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DOENÇAS EXANTEMÁTICAS

Doenças cuja manifestação clínica principal é a presença de uma erupção cutânea

Período de Incubação Pródromos Exantema


Febre, sinais típicos, Tipo
1 – 3 semanas (nas doenças
enantemas Progressão
exantemáticas virais)
Já transmite! Descamação

 Exantema + febre presente: sarampo e rubéola


 Exantema + sem febre: eritema infeccioso, exantema súbito

SARAMPO
 “Parampo 36”
 Vírus da família Paramixovírus
 Doença de notificação compulsória imediata!

PRÓDROMOS EXANTEMA
Febre, tosse, coriza, conjuntivite (fotofobia) TIPO: MORBILIFORME (lesões máculo-papulares
com tendência à confluência e permeio de pele sã)
Enantema (manchas de KOPLIK): lesão INÍCIO: fronte, nuca, retroauricular (linha de
brancacenta envolta por um halo de implantação dos cabelos)
hiperemia, caracteristicamente na face PROGRESSÃO: craniocaudal lenta
interna das bochechas (patognomônico) DESCAMAÇÃO: furfurácea

Complicações
 Otite média aguda (mais comum)
 Pneumonia (mais mata)
o A PNM pode ser pelo próprio vírus do sarampo (PNM de células gigantes) ou uma PNM bacteriana
secundária.
 Encefalite (alta letalidade; não é comum)

Tratamento: Vitamina A

Profilaxia
 Pós-contato
o Vacina: até 3º dia (vacina de bloqueio) – para fins de bloqueio a primeira dose pode ser feita a partir
dos 6 meses (mas essa dose não deve ser considerada para a rotina)
o Imunoglobulina padrão: até 6º dia → grávidas, < 6 meses e imunocomprometidos (que sejam
suscetíveis)

RUBÉOLA
 Togavírus
PRÓDROMOS EXANTEMA
LINFADENOPATIA RETROAURICULAR,
OCCIPITAL e CERVICAL TIPO: RUBEOLIFORME (as lesões máculo-
SINAL DE FORSCHHEIMER (lesões róseas, papulares são isoladas)
puntiformes, no palato) → é bastante PROGRESSÃO: craniocaudal rápida
característico da rubéola, mas não é DESCAMAÇÃO: Ausente
patognomônico
ERITEMA INFECCIOSO
 Parvovírus B19
 Ao surgir a erupção cutânea não há mais eliminação viral
PRÓDROMOS EXANTEMA
Inexistentes ou inespecíficos TRIFÁSICO
FASE 1 Face esbofeteada (hiperemia / eritema em região malar)
Exantema reticulado / rendilhado (exantema máculo-papular com centro claro)
+ exantema → superfícies extensoras
FASE 2
Progressão: craniocaudal
Descamação: ausente / discreta
FASE 3 Recidiva (sol, calor, atividade física) – 1 a 3 semanas

EXANTEMA SÚBITO
 O HHV-6 é um membro da família dos herpes vírus, os quais podem estabelecer uma infecção latente ou
persistente. O HHV-6 pode estabelecer uma infecção latente nas glândulas salivares.
 É uma doença de lactentes
 Complicação mais comum: crise febril
 Diagnóstico diferencial não infeccioso → farmacodermia (prurido, eosinofilia)

PRÓDROMOS EXANTEMA
FEBRE ALTA (39-40°C)
TIPO: MACULOPAPULAR
PROGRESSÃO: início no TRONCO
CENTRÍFUGA (vai para as extremidades)
Some em crise. Logo após, Tende a desaparecer rapidamente, sem descamação
surge o exantema!

VARICELA
 “Varicela 54”
 Infecção primária pelo vírus Varicela-Zoster (VVZ)
 Febre na fase prodrômica que persiste até 3-4 dias do início do exantema
 Lesões em crostas → não é mais infectante (paciente pode voltar às atividades habituais)

PRÓDROMOS EXANTEMA
TIPO: VESICULAR PLEOMÓRFICO
Mácula → pápula → vesícula → pústula → crosta
Pode ocorrer infecção secundária
INESPECÍFICOS Pruriginoso / acomete mucosas
PROGRESSÃO: centrífuga; mas com distribuição
centrípeta
Descamação ausente

Profilaxia pós-contato
 Vacina: até 5 dias após exposição
 IGHAVZ: até 4 dias (96h)
o Imunodeprimidos
o Grávidas
o RNPT (< 28 sem: sempre / ≥ 28 sem: se mãe não teve varicela)
o RN de mãe com varicela de 5 dias antes até 2 dias após o parto
o Controle de surto hospitalar em < 9 meses

Tratamento
 ACICLOVIR VO – encurta a fase da viremia
o Maiores de 12 anos
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA
 Coxsackie A16
 Vesículas em mãos e pés, pápulas em região glútea
 Vesículas em cavidade oral

ESCARLATINA

PRÓDROMOS EXANTEMA
TIPO: MICROPAPULAR (pele com aspecto de
DOENÇA ESTREPTOCÓCICA: FARINGITE lixa)
SINAL DE PASTIA = acentuação do exantema
ENANTEMA: LÍNGUA EM MORANGO (papilas nas áreas de dobras (principalmente: fossa
linguais hiperemiadas e hipertrofiadas) → 1º antecubital)
Língua em morango branco / 2º Língua em SINAL DE FILATOV (palidez perioral)
morango vermelho PROGRESSÃO: CENTRÍFUGA
DESCAMAÇÃO: LAMELAR ou LAMINAR

 Tratamento: PENICILINA BENZATINA


 Principal diagnóstico diferencial: doença de Kawasaki

DOENÇA DE KAWASAKI
A causa da doença ainda não é bem estabelecida, mas diversos fatores parecem apontar para uma causa de
provável origem infecciosa. Parece haver ainda alguma predisposição genética, o que explicaria a maior incidência da
doença em crianças de origem asiática, independentemente do local de moradia.

FEBRE (5 DIAS)
+
Conjuntivite
Alterações em lábios / cavidade oral
Adenomegalia
Exantema
Alterações em extremidades

 Mais comum em < 5 anos


o A escarlatina é mais comum em > 5 anos

DOENÇA PRÓDROMOS EXANTEMA COMPLICAÇÕES


Tosse Linha do cabelo
SARAMPO Otite média aguda
Fotofobia Descamação
(Paramixovírus) Pneumonia
Koplik furfurácea
RUBÉOLA Artropatia
Linfadenopatia ---
(Togavírus) Rubéola congênita
Face esbofeteada
ERITEMA INFECCIOSO Exantema Crise aplásica
---
(Parvovírus B19) rendilhado Artropatia
Recidiva
EXANTEMA SÚBITO Febre alta –
Início no tronco Crise febril
(Herpes vírus humano tipo 6) some em crise
ESCARLATINA Faringite Micropapular Supurativas
(S. pyogenes) Língua em Filatov (peribucal) Febre reumática
Exotoxina pirogênica morango Pastia (pregas) GNPE
Infecção 2ária
VARICELA Vesículas
--- Varicela progressiva
(Vírus varicela-zoster) Pleomorfismo
SNC: ataxia cerebelar

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