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Assistência de Enfermagem

em Patologia Neonatal

PROF: ARTUR TEIXIERA


DISTÚRBIOS NEONATAIS
ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA
NEONATAL

● Distúrbio respiratório que envolve colapso alveolar


disseminado;

● A causa mais comum de morte neonatal;

● Se branda, melhora em cerca de três dias;


Cesariana;

FATORES Mãe diabética;


DE
RISCO
Nascimento após
hemorragia anteparto;
INCIDÊNCIA
• Tipicamente: RN antes de 27 semanas de IG, e
cerca de 60% dos nascidos antes de 28 semanas.

CAUSA
• Deficiência de surfactante devido a prematuridade.
FISIOPATOLOGIA
● A angústia respiratória neonatal caracteriza-se por troca
gasosa prejudicada e insuficiência ventilatória devidas a falta
de surfactante nos pulmões;

● Em RNPT, os pulmões podem não estar completamente


desenvolvidos e, portanto, pode não haver surfactante
suficiente. O resultado é a incapacidade de manter a
estabilidade dos alvéolos;
FISIOPATOLOGIA
● A falta de surfactante resulta em atelectasia, respiração
difícil, acidose respiratória e hipoxemia;

● Com o agravamento da atelectasia, a resistência vascular


pulmonar aumenta, o que diminui o fluxo de sangue para
os pulmões;
● História de parto prematuro ou cesariana;

● História de hemorragia pré-parto;

● Incursões respiratórias rápidas e superficiais;

● Retrações intercostais, subcostais ou


ACHADOS
esternais;
CLÍNICOS

● Batimentos de asas de nariz;

● Grunhidos expiratórios audíveis;


● Palidez;

● Escarro espumoso;

● Temperatura corporal baixa;


ACHADOS
CLÍNICOS
● Diminuição da entrada de ar e estertores;

● Possível hipotensão arterial, edema periférico


e oligúria;

● Possível apnéia, bradicardia e cianose.


INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM
● Monitore com cuidado as alterações dos sinais
vitais, use incubadora ou um aquecedor;

● Avalie a coloração da pele. Relate sinais de


diminuição da circulação periférica;

● Administre oxigênio, como prescrito;

● Monitore as leituras da oximetria de pulso, a cada 1


e 2 horas;
INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM
● Verifique o peso todos os dias;

● Monitore balanço hídrico;

● Administre os medicamentos, como prescrito;

● Faça aspiração conforme necessário;

● Institua medidas de prevenção de infecção;


APNÉIA
APNÉIA

● É a interrupção da respiração durante 20 segundos, ou


menos, se acompanhada de alterações da coloração da
pele e bradicardia. Observada com frequência em RNPT
ou naqueles com estresse secundário, como infecção,
hiperbilirrubinemia, hipoglicemia ou hipotermia .
FISIOPATOLOGIA

● Imaturidade do SNC: menor número de sinapses e milienização


incompleta. Além disso, o surfactante pode ser insuficiente.

● Imaturidade do centro respiratório: atividade reduzida dos


reflexos e dos receptores que determinam o rítmo respiratório.

● Característica própria da caixa torácica e da musculatura


respiratória do RN pré-termo, com tendência ao colabamento
das vias aéreas.
CAUSAS
● Acidose; ● Imaturidade;

● Anemia; ● Obstrução das VAS;

● Hipocalcemia;
● Sepse.
● Hipo ou Hiperglicemia;
CLASSIFICAÇÃO
● CENTRAL: Apnéia com ausência de movimentos
respiratórios e de fluxo gasoso nas vias aéreas.

● OBSTRUTIVA: Ocorre por interrupção do fluxo na via


aérea com persistência de movimentos respiratórios.

● MISTA: Ocorre quando ambos os componentes


(obstrução de fluxo aéreo e parada dos movimentos
respiratórios estão presentes.
ACHADOS CLÍNICOS

● Interrupção da respiração ● Cianose Inicial;


durante 20 segundos; ● Saturação de O2 menor que
● Bradicardia; 90%.
TRATAMENTO

● Suporte respiratório;

● Estimulação tátil;

● Correção de causas subjacentes;

● Manipulação cuidadosa;

● Avaliação da gasometria arterial e dos níveis de saturação


de O2 .

● Aspiração;
TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA DO
RN
TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA
DO RN

● Também chamada pulmão úmido, síndrome da angústia


respiratória do tipo II ou TTRN. É um problema
respiratório brando em RN, que começa após o
nascimento e dura cerca de 2 dias.
FISIOPATOLOGIA
● Antes do nascimento os pulmões do feto estão cheios
de líquido amniótico. Durante o processo de
nascimento, parte do líquido nos pulmões do feto é
expulso por compressão, enquanto ele passa pelo
canal do parto.

● A TTRN tem resolução espontânea á medida que o


líquido pulmonar é absorvido, em geral em até 48
horas, e a atividade respiratória se torna efetiva. É em
geral, completa, e não há risco aumentado de outros
problemas respiratórios
CAUSAS

● É observada com frequência em RN por cesariana,


porque não ocorre a compressão do tórax fetal que
ajuda a expelir o líquido pulmonar fetal após o
nascimento.
FATORES DE RISCO
ADICIONAIS
● Mãe que fuma durante a gravidez;

● Mãe diabética;

● RN PIG;

● Prematuros ou aqueles cujo nascimento por parto vaginal


foi rápido (a compressão do tórax pode não ter sido
efetiva na expulsão do líquido dos pulmões fetais).
ACHADOS CLÍNICOS

● Aumento da frequência ● Cianose discreta;


respiratória ( mais de 60
incursões
respiratória/min). ● Retrações;

● Grunhidos expiratórios; ● Taquipnéia

● Batimentos das asas do


nariz;
TRATAMENTO
● Administração de oxigênio;

● Suporte ventilatório se necessário;

● Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico;

● termorregulação;

● Nutrição adequada;

● Proteção contra infecções.


INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM
● Monitore com cuidado, a frequência cardíaca,
freqüência respiratória e a oxigenação do RN;

● Mantenha ambiente térmico neutro;

● Minimize estímulos, diminuindo os níveis de iluminação e de


ruído;

● Forneça nutrição enteral ou parenteral;

● Forneça apoio psicológico á família.


DOENÇA HEMOLÍTICA
DOENÇA HEMOLÍTICA

Também chamada de doença hemolítica do RN e


eritroblastose fetal.

● É causada por incompatibilidade dos grupos


sanguíneos fetal e materno.
COMPLICAÇÕES
POSSÍVEIS
● Morte fetal in útero;

● Anemia Grave;

● Insuficiência cardíaca;

● Kernicterus.
FISIOPATOLOGIA
Incompatibilidade Rh.

• Na primeira gravidez a mulher Rh- negativo é sensibilizada


(durante o parto ou aborto) por exposição a antígenos
eritrocitários fetais Rh- positivos, herdados do pai;

• Uma gravidez subsequente com feto Rh- positivo provoca


a produção de anticorpos maternos, que atravessam a
placenta e se ligam as hemácias do feto, causando hemólise
e anemia.
TRATAMENTO

● Fototerapia (Exposição á luz ultravioleta para reduzir


os níveis de bilirrubina);

● Intubação do RN;

● Manutenção da temperatura corporal;

● Exsanguíneotransfusão;

● Infusão de albumina;
TRATAMENTO

● Gamaglobulina contendo anti- Rh (anti-Rh [D]);


0

● Parto programado (2 a 4 semanas antes do termo,


dependendo da história da mãe e dos resultados dos testes
sorológicos e amniocentese);
INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM

● Prepare o RN para os procedimentos terapêuticos, como


fototerapia e exsanguineotransfusão;

● Estimule a criação normal de vínculos dos pais com o


RN;

● Administre anti-Rh por via IM, conforme a prescrição;


INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM
● Monitore com cuidado a frequência e o ritmo cardíacos, as
vias respiratórias e ventilação e os sinais vitais.

● Avalie o balanço hídrico com frequência;

● Estimule o comparecimento as consultas de


acompanhamento
EXPOSIÇÃO A DROGAS E
FÁRMACOS

Resulta do uso de drogas e fármacos pela mãe


durante a gravidez.
RISCOS ASSOCIADOS
● Malformações urogenitais;

● Complicações cerebrovasculares;

● Baixo peso ao nascer;

● Redução da circunferência do crânio;

● Problemas respiratórios;

● Sinais de abstinência de drogas;

● Morte
SÍNDROME DE
ABSTINÊNCIA NEONATAL
(SAN)

● São grupos de sinais e sintomas neurológicos e físicos


apresentados por RN expostos a drogas.
FISIOPATOLOGIA

A adição neonatal em drogas resulta de exposição intra-


uterina. A droga ou fármaco atua como teratógeno, causado
anormalidades embrionárias ou do desenvolvimento fetal.
CAUSA
Exposição intra-uterina a drogas/fármacos, incluindo:

● Anfetaminas;

● Cocaína;

● Heroína;

● Maconha;

● Metadona;

● Opiáceos

● Crack.
ACHADOS CLÍNICOS
● Choro agudo;

● Nervosismos;

● Tremores;

● Irritabilidade;

● Reflexo de Moro exagerado;


ACHADOS CLÍNICOS

● Reflexos tendinosos profundos aumentados;

● Espirros e bocejos frequentes;

● Padrão de sono inadequado;

● Diarréia;

● Sucção vigorosa das mãos.


ACHADOS CLÍNICOS

● Baixo peso ao nascer ou PIG;

● Sinais e sintomas de abstinência. Estes dependem da


duração da adição materna, da droga usada e do momento
do último uso antes do parto (em geral nas 24 e 48 horas
anteriores ao parto).
SINAIS E SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA
Sinais e sintomas do SNC Sinais e sintomas do SGI Sinais e sintomas do SNA
Convulsões Alimentação inadequada Sudorese aumentada

Tremores Sucção desordenada e constante Obstrução nasal

Irritabilidade Vômitos Febre

Estado de vigília Diarréia Pele mosqueada

Choro Agudo Desidratação Irritabilidade térmica

Tônus Muscular Ganho de peso insuficiente Freq. Respiratória

Reflexos tendinosos profundos Freq. Cardíaca aumentada

Reflexo de Moro

Bocejos freqüentes

Espirros freqüentes

Mudanças rápidas do humor

Hipersensibilidade a ruídos e estímulos


externos
RESULTADOS DE EXAMES

● Testes toxicológicos na urina ou no mecônio positivos


para o uso de drogas/fármacos.

● Culturas negativas para agentes infecciosos.


TRATAMENTO
● Enfaixamento do corpo para fornecer conforto;

● Ambiente calmo e escuro para diminuir os estímulos


externos;

● Chupeta para suprir as necessidades de sucção


(abstinência de heroína);

● Alimentação por tubo orogástrico se o reflexo de sucção


estiver fraco (abstinência de metadona)
TRATAMENTO
● Manutenção do equilíbrio hídrico e eletrolítico;

● Evitar o aleitamento materno;

● Promoção da criação do vínculo materno-fetal.


INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM
● Mantenha as vias respiratórias desobstruídas e mantenha
equipamento de reanimação disponível;

● Eleve a cabeça do RN durante a alimentação; ofereça


chupeta se o RN mostrar sucção vigorosa(comum em
RN de mulheres adictas em heroína);

● Forneça alimentações pequenas e frequentes,


posicionando o bico da mamadeira para assegurar
sucção efetiva;
INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM

● Monitore o peso todos os dias;

● Avalie com frequência o balanço hídrico e monitore o


equilíbrio hídrico e eletrolítico;

● Administre líquidos suplementares como prescrito;

● Pesquise sinais e sintomas de sofrimento respiratório do


RN e relate imediatamente;
INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM
● Programe os cuidados para permitir tempo para o repouso
adequado;

● Envolva o RN com firmeza ;

● Proteja o RN de lesões durante convulsões;

● Mantenha a integridade da pele; cuide da pele


meticulosamente e mude com frequência a posição do RN.
HIDROCEFALIA
HIDROCEFALIA

São diversos distúrbios caracterizados por excesso de


líquido na caixa craniana, no espaço subaracnóide ou em
ambos. Ocorre por interferência no fluxo de líquido
cefalorraquidiano causada por aumento da produção de
líquido, obstrução no sistema ventricular ou reabsorção
insuficiente do líquido cefalorraquidiano.
COMPLICAÇÕES
POTENCIAIS
● Retardo mental; ● Infecção;

● Funções motoras
● Desnutrição;
prejudicadas;

● Perda da visão; ● Morte (por aumento da


PIC)
ACHADOS CLÍNICOS
● Choro Agudo;

● Irritabilidade;

● Anorexia;

● Episódios de vômito em jato;

● Cabeça aumentada, flagrantemente desproporcional ao


tamanho normal do RN;
ACHADOS CLÍNICOS
● Cabeça de tamanho aparentemente normal com
abaulamento das fontanelas;

● Veias do escalpo distendidas;

● Pele do escalpo fina, frágil e brilhante;

● Músculos do pescoço pouco desenvolvidos;

● Depressão do teto da órbita;


TRATAMENTO

● Desvio do LCR diretamente sistema ventricular para


algum ponto além da obstrução;

● Alimentações pequenas e frequentes (alimentação


lenta);

● Podem ser usados antibióticos no pré e pós –operatório;


INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
● Eleve a cabeceira da cama a 30 graus ou coloque o bebê em
uma cadeira de bebê;

● Verifique se as fontanelas estão tensas ou abauladas;

● Meça a circunferência do crânio todos os dias;

● Pesquise sinais e sintomas de aumento da PIC;

● Forneça alimentações pequenas e frequentes;

● Diminua a movimentação do RN durante e logo após as


refeições;
MICROCEFALIA
MICROCEFALIA
A microcefalia é uma malformação congênita em que o
cérebro não se desenvolve de maneira adequada.

É caracterizada por um perímetro cefálico inferior ao


esperado para a idade e sexo e, dependendo de sua
etiologia, pode ser associada a malformações
estruturais do cérebro ou ser secundária a causas
diversas.
CAUSAS

O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o Zika


vírus e o surto de casos de microcefalia no nordeste do
país em 2015. A febre zika, ou simplesmente zika vírus,
é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida
pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor
da dengue e da febre chikungunya. Cada vez mais
estudos tentam esclarecer a relação entre esses dois
quadros.
CAUSAS
A microcefalia pode ser genética. Algumas outras causas da
microcefalia são:

 Malformações do sistema nervoso central


 Exposição a drogas, álcool e certos produtos químicos na
gravidez
 Desnutrição grave na gestação
 Rubéola congênita na gravidez
 Toxoplasmose congênita na gravidez
 Infecção congênita por citomegalovírus.
INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM
● Estimule a família a participar dos cuidados com o RN, a
fazer perguntas e expressar seus medos e preocupações;

● Ofereça apoio emocional;

● Verifique se as fontanelas estão tensas ou abauladas;

● Meça a circunferência do crânio todos os dias.


HIPERBILIRRUBINEMIA NÃO
CONJUGADA
DEFINIÇÃO
● Icterícia é o sinal mais frequente no período neonatal.

● Identifica-se pela coloração amarelada da pele.

● Na maioria das vezes é um processo fisiológico de


evolução benigna.
PRINCIPAIS CAUSAS DA
ICTERÍCIA NEONATAL
➢ Deficiência de excreção hepática da bilirrubina
conjugada:
• Hepatite
• Infecções

➢ Reabsorção exagerada de bilirrubina:


• Retardo da eliminação de mecônio
• Demora no início da alimentação
• Obstrução intestinal
ICTERÍCIA
FISIOLÓGICA
● Ocorre em 60% dos neonatos.

● Tendo na sua fisiologia maior produção de bilirrubina.

● Se inicia após 24 horas de vida.

● Rns a termo: tratamento desnecessário.

● Rns prematuros: indicação de fototerapia de acordo com


seu peso e tempo de vida.
ICTERÍCIA DO LEITE
MATERNO

● Vários estudos têm demonstrado a associação entre


aleitamento materno e níveis elevados de bilirrubina.

● CAUSAS:
● Ingesta inadequada
● Aporte calórico deficiente
● Baixa frequência de mamadas
● Inadequado ganho ponderal
AVALIAÇÃO DA ICTERÍCIA
Zonas de Kramer:

● Níveis:

● I = CABEÇA E PESCOÇO
● II = ATÉ O UMBIGO
● III = ATÉ A RAIZ DAS COXAS
● IV = PERNAS E BRAÇOS
● V = MÃOS E PÉS
ZONAS DE KRAMER
TRATAMENTO

● Fototerapia

● Exsanguinitransfusão

● Drogas adjuvantes
BILIBED CUIDADOS COM O RN
EM FOTOTERAPIA

● Proteger os olhos com cobertura radioopaca


● Retirar a fralda do Rn (depende da conduta
médica)
● Medir, quando possível, a irradiação ou verificar o
tempo de uso das lâmpadas
● Controle de temperatura
● Hidratação adequada
EFEITOS COLATERAIS

● Alteração do equilíbrio hídrico


● Erupção cutânea
● Hipertermia
● Queimaduras
● Bronzeamento
● Diarréia
SEPSE NEONATAL
SEPSE NEONATAL

● É a ocorrência de microorganismos patogênicos ou de


suas toxinas no sangue ou nos tecidos. Pode ocorrer
antes ou depois do parto.
FISIOPATOLOGIA
● O RN é susceptível a infecções porque o seu sistema
imunológico é imaturo e reage lentamente. Os microrganismos
patogênicos atravessam a placenta e chegam á circulação fetal
ou sobem pela vagina e começam a se multiplicar, o RN é
então exposto a microrganismos do canal do parto infectado
durante o processo de nascimento.
CAUSAS

● Bactérias, vírus e fungos;

● Com maior frequência bactérias


● Gram negativas como: Escherichia colli,
Aerobacter e Klebsiella
● Gram positivas como: estreptococos beta-
hemolíticos;

● Ruptura prolongada das membranas.


ACHADOS CLÍNICOS
● Instabilidade térmica;

● Alteração dos padrões de alimentação, como sucção


insuficiente e diminuição da ingestão;

● Apnéia;

● Hiperbilirrubinemia;

● Distensão abdominal;

● Alteração da cor da pele, incluindo mosqueteamento, palidez


e cianose.
RESULTADOS DE
EXAMES
● Hemoculturas positivas para o microrganismo
causal;

● Hemograma completo pode mostrar anemia,


leucopenia, neutropenia grave ou não e, em geral,
trombocitopenia.

● Saturação de oxigênio abaixo de 94%.


INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM
● Colher material para exames laboratorial;

● Ajude nas medidas de suporte ventilatório, incluindo


oxigenoterapia, como prescrito;

● Monitore o equilíbrio hidroeletrolítico;

● Inicie medidas de suporte cardiovascular, como necessário.

● Dê apoio a família;
SÍNDROME DA ASPIRAÇÃO
DO MECÔNIO
SÍNDROME DA
ASPIRAÇÃO DO
MECÔNIO

● É a aspiração do mecônio (primeira fezes do RN)


para os pulmões. Ocorre, tipicamente, na primeira
respiração ou enquanto o feto está no útero. O
mecônio é uma substância espessa, pegajosa e verde-
escura. Pode ser observada no líquido amniótico
depois de 34ª semana de gestação.
CAUSAS
● É com frequência relacionada a sofrimento
fetal durante o trabalho de parto.
FATORES DE RISCO PARA
A SAM

● Idade gestacional ● DMM;


avançada (maior que 40
semanas);
● HA materna;

● Parto difícil;
● Crescimento intra-
uterino deficiente.
● Sofrimento fetal;

● Hipóxia intra-uterino;
ACHADOS CLÍNICOS

● Hipóxia fetal por alteração da atividade fetal e da


frequência cardíaca fetal;
● Coloração verde-escuro do líquido amniótico ou raias
verde-escuro observadas nas rupturas das membranas;
● Presença óbvia de mecônio no líquido amniótico;
● Coloração esverdeada da pele de RN(se o mecônio foi
eliminado bem antes do parto) e também na placenta.
TRATAMENTO

● Suporte respiratório por ventilação mecânica;

● Manutenção de um ambiente técnico neutro;

● Administração de surfactante e de um antibiótico;

● Oxigenação
INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM
● Durante o trabalho de parto, monitorização contínua do feto á
procura de sinais e sintomas de sofrimento;

● Inspecione imediatamente qualquer líquido eliminado com a


ruptura das membranas;

● Ajude a aspiração orotraqueal imediatamente antes da primeira


respiração, conforme a indicação;
INTERVEÇÕES DE
ENFERMAGEM

● Avalie com frequência os sinais vitais do RN;

● Administre tratamentos como: oxigênio e suporte


ventilatório, como prescrito;

● Institua medidas para manter um ambiente técnico


neutro;

● Forneça á família apoio emocional e orientação.


HIPOGLICEMIA
HIPOGLICEMIA

 A hipoglicemia neonatal é um quadro clínico caracterizado


por baixos índices de açúcar no sangue do recém-nascido
(glicemia menor que 40 mg%), o que depende sobretudo
de alguns comportamentos ou necessidades da gestante.

 Geralmente acontece nas primeiras 72 horas de vida e se


o diagnóstico e tratamento não forem feitos a tempo pode
levar o recém-nascido a óbito ou a danos cerebrais
permanentes.
HIPOGLICEMIA

 Estão em risco neonatos GIG, PIG, prematuros e


sob estresse
 Pode ser assintomática
 Os RN podem apresentar letargia, dificuldades de
alimentação, irritabilidade ou convulsões
CAUSAS

 Estão relacionadas principalmente à mãe. As mais


comuns são a ingestão de álcool, drogas e certos
medicamentos durante a gestação.

 No caso de mães diabéticas é comum que o bebê


nasça também com excesso de peso pesando quatro
quilos ou mais – RN GIG.
DIAGNÓSTICO

 Diagnóstico laboratorial é realizado a partir da


dosagem da glicemia em sangue venoso do bebê. Os
valores da glicemia no sangue total é cerca de 15%
menor que no plasma e no soro.

 Valor abaixo de 40 mg% indica hipoglicemia.


ANEMIA
ANEMIA

 O recém nascido com anemia por perda de sangue


aguda apresenta-se com sinais de
hipovolemia(taquicardia, má perfusão e hipotensão)
com hematócrito inicialmente normal, que cai depois
da reposição de volume.
CAUSAS

 Anemia pode ocorrer quando glóbulos vermelhos são


decompostos rapidamente demais, sangue demais é perdido ou a
medula óssea não produz glóbulos vermelhos em quantidade
suficiente.
 Caso haja perda de sangue meos grave ou o sangue seja perdido
gradualmente, o recém-nascido parece normal, mas pálido.
SINTOMAS

 A maioria dos bebês com anemia leve ou moderada


não apresenta sintomas. Anemia moderada pode
resultar em lentidão (letargia), má alimentação ou
nenhum sintoma.

 Recém-nascidos com perdas súbitas de grandes


quantidades de sangue durante o trabalho de parto ou
ao parto podem entrar em choque, parecer pálidos,
apresentar frequência cardíaca acelerada, baixa
pressão arterial e respiração rápida e superficial.
TRATAMENTO

 A maioria dos bebês apresenta anemia leve e não precisa de


tratamento.
 Recém-nascidos que perderam rapidamente grandes
quantidades de sangue, muitas vezes durante o trabalho de
parto e ao parto, são tratados com fluidos intravenosos
seguidos de transfusão.
POLICITEMIA
POLICITEMIA

 Uma concentração elevada de glóbulos vermelhos


torna o sangue espesso e pode fazer o sangue fluir
lentamente pelos pequenos vasos sanguíneos.

 A maioria dos recém-nascidos afetados não apresenta


sintomas, mas ocasionalmente apresenta coloração
escura ou rosada, letargia, má alimentação e, muito
raramente, convulsões.
DIAGNÓSTICO

 O diagnóstico é inferido a partir de um exame que


mede a quantidade de glóbulos vermelhos no
sangue.
TRATAMENTO

 Hidratação,
 monitorização da glicemia,
 monitorização de bilirrubina e observação de
aparecimento de sintomas;
 Realizar sangria preferencialmente pela veia
umbilical e infundir concomitantemente o mesmo de
soro fisiológico por veia periférica.
INFECÇÕES CONGÊNITAS
MAIS COMUNS
 INFECÇÃO POR CITOMEGALOVIRUS
 Achados: Petéquias, exatema petequial azuláceo, restrição do
crescimento, microcefalia, hiperbilirrubinemia direta,
trombocitopenia,calcificações intracranianas e coriorretinite.
 Diagnostico: cultura de vírus na urina ou in utero (amostra de
liquido retirada da amniocentese.
 Pode ser adquirida no momento do parto, pós-natal, ingestão de
leite materno.
 Uso de hemácias, sangue com depleção de leucócitos.
Rubéola

 Doença da mãe durante a gravidez


 Diagnostico: quadro clínico característico da mãe, e
confirmado quadro de aumento de imunoglobulina
M(IgM) especifica para rubéola no soro ou cultura de
secreções na faringe do lactente.
 Características: microcefalia e encefalite, catarata,
retinopatia e microftalmia, restrição do crescimento,
surdez.
Rubéola
Varicela

 Rara
 Hipoplasia, cicatrizes cutâneas, microcefalia,
atrofia cortical, coriorretinite e catarata.
 Neonatos prematuros hospitalizados de pelo
menos 28 semanas e suas mães não tenham
histórico da doença, e todos os recém-nascidos
hospitalizados com menos de 28 semanas de IG
devem receber globulina imune para varicela.
Toxoplasmose

 Protozoário Toxoplasma Gondii.


 Complicações: deficiencia intelectual, visual e
dificuldades de aprendizado.
 Fontes: fezes de gato e ingestão de carne crua ou
mal cozida
 Achados clínicos: restrição do crecimento,
coriorretinite, convulsões, icterícia, hidrocefalia,
microcefalia, adenopatia, catarata, pnaumonia entre
outros.
 Diagnósticos: IgA, imunoglobulina E(IgE) ou IgM
positiva especifica para toxoplasmose nos primeiros
seis meses de vida, elevação dos niveis de IgG
comparado com o materno.
 Suspeitos devem realizar exames de auditivos,
oftalmológicos e uma TC do cérebro.
 Tratamento: Espiramicina (evitar transmissão materna)
 Neonatal: pirimetamina e sulfatiazina com acido folinico.
Sífilis congênita

 Transmissão do protozoário transplacentário


Treponema Pallidum.
 Complicações: Natimorto ou Prematuridade
 Avaliação: exame físico, teste sorológico para sífilis
quantitativo, hemograma completo, exame de liquido
cerebrospinal (p/ contagem de células, proteínas e
VDRL, radiografias de ossos longos
 A taxa de infecção da transmissão vertical do T. pallidum em
mulheres não tratadas é de 70 a 100%, nas fases primária e
secundária da doença, reduzindose para aproximadamente 30%
nas fases tardias da infecção materna (latente tardia e terciária).
 Há possibilidade de transmissão direta do T. pallidum por meio
do contato da criança pelo canal de parto, se houver lesões
genitais maternas.
 Durante o aleitamento, ocorrerá apenas se houver lesão
mamária por sífilis.
Sífilis congênita
OBRIGADO!

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