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CENTRO UNIVERSITÁRIO

UniAges

EULA SENA DOS REIS

RELATORIO-CASO CLINICO SEMANAL

Relatório apresentado ao Curso de


Nutrição: Bacharelado, sob orientação
da profª Aydil Martins na disciplina
Estagio de Nutrição Clinica.

Tucano-BA
Maio, 2019.
UNIAGES
COLEGIADO DE NUTRIÇÃO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO – NUTRIÇÃO CLÍNICA

Introdução
A paciente avaliada apresentou diagnóstico de anemia por metrorragia,,
sangramento uterino disfuncional, o qual se refere a estímulos hormonais inadequados
sob o endométrio, a metrorragia trata-se de um sangramento uterino irregular que ocorre
fora do período menstrual da mulher e estes distúrbios menstruais podem ocasionar
anemia, como no caso da paciente hospitalizada (PETRACCO, et al, 2009). Além disso,
a paciente também apresentou em seu diagnóstico varizes esofágicas, como sequelas da
esquistosomosse.
Clinicamente a Leishmaniose trata-se de uma doença sistêmica crônica,
caracterizada pela febre de longa duração, perda de peso, astenia (diminuição da força
muscular), anemia, entre outros (PELISSARI et al, 2011). A esquistosomosse provoca
um bloqueio do fluxo portal intra-hepático, provocado pelos ovos e granulomas,
levando a uma fibrose em torno dos ramos portais, a hipertensão portal resulta nesse
fenômeno e é uma das responsáveis pelo desenvolvimento de varizes esofágicas.
A anemia surge em decorrência de hemorragias excessivas, quando a perda de
glóbulos vermelhos excede a produção de novos glóbulos, quando o corpo enfrenta uma
perda de sangue excessiva, absorve água dos tecidos para a corrente sanguínea em uma
tentativa de preencher os vasos sanguíneos, como consequência, o sangue fica diluído e
o hematócrito é reduzido (PETRACCO, et al, 2009).
O papel da nutrição na anemia por metrorragia é promover uma alimentação rica
em ferro, a fim de controlar a anemia desenvolvida, evitando que a situação do paciente
venha se complicar, é necessário introduzir uma suplementação férrica, visto que a
condição da paciente exige estratégias mais rápidas. Além disso, é necessário se atentar
a oferta dos alimentos, uma vez que as varizes esofágicas dificultam a deglutição da
comida, portanto, cabe fornecer uma dietoterapia específica e bastante individualizada a
fim de melhorar o quadro da paciente.
A estratégia a ser utilizada é fornecer uma alimentação pastosa, a fim de facilitar
o processo de mastigação e deglutição da paciente, evitando hemorragia esofágica,
alimentos ricos em ferro e vitamina K um importante coagulador sanguíneo.
O intuito da intervenção nutricional deve manter o objetivo de melhorar as
condições apresentadas pelo paciente, amenizar dores e sintomas, reduzir as
complicações das patologias apresentadas, fornecer uma alimentação adequada em
nutrientes, suficientemente palatáveis e que tragam benefícios a saúde do paciente.
2. Desenvolvimento

•  Avaliação antropométrica
Altura do Joelho: 55 Circunferência do braço: 30

P: (AJ x 1,24) + (CB x 2,97) – 82,48 A: 68,10 + (1,87 x AJ) – (0,06 x I)


(54 x 1,24) + (24 x 2,97) – 82,48 68,10 + (1,87 x 54) – (0,06 x 45)
66,9 + 71,2 – 82,48 68,10 + 100,9 – 2,7
55,62kg 166, 3cm
IMC: 55,62: 20, 22 – Eutrofia
1,66²
Ao realizar a avaliação total do paciente, os valores encontrados foram: Altura: 1,66m,
peso: 55,62 kg. Altura do Joelho (AJ): 54 cm e 24 cm de Circunferência do Braço (CB).

  Avaliação dietética

A paciente apresenta boa aceitação da dieta, necessitando de uma prescrição dietética


pastosa e rica em ferro.

Avaliação Bioquímica

A paciente apresentou alterações nos exames laboratoriais, no leucograma todos os


resultados encontram-se abaixo dos valores de referência, os leucócitos encontram-se
baixos, permitindo que o paciente fique exposto a doenças infecciosas, além dos
eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos. No hemograma, as alterações foram
encontradas nas hemácias, hemoglobina, hematócrito, V.C.M, e H.C.M, os valores
encontram-se baixos, além das plaquetas que também estão reduzidas, sendo necessário
a transfusão sanguínea para a paciente, devido a hemorragia intensa.

Avaliação de sinais clínicos


Paciente deu entrada no hospital com sangramento vaginal intenso, palidez e fraqueza.

Diagnóstico Nutricional:

A paciente avaliada apresentou Eutrofia de acordo com classificação do IMC.

Elaboração do plano alimentar

Cálculo da NEE do paciente;

TMB:

665 + (9,6 x p) + (1,8 x E (cm)) – (4,7 x I) VET= TMB x FA x FI x FT


665 + (9,6 x 55,62) + (1,8 x 166,3) – (4,7 x 45) 1276,8 x 1,3 x 1,0 x 1,1
665 + 533,95 + 299,34 – 211,5 1.825,82 kcal
1.276,8

Os cálculos das necessidades energéticas do paciente foram de 1.825,82 kcal, dos quais
ofertou-se 1.864, distribuídos em 58% de carboidrato, 20% de proteína e 22% de
lipídios.

Cálculo da distribuição calórica das refeições;

No café da manhã foram ofertas 319 kcal; 121 no lanche; 718 no almoço; 265 no lanche
da tarde; 252 no jantar e 222 kcal na ceia.

Cálculo da distribuição calórica dos macronutrientes.


CHO: 1.081,12 kcal; PTN: 372,8 LIP: 410,08.

1. Conclusão

A intervenção nutricional é essencial para a melhoria do quadro apresentado pela


paciente, objetivando aumentar o suprimento férrico, a fim de evitar complicações como
fadiga, cansaço, tonturas, além disso, ofertar uma alimentação equilibrada em
nutrientes, fornecendo refeições práticas e pastosas, para não comprometer as condições
esofágicas, promovendo hemorragias. O manejo nutricional nas patologias e
deficiências nutricionais visa melhorar a qualidade de vida e a saúde do paciente.

4. Referencias Bibliográficas

PETRACCO, A..; BADALOTTI, M.; ARENT, A.. Sangramento uterino anormal.


Femina, 37(7), 389-394, 2009.
PELISSARI, D.M. et al. Tratamento da Leishmaniose Visceral e Tegumentar americana
no Brasil. Revi Epidemiol. Serv. Saúde, v.20, n.1, 2011.

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