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PERINATAIS EM
POTROS
M.V. Msc. Fábia Fernanda Cardoso
Afecções mais comuns pós-nascimento
Antes Depois
Dismaturo
Idade gestacional adequada, porém com
sinais de prematuridade
Prematuridade
Hipercapnia
Insuficiência pulmonar
Hipotermia
Redução da capacidade
de ventilação
Taquipneia
Deficiência da maturação do eixo
hipotálamo-hipófise-adrenal
Hipoxemia
Síndrome da asfixia perinatal
Má ajustamento/ Dummy foal
Síndrome da asfixia perinatal
● Doença não infecciosa que acomete potros recém-nascidos
causando alterações neurológicas ou comportamentais.
Asfixia Isquemia
Troca de gases Redução ou
placentária/ pulmonar interrupção do fluxo
diminui ou cessa
sanguíneo,
comprometendo a
chagada de oxigênio
e nutrientes
Associação de fatores
Égua x Potro
Sangue
para órgãos Mecanismo Coração, cérebro,
Aguda ou Parcial ou
Asfixia
crônica? completa?
Prematuro ou a
termo?
Síndrome da asfixia perinatal
Asfixia Crônica
Diminuição da taxa de oxigênio e
de crescimento:
Retardo no crescimento uterino
TGI Renal
Menor fluxo Diminuição da
mesentérico, perfusão renal
graus variáveis devido
de isquemia redistribuição do
intestinal DC
Síndrome da asfixia perinatal
● Diagnóstico:
○ Histórico (primeiras 72hrs pós-parto)
○ Achados laboratoriais
○ Exames complementares
Mc Auliffe e Slovis (2008)
Renal Azotemia, hiponatremia,
hipocloremia, urinálise anormal
Gastrintestinal Sangue oculto nas fezes e no refluxo
Respiratório Hipoxemia, hipercapnia, acidose
respiratória
Circulatório Hipoxemia, enzimas do miocárdio
elevadas
Hepático Hiperbilirrubinemia, enzimas
hepáticas elevadas
Endócrino Hipocortisolemia, hipocalcemia
Tratamento
● Controle das convulsões:
○ Diazepam (*depressão respiratória/ curta duração)
○ Fenobarbital
Evitar:
Midazolam (diminuição da perfusão cerebral temporária)
Quetamina e xilazina (hipertensão cerebral)
Acepromazina (diminui limiar de convulsão)
● Suporte cerebral:
○ Tiamina: diminuir edema cerebral
○ Vit. C e E: antioxidantes
Tratamento
● Correção dos desequilíbrios metabólicos
○ Hipoglicemia/hiperglicemia; hipocalcemia/hipercalcemia; acidose
metabólica
● Manutenção dos gases sanguíneos:
○ Oxigênio
○ Cafeína: aumenta a sensibilidade ao dióxido de carbono no centro
respiratório levando a aumento da FR.
● Manutenção a perfusão tecidual:
○ Fluidos isotônicos
○ Transfusão sanguínea
Infecções?: Antibióticos
Método de compressão/ Técnica de Compressão do Potro de Madigan (“Madigan Foal
Squeeze Technique”): Simula um estágio de neuroinibição para neuroativação ainda no
canal do parto. Após 20 minutos da compressão, há aumento dos níveis hormonais do
hormônio adrenocorticotrófico, do sulfato de desidroepiandrosterona (DHEA) e da
androstenediona.
Falha na transferência de imunidade passiva
Colostragem
AVALIAÇÃO NEONATAL
● Dois períodos importantes, com diferenças fisiológicas, metabólicas e imunológicas
Epiteliocorial: epitélio
uterino em contato com
íntimo com a camada
externa do córion
Difusa
Não descídua
Colostro
Hormônios Citocinas
Fatores de
cresimento Lisozima
Imunoglobulinas
Colostragem
Como saber se é um bom colostro?
Coloração
amarelada
SIM Níveis
Espesso adequados:
800mg/dL
Mais pegajoso
IgG check
Qual o período máximo
após o parto em que
deve ser fornecido o
colostro?
Herpesvírus X X X
Lexington Gold X X
Vermífugo X X
Potro
Mãe Temperamento.
Doença da égua (febre, dor, Potro fraco ou cego.
debilidade). Problemas congênitos que
Mastite. impedem uma ingestão de colostro
Gestação gemelar efetiva (fenda palatina, quistos
Égua primípara. epiglóticos)
Perda de colostro antes do Problemas ortopédicos, trauma
parto (mais comum). (incapacidade para se levantar)
Parto prematuro (tempo Síndrome hipóxico isquêmico e
inadequado para a exaustão.
concentração de IgG no Absorção fraca ou inexistente no
colostro) intestino (ingestão tardia, stress ou
Falha na descida do leite. infecção).
BANCO DE COLOSTRO
• Manter colostro estocado congelado
• Aquecer a 37ºC
• 1 a 1,5 Litros primeiras 12 horas
• Mamadeira ou sonda
Falha na transferência de imunidade passiva
2 L de colostro (200-400mL por vez) até as 8 horas de vida.
2-4 L de plasma
Onfalopatias
Quais cuidados devem ser
estabelecidos com umbigo?
1 Veia umbilical
2 Artérias umbilicais
1 Úraco
● Fatores predisponentes:
○ Falta de higiene ambiental
subsequentes
○ Falha na transferência de imunidade passiva
Sinais clínicos
Depende!
• Febre
• Aumento de volume das
estruturas umbilicais
• Secreção purulenta
• Dor a palpação
• Diarreia, apatia, prostração,
anorexia, corrimento nasal e
ocular
Diagnóstico
SC + HISTÓRICO
• US
• Cultura e antibiograma
• Hemograma= Leucocitose por neutrofilia + hiperfibrinogenemia
Escherichia Streptococcus
colli zooepidemicus
Clostridium sp
Tratamento
Tratamento clínico
CIRÚRGICO? AINE’S
COMPLICAÇÕES
Poliartrite
● Tratamento
○ Lavagem articular
○ ATBS intra-articular
○ ATBS sistêmicos
○ AINES
○ Sulfato de condroitina
○ Ácido hialurônico
○ Repouso mínimo 90 dias
Persistência de úraco
RELEMBRAR ANATOMIA!
Persistência de úraco
● Não obliteração do úraco
● Potros 3 a 5 dias de idade
● Goteja urina constantemente pelo coto
NÃO
● Sensível, quente e úmido
● Diagnóstico
SUTURAR O
○ SC/ US
UMBIGO!!!
● Tratamento:
○ Regressão espontânea
umbilical
Retenção de mecônio
Associações
Ingeriu
colostro? Agenesia de
cólon maior e
menor
Macho: pelve mais
estreita
Ausência da
abertura da ampola
Decúbito
retal
prolongado
Compactação Endurecimento
Sinais clínicos
Dor abdominal
Distenção abdominal
Tenesmo
Inquietação
Desidratação
US
Radiografia
Tratamento
Clínico x Cirúrgico
Administração
Enemas com
de óleo Enema com
água morna e
mineral acetilcisteína
óleo mineral ou
através da
clísteres
sonda
nasogástrica
Diarreias
Diarreias
Fisiopatogenia
Fisiológico Patológico
Protozoários
Cryptosporidium
Bacteriana
Clostridium
perfringens, C.
Viral difficile, Salmonela,
E.coli, Bacterioides
Rotavírus fragilis
Diarreia do cio do potro
Gastroenteropatias associadas à Asfixia perinatal
Potros de risco?
Distocia/
cesariana
Problemas no
cordão umbilical
Oxigenação
anormal pós-
parto
enterocolite isquêmica
Úlceras gástricas + diarreias
Menos comum
Bruxismo
Ptialismo
Décubito dorsal/
cólica
Letargia
Causas nutricionais e dietéticas
Potro órfão?
Hospitalizado?
Sucedâneos
Leite vaca/ cabra
Deficiência secundária de lactase
Alterações na
vilosidade intestinal
Rotavírus
Clostridium difficile
Causas bacterianas
Mais comum?
Clostridioses segundárias à
retenção de mecônio:
C. perfringens: C e A
(menos de 10 dias de
idade)
Diagnóstico
● Avaliação ambiental: Limpeza, manejo de alimentação/água,
entrada/saída de animais, lotação, época do ano
● Avaliação do paciente: doente ou não? Idade?
● Avaliações laboratoriais: hemograma, bioquímicos, PFA (lactato,
fibrinogênio, SAA)
● Avaliação das fezes: amostras seriadas
○ Paineis de PCR
○ Cultura/ antibiograma
○ OPG
Principios de manejo do potro com diarreia
● Terapias específicas:
● Nutrição
Sepse
• Associada:
• Problemas Maternos
• Problemas relacionados ao parto
• Problemas Potro
• Fatores ambientais
• Prematuridade • Reflexo de sucção
• Endotoxemias ausente
• Cólicas em terço final da • Falta de desinfecção do
gestação umbigo
• Placentite • Condições ambientais
• Problemas no parto ruins
• Infecções vaginais
SEPSE EM POTROS
● Potros acometidos:
○ Alta susceptibilidade a infecções
○ Causa comum de mortalidade
● Principais patógenos:
○ Actinobacillus equuli,
○ Escherichia coli,
○ Streptococcus sp,
○ Enterobacter cloacae,
○ Klebsiella sp
○ Vírus (Herpesvirus tipo I, Adenovirus, Rotavirus)
SEPSE EM POTROS
• Portas de entrada:
• Trato gastrintestinal,
• Umbigo
SEPSE EM POTROS
• Sinais:
• desidratação,
• febre ou hipotermia,
• diarreia,
• quadros neurológicos + meningites, convulsões
• pneumonia,
• equimose nas orelhas
• petéquias nas mucosas vaginal, oral
• desinteresse em mamar, debilidade
• Diagnóstico:
• Histórico
• Procurar fonte de
infecção
• Exame clínico
• Exames laboratoriais
SEPSE EM POTROS
• hemograma
• Cultura
• Sangue
• Fluidos fetais
• Placenta
• Infecção localizada
SEPSE EM POTROS
• Tratamento
• Hidratação
• Correção do desequilíbrio ácido-básico
• Antibiótico
• Amplo espectro: Amicacina + Penicilina ou Ceftiofour
• Transfusão de plasma
• 0,5 mL/kg por 10 a 20 minutos
• Se não observar reações adversas:
• Aumentar para 40 mL/kg/h
SEPSE EM POTROS
• Tratamento
• AINES
• Oxigenioterapia
• Alimentação via sonda nasogástrica
• 10 a 20% do P.V
• =Volumes iguais a cada 2 a 4 horas
• CUIDADOS INTENSIVOS
Pneumonias
● Rhodococcus equi
● Streptococcus zooepidemicus
● Broncopneumonia supurativa
● Múltiplos abscessos
Sinais clínicos
● Depressão
● Febre
● Tosse
● Dispnéia
● Taquicardia
● Extertores à auscultação
Pneumonias
Gênero Rhodococcus
• Família Mycolata
• Distribuição Mundial
Rodococose
Telúrica
Afeta
◦ potros 1-6 meses de vida
◦ suínos, caprinos, bovinos, homem
Multiplica-se
◦ TGI de potros até 12 semanas
◦ fezes de equinos adultos
Pneumonias: Rodococose
• Ambiente/Manejo
• Status imune
• Virulência do agente
2
• Imunossupressão
4
• Bactéria é fagocitada por macrófagos
e se multiplica formando abscessos
Pneumonias: Rodococose
Pleuropneumonia por Rhodococcus equi
• Broncodilatador
• Anti-inflamatórios
• Tratamento de suporte
• Tratamento rodococose: 4-9 semanas
(monitorar)
• Tratamento estreptococose: 7-14 dias
Pneumonias: Antibioticoterapia
• Rodococose:
• Eritromicina + rifampicina
• Azitromicina + claritromicina
• Streptococcus zooepidemicus
• B-lactâmicos,
• Sulfa+trimetropim,
• Rifampicina + eritromicina
• Azitromicina
Isoeritrólise neonatal
Icterícia hemolítia
neonatal
Anemia hemolítica
neonanatal imunomediada
Eritroblastose
neonatal
Sinônimos
ISOERITRÓLISE NEONATAL
• É a formação de anticorpos maternos contra as hemácias do
potro, que são transferidos através da ingestão do colostro:
hemólise imunomediada (aglutinação das hemácias do
neonato)
Incompatibilidade
Grupo sanguíneo da égua e potro
Hipersensibilidade tipo 2
exposição Ag sensibilização dos linfócitos B
Após remoção dos Ag pelo sistema reticuloendotelial,
diminui a produção de Ig = formação de memória
imunológica celular
Nova exposição, grande produção de Acs
ISOERITRÓLISE NEONATAL
• Sinais:
• Nascimento: normal
• 2 a 24 horas após ingestão do colostro
• Permanecem por até 6 dias
• Mais comum em potros de éguas
multíparas
• Todas as raças são suscetíveis! Muito
relatado em PSI, muares e Standardbreds
ISOERITRÓLISE NEONATAL
• Sinais:
• Fraqueza
• Depressão
• reflexo de sucção
• Cansaço
• Decúbito, bocejo
• FC e FR
• Fase terminal: convulsão e dispneia
ISOERITRÓLISE NEONATAL
• Sinais
• Acs contra Aa
• Doença grave
• Anticorpos contra Qa
• Quadro brando
• Hemoglobinúria e palidez
• Morte
ISOERITRÓLISE NEONATAL
• Quadros:
• Agudo:
• Sinais 2 a 4 dias pós
nascimento
• Icterícia acentuada
• Palidez e hemoglobinúria
moderadas
ISOERITRÓLISE NEONATAL
• Quadros:
• Subagudo:
• Sinais 4 a 5 dias após nascimento
• Icterícia acentuada
• Não há hemoglobinúria
• Se aglutinar:
Fonte: http://jairoserrano.com/2012/07/isoeritrolisis-neonatal-en-equinos/
ISOERITRÓLISE NEONATAL
• Prevenção:
• Teste de aglutinação potro recém- nascido:
• Prova de aglutinação do sangue do garanhão pai do
potro + soro da mãe:
• 2 semanas antes do parto
• Se positivos:
• Impedir potro de mamar colostro