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Distúrbios Respiratórios
Introdução

Manifestações respiratórias

Causas pulmonares*

Causas cardíacas

Causas metabólicas (hipoglicemia)

Causas hematológicas (policitemia, anemia)

Outras

Exame clínico

Taquipneia (FR ≥ 60)

Desconforto respiratório

Batimento de asas nasais

Gemido

Retrações intercostais

Apneia e cianose (não necessariamente é um sinal imediato de


gravidade)

Síndrome do desconforto respiratório


= doença da membrana hialina

Fisiopatologia

Causada pela deficiência qualitativa e/ou quantitativa de surfactante


pulmonar

É uma substância que começa a ser produzida pela parede alveolar


(célula pneumócito tipo II) na 20-24ª sem de gestação

Formado por lipídios (fosfatidilcolina)* + proteínas

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Função: diminui tensão superficial ar/líquido (ou seja, evita o
colabamento do alvéolo na expiração)

Desse modo, o alvéolo colaba na expiração → são formadas


microatelectasias por todo o parênquima pulmonar

Fatores de risco

Prematuridade* (≤ 37 sem): + prematuro → + gravidade (< 34 sem)

Asfixia

Mãe diabética (insulina que o bebê produz em resposta à hiperglicemia


desequilibra o efeito do pneumócito tipo II)

Sexo masculino e etnia branca

Partos múltiplos, cesárea, gestações múltiplas

Fatores de proteção

Paciente PIG por CIUR (devido hipertensão crônica ou gestacional)

Rotura prolongada de membranas, uso materno de heroína

Profilaxia com corticoide na gestação

Quadro clínico + Diagnóstico

Taquipneia e sinais de desconforto

Surgem logo após o nascimento (sala de parto, primeiras horas de vida)

Pioram ao longo do 1º dia de vida, tendo pico com 48h

Radiografia de tórax*

Inicialmente pode ser normal

Infiltrado reticulogranular fino (vidro moído/fosco/esmerilhado)

Broncograma aéreo (ar na árvore traqueobrônquica)

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Aerobroncograma + Hipotransparência difusa, com infiltrado reticulogranular
(“pontilhados”) devido às microatelectasias/microconsolidações alveolares

Gasometria arterial

Hipoxemia (diminuição de PO2)

Aumento de PCO2 (acidose respiratória - diminuição de pH)

Às vezes, pode acompanhar distúrbios (sepse, taquipneia transitória do


rn) → cultura de sangue e LCR

Tratamento

Cuidados gerais

Estabilização inicial

Dieta zero + suporte nutricional IV

Controle térmico rigoroso (manter temperatura 36,5–37,5ºC)

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Controle hídrico rigoroso (hidratação venosa)

Suporte respiratório

CPAP nasal (pressão positiva contínua - ventilação não-invasiva): p/


casos leves, pois previne colabamento alveolar (que nesses casos
ainda não ocorreu; ou seja, sem hipoxemia, acidose respiratória,
apneia…)

Ventilação mecânica (invasiva): p/ insuflar alvéolos colabados.


Indicações (sem consenso) → pH < 7,2; PaCO2 60; satO2 < 90%
com FiO2 0,4–0,7 e CPAP nasal 5–10; apneia persistente ou grave

Surfactante pulmonar exógeno

Naturais* (survanta, infasurf, curosurf), naturais modificados e


artificiais (exosurf)

Administração intratraqueal (por cânula traqueal - em casos de


intubação - ou por cateter - menos invasivo)

Avaliar necessidade de doses adicionais a cada 6h, podendo


totalizar até 2-4 doses

Indicação (sem consenso): casos sem respostas a CPAP

Prevenção

Prevenção da prematuridade (assistência pré-natal adequada)

Corticoide antenatal (estimula produção de surfactante pelos


pneumócitos tipo II - maturação pulmonar)

Evitar asfixia

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