diminuem as frequências das exacerbações. Então, pela lógica, dá
para entender que ele será a melhor opção inicial para pacientes do tipo C e
Exemplo, paciente com VEF1 de 60%, dispneia grau MRC 1 e com história de D.
1 internação no último ano é classificado como sendo: Gold II, grupo A.
TRATAMENTO CORTICOIDE
São medidas essenciais para o tratamento, os pacientes precisam evitar os Paciente com altas exacerbações
gatilhos e iniciar atividades físicas para reestabelecer a atividade pulmonar. Paciente com eosinofilia elevada
Manter a vacinação em dias é importante para evitar que contraiam Paciente com DPOC e ASMA
infecções das vias aéreas e entrem em risco de exacerbações.
Podemos usar corticoides orai somente nas exacerbações !
Parar de fumar
Reabilitação pulmonar
Atividade física ROFLUMILASTE
Atualização das vacinas
Reduz a atividade da fosfodiesterase 4, uma proteína presente naturalmente
Influenza
nas células corporais. Ele causa elevação do AMPc e queda dos fatores
Penumocócica ( pneumo 23 e 13)
inflamatório. Pode ser usado nos seguintes casos:
DTPA
Covid Paciente com exacerbações frequentes
FEV1 < 50%
Oxigênio domiciliar somente para pacientes com indicação. lembrar que é Bronquite crônica
normal um DPOC apresentar saturação entre 88 e 92%; devido a sua Sintomático mesmo diante de terapia tripla ( LAMA +LABA+CI)
adaptação fisiológica. Não vá iniciar Oxigênio terapia para todo DPOC, só
vamos iniciar oxigenação se o paciente apresentar pelo menos um dos
achados: MACROLÍDEO
1º LAMA
2º LAMA + LABA
3º LAMA + LABA + CI ( se eosinofilia > 300)
4º opção ?
Eosinófilos alto e VEF1 < 50% : Roflumilaste
Paciente não é tabagista crônico: Azitromicina
REDUZ MORTALIDADE
OXIGENAÇÃO NO DPOC
ELETROCARDIOGRAMA NO DPOC