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Cirurgia

Classificação de Hinchey para diverticulite e conduta de cada grau


Hinchey I: abscesso pericólico - antibioticoterapia (ceftriaxona/ ciprofloxacina + metronidazol);

Hinchey II: abscesso pélvico - drenagem percutânea + antibioticoterapia (ceftriaxona/


ciprofloxacina + metronidazol);
Hinchey III: peritonite purulenta generalizada - lavagem laparoscópica ou laparotomia de
urgência (cirurgia à Hartmann);
Hinchey VI: peritonite fecal generalizada - laparotomia de urgência (cirurgia à Hartmann).

Bate e pronto da dor abdominal


• Dor periumbilical que migra para a fossa ilíaca direita → Apendicite
• Dor abdominal que se localiza na fossa ilíaca esquerda → Diverticulite
• Dor abdominal em faixa no epigastro que irradiada para dorso → Pancreatite
• Dor abdominal com abdome em tábua → Abdome agudo perfurativo
• Dor em hipocôndrio direito com Murphy positivo → Colecistite
• Dor abdominal desproporcional ao exame físico com história de arritmia → Isquemia
mesentérica
• Dor abdominal com distensão e hiperperistalse → Obstrução intestinal

Classificação das úlceras gástricas e complicações


Tipo I e IV: hipocloridria. Obs.: tipo I pode ser normo/hiper.
Tipo II e III: hipercloridria.

Úlcera duodenal x Úlcera Gástrica


Sempre biopsiar e
 repertir EDA após TTO
Características Mais comum
*Chance de CA Gástrico
Relação com
Melhora a epigastralgia Piora a epigastralgia
alimentos
I e IV: Hipocloridria
[HCl] Hipercloridria
II e III: Hipercloridria
Bulbo duodenal
Localização Pequena Curvatura
Perfuração: anterior
habitual (Tipo I)
Sangramento: posterior

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Cirurgia

Sinais semiológicos na dor abdominal


Apendicite aguda

Sinal de Blumberg: descompressão dolorosa durante a palpação do ponto de McBurney.

Sinal de Rovsing: dor sentida na fossa ilíaca direita durante a palpação profunda da fossa ilíaca
esquerda.

Outros: sinal do obturador, sinal do Psoas, sinal de Dunphy.

Colecistite aguda

Sinal de Murphy: parada súbita da respiração na inspiração por dor à palpação do hipocôndrio
direito (ponto cístico).

Pancreatite aguda

Sinal de Cullen e sinal de Grey-Turner: equimose periumbilical e nos flancos, respectivamente.

Tumor periampular

Sinal de Courvoisier-Terrier: vesícula biliar palpável e indolor em paciente ictérico.

Acalásia: diagnóstico e tratamento


Exame diagnóstico: esofagomanometria com deficit do relaxamento do esfíncter esofagiano
inferior e peristaltismo no esôfago distal.
Principal tratamento cirúrgico: miotomia de Heller modificada.

Aspecto em "bico de pássaro"


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Cirurgia

Classificação de Forrest para úlceras e sua finalidade

FORREST

IA: em jato; IB: babação


IIA: vaso/ coto vascular visível;
IB: coágulo;
IIC: hematina
III: base limpa (fibrina)

A classificação é utilizada para prever o risco de ressangramento.


Alto/moderado risco: Forrest I (todos), IIA e IIB. Nesses casos, deve-se realizar terapia
endoscópica.

Prevenção de sangramento em paciente com varizes de esôfago


Profilaxia primária: betabloqueador ou ligadura elástica - Betabloqueador é o mais utilizado.
Profilaxia secundária: betabloqueador + ligadura elástica.

Bate e pronto das hérnias


• Hérnia de Amyand: o que contém? Apêndice
• Hérnia de Littré: o que contém? Divertículo de Meckel
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Cirurgia

• Hérnia de Richter: o que contém? Borda antimesentérica da alça


• Hérnia de Spiegel: por onde se insinua? Linha semilunar ou pararretal externa
• Hérnia de Bochdalek: diafragmática posterior
• Principal cirurgia para hérnias com uso de tela: Lichtenstein

Classificação de Nyhus e correlação com os vasos epigástricos inferiores

Tipo I Indireta com anel inguinal interno normal

Tipo II Indireta com anel inguinal interno alargado

Tipo III Defeito na parede posteiror (a-direta; b-indireta; c-femoral)

Tipo IV Recidivada (a-direta; b-indireta; c-femoral; d-mista)

Hérnia inguinal direta: hérnia DIRETA é MEDIAL aos vasos epigástricos inferiores.
Hérnia inguinal indireta: hérnia INDIRETA é LATERAL aos vasos epigástricos inferiores.

Hemorroida x Fissura anal


Fissura: dor (local mais comum: linha média posterior)
Hemorroida: sangramento. Se tiver dor: trombose
Hemorroidas internas: classificação e tratamento
Todas: mudanças dietéticas (mais água e mais fibras)
Grau I: sem prolapso - ligadura elástica
Grau II: prolapsa e retorna espontaneamente - ligadura elástica
Grau III: prolapsa e retorna após a redução manual - ligadura elástica ou hemorroidectomia
(mais eficaz)
Grau IV: prolapsada (não retorna) - hemorroidectomia

Obstrução intestinal alta vs baixa


Clínica:
Alta: vômitos precedem a dor
Baixa: dor antecede o vômito
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Cirurgia

Radiografia:
Alta: distensão central e empilhamento de moedas
Baixa: distensão periférica e presença de haustrações
Causas:
Alta: brida (aderências por cirurgias abdominais ou pélvicas)
Baixa: neoplasia

As principais tríades (e pêntade)


a) Tríade de Charcot: dor no quadrante superior direito, icterícia e febre = Colangite.
b) Pêntade de Reynolds: tríade de Charcot + hipotensão + confusão mental.
c) Tríade da isquemia mesentérica crônica: dor abdominal pós-prandial, perda de peso
e aversão à comida.
d) Tríade da isquemia mesentérica aguda: dor abdominal desproporcional aos achados
clínicos abdominais, fezes sanguinolentas e fonte embólica óbvia (fibrilação atrial).
e) Tríade da intussuscepção intestinal: fezes em geleia de morango, massa abdominal
palpável e dor abdominal.
f) Tríade da acalásia de esôfago: emagrecimento, disfagia e regurgitação.
g) Tríade letal: hipotermia, acidose e coagulopatia = Trauma gravíssimo.
h) Tríade de Beck: hipotensão, hipofonese de bulhas e turgência jugular = Tamponamento
cardíaco.
i) Tríade de Horner: ptose ipsilateral, miose e anidrose = Tumor de Pancoast.

Câncer de estômago: classificação de Borrmann, de Lauren e principais

Borrmann II: Borrmann III: Borrmann IV:


Borrmann I:
lesão ulcerada lesão ulcerada lesão infiltrativa
lesão polipoide
com bordas elevadas com infiltração difusa - linite plástica

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Cirurgia

Classificação de Lauren: subtipo difuso VS intestinal


Intestinal: correlacionado com infecção pelo H. pylori, gastrite atrófica/ anemia perniciosa,
mais comum em homens > 50 anos, menos agressivo, exofítico ou polipoide e bem
diferenciado.
Difuso: acomete mais mulheres jovens, correlacionado ao tipo sanguíneo A, ulcerativo ou
difusamente infiltrativo, pouco diferenciado.

Principal cirurgia:
Lesão proximal: gastrectomia total + linfadenectomia D2.
Lesão distal: gastrectomia subtotal + linfadenectomia D2.

Câncer colorretal
• Pólipo com principal risco de transformação maligna: viloso (vilão).

• R
astreamento: pacientes assintomáticos não alto risco dos 50 a 75 anos (nível evidência A)
e a partir dos 45 anos (nível de evidência B)
− Sangue oculto nas fezes: anual
− Colonoscopia: 10/10 anos
• Retossigmoidoscopia: 5 anos

• Topografia conforme sintomas:


− Cólon direito: assintomático - anemia ferropriva
− Cólon esquerdo: alterações do hábito intestinal + fezes de menor calibre
− Reto: tenesmo + hematoquezia

• Estadiamento: TC de tórax e abdome + USG endorretal ou RNM de pelve (CA de reto)


+ CEA (prognóstico e seguimento)

Tumor de reto baixo: tratamento


Lesão de até 5 cm da margem anal.
Tratamento: Quimio e radio neoadjuvantes para evitar a cirurgia com colostomia definitiva
(cirurgia de Miles ou ressecção abdominoperineal)

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Cirurgia

Anamnese,
exame físico
e TSH

TSH TSH normal/


reduzido elevado

Cintilo USG

Nódulo Nódulo
Nódulo Nódulo
não suspeito > 1cm ou
“quente” “frio” ou < 1cm suspeito

Tratar USG Follow PAAF


UP

Nódulo de tireoide
Sinais de malignidade na USG de tireoide:
• HIPOecoico
• Microcalcificações
• Hipervascularização central
• Altura > largura
• Halo irregular/ ausente
Lembre-se que, em carcinoma FOLICULAR, o PAAF não consegue fechar o diagnóstico!

Links mentais no trauma de tórax


• Instabilidade hemodinâmica, desvio da traqueia, turgência jugular, hipertimpanismo,
murmúrios vesiculares diminuídos ou abolidos: pneumotórax hipertensivo (choque
obstrutivo);
• C
onduta inicial no pneumotórax hipertensivo → Toracocentese de alívio no 5º EIC (adultos)
entre linha axilar anterior e linha axilar média;
• Primeira conduta no pneumotórax aberto: curativo de 3 pontas;
• T
órax instável → Fratura de pelo menos 2 costelas consecutivas em 2 segmentos em
cada;
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Cirurgia

• Trauma de tórax com respiração paradoxal → Tórax instável;


• Exame físico - hemotórax: percussão maciça e pneumotórax: hipertimpanismo;
• Tratamento do hemotórax: toracostomia no 5º EIC (adultos) entre linha axilar anterior e
linha axilar média;
• Conduta contusão pulmonar: fisioterapia respiratória, analgesia e suplementação de O₂.

HEMOTÓRAX

Indicações de laparotomia no trauma penetrante


Evisceração, peritonite e instabilidade hemodinâmica (choque).
Exploração digital: trauma abdominal anterior por arma branca sem indicação imediata de
laparotomia.

Links mentais no trauma urológico


• Bexiga: diagnóstico da lesão com uretrocistografia retrógrada
− Laceração intraperitoneal: imagem de “orelhas de Mickey”;
Tratamento: cistorrafia.
− Laceração extraperitoneal: imagem em “chama de vela”;
Tratamento: cateter vesical por 2 semanas.
• Uretra
− Posterior: principal causa é fratura pélvica.
− Anterior: queda a cavaleiro (lesão da uretra bulbar) / fratura peniana.
Lembre-se de não realizar sondagem vesical antes de descartar lesão uretral.
• Testículo
− Torção: dor súbita + Sinal de Prehn positivo = USG testículo. Tratamento: cirurgia
− Diagnóstico diferencial: epididimite.
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Cirurgia

Bate e pronto do perioperatório


Medicações no pré-operatório
Suspendo: AAA - Antidiabéticos orais, Antiagregantes plaquetários e Anticoagulantes;
Mantenho: anti-hipertensivos, betabloqueadores, broncodilatadores, corticoides e doidos
(medicação psiquiátrica).

Jejum
Líquidos claros ou sem resíduos: até 2 horas antes;
Leite materno: 4 horas antes;
Antibioticoprofilaxia: cefazolina administrada 60 minutos antes da incisão da pele.

Classificação
Exemplos
da cirurgia

Cirurgia que não penetra tratos respiratório, urinário ou


Cirurgia gastrointestinal. Sem infecção, sem inflamação, sem trauma.
limpa Ex.: cirurgias cardíacas (safenectomia, revascularização
miocárdica), neurocirurgia, ortopédicas.

Cirurgias com pequena quantidade controlada/sem


Cirurgia extravasamento de conteúdo em trato respiratório (TR) ou
gastrointestinal (TGI).
limpa-contaminada
Ex.: apendicectomia, colecistectomia eletiva, perineoplastia.

Feridas acidentais, recentes, com quebra da técnica estéril,


com extravasamento importante em TR ou TGI. Feridas com
Cirurgia
inflamação aguda, não purulenta, encaixam-se aqui.
contaminada
Ex.: apendicectomia na presença de processo inflamatório;
colecistectomia com derramamento de bile infectada.

Inclui feridas traumáticas antigas com tecido desvitalizado


retido, e aquelas que envolvem infecção clínica existente ou
Cirurgia
víscera perfurada.
infectada
Ex.: apendicectomia supurada, debridamento de lesão por
pressão com tecido desvitalizado.

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Cirurgia

Superfície corpórea queimada

Correspondência da área anatômica com a porcentagem de superfície corporal


do cálculo da SCQ em adultos (esquerda) e crianças (direita).

Correspondência da área anatômica com a porcentagem de superfície corporal do cálculo


da SCQ em adultos (esquerda) e crianças (direita).
Os cálculos abaixo são os mais utilizados para o cálculo da reposição em 24h:
• Adulto: 2ml X SCQ X peso
• Pediátrico: 3 ml X SCQ X peso
• Queimadura elétrica: 4 ml x SCQ x peso (pensar em rabdomiólise)

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Clínica médica

Diabetes
Diagnóstico

Critérios diagnósticos para Diabetes Mellitus

Sintomas Presente Ausente

Apenas um exame Após um exame positivo deve-se


Diagnóstico positivo já é repetir a coleta para confirmação
suficiente (preferencialmente o mesmo exame)
Hemoglobina glicada ≥ 6,5%
Exames
Glicemia ≥ 200 Glicemia de jejum ≥ 126
laboratoriais
TOTG ≥ 200

*Lembre-se que o rastreio de DM está indicado para todos acima de 45 anos e que DM tipo 2
tem influência muito maior de história familiar do que DM tipo 1.

Tratamento - hipoglicemiantes
• Quais hipoglicemiantes promovem ganho de peso e hipoglicemia? Sulfonilureias e glinidas.
uais hipoglicemiantes promovem perda de peso e redução do risco cardiovascular?
• Q
Metformina, agonistas do GLP-1 e inibidores de SGLT-2.
uais hipoglicemiantes reduzem a mortalidade em pacientes com doença cardiovascular?
• Q
Agonistas do GLP-1 e inibidores de SGLT-2.

Classe Drogas Mecanismo de ação O que você precisa saber


Promove perda de peso e
redução de risco cardiovascular.
Aumento do efeito
Os eventos adversos mais
periférico da insulina
Biguanidas Metformina comuns são: diarreia, deficiência
e redução da produção
de vitamina B12 e acidose
hepática de glicose
lática. Não deve ser usada
em caso de TFG < 30.

Glibenclamida Aumento de Maior chance de hipoglicemia


Sulfonilureias
e gliclazida secreção de insulina e promove ganho de peso.

Reduz o risco cardiovascular,


Inibidores de Retardo na absorção
Acarbose mas é pouco usado devido
alfa- glicosidase e carboidratos
ao meteorismo e flatulência.

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Clínica médica

Aumento do efeito
Glitazonas Pioglitazona Promove ganho de peso.
periférico da insulina

Aumento da secreção Maior chance de hipoglicemia


Glinidas Repaglinida
de insulina pós-prandial e promove ganho de peso.

Inibidores de DPP-4
que elevam os níveis de
Gliptinas Linagliptina GLP-1, aumentando a É bem tolerado.
secreção de insulina de
acordo com a demanda

Promovem a perda de peso,


redução da PA, reduz risco
Agonistas cardiovascular e mortalidade
Glutidas Liraglutida
do GLP-1 em doenças cardiovasculares.
O evento adverso mais comum
é náusea.
Promovem a perda de peso,
redução da PA, reduzem
Inibidores de SGLT-2 o risco cardiovascular e
que inibem a mortalidade em doenças
Glifozinas Dapaglifozina
reabsorção de glicose cardiovasculares. Os eventos
nos túbulos renais adversos mais comuns são ITU
e candidíase vulvovaginal.
Contraindicado se TFG < 60.

Tratamento - insulinoterapia
As questões cobram que você saiba a velocidade de ação das diferentes insulinas. Como os
nomes são muito parecidos, lembre-se que as ultrarrápidas levam o nome de uma mulher e
as de ação longa levam o nome de um homem francês.

Ultrarrápidas
LisA Lisina
Lispro + Aspart + Glulisina

Longas
Deglu Degla
Degludeca + Determir + Glargina

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Clínica médica

NPH Regular
Aspecto leitoso Aspecto transparente
Ação intermediária Ação rápida
Início de ação em 2 horas Início de ação em 30 minutos
Pico em 4-10 horas Pico em 2-3 horas

Complicações da diabetes

Bate e pronto da cetoacidose diabética

Hiperglicemia (> 250 mg/dl)


Quais os três achados clínico-laboratoriais Cetonemia
que definem a cetoacidose diabética?
Acidose metabólica (pH < 7,3
e bic < 15 meq/L)
Conduta inicial e mais importante Reposição volêmica vigorosa
no manejo da cetoacidose diabética: com solução fisiológica

Contraindicação importante ao início da


insulinoterapia na cetoacidose diabética: Níveis séricos de potássio < 3,3 mEq/L

Quando a glicemia for menor que 200 mg/


dl, deve-se reduzir a infusão pela metade
Quando mudar a insulinoterapia
e iniciar a via SC. Quando resolução da
em bomba para via subcutânea?
acidose (pH > 7,3 e bic > 18 meq/L),
deve-se passar totalmente para a via SC.

Rastreio de complicações crônicas na DM:

• Quando iniciar? Após 5 anos de diagnóstico na DM 1 e ao diagnóstico na DM2

• Frequência? Anual

• Quais exames realizar?

− Retinopatia: fundo de olho

− Nefropatia: albuminúria e TFG

− Neuropatia: teste do monofilamento e índice tornozelo-braço (ITB)

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Clínica médica

Bate e pronto: hipertensão arterial sistêmica

Diuréticos tiazídicos
Quais os medicamentos de primeira linha IECA
para tratamento da hipertensão arterial
sistêmica? BRA
Bloqueadores de canais de cálcio
Dentre os efeitos colaterais dos tiazídicos, Hipovolemia, hiponatremia, hipocalemia,
quais os 4 hipo que ele pode causar? hipomagnesemia

Dentre os efeitos colaterais dos tiazídicos, Hiperglicemia, hiperlipidemia,


quais os 3 hiper que ele pode causar? hiperuricemia

Quais são as principais contraindicações Estenose bilateral das artérias renais,


para uso de IECA e BRA? gravidez, K > 5,5

Quais efeitos colaterais são causados


Tosse seca e angioedema
pelos IECA, mas não pelos BRA?

Qual é o efeito colateral mais comum com


Edema maleolar
uso de bloqueadores de canal de cálcio?

Crises hipertensivas

Pseudocrise Urgência Emergência hipertensiva


hipertensiva
> 180/120 > 180/120 Hipertensão COM lesão de
Definição por dor ou SEM lesão em órgão-alvo (IAM, edema agudo
estresse de pulmão AVE, encefalopatia)
emocional órgão-alvo
Anti-hipertensivos Anti-hipertensivos EV para queda
Tratar causa VO para
Tratamento normalização da de 15% da PA na primeira hora
base e 25% nas primeiras 24h
PA em 24/48h

Insuficiência cardíaca
Classificação de acordo com a fração de ejeção
• ICFER: FE < 40%
• ICFEP: FE ≥ 60%
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Clínica médica

Classificação funcional NYHA (para pacientes em estágios C e D)

Classificação funcional NYHA (para pacientes em estágios C e D)

Classe funcional Sintomas

NYHA I Apenas em atividades físicas vigorosas

NYHA II Em atividades usuais do dia a dia, como caminhar, fazer compras


e esforços moderados
Em mínimos esforços como escovar os dentes, pentear o cabelo
NYHA III
e amarrar o sapato
NYHA IV Em repouso

Drogas que mudam a mortalidade na ICFER

Drogas que mudam a mortalidade na ICFER

Betabloqueadores: metoprolol, carvedilol e bisoprolol

IECA/ BRA/ sacubitril-valsartana

Espironolactona

Hidralazina + nitrato (se for contraindicado IECA/ BRA)

IC descompensada

IC descompensada

Perfil Tratamento
Melhor prognóstico; ajustar dose das medicações de uso
A - Quente e seco
crônico.
B - Quente e úmido O mais comum; diuréticos e vasodilatadores.

C - Frio e úmido O mais grave; diuréticos com prudência + inotrópicos.

L - Frio e seco Hidratação cautelosa + inotrópicos.

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Clínica médica

Anemias
Bate e pronto: Anemias

Qual achado laboratorial mais sugere


Anemia hipocrômica e microcítica
anemia ferropriva no hemograma?

Quais os primeiros parâmetros


laboratoriais que se alteram na deficiência Ferro sérico e ferritina
de ferro?

Qual a principal alteração laboratorial que


Ferritina baixa! (< 15 ng/mL)
fecha o diagnóstico de anemia ferropriva?

Como está o TIBC* e ferritina na anemia


ferropriva? TIBC alto e ferritina baixa (< 15 ng/mL)
*capacidade total de ligação do ferro = TIBC
Doença crônica: TIBC baixo
Como diferenciar anemia ferropriva e ferritina normal
da anemia de doença crônica?
Ferropriva: TIBC alto e ferritina baixa

O que fazer diante de um idoso


Solicitar colonoscopia!
com anemia ferropriva?

Anemia macrocítica + neutrófilos


Quando suspeitar de anemia
hipersegmentados + sintomas
por deficiência de B12?
neurológicos

Suplementação de ferro profilática (em mg de ferro elementar)

Suplementação de ferro profilática (em mg de ferro elementar)


Ministério da Saúde
6 meses a 2 anos - 1 mg/kg/dia
Crianças nascidas a termo Sociedade Brasileira de Pediatria
e com peso de nascimento
> 2.500g* Sociedade Brasileira de Pediatria
3 meses a 2 anos COM fator de risco - 1 mg/kg/dia
6 meses a 2 anos SEM fator de risco - 1 mg/kg/dia
Gestantes 40 mg/dia

Pós-parto ou pós-abortamento 40 mg/dia por 3 meses


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Clínica médica

Pneumonia adquirida na comunidade

Provável agente etiológico - links mentais

S. pneumoniae
O mais comum. Possível de identificar por antígeno urinário
(pneumococo)

Haemophilus
O mais encontrado em exacerbação de DPOC
influenzae
O germe atípico mais comum. Pode causar manifestações
Mycoplasma
extrapulmonares, como anemia hemolítica, Stevens-Johnson,
pneumoniae
fenômeno de Raynaud, eritema multiforme e miringite bolhosa
Clínica e imagem mais graves, principalmente em lactentes e
Staphylococcus
pneumopatas. É comum aparecer derrame pleural, pneumonia
aureus
necrotizante e pneumatoceles
Klebsiella
Mais comum em DM, etilistas e idosos. Pneumonia do lobo pesado.
pneumoniae
Clínica grave. Hiponatremia por SIADH, aumento de transaminases
Legionella sp. e sintomas gastrointestinais. É possível identificá-lo por antígeno
urinário. Pode fazer sinal de Faget (febre sem taquicardia)
Pseudomonas
Pneumopatas e pacientes com uso recente de antibióticos.
aeruginosa

Estratificação de gravidade e definição de tratamento

• 0 ou 1 ponto: tratamento ambulatorial


• 2 pontos: internamento em enfermaria
• 3 a 5 pontos: internamento em UTI
*Se a ureia não estiver disponível,
internar o paciente a partir de 1 ponto.

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Clínica médica

Derrame pleural

Critérios de light

Proteína líquido pleural / sérica > 0,5

LDH líquido pleural / sérica > 0,6

LDH líquido pleural > 2/3 do valor do limite superior do LDH sérico (200UI/L)

Se nenhum critério de Light estiver presente: transudato.


Se algum critério de Light estiver presente: exsudato.

Critérios para derrame pleural complicado

Critérios para derrame pleural complicado


Aspecto purulento
Bacterioscopia positiva
pH < 7,2
Glicose < 40-60 mg/dl
LDH > 1.000 UI/L

Tuberculose

Tuberculose

Definição de sintomático respiratório Tosse > 3 semanas

Tosse produtiva + perda de peso


Quadro clínico clássico da TB pulmonar + febre vespertina + sudorese noturna

Teste rápido molecular OU baciloscopia


Diagnóstico de TB pulmonar no adulto (2 amostras). Sempre pedir cultura também!

Escore baseado em 4 critérios:


• PPD
Diagnóstico de TB na criança • Quadro clínico e radiológico
• Contato com adulto bacilífero
• Estado nutricional

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Clínica médica

Rifampicina
Isoniazida
Pirazinamida
Tratamento básico Etambutol
RIPE por 2 meses + RI por 4 meses
Notificar o caso + pesquisar contactantes
+ oferecer teste para HIV
Qual é a forma de TB extrapulmonar
TB pleural (ADA > 40 U/L)
mais comum?

Asma
Avaliação do controle de Asma
Controle da Asma

Asma
Critérios avaliados nas Asma Asma não
parcialmente
últimas 4 semanas controlada controlada
controlada
Sintomas diurnos
(2 ou mais vezes por semana)

Uso de medicações de alívio Nenhum 1 ou 2 3 ou 4


(2 ou mais vezes por semana) critério critérios critérios
preenchido preenchidos preenchidos
Sintomas noturnos(basta uma vez)

Limitação de atividades

DPOC
Classificação de acordo com os sintomas

Classificação mMRC

mMRC Sintomas

Grau 0 Dispneia apenas em exercício extenuante

Grau 1 Dispneia ao acelerar o passo no plano ou ao subir escadas/rampas


Anda mais lentamente que pessoas da mesma idade pela dispneia ou precisa
Grau 2 parar quando anda no seu próprio passo no plano
Precisa parar devido à dispneia após andar 100 metros no plano ou após alguns
Grau 3 minutos em subidas
Grau 4 Não consegue sair de casa devido à dispneia ou tem dispneia para se vestir

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Clínica médica

Estadiamento clínico (GOLD): lembre-se que a linha é definida pelo número de exacerbações
no último ano e a coluna pela sintomatologia.

(C) (D) ≥2

1
(A) (B)
0

mMRC 0-1 (ou) CAT < 10 mMRC ≥ 2 (OU) CAT ≥ 10

Avaliação combinada na DPOC

Bate e pronto DPOC

Interrupção do tabagismo
Quais são as condutas que mudam a Oxigenioterapia domiciliar
mortalidade na DPOC? Cirurgia para redução do volume pulmonar
Uso de VNI se apneia do sono associada
Gasometria arterial com PaO₂ < 55 mmHg
OU saturação de O₂ < 88%
Quais são as indicações de oxigenioterapia Se houver policitemia, cor pulmonale ou
domiciliar na DPOC? hipertensão pulmonar: gasometria arterial
com PaO₂ entre 55-60 mmHg
OU saturação de O₂ < 89%

Como diagnosticar exacerbação da Piora aguda dos sintomas respiratórios


como aumento da dispneia OU alteração
DPOC? de volume/cor do escarro.

Quais são os principais patógenos envolvidos Moraxella catarrhalis e Streptococcus


pneumoniae (pneumococo)
na exacerbação de DPOC?
“Muito Catarrhalis Purulento”
Antibioticoterapia
Broncodilatadores de curta duração
Quais são as principais medidas
para exacerbação de DPOC? Corticoide sistêmico
Oxigenioterapia com alvo de saturação
de O₂ entre 88 e 92%.

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Clínica médica

Hepatites virais

Bate e pronto das hepatites virais

Quais hepatites são de transmissão


Hepatites A e E
oral-fecal?

Qual é o único vírus da hepatite que tem


Hepatite B (HBV)
como material genético DNA?

Qual é a hepatite que mais cronifica? Hepatite C

Hepatite A: dose única aos 15 meses (PNI)


Quais hepatites são prevenidas através da
vacinação? Hepatite B: dose ao nascimento + doses
na pentavalente com 2, 4 e 6 meses (PNI)

Quais pacientes têm indicação de


TODOS!
tratamento para hepatite C?

Como é feito o diagnóstico de infecção Anti-HCV positivo + RNA-HCV positivo


ativa por HCV? (carga viral)

HBsAg: presença do vírus

Qual é o significado das sorologias Anti-HBs: imunidade


para HBV? Anti-HBe: replicação viral
Anti-HBc: história de contato com vírus
Hepatite B: poliarterite nodosa,
acrodermatite papular (Gianotti - Crosti)
Quais são as manifestações extra- e glomerulonefrite memBranosa.
hepáticas características? Hepatite C: glomerulonefrite
mesangioCapilar, líquen plano e
Crioglobulinemia.
Super infecção (paciente portador de
Hepatite B + D: qual tipo de infecção
hepatite B crônica que se infecta com
aumenta o risco de cirrose hepática?
hepatite D aguda)

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Clínica médica

Jogo rápido das taquiarritmias

Jogo rápido: Taquiarritmias

Ausência de onda P +
Fibrilação atrial intervalo R-R irregular

Ondas F
Flutter atrial (ondas em serra)

Taquicardia Ausência de onda P +


supraventricular intervalo R-R regular

Taquicardia QRS alargado


ventricular

Fibrilação Anarquia!
ventricular

QRS alargado
Torsades alternando entre
de pointes positivo e negativo

*Se houver taquiarritmia + instabilidade (hipotensão, rebaixamento do nível de consciência,


dor torácica, edema agudo de pulmão) = Cardioversão elétrica.

24 24
Clínica médica

Manejo da fibrilação atrial

Escore CHADS-VASC
C Insuficiência Cardíaca 1 ponto

H Hipertensão 1 ponto
Idade ≥ 75 anos (age) 2 pontos
A
Idade entre 65-74 anos 1 ponto
D Diabetes 1 ponto

S HPP de fenômenos cardioembólicos (AVE - “stroke”) 2 pontos

VASC HPP de doença vascular (DAC, DAP, Aortopatia) 1 ponto

SC Sexo feminino ("sex category") 1 ponto

Considerar anticoagulação a partir de 1 ponto

Parada cardiorrespiratória e RCP (ACLS)

Parada cardiorrespiratória e RCP (ACLS)

100 a 120 compressões/minuto


Compressão de ao menos 5 cm do tórax
Quais as características da massagem
Aguardar o retorno total do tórax
cardíaca de qualidade?
Minimizar interrupções
30 compressões: 2 ventilações

Quais são os ritmos chocáveis Fibrilação ventricular e taquicardia


(desfibrilação)? ventricular sem pulso (FV e TV sem pulso)

5H + 5T
Hipovolemia
Hipoxemia
H+ (acidose)
Hipotermia
Quais são as causas reversíveis de PCR? HipoK ou hiper K
Tensão no tórax (pneumotórax)
Tamponamento cardíaco
Toxinas (intoxicação exógena)
TEP
Trombose de coronárias (IAM)

25 25
Clínica médica

AESP (atividade elétrica sem pulso) e


Quais os ritmos não chocáveis? assistolia

Checar cabos + aumentar o ganho +


Qual é o protocolo da linha reta? mudar a derivação

Qual é a dose de epinefrina usada 1 mg


durante a RCP?

SEPSE

≥22 Frequência Respiratória

Quick-SOFA
≤14 Glasgow

≤100 Pressão Sistólica

Ilustração para memorização do quick SOFA

• Culturas
• Antibióticos
• Administrar
cristaloides
Pacote de 1h da sepse • Vasopressores
se PAM <65 mmHg
• Dosar lactato

Ilustração para memorização do pacote de 1h da sepse

26 26
Clínica médica

Choque

Bate e pronto Choque

Hipotensão, taquicardia e hipoperfusão


periférica representada por extremidades
Qual é o quadro clínico do choque? frias, oligúria, TEC > 2 seg., confusão
mental, sonolência e lactato > 2 mmol/L

Qual é o melhor parâmetro para avaliação


Débito urinário (ideal > 0,5 ml/kg/h)
da perfusão?

Estágio 2: FC > 100 e PA normal -


Cristaloides
Quais são os estágios do choque Estágio 3: FC 120-140 e PA baixa -
hipovolêmico? Considerar hemoderivados
Estágio 4: FC > 140 e PA baixa -
Hemoderivados

Qual é o tipo de choque que é


Distributivo
hiperdinâmico (débito cardíaco normal)?

Quais são as causas de choque


Séptico, anafilático e neurogênico
distributivo?

Quais são as causas de choque Tamponamento cardíaco, pneumotórax


obstrutivo? hipertensivo e TEP

Dengue
Sinais de alarme
Dor abdominal contínua e intensa ou à palpação
TGI Vômitos persistentes
Hepatomegalia > 2 cm
Letargia
Comportamento
Irritabilidade
Aumento do hematócrito
Extravasamento de plasma Hipotensão postural
Derrames cavitários
Gengivorragia
Sangramento de mucosas
Epistaxe

27 27
Clínica médica

Sinais de dengue grave:


• Choque
• Sangramento TGI ou SNC
• Encefalite, miocardite ou hepatite

Grupo Critérios Tratamento


Tratamento ambulatorial.
Repouso + sintomáticos + hidratação via oral
Sem critério para
Grupo A (60 ml/kg/dia sendo ⅓ soro de reidratação oral).
outros grupos
Orientar sobre os sinais de alarme.
Reavaliar entre 3º e 6º dia de doença.
Solicitar hemograma e iniciar hidratação
Apresenta petéquias, prova de acordo com o grupo A até o resultado.
do laço positiva, risco social, Se o hematócrito for normal,
Grupo B
comorbidades, ou são é mantida a conduta do grupo A.
idosos ou gestantes. Se o hematócrito for elevado,
toma-se a conduta do grupo C.
Reposição volêmica com 20 ml/kg
de SF 0,9% em 2 horas.
Manter em observação por no mínimo 48h.
Coletar hemograma completo, albumina e
transaminases.
Apresenta Solicitar raio-x de tórax e USG de abdome
Grupo C
sinais de alarme
para avaliar derrames cavitários.
Reavaliar hematócrito a cada 2 horas.
Pode repetir a expansão até 3 vezes.
Ao melhorar, passa para a fase de manutenção.
Se não houver melhora, passar para o grupo D.
Reposição volêmica com 20 ml/kg de SF 0,9%
em 20 minutos com reavaliações clínicas
Apresenta a cada 30 minutos e hematócrito a cada 2 horas.
Grupo D
sinais de gravidade
Pode repetir a expansão até 3 vezes.
Permanecer em leito de UTI por pelo menos 48h.
Tratamento

28 28
Clínica médica

Intoxicações exógenas

Substância Antídoto

Organofosforados e carbamatos Atropina

Opioides Naloxone

Paracetamol N-acetilcisteína

Antidepressivos tricíclicos Bicarbonato de sódio

Digitálicos Anticorpo Fab antidigoxina

Benzodiazepínicos Flumazenil

Betabloqueadores Glucagon

Cianeto Hidroxicobalamina (vitamina B12)

Etilenoglicol/ metanol Etanol

Síndrome coronariana aguda


Tipos de SCA

Tipos de SCA

ECG com supra de ST de ao menos


IAM com supra Obstrução coronariana total
1 mm em duas derivações contíguas
do segmento ST com necrose miocárdica.
ou BRE novo.

ECG com alterações do segmento ST


ou da onda T, OU ECG normal. Obstrução coronariana parcial,
IAM sem supra
mas que já causou necrose
do segmento ST Marcadores de necrose miocárdica miocárdica.
alterados.
ECG com alterações do segmento ST
ou da onda T, OU ECG normal. Apenas isquemia miocárdica,
Angina instável
Marcadores de necrose miocárdica ainda sem necrose.
normais.

29 29
Clínica médica

Localização do IAM
Tipos de SCA

Derivação Parede Coronária

Descendente anterior
V1-V4 Anterior
(coronária esquerda)

Descendente anterior
V1-V2 Septal
(coronária esquerda)

V5-V6 Lateral-apical Circunflexa (coronária esquerda)

D1 e aVL Lateral-alta Circunflexa (coronária esquerda)

DII, DIII e aVF Inferior Coronária direita

V7 e V8 (V1 - V3 em espelho) Posterior Coronária direita

V3R + V4R VD Coronária direita

aVR aVL

I
V6
V5
V4
V1 V2 V3

III II
aVF
Derivações no eletrocardiograma

30 30
Clínica médica

Bate e pronto: Síndrome coronariana aguda

Na suspeita de síndrome coronariana


aguda, qual exame complementar deve ser Eletrocardiograma
obtido e interpretado em até dez minutos?
Troponina ultrassensível
Qual é o marcador de necrose miocárdica (0-1h-2h da admissão)
de escolha? *ECG com supraST não precisa aguardar
resultado
Dupla antiagregação plaquetária
Anticoagulação
Nitrato
Morfina se dor refratária
Oxigenioterapia se sat < 90%
Pacote de tratamento SCA Betabloqueador
IECA ou BRA
Estatina de alta potência
*Se houver suspeita de comprometimento
da coronária direita, não se deve usar
nitrato, morfina e betabloqueador
Qual o tempo "porta-agulha" ideal
( tempo entre chegada do paciente e 30 minutos
infusão do trombolítico)?
História de hemorragia do SNC
AVEi nos últimos 3 meses
Quais são as contraindicações absolutas
Alterações vasculares cerebrais
para trombólise?
Suspeita de dissecção aórtica
Sangramento ativo
Qual o tempo “porta-balão” ideal (tempo
90 minutos ou 120 minutos se
entre chegada do paciente transferência para outro serviço
e angioplastia)?

31 31
Clínica médica

Bate e pronto: AVE

Qual o principal fator de risco para AVEi


HAS
aterotrombótico?

Qual a artéria mais acometida no AVEi? Artéria cerebral média (carótida interna)

Qual a principal causa de AVEi embólico? Fibrilação atrial

Qual o objetivo da TC de crânio no AVE? Descartar AVE hemorrágico

Estabilização clínica + AAS nas primeiras


48h + anticoagulação em dose profilática
Quais as condutas iniciais no AVEi? (se o paciente for submetido a trombólise,
iniciar AAS e anticoagulante apenas 24h
depois do fim do procedimento)
Tempo entre início dos sintomas e infusão
de alteplase < 4,5h (delta-T)
Qual é a indicação de trombólise no Idade > 18 anos
AVEi? NIHSS entre 4-25
PA < 185/110
Sem contraindicações para trombólise
No momento: dissecção aórtica,
endocardite infecciosa, AVE multilobar,
glicemia < 50 mg/dl, hemorragia ativa,
uso de anticoagulantes, plaquetopenia
e PAS > 185/110.
Na última semana: punção arterial em
sítio não compressível
Quais são as contraindicações
absolutas de trombólise? Nas últimas 3 semanas: neoplasia
gastrointestinal ou hemorragia digestiva
Nos últimos 3 meses: TCE, AVE e
neurocirurgia
Em qualquer momento da vida:
hemorragia intracraniana, neoplasia
do SNC, malformação arteriovenosa e
aneurisma.

32 32
Clínica médica

Insuficiência renal aguda (KDIGO)


Diagnóstico:
• ↑ de 0,3 mg/dl ou mais de creatinina basal em 2-7 dias
• ↑ de 50% ou mais de creatinina basal em 2-7 dias
• Diurese < 0,5 ml/kg/h por mais de 6 horas

Estágio Creatinina sérica Diurese

I 1,5 a 1,9 vezes o valor basal < 0,5 ml/kg/h por 6h a 12h

II Entre 2 a 2,9 vezes o valor basal < 0,5 ml/kg/h por 12h a 24h

Mais de 3 vezes o valor basal < 0,3 ml/kg/h por mais de 24h
III
ou ≥ 4 mg/dl ou anúria por mais de 12h
Classificação da IRA (KDIGO)

Pré-renal Necrose Tubular Aguda

Sódio urinário < 20 mEq/L > 40 mEq/L

Fração excretória de sódio < 1% > 1%

Ureia / Creatinina (plasma) > 40 < 20

Osmolaridade urinária > 500 mOsm/L < 350 mOsm/L

Cilindros hialinos Cilindros granulosos


Sedimento urinário
apenas pigmentares
IRA - pré-renal X NTA

Indicações de diálise de urgência


Acidose grave ou refratária

Hipercalemia grave ou refratária

Hipervolemia grave ou refratária

Uremia franca com encefalopatia ou pericardite

Intoxicação por metanol, salicilatos, etilenoglicol e barbitúrico

33 33
Clínica médica

Doença renal crônica


Diagnóstico:
• TFG < 60 por 3 meses OU
• Albuminúria > 30 mg/dia por 3 meses

Fórmula de Cockroft-Gault para cálculo da taxa de filtração glomerular:

Cl Cr = (140 - idade) x Peso (kg) / Creatinina sérica (mg/dl) x 72.


Se for mulher, multiplicar resultado por 0,85.

34 34
Clínica médica

Síndrome nefrítica (GNPE - Glomerulonefrite pós-estreptocócica)

Bate e pronto: Síndrome nefrítica (GNPE - Glomerulonefrite pós-estreptocócica)

Qual a principal faixa


3 aos 15 anos
etária acometida?
Infecção estreptocócica (S. pyogenes)
Qual o principal
Faringoamigdalite - 1 a 3 semanas
esencadeante?
Piodermite - 2 a 6 semanas
Qual é a tríade clássica? Hematúria dismórfica + hipertensão + edema
História de infecção estreptocócica com incubação compatível
Como é feito o
ASLO ou anti-DNAse positivo
diagnóstico?
Queda transitória de C3 (< 8 semanas)
Repouso relativo
Restrição de água e sal
Como é feito o
tratamento? Diuréticos, caso sejam necessários
Penicilina benzatina em dose única para eliminar a cepa
nefrogênica

Síndrome nefrótica

Bate e pronto: Síndrome nefrótica

Qual é a definição? Proteinúria > 3,5 g/dia


Hipoalbuminemia: edema e hipotensão
Hipercoagulabilidade
Maior susceptibilidade à infecção por germes
Quais são as consequências da encapsulados
perda de proteínas? Anemia refratária à reposição de ferro
Hiperlipidemia
Hipotireoidismo
Hipovitaminose D
Como é feito o diagnóstico? Biópsia renal
Quais são os pacientes com
Diabéticos e crianças entre 1-8 anos
síndrome nefrótica que não têm
(causa é lesão mínima)
indicação de biópsia renal?

35 35
Clínica médica

Qual é a principal causa de


GESF (glomeruloesclerose segmentar e focal)
síndrome nefrótica em adultos?
Qual é a principal causa de
Lesão mínima
síndrome nefrótica em crianças?

Síndrome hemolítico-urêmica

Bate e pronto: Síndrome hemolítico-urêmica

Qual é a principal causa? Gastroenterite por E. coli O157:H7

Qual a faixa etária mais comum? Até 4 anos


Lesão renal aguda
Qual é a tríade clássica? Anemia hemolítica microangiopática
Trombocitopenia
Aumento do LDH
Reticulocitose
Quais são os achados HiperK
laboratoriais? Acidose metabólica
Hematúria
Proteinúria
Como é o prognóstico? Bom; autolimitada em 1-3 semanas

Hipercalemia

Bate e pronto: Hipercalemia

Qual é a definição? K > 5,5 meq/L


IRA ou DRC (o renal crônico que faltou na diálise é clássico)
Acidose metabólica
Quais as causas Uso de IECA e/ou espironolactona
mais comuns? Hemólise
Rabdomiólise
Síndrome da lise tumoral
Onda T apiculada
Quais são as alterações
Achatamento da onda P
encontradas no ECG?
Alargamento do QRS

36 36
Clínica médica

Qual é a primeira conduta Gluconato de cálcio EV para evitar arritmias


se houver alterações não diminui os níveis de potássio!
no ECG?
Glicoinsulina EV
Quais as medidas para Nebulização com beta-agonista (salbutamol)
a redução do nível sérico Resina de troca
de potássio? Furosemida
Diálise se grave e refratária

R
K= 5 mEq/L K= 7 mEq/L K= 8 mEq/L

P T

Q S

K= 10 mEq/L K= 11 mEq/L K= 12 mEq/L

Principais alterações eletrocardiográficas na hipercalemia

Cirrose hepática

Escore Child-Pugh

1 ponto 2 pontos 3 pontos


Leve Moderada/grave
Ascite Ausente
Fácil controle Difícil controle
Bilirrubina <2 2a3 >3

Albumina > 3,5 3,5 a 2,8 < 2,8


Tempo de protrombina 1-3 s 4-6 s >6s
(aumento do tempo em s)
< 1,7 1,7 a 2,3 > 2,3
ou INR
Mínima Avançada
Encefalopatia Ausente
Graus I a II Graus III e IV
37 37
Clínica médica

Nódulos e câncer de tireoide

Anamnese,
exame físico
e TSH

TSH TSH
reduzido normal/elevado

Cintilo USG

Nódulo Nódulo
Nódulo Nódulo não suspeito > 1cm ou
“quente” “frio” ou < 1cm suspeito

Tratar USG Follow PAAF


UP
Investigação de nódulo tireoidiano

Aspectos benignos Aspectos malignos

Hiperecoico (branco) Hipoecoico (cinza)

Calcificações grosseiras Microcalcificações

Largura > altura (“nódulo gordinho”) Altura > largura (“nódulo alto”)

Confinado à tireoide Extensão além da tireoide

Hipervascularização periférica ou ausente Hipervascularização central


Ao exame textura pétrea, irregular,
aderido, com linfonodomegalia ipsilateral
Clínica de crescimento rápido e rouquidão
Nódulo tireoidiano - aspectos benignos X aspectos malignos

38 38
Clínica médica

Papilífero Folicular
Mais comum.
Epidemiologia Segundo mais comum.
Mulher 30-40 anos.
Carcinoma de células de Hurthle
Prognóstico Excelente
é uma variante mais agressiva
Bem diferenciado. Bem diferenciado.
Histologia
Corpos psamomatosos. Não é diagnosticado pela PAAF.
Linfática.
Disseminação Hematogênica
Metástase para linfonodos regionais.
Irradiação de cabeça
Fator de risco Deficiência de iodo
e pescoço na infância
Câncer de tireoide - papilífero X folicular

Tabelão das parasitoses intestinais

Agente Transmissão Particularidades Tratamento

Entamoeba Disenteria e megacólon


Ingestão Metronidazol
histolytica tóxico. Extraintestinal mais
de cistos ou tinidazol
(protozoário) comum: abscesso hepático.
Pode acontecer em surtos
Tinidazol
Giardia duodenalis/ ou como diarreia dos viajantes.
Ingestão
lamblia/intestinalis Pode fazer síndrome Nitazoxanida
de cistos
(protozoário) disabsortiva e intolerância
Metronidazol
secundária à lactose.
Albendazol
Causa comum de dose única
Ascaris Ingestão
obstrução intestinal
lumbricoides de ovos Mebendazol
abaixo dos 5 anos.
dose única
Prurido e traçado no local da
Albendazol
Ancylostoma Penetração de penetração.
dose única
duodenale e larvas pela pele Conhecida como “amarelão”
(solo) Mebendazol
Necator americanus pela palidez causada pela
por 3 dias
anemia crônica.
Endêmico em área rural. Ivermectina
Strongyloides Penetração de Em imunossuprimidos pode
Albendazol
stercoralis larvas na pele fazer hiperinfecção e
translocação bacteriana.
Albendazol
Enterobius Prurido anal. Mebendazol
Ingestão
Alta transmissibilidade.
vermicularis de ovos Pamoato
Diagnóstico com fita gomada.
de pirantel

39 39
Clínica médica

Mebendazol
Ingestão Complicação mais
Trichuris Trichiura Albendazol
de ovos comum é prolapso retal
Ivermectina
Ingestão de ovos
Albendazol
ou carne com larvas.
Larva migrans visceral
Toxocara canis Crianças em contato Mebendazol
e ocular. Eosinofilia intensa.
com areia com fezes
de cães e gatos.
Ingestão de Praziquantel
Teníase Sintomas GI
carne com larvas Nitazoxanida
Albendazol
Neurocisticercose:
ou praziquantel
Cisticercose lesões múltiplas com
Ingestão de ovos + corticoide +
(Taenia solium) calcificação causando
anticonvulsivantes
epilepsia
se necessário
Penetração de Hipertensão portal
Esquistossomose Praziquantel
larvas na pele (água) + esplenomegalia
Ciclo de Loss / Síndrome de Loeffler

Mnemônico
ANTAS

Para você gravar fácil:


“aqueles caras são uns vermes, são umas ANTAS!”

Ascaris lumbricoides.
Necator americanus.
Toxocara canis.
Ancyloostoma duodenale.
Strongyloides stercoralis.

40 40
Ginecologia e obstetrícia

Qual o tratamento em comum para vaginose e tricomoníase?


Metronidazol VO 500mg 12/12h por 7 dias

Como é o diagnóstico diferencial das vulvovaginites?

CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS VULVOVAGINITES

CONDIÇÃO CORRIMENTO WHIFF TEST pH TRATAMENTO

Branco- Metronidazol
VAGINOSE positivo >4,5
acinzentado (tópico ou oral)

Amarelo-
TRICOMONÍASE positivo >4,5 Metronidazol oral
esverdeado

Miconazol /
CANDIDÍASE Branco grumoso negativo <4,5
Nistatina tópicos

Quais os critérios diagnósticos para DIP?

Critérios diagnósticos para DIP

Critérios menores Critérios maiores Critérios elaborados

Temperatura axilar >37,5°C Evidência histopatológica de


Dor no hipogástrio
ou temperatura retal >38,3°C endometrite

Presença de abscesso
Conteúdo vaginal ou
tubo-ovariano ou de fundo
secreção endocervical Dor à palpação dos anexos
de saco de Douglas
anormal
em estudo de imagem

Dor à mobilização de colo Laparoscopia


Massa pélvica
uterino com evidência de DIP

> 5 leucócitos por campo


de imersão em material de
endocérvice

Leucocitose

Proteína C reativa ou VHS


elevada

Comprovação laboratorial
de infecção cervical por
gonococo, clamídia ou
micoplasmas
3 critérios maiores + 1 menor OU 1 critério elaborado = diagnóstico confirmado de DIP
42
Ginecologia e obstetrícia

E como é o tratamento ambulatorial? Coisa do Mal →

Ceftriaxone 500 mg IM, em dose única (gonococo) +

Doxiciclina 100 mg VO, de 12 em 12 horas por 14 dias (clamídia) +

Metronidazol 500 mg VO, de 12 em 12 horas por 14 dias (anaeróbios).

Como diferenciar as úlceras genitais?


• Dolorosas:

− Herpes – Vesículas

− Cancro mole – Úlcera de fundo sujo, friável

• Não dolorosas:

− Cancro duro (sífilis primária) – Fundo limpo, bordos elevados

− Donovanose – Úlcera vegetante friável (“bulbão”)

− Linfogranuloma venéreo – Fistulização bico de regador

Qual a sequência de exames para investigação de amenorreia secundária?

1. B-HCG

2. TSH e prolactina

3. teste da progesterona

4. teste do estrogênio

5. dosagem FSH

6. teste do GnRH

43
Ginecologia e obstetrícia

Após exclusão de gravidez

TSH
PRL

PRL normal
TSH aumentado PRL aumentada
TSH normal

Hipotireoidismo Hiperprolactinemia Teste de progesterona

Positivo Negativo

Anovulação crônica E+P

Positivo Negativo

FSH Causa canalicular


LH

Alto Baixo

Causa ovariana Causa central

Sequência dos exames na investigação de amenorreia secundária

Qual a definição de amenorreia primária?


14 anos e ausência de caracteres sexuais secundários OU 16 anos e presença de caracteres
sexuais secundários.

Quais as diferenças das duas síndromes de amenorreia primária mais


cobradas?

Síndrome de Rokitansky Síndrome de Morris

46, XX 46, XX
Amenorreia + caracteres secundários Amenorreia + mamas pequenas
presentes + vagina curta + vagina curta
Pelos normais Sem pelos
Tem ovários Tem testículos

44
Ginecologia e obstetrícia

O que representa cada estadiamento do BI-RADS?

Categorias descritas na Mamografia

Categoria Impressão diagnóstica da mamografia Recomendação

BI-RADS 0 Inconclusivo Indicado complementação

BI-RADS 1 Normal Mamografia de rotina anual

BI-RADS 2 Achado radiológico benigno Mamografia de rotina anual

Acompanhamento do achado
BI-RADS 3 Achado provavelmente benigno em 6 meses e depois anual
até completar por 2 ou 3 anos

BI-RADS 4 Achado suspeito Biópsia

BI-RADS 5 Achado altamente suspeito Biópsia ou Cirurgia

BI-RADS 6 Achado com comprovação maligna Conduta de acordo com o tumor

Neoplasia de colo uterino: qual a conduta conforme resultado de colpocitologia


oncótica?
• LIE-BG (LSIL): < 25 anos: repetir em 3 anos. > ou = 25 anos: repetir em 6 meses
• A
SC-US < 25 anos: repetir em 3 anos. 25-29 anos: repetir em 1 ano. > ou = 30 anos:
repetir em 6 meses
• Demais achados: colposcopia

Diagnóstico citopatológico Faixa Etária Contuda Inicial

< 25 anos Repetir em 3 anos

Possivelmente não Entre Repetir a citologia


Células escamosas atípicas neoplásticas (ASC-US) 25 e 29 anos em 12 meses
de significado indeterminado Repetir a citologia
(ASC) ≥ 30 anos
em 6 meses
Não se podendo afastar Encaminhar
lesão de alto grau (ASC-H) colposcopia

Células glandulares atípicas Possivelmente não neoplásicas


Encaminhar
de significado indeterminado ou não se podendo afastar
colposcopia
(AGC) lesão de alto grau

45
Ginecologia e obstetrícia

Possivelmente não neoplásicas


Células atípicas de Encaminhar
ou não se podendo afastar
origem indefinida (AOI) colposcopia
lesão de alto grau
< 25 anos Repetir em 3 anos
Lesão de Baixo Grau (LSIL) Repetir a citologia
≥ 25 anos
em 6 meses

Encaminhar
Lesão de Alto Grau (HSIL)
colposcopia
Lesão intraepitelial de alto
Encaminhar
grau não podendo excluir
colposcopia
microinvasão
Encaminhar
Carcinoma escamoso invasor
colposcopia

Adenocarcinoma in situ (AIS) Encaminhar


ou invasor colposcopia

Qual a conduta no sangramento pós-menopausa?


1ª hipótese – atrofia endometrial (a mais comum)
Se no Ultrassom transvaginal der
acima de 4 mm em mulheres
sem reposição hormonal
Mas não podemos deixar de investigar
CÂNCER DE ENDOMÉTRIO! e acima de 8 mm em mulheres com
TRH
=
Histeroscopia + Biópsia

Quais características levantam suspeita para câncer de ovário no ultrassom


transvaginal?
S ólida
U SG com baixa resistência ao fluxo sanguíneo
S eptações
P apilas
E spessamento de parede
I rregularidade
T amanho > 8cm
A ntes ou pós menacme
46
Ginecologia e obstetrícia

Características Benignas Características malignas


< 8 cm > 8 cm
Parede interna regular Parede interna irregular
Septações finas ou ausentes Septações grosseiras e/ou espessas
Conteúdo puramente cístico, unilocular Conteúdo misto, multilocular

Distopias genitais: o que representa cada letra no POP-Q? E como é o


estadiamento?

Parede Parede Cérvice


vaginal vaginal ou cúpula
anterior anterior vaginal

Aa Ba C
Comprimento
Hiato Corpo Total da
genital perineal vagina
gh pb TVL
Parede Parede Fórnice
vaginal vaginal posterior
posterior posterior

Ap Bp D
Classificação POPQ
Classificação POPQ
• Estádio I: < -1 (ex: -1,5 cm ou -2 cm).

• Estádio II: entre 1 e -1 (ex: 0,5 cm).

• Estádio III: ≥ +2 (ex: + 3 cm).

• Estádio IV: eversão completa/total, maior prolapso a pelo menos 2 cm do comprimento


vaginal total (TVL). Ex: Aa +6,5 cm e TVL 8 cm.

Incontinência urinária de esforço: qual o valor de PPE que indica


hipermobilidade vesical? E defeito esfincteriano?
PPE > 90 = hipermobilidade vesical PPE < 60 = defeito esfincteriano
Quais as principais contraindicações dos anticoncepcionais combinados?

47
Ginecologia e obstetrícia

Principais contraindicações Comparação com os contraceptivos


dos contraceptivos combinados só com progestágeno

Tabagismo em > 35 anos Não é contraindicação

Hipertensão arterial Evitar se pressão > 160 X 100 mmHg


Tromboembolismo venoso passado Tromboembolismo atual é
ou atual contraindicação
Diabetes por mais de 20 anos
Contraindicação relativa
ou com complicações
Valvulopatia com complicações Não é contraindicação

Trombofilia Não é contraindicação

Infarto prévio ou atual Contraindicação relativa

AVE prévio ou atual Contraindicação relativa

Como é indicada a anticoncepção no puerpério?


PACIENTES AMAMENTANDO:
• < 6 semanas: método hormonal combinado é contraindicação absoluta.
• 6 semanas a 6 meses: método hormonal combinado é categoria 3 (não é contraindicação
absoluta, porém é uma contraindicação relativa importante!)
• 6 meses: pode tudo!

PACIENTES QUE NÃO ESTÃO AMAMENTANDO:


• < 3 semanas: método hormonal combinado é categoria 3. Demais métodos são categoria 1.
• > 3 semanas: pode tudo!

Sangramento uterino anormal: qual o principal dado na anamnese que vai


guiar o diagnóstico? E quais as principais causas?
A idade da paciente (atentar para os diagnósticos diferenciais em cada idade).
E as principais causas são:

48
Ginecologia e obstetrícia

Classificação PALM-COEIN, sendo que "PALM"


são causas estruturais e "COEIN" as não estruturais

Tríade clínica da endometriose?


Dismenorreia progressiva + dispareunia (dor no ato sexual) + infertilidade.

Climatério: cite contraindicações à terapia de reposição hormonal (TRH).


Contraindicação de TRH:
• Hepatopatia descompensada
• Tromboembolismo agudo
• Câncer de mama ou endométrio
• Porfiria
• Sangramento vaginal sem diagnóstico.

Como é feita a investigação do casal infértil?

Fator masculino espermograma

Exames iniciais:
TSH, T4 livre, prolactinemia, FSH (na primeira fase do ciclo),
progesterona (na segunda fase do ciclo) e estradiol

Fatores femininos Tuboperitoneal:


Histerossalpingografia → Prova de Cotte negativa = Videolaparoscopia
Ovulatório:
• Dosagem de progesterona na fase lútea (> 3ng/dl indica ovulação);
• USG-TV seriada a partir do 11º dia do ciclo para documentar ovulação
(principal)

49
Ginecologia e obstetrícia

Como avaliar a reserva ovariana?


• Dosagem de FSH entre o 2º e 5º dia do ciclo menstrual → FSH > 10 UI/ml indica baixa
reserva ovariana

• U
SG com contagem de folículos antrais → considerada alterada quando há menos que
6 folículos antrais

Qual a conduta inicial na pré-eclâmpsia grave/eclâmpsia?


Sulfato de Magnésio + Anti-hipertensivo – Hidralazina, Nifedipino (se PAS ≥ 160 e/ou
PAD ≥ 110).

Quais os sinais de gravidade da pré-eclâmpsia?

Como identificar uma síndrome HELLP?


• Hemólise: presença de esquizócitos, Bilirrubina total ≥ 1,2 mg/dl, LDH > 600 UI/L;

• Lesão hepatocelular: enzimas hepáticas elevadas (AST ≥ 70 UI/ L);

• Plaquetopenia < 100.000.

Partograma: quando avaliamos a descida da apresentação?


Só avalia a descida após a dilatação ser total!
50
Ginecologia e obstetrícia

Quais os períodos e principais características do parto?


1º Período – Dilatação: Aparecimento de contrações rítmicas - pelo menos 3 a cada 10 minutos,
durando pelo menos 30 segundos cada. Além disso, o colo uterino está dilatado em pelo
menos 3 cm.

2º Período – Expulsão: Se inicia com a dilatação cervical completa (10 cm) e finaliza com a saída
do feto.

3º Período – Secundamento: descolamento e expulsão da placenta, sendo considerado


prolongado se ultrapassar 30 minutos.

4º Período – De Greenberg: Período de 1 hora após o secundamento, sendo a grande


preocupação aqui as hemorragias puerperais.

Quais os itens avaliados pelo índice de Bishop?


• Dilatação
• Esvaecimento
• Altura da apresentação
• Consistência
• Posição do colo

Quais as atitudes fetais que podem ocorrer no parto? E suas referências?

Flexão Fletida Deflexão de 1º grau Deflexão de 2º grau Deflexão de 3º grau

Referência Lambda Bregma Naso / Global Mento

51
Ginecologia e obstetrícia

O que avalia cada manobra de Leopold?


1º tempo: avaliação da situação fetal

2º tempo: avaliação da posição (direita, por exemplo, ou esquerda).

3º tempo diagnostica a apresentação fetal e encaixe (cefálica, pélvica ou córmica, por exemplo)

4º tempo: avaliar o grau de penetração e flexão do feto.

Cardiotocografia: DIP I e DIP III podem corresponder à compressão de qual


estrutura?
DIP I – compressão cefálica DIP III – compressão de cordão

DIP I DIP III

52
Ginecologia e obstetrícia

Quando é indicado profilaxia para GBS na RPMO? E quais as exceções?


Se swab + ou se swab desconhecido com fator de risco (mais importantes: prematuro,
bolsa rota > 18h)

Indicações de profilaxia contra o Streptococcus do grupo B

Gestantes com swab vaginal e/ou retal positivo

Gestantes que não fizeram swab, mas possuem algum fator de risco para essa infecção
(febre, trabalho de parto prematuro ou amniorrexe > 18 horas)

Gestantes com urinocultura positiva para GBS na gestação atual

Gestantes com filhos acometidos pela GBS anteriormente

Exceção: parto cesariano sem trabalho de parto ou rotura prematura de membranas


ovulares. Nesse caso, a gente não recebe a profilaxia, ainda que preencha algum
dos critérios citados na tabela acima.

Qual a sequência de conduta na atonia uterina?


Massagem uterina, ocitocina (+ misoprostol e/ou + ácido tranexâmico concomitantemente),
rafia de B-Lynch, rafia vascular, embolização uterina, histerectomia.

Quais as principais causas para hemorragia puerperal?

Os “4T” da hemorragia pós-parto

Tônus Atonia uterina

Laceração perineal
Hematoma
Trauma
Ruptura
Inversão uterina
Placenta retida
Tecido
Acretismo

Trombina Coagulopatias

53
Ginecologia e obstetrícia

Quais os exames obrigatórios na primeira consulta do pré-natal segundo o


Ministério da Saúde (MS)?

Exames obrigatórios na 1ª consulta, segundo o Ministério da Saúde

Hemograma

Tipagem sanguínea e fator Rh

Coombs indireto (somente se Rh negativo)

Glicemia de jejum

Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR

Teste rápido diagnóstico anti-HIV e/ou anti-HIV

Toxoplasmose IgM e IgG

Sorologia para hepatite B (HbsAg)

Exame de urina e urocultura

Citopatológico de colo de útero (se necessário)

Lembrar que sorologias como hepatite C, rubéola, citomegalovírus e Zika, para as quais
ainda não há tratamento comprovadamente eficaz, não são obrigatórias pelo MS.

Quais as principais medicações contraindicadas na gestação?

Medicações proibidas Medicações permitidas

Inibidores de ECA, BRA, diuréticos de alça Metildopa, hidralazina, nifedipino

Antidiabéticos orais (exceto metformina) Insulina, metformina***


Quinolonas (Ciprofloxacino, Levofloxacino), Beta-lactâmicos, cefalosporinas,
aminoglicosídeos (gentamicina) azitromicina, clindamicina
Warfarin Heparina

Fluconazol Antifúngicos tópicos


Lamotrigina. Ácido fólico (5 mg/dia)
Valproato, fenitoína, topiramato,
durante toda a gestação, começando três
fenobarbital, carbamazepina
meses antes da concepção

54
Ginecologia e obstetrícia

Como diferenciar as principais causas de aborto habitual? E suas respectivas


condutas?
Incompetência istmocervical → gestante com perdas súbitas e indolores no segundo trimestre
recorrentes em idades gestacionais cada vez mais precoces → cerclagem de McDonald entre
12 e 16 semanas de IG
SAF → morte intrauterina inexplicada ou história de trombose venosa/arterial na mãe → AAS +
Heparina (dose depende da história pregressa)

Como diferenciar os diferentes tipos de aborto?

Sinais ABORTAMENTO (formas clínicas)


e sintomas Ameaça Inevitável Completo Incompleto Infectado Retido

Presente e por Discreto Presente e por


Sangramento Discreto Variável Ausente
vezes abundante ou ausente vezes abundante

Discreta Cólicas Sinais de


Cólicas sempre
Dor ou ausen- Ausente sempre peritonite Ausente
presentes
te presentes ocasionais

Febre Ausente Ausente Ausente Ausente Presente Ausente

Sem
Exame Hemorragia pelo Sem Saída de tecido Secreção Sem
alterações
especular orifício externo alterações pelo colo purulenta alterações

Orifício interno
Fechado Entreaberto Fechado Entreaberto Entreaberto Fechado
do colo uterino

BCF ou
Ovo Sugere
embrião
deformado. presença Pode visualizar
Sem Útero ausentes em
Ultrassonografia Hematoma de restos restos ovulares
alterações vazio dois exames
retro-ovular. ovulares intrauterinos
intercalados
Ovo muito baixo intrauterinos
de 15 dias

Qual o provável diagnóstico de USG com IG > 6-7 semanas sem BCF?
Abortamento.

Qual o provável diagnóstico de USG com IG < 6-7 sem BCF?


Pode ser gestação incipiente (obs: repetir o USG cerca de 1 a 2 semanas após!)

Como é feito o diagnóstico de gestação ectópica?


B-hCG > 1500 e útero vazio.
55
Ginecologia e obstetrícia

Quais as indicações de tratamento medicamento (metotrexate) na gestação


ectópica?
Beta-hCG < 5.000 mUI/ml + SG < 3,5 cm + ausência de batimentos cardíacos fetais.

Como identificar Doença Trofoblástica Gestacional nos enunciados?


• Sangramento vaginal intermitente com aspecto de ameixa ou em cachos de uva;
• Útero aumentado para a IG e em sanfona (cresce e diminui);
• Beta-hCG aumentado para a IG e hiperêmese gravídica (sintomas de gravidez exuberantes);
• Cistos tecaluteínicos (anexiais bilaterais);
• Pré-eclâmpsia precoce.

Diferencie as duas principais causas de sangramentos da segunda metade da


gestação:

Placenta prévia DPP

Sangramento escuro, único,


Quadro Sangramento vermelho vivo, sem dor
associado à dor, hipertonia uterina,
clínico ou qualquer outro sintoma associado.
com gravidade bem maior.

A ultrassonografia faz o diagnóstico


Diagnóstico clínico, sem
(após 28 semanas), estabelecendo
necessidade de qualquer
Diagnóstico a localização exata e auxiliando
exame complementar
na conduta quanto à via de parto.
para realizá-lo.
Não se deve realizar toque vaginal!

56
Ginecologia e obstetrícia

O principal deles é a cesariana prévia, mas O principal, sem dúvida nenhuma,


tudo relacionado a alterações do endométrio, é a hipertensão arterial. Porém,
como outros procedimentos uterinos prévios outras causas importantes são as
Fatores (curetagem, por exemplo), endometrite, mecânicas (trauma, brevidade do
de risco multiparidade, além de causas de cordão, retração uterina intensa em
sobredistensão (gemelaridade, polidrâmnio, casos de sobredistensão) e o uso de
etc) também são fatores de risco. drogas lícitas e ilícitas (tabagismo,
álcool, cocaína).
Doença bem menos grave, sendo indicada Quadro extremamente grave,
conduta expectante na maioria dos casos de em que indica-se interrupção
gestações abaixo de 37 semanas. Caso já imediata da gestação. Quando
tenha atingido o termo, indica-se interrupção o parto for iminente (subjetivo),
da gestação, que pode ser por parto vaginal pode-se fazer o parto vaginal,
(placenta prévia marginal e alguns casos de mas normalmente (na prática,
parcial) ou por cesárea (placenta prévia total quase sempre) o parto é cesáreo.
e a maioria dos casos de parcial). Em ambas as vias, deve-se
OBS: na prática, a maioria dos obstetras realizar amniotomia para reduzir
Conduta complicações, pois isso reduz a
indica cesariana em todos os casos de
placenta prévia, mas tome cuidado, porque velocidade do descolamento.
as bancas adoram cobrar essas “condutas OBS: esse tipo de conduta é
teóricas”. extremamente controverso e você
precisa sempre usar o bom senso
para acertar as questões. De
qualquer forma, se o feto estiver
morto (infelizmente, é comum) a via
de parto preferencial é a vaginal.
A morte fetal ocorre em
Pode causar hemorragia e atonia uterina
aproximadamente 90% dos
após o parto, infecções puerperais, parto
casos, enquanto a morte materna
prematuro e discinesias uterinas. Porém,
chega a quase 5%. Além disso,
a mais importante delas é o acretismo
complicações importantes são
placentário (aderência excessivamente firme,
Complicações a coagulação intravascular
dificultando ou impedindo o secundamento).
disseminada (CIVD), o útero
Se placenta acreta a conduta é a extração
de Couvelaire (atonia extrema,
manual da placenta,
devido à infiltração de sangue
se placenta increta ou percreta aí não tem
no miométrio) e a síndrome de
jeito, é preciso realizar a histerectomia.
Sheehan (necrose hipofisária).

Quais os parâmetros de glicemia de jejum para o diagnóstico de diabetes


gestacional (DMG) e diabetes prévio?
Glicemia de jejum < 92 Normal.
92 a 125 DMG.
≥ 126 Diabetes prévio
57
Ginecologia e obstetrícia

Quando deve ser realizada Imunoglobulina anti-D (Rhogan) na paciente Rh


negativo?
Com 28 semanas, até 72h pós-parto se RN for Rh+, após qualquer episódio de sangramento
na gestação, após exame invasivo, após abortamento.

Quais os critérios de tratamento adequado para as gestantes diagnostica-


das com sífilis?
• Administração de penicilina benzatina;

• Início do tratamento até 30 dias antes do parto;

• E
squema terapêutico de acordo com o estágio clínico da doença (sífilis recente: 1 dose;
sífilis

• tardia ou tempo indeterminado: 3 doses);

• Respeito ao intervalo recomendado de doses;

• Avaliar risco de reinfecção;

• D
ocumentação da queda do título do teste não treponêmico em pelo menos duas diluições
após a conclusão do tratamento – resposta imunológica adequada.

ATENÇÃO! A(s) parceria(s) sexual(is) também deverão ser tratadas, porém, esse critério
não é mais obrigatório para considerar a gestante como adequadamente tratada.

Como é a indicação de TARV na gestação?


Iniciado após 12 semanas: TDF + 3TC + DTG.

Iniciado antes de 12 semanas: TDF + 3TC + EFZ (preferencialmente) ou TDF + 3TC + ATV/r
(se houver resistência)

TDF = tenofovir, 3TC = lamivudina, RAL = raltegravir, DTG = dolutegravir, EFZ = efavirenz,
ATV/r = atazanavir/ritonavir.

Decisão deve ser feita em conjunto de iniciar a TARV ou não antes de 12 semanas
(riscos fetais)!

58
Ginecologia e obstetrícia

Como é feito o rastreio de prematuridade em gestantes de alto risco?


1) USG para medição do comprimento do colo uterino, entre 20 e 24 semanas. Se menor
do que25 mm, o rastreio é positivo.

2) Dosagem de fibronectina em secreção coletada em fundo de saco. Se maior do que


50 ng/ml,o rastreio é positivo.
OBS: o maior valor desses exames acima afasta a chance de parto prematuro quando o resultado
é negativo (alto valor preditivo negativo).

Qual a conduta em um trabalho de parto prematuro?


Acima de 34 semanas = assistência ao parto
Abaixo de 34 semanas = tocólise + corticoterapia para amadurecimento pulmonar do feto
+ sulfato de magnésio em gestantes entre 24 e 32 semanas de IG para neuroproteção fetal
+ profilaxia para infecção pela bactéria com penicilina cristalina ou ampicilina se não houver
realização do swab para pesquisa do Streptococcus do grupo B (GBS).

59
Pediatria

Quais as alterações gasométricas da estenose hipertrófica de piloro?


E qual o exame de imagem solicitado na suspeita?
Alcalose metabólica hipoclorêmica e hipocalêmica e USG abdominal.

Qual o sinal radiográfico típico da atresia duodenal?


Sinal da dupla bolha.

Qual o sinal radiológico da intussuscepção intestinal? Qual a vacina que


apresenta correlação com essa patologia?
Sinal do alvo; vacina de rotavírus.

Sinal do alvo

Os tumores de sistema nervoso central são o segundo tipo mais comum na


infância. Qual é o tipo mais frequente?
Astrocitoma de baixo grau; em lactentes, o tipo mais comum é o neuroblastoma e sua
principal localização é abdominal.
Pediatria

Quais as principais causas de icterícia neonatal precoce? E tardia?


Dentre as causas precoces temos: incompatibilidade ABO e RH, esferocitose, deficiência
de G6PD. Nas tardias: icterícia do leite materno e do aleitamento materno.

Qual o principal fator de risco da taquipneia transitória do recém-nascido?


E qual a sua evolução típica?
Parto cesáreo eletivo; desconforto respiratório autolimitado, que melhora entre 1-3 dia de vida.

Quando deve ser realizado o teste do coraçãozinho e quando ele é considerado


alterado?
Entre 24-48 horas de vida. Ele é considerado alterado quando a saturação é < 95% ou a diferença
entre o membro superior e inferior é ≥ 3%.

O que fazer diante do teste do coraçãozinho alterado?

Triagem neonatal de cardiopatia congênita crítica


Oximetria de pulso
Membro superior direito e um dos membros inferiores
Entre 24 e 48 horas de vida, antes da alta hospitalar.

SpO2 < 95% SpO2 ≥ 95%


ou uma diferença ≥ 3% entre as medidas
e uma diferença < 3%
Realizar outra oximetria em 1 hora entre as medidas

SpO2 < 95% SpO2 ≥ 95%


ou uma diferença ≥ 3% entre as medidas e uma diferença < 3% entre as medidas

Realizar ecocardiograma Seguimento


Não dar alta até esclarecimento diagnóstico neonatal de rotina
Pediatria

Quais são as patologias triadas no teste do pezinho?


Hemoglobinopatias (anemia falciforme); fibrose cística; fenilcetonúria; hiperplasia adrenal
congênita; hipotiroidismo congênito; deficiência de biotinidase
Atualização 2020: toxoplasmose passou a fazer parte do teste do pezinho.

Qual a idade mais acometida e o padrão da crise convulsiva febril?


Qual o seu tratamento?
A idade mais acometida é dos 6 meses aos 5 anos, com o pico aos 18 meses. Ela tem
padrão tônico-clônica generalizada. Na maioria dos casos não precisa de tratamento
medicamentoso e devemos acalmar e orientar benignidade do quadro aos pais/cuidadores,
manter a perviedade das vias aéreas. Em crises maiores de 5 minutos utiliza-se midazolam.

Quais são as doenças exantemáticas de notificação compulsória?


Sarampo, rubéola, varicela grave/óbito, dengue/zika/chikungunya.

Até quando pode ser administrada a imunoglobulina como profilaxia


pós-exposição de sarampo e para quem ela deve ser administrada?
Até 6 dias do contato. Ela deve ser administrada para menores de 6 meses, grávidas
e imunodeprimidos.

Qual o agente etiológico do exantema súbito? E do eritema tóxico?


Herpes vírus 6 e 7; Parvovírus B19.

Na profilaxia pós-exposição da varicela, até quando podemos administrar


a vacina? E a imunoglobulina?
A vacina pode ser administrada até 5 dias após o contato e a imunoglobulina até 4 dias.

Quais os critérios diagnósticos da doença de Kawasaki? E qual a sua


principal complicação?
Febre > 5 dias + linfonodomegalia cervical, alterações em extremidades, alterações em
mucosa oral, conjuntivite bilateral não purulenta, rash cutâneo (febre + 4); a principal
complicação é aneurisma de coronárias.
Pediatria

Na infecção urinária na infância, qual o exame padrão-ouro? Quais as


alterações laboratoriais necessárias para o diagnóstico?
Urocultura. Se for por sondagem vesical: ≥ 1000 ufc/ml; por jato médio: ≥ 100.000 ufc/ml
ou > 50.000 ufc/m + piúria no EAS/Urina 1; por punção suprapúbica: o crescimento de
qualquer quantidade patógena indica infecção independentemente do número de UFC.

Qual a classificação de desidratação infantil segundo o Ministério da Saúde?

Avaliação do estado de hidratação do paciente


Etapas A B C
OBSERVE
Comatoso,
Estado geral Bem, alerta Irritado, intranquilo
hipotônico*
Muito fundos
Olhos Normais Fundos
e secos
Lágrimas Presentes Ausentes Ausentes
Bebe normal, Sedento, bebe rápido Bebe mal ou não é
Sede
sem sede e avidamente capaz de beber**
EXPLORE
Sinal da prega Desaparece muito
Desaparece Desaparece
lentamente (mais
rapidamente lentamente
de 2 segundos)
Pulso Muito fraco
Cheio Rápido, fraco
ou ausente*
DECIDA
Se apresentar
dois ou mais
sinais, incluindo
Se apresentar dois
SEM SINAIS DE pelo menos um
ou mais sinais, COM
DESIDRATAÇÃO dos destacados
DESIDRATAÇÃO
com asterisco(*),
DESIDRATAÇÃO
GRAVE
TRATE
Use o plano B Use o plano C
Use o plano A
(pese o paciente) (pese o paciente)
Pediatria

Quando suspeitar de intolerância secundária à lactose após diarreia infecciosa?


Persistência da diarreia em criança com melhora clínica e/ou fezes explosivas com
dermatite perianal.

Para que serve o Escore de Centor? Quais os critérios utilizados?


Indicar a probabilidade da faringoamigdalite ser estreptocócica; utilizamos o mnemônico
"FANTA":

Febre > 38 °C,


Adenopatia dolorosa
Não tosse (ausência de tosse)
Tonsila (exsudato/ hipertrofia)
Age (idade)

Qual a tríade característica da Síndrome do Crupe Viral?


Tosse ladrante + Estridor + Rouquidão

Qual o principal agente etiológico da bronquiolite e qual o principal fator


de risco?
Vírus Sincicial Respiratório e Prematuridade!
(Lembrem-se: o único tratamento com efetividade comprovada é a oxigenioterapia quando
necessária!)

Qual o agente etiológico do sarampo e sua via de transmissão? Qual o sinal


patognomônico?
O RNA vírus pertencente à família Paramyxoviridae e é membro do subgrupo Morbillivirus.
Já a transmissão é feita por aerossóis; sinal de Koplik (enantema fugaz, caracterizado por
pequenas manchas azul-esbranquiçadas no revestimento interno das bochechas, mais
comumente na região oposta aos dentes molares) que aparece no período prodrômico, um
a dois dias antes do aparecimento do exantema.
Pediatria

Qual o agente etiológico da pneumonia afebril do lactente? Quando suspeitar?


Qual o tratamento?
Chlamydia trachomatis; paciente nascido de parto vaginal com histórico de conjuntivite neonatal,
com tosse, taquipneia e eosinofilia no hemograma; macrolídeos.

Qual a característica das calcificações cerebrais da toxoplasmose e do


citomegalovírus congênito?
Na toxoplasmose, as calcificações são difusas (lembrando que a tríade clássica inclui
hidrocefalia, calcificações cerebrais difusas e coriorretinite), e na citomegalovirose as
calcificações são periventriculares.

Calcificações periventriculares clássicas de citomeglovirose congênita

Quando é mandatório o uso de penicilina cristalina na sífilis congênita?


Quando há neurossífilis - liquor alterado (VDRL positivo, células > 25 e proteínas > 150).
Pediatria

Qual a primeira linha de tratamento da anafilaxia?


Adrenalina intramuscular. Lembrando que, para ser considerada anafilaxia, deve-se
preencher os seguintes critérios:

1. Reação aguda, de evolução rápida (minutos a horas), com envolvimento de pele/


mucosas acompanhadas de, ao menos, um dos seguintes sintomas: dificuldade
respiratória (por edema laríngeo ou broncoespasmo) e hipotensão arterial (lipotimia,
síncope ou choque).

Outros dois critérios adicionais devem ser considerados quando ocorre exposição a
um alérgeno previamente suspeito para o paciente:

2. Reação aguda com envolvimento de dois ou mais dos seguintes: pele/mucosas:


prurido, flush/urticária e/ou angioedema; dificuldade respiratória; hipotensão
arterial; sintomas gastrintestinais persistentes.

3. Redução da pressão arterial (PA): em crianças com PA baixa para a idade, ou


queda de 30% na PA sistólica. Em adolescentes e adultos: PA < 90 mmHg ou queda
> 30% na PA sistólica.

Quais as indicações de tratamento com antibióticos na otite média aguda?


Idade < 6 meses; entre 6 meses e 2 anos se for uma otite média bilateral; na presença de
otorreia ou se houver uma doença grave (com dor moderada a grave, dor persistente por
mais de 48 horas e febre ≥ 39 °C).

Quais as vacinas de agentes vivos atenuados? E de agentes inativados?


Agentes vivos atenuados: BCG, vacina oral contra poliomielite (VOP), vacina oral contra
rotavírus, febre amarela, varicela, dengue, tríplice e tetra viral.
Agentes inativados: hepatite B, vacina inativada contra poliomielite (VIP), pneumocócicas
(10 e 13 valentes), meningocócicas (B, C e ACWY), Haemophilus influenzae B, DTP (difteria,
tétano e Pertussis), HPV, influenza, hepatite A e as vacinas compostas: pentavalente (DTP
+ Haemophilus influenzae B + hepatite B) e hexavalente (DTP + Haemophilus + VIP + hepatite B).
Pediatria

Quais as principais diferenças entre o leite humano e o leite de vaca?

Diferenças na composição entre o leite humano e o leite de vaca

Leite humano Leite de vaca integral

Quantidade adequada, fácil de Quantidade aumentada, difícil de digerir


digerir (relação caseína/proteína devido a relação caseína/proteínas
Proteínas do soro - 20:80) do soro ser maior (80:20, respectivamente)
Proteínas do soro: predomínio Proteínas do soro: predomínio de
alfalactoalbumina betalactoglobulina

Carboidratos Maior teor de lactose Menor teor de lactose

Suficiente em ácidos graxos Deficiente em ácidos graxos essenciais,


Lipídeos
essenciais, lipase para digestão não apresenta lipase
Excesso de cálcio e fósforo, sódio, cloro
Minerais Quantidade adequada
e potássio

Ferro e zinco Pouca quantidade, bem absorvido Pouca quantidade, mal absorvido

Vitaminas Quantidade suficiente Deficiente A, D, E e C

E qual a técnica correta de amamentação?


O lactente deve estar bem posicionado, com o tronco alinhado ao corpo materno, boca bem
aberta, lábio inferior evertido, aréola mais visível acima da boca do bebê, queixo tocando
a mama e ausência de ruídos.

Aréola mais visível acima da boca, durante a pega


Preventiva

Citar, aplicar, interpretar e entender os princípios éticos/doutrinários e


organizacionais/operacionais do Sistema Único de Saúde.

Princípios Definições

Éticos/Doutrinários:
ACESSO é a palavra-chave!
Universalidade
• "A saúde é um direito de todos", Art. 196, CF. 1998
Atendimento em todas as NECESSIDADES em saúde:
Integralidade
prevenção, cura e reabilitação
Equidade Atenção DESIGUAL aos desiguais

Organizacionais/Operacionais:

Descentralização Direção única em cada esfera de governo

Regionalização Municipalização

Hierarquização Serviços de saúde ao nível de complexidade crescente

Participação social CONSELHOS E CONFERÊNCIAS


Complementaridade
Sob contrato de direito público ou convênio
do setor privado
Resolubilidade Resolver problemas em saúde com eficiência

Bate e pronto: Leis e Normas do Sistema Único de Saúde:

Atribuições do SUS Participação popular =


Conselhos e Conferências
Setor privado atua de forma
complementar e suplementar Transferência regular
e automática
Ministério da Saúde executa
vigilância de portos, Lei n.º 8.080
aeroportos e fronteiras (Lei Orgânica Lei n.º 8.142
da Saúde)

NOB 96 NOB 93
Piso da
Atenção básica Municipalização

Fixo Comissões
Intergestores
Variável Bipartite e tripartite
Preventiva

Como ocorre o financiamento do Sistema Único de Saúde?


• Lei n.º 141/ 2012 (EC 95 - 2016)

− Municípios → 15%

− Estados → 12%

− União → $ do anterior com correção pelo IPCA

• Blocos de financiamento

− Custeio das ações e serviços públicos

− Investimento nos serviços públicos

Entenda as diferenças entre Conselho e Conferência de Saúde:

CONSELHO DE SAÚDE CONFERÊNCIA DE SAÚDE

PERIODICIDADE Mensal 4 em 4 anos

Controlar a EXECUÇÃO AVALIAR a situação da saúde e


FUNÇÃO
e gastos em saúde CRIAR diretrizes a serem seguidas
PARTICIPAÇÃO PARITÁRIA - 50% DE USUÁRIOS

Participação paritária
Usuários

Profissionais de saúde

Prestadores de serviço

Governo

12,5% 25% 50%


Preventiva

Entender quais são os princípios da Atenção básica: não basta apenas decorar
quais são eles!

Atributos Definições

Principais ou essenciais

PORTA DE ENTRADA preferencial

Primeiro contato
Quais são as outras portas?
• Urgência e emergência
• Psicossocial (CAPS)
• Serviços especiais de acesso aberto

X NASF NÃO É PORTA DE ENTRADA!


Fonte CONTINUADA de atenção ao longo do tempo

Longitudinalidade

Ver o paciente sob ótica BIOPSICOSSOCIAL

Integralidade

INTEGRAÇÃO do cuidado
• Referência
• Contrarreferência

Coordenação
Preventiva

Derivados:

Genograma

Enfoque familiar

Ecomapa

Orientação comunitária Priorizar problemas em saúde da comunidade

Competência cultural Entender… RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE

Vamos aproveitar para passar o olho nos símbolos que você pode precisar
interpretar do genograma?

Abortamento Espontâneo
Homem
Relacionamentos Emocionais Abortamento Induzido

Mulher 1 Relações Cortadas / Distantes


Gravidez - Criança in útero
1 Hostil
ou Morte Gêmeos Dizigóticos
1 Próximo / Hostil

2 Desacordo / Conflito
Paciente-Índice Gêmeos Monozigóticos
ou 1 Harmonia
ou Probando
A Adotado
Preventiva

Bate e pronto: Estratégia Saúde da Família (ESF) x Territorialização

Financiamento da Atenção Primária (Programa PREVINE BRASIL)


• Saiba que não existe mais PAB
• 3 blocos de financiamento:
− Capitação ponderada
− Pagamento por desempenho
− Incentivo para ações estratégicas

Decorando os cálculos dos testes diagnósticos?


• Características intrínsecas do teste: NÃO VARIAM COM A PREVALÊNCIA

− Sensibilidade = a/a+c = verdadeiros positivos/ verdadeiros positivos + falsos negativos.

− → Testes com alta sensibilidade são úteis para rastreio.

• Especificidade = d/b+d = verdadeiros negativos/ verdadeiros negativos + falsos positivos.

− → Testes com alta especificidade são úteis para confirmação diagnóstica.

• Acurácia = a + d/ a + b + c + d = verdadeiros positivos + verdadeiros negativos/ total.


Preventiva

• Probabilidade pós-teste: VARIAM COM A PREVALÊNCIA

− Valor preditivo positivo = a/a+b = verdadeiros positivos/ verdadeiros positivos + falsos


positivos.

− Valor preditivo negativo = d/c+d = verdadeiros negativos/ verdadeiros negativos


+ falsos negativos.

Tabela para teste diagnóstico

Interpretar a curva ROC


• A área abaixo da curva é proporcional a acurácia.

ponto de corte com maior otimização das propriedades do teste é o mais próximo ao
• O
canto superior esquerdo.

Curva ROC
Preventiva

Bate e pronto: tipos de estudo.


• Coorte → ruim para doença rara ou de longo período de observação

• Caso controle → ruim para fator de risco raro

Agregado Ensaio Comunitário


Longitudinal

De Intervenção Individual Ensaio clínico

Estudos
Epidemiológicos Agregado Transversal
Transversal Ecológico

Observacionais
Transversal Inquérito
Individual
Prospectivo Coorte

Longitudinal

Retrospectivo
Caso controle

Classificações envolvendo estudos epidemiológicos

Saber as fases de estudo de um ensaio clínico: tema quente para as provas


deste ano!
• Fase I: avalia-se a segurança da nova droga

• Fase II: avalia-se a eficácia da nova droga em um número pequeno de participantes

ase III: avalia-se eficácia e segurança da nova droga em larga escala, ou seja, em um
• F
número maior de participantes

• Fase IV: consiste na vigilância de novos efeitos adversos

Qual o estudo apresenta maior nível de evidência científica (Oxford)?


• Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados
Preventiva

Como analisamos os resultados de um estudo epidemiológico?


Medir a ocorrência

Incidência (casos novos):


Prevalência: TRANSVERSAL
COORTE, ENSAIO CLÍNICO

Medir a associação

Valor Interpretação

>1 Indica associação positiva (fator de risco)

=1 Ausência de associação.

<1 Indica associação negativa (fator de proteção)

Posso confiar na interpretação da medida de associação?

Intervalo de Confiança P < 0,05

Lembrete: o intervalo de confiança representa a precisão estatística: quanto mais estreito ele for,
mais preciso é o estudo. Sempre que o IC passar pelo valor unitário, não poderemos confiar no
resultado!

Medida de associação Cálculos

Risco relativo (RR) Ie / I ne Ie= a/a+b; Ine= c/c+d

Odds Ratio a*d/b*c

Risco atribuível ao fator (RAf) Ie - Ine

Risco atribuível na população (RAP %) (IPop – Ine) / IPop

Razão de prevalência (RP) Pe / Pne

Redução do Risco Relativo (RRR) 1 - RR

Redução Absoluta do Risco (RAR) Maior I – Menor I

Número Necessário ao Tratamento (NNT) 1 / RAR


Preventiva

Com relação às profilaxias de tétano e da raiva humana, correlacione o tipo


de acidente com a conduta.
• Tétano:

História vacinal Ferida baixo risco Ferida alto risco*

≥3 doses VACINA (se última dose >10 anos) VACINA (se última dose >5 anos)**

Incerta ou <3 doses VACINA VACINA + SORO/IGH

*Profundos ou superficiais sujos, por armas, queimaduras, mordeduras

** Fazer SORO se: idoso, imunocomprometido ou desnutrido grave

• Raiva humana:

Cão ou gato raivoso,


desaparecido ou morto
Cão ou gato clinicamente / Animais silvestres
Cão ou gato sem suspeita de
suspeito de raiva no momento (inclusive domiciliados) /
raiva no momento da agressão
da agressão Animais domésticos de
interesse econômico ou
de produção

Contato Lavar com água e sabão. Lavar com água e sabão. Lavar com água e sabão.
indireto Não tratar. Não tratar. Não tratar.
Lavar com água e sabão. Lavar com água e sabão. Lavar com água e sabão.
Observar o animal durante Observar o animal durante Iniciar imediatamente
10 dias após a exposição. 10 dias após exposição. Iniciar o esquema profilático
Se o animal permanecer sadio esquema profilático com com 4 doses de vacina
no período de observação, duas doses, uma no dia 0 e administradas nos dias
encerrar o caso. outra no dia 3. Se o animal 0, 3, 7 e 14.
Se o animal morrer, permanecer sadio no período
desaparecer ou se tornar de observação, encerrar o
Acidentes raivoso, administrar 4 doses caso. Se o animal morrer,
leves de vacina (dias 0, 3, 7, 14). desaparecer ou se tornar
raivoso, dar continuidade
ao esquema profilático,
administrando o soro, e
completando o esquema até
doses. Aplicar uma dose entre
o 7º e o 10º dia e uma dose no
14º dia.
Preventiva

Lavar com água e sabão.


Observar o animal durante
10 dias após exposição. Iniciar
esquema profilático com
Lavar com água e sabão.
duas doses uma no dia 0 e
Iniciar o esquema profilático
outra no dia 3. Se o animal
com soro e 4 doses de vacina Lavar com água e sabão.
permanecer sadio no período
nos dias 0, 3, 7 e 14. Observar Iniciar imediatamente o
de observação, encerrar o
Acidentes o animal durante 10 dias após esquema profilático com
caso. Se o animal morrer,
graves a exposição. Se a suspeita soro e 4 doses de vacina
desaparecer ou se tornar
de raiva for descartada após administradas nos dias
raivoso, dar continuidade
o 10º dia de observação, 0, 3, 7 e 14.
ao esquema profilático,
suspender o esquema
administrando o soro, e
profilático e encerrar o caso.
completando o esquema até
doses. Aplicar uma dose entre
o 7º e o 10º dia e uma dose no
14º dia.

Bate e pronto: critérios para inclusão na Lista Nacional de agravos de


notificação compulsória.

Magnitude Importância do agravo

Potencial de disseminação Transmissibilidade

Transcendência Letalidade

Vulnerabilidade Possibilidade de Intervenção

Lembrar das condições de notificação internacional:

• Varíola
Compromissos internacionais • Poliomielite
• SARS
• Influenza

Sobre os níveis de prevenção:


Foco na prevenção quaternária! Lembre-se da correlação com o princípio de não maleficência
da bioética
Preventiva

Nível de História natural


Definição Exemplos
prevenção da doença
Estimular a atividade física e
Promoção à saúde
dieta
Primário Pré-patogênico
Proteção específica Uso de estatinas

Diagnóstico e Rastreamento de câncer de


Patogênico tratamento precoces mama
Secundário
(assintomático) Angioplastia nos primeiros
Evitar sequelas
120 minutos após IAM
Patogênico Reabilitação
Fisioterapia motora em
Terciário (doença Tratamento de pacientes após AVE
estabelecida) sequelas
Diminuir o número de
Prevenção de
Quaternário Patogênico medicamentos em idosos
iatrogenias
com polifarmácia

Saber interpretar uma curva epidêmica:


Dica JJ:
− Incidência dentro do padrão esperado = Endemia
− Incidência acima do padrão esperado = Epidemia
• Conceito atual:
− Pandemia → epidemia que não respeita limites geográficos

Incidência máxima

Progressão
Regressão

Egressão
Limiar endêmico

Incremento inicial
de casos

Decréscimo
endêmico
Nº de casos

Tempo

Curva Epidêmica
Preventiva

Sobre a transição demográfica: o que ocorreu nas taxas de fecundidade e


mortalidade geral?
• Queda na taxa de fecundidade + Queda da taxa de mortalidade geral
• Qual foi o resultado? Aumento de esperança de vida e do índice de envelhecimento

O que significa ter uma tripla carga de doenças?


• Transição epidemiológica: diminuição de mortes por doenças transmissíveis, aumento de
mortes por causas externas e doenças crônico degenerativas

Um novo tratamento que aumenta a sobrevida de uma doença crônica, sem


curá-la é instituída! Qual o impacto disso na prevalência e na incidência da
doença?

Resposta: Aumento da prevalência sem alterar a incidência! Faça um vínculo


cerebral dos fatores que aumentam e diminuem a prevalência (corresponde
ao tanque de água)!

CASOS NOVOS
(INCIDÊNCIA)

CURAS

ÓBITOS

Prevalência e a sua relação com incidência, curas e óbitos


Preventiva

Como podemos calcular o coeficiente de mortalidade materno e infantil?


Coeficiente Principais causas Notificação
Numerador Denominador
de mortalidade de óbito compulsória
Óbito de mulher
• Distúrbios
grávida ou até 42 Número
hipertensivos
Materna dias após fim da de nascidos
gestação (exceto vivos • Hemorragias
causas acidentais) • Infecções puerperais

• Período neonatal
Números
Infantil • Afecções perinatais
Óbitos em < 1 ano de nascidos
vivos • Malformações
congênitas

A respeito das intoxicações exógenas relacionadas à exposição ocupacional,


relacione a exposição com o agente causador do caso clínico citado:
• Exposição a baterias e tintas
− Dor abdominal, anemia, insuficiência renal
− Qual a intoxicação descrita? Chumbo
• Exposição a petróleo e gasolina
− Mielotoxicidade
− Qual a intoxicação descrita? Benzeno
• Exposição à cromagem
− Necrose do septo nasal
− Qual a intoxicação descrita? Cromo

Quais são doenças definidoras da AIDS?


1) Pneumocistose

2) Pneumonia de repetição

3) Neurotoxoplasmose

4) Candidíase esofagiana

5) Reativação de doença de Chagas

6) Tuberculose extrapulmonar
Preventiva

Relacione o perfil sorológico com a forma de hepatite B:

Anti- Anti- Anti- Anti- DNA-HBV


Interpretação HBsaG HBeAg ALT
HBc HBc IgM HBe HBs (UI/mL)

Infecção
+ + + + - - Aumentado Alta
aguda

HBV com Não


- - + - + + Normal
recuperação detectado

Infecção antiga,
oculta, janela Não
- - + - - - Normal
imune ou detectado
falso-positivo

Vacinação Não
- - - - - + Normal
prévia detectado

Portador
+ - + - + - Normal < 200
crônico inativo

Mutantes
Normal ou
pré-core ou + - + - + - ≥ 2.000
aumentada
core-promoter

HBV ativa Normal ou


+ + + - - - ≥ 2.000
(perfil clássico) aumentado

1) Quais os principais efeitos colaterais da rifampicina? Púrpura, síndrome


gripal e urina alaranjada.
2) E da isoniazida? Neuropatia e psicose.
3) E da pirazinamida? Gota, hiperuricemia.
4) E do etambutol? Neurite óptica.
5) Existe algum efeito comum a todas as drogas? Sim, a hepatotoxicidade.

Com relação ao Programa Nacional de Imunizações, responda:


• Quais vacinas estão indicadas ao nascer? BCG e Hepatite B
• Quais vacinas estão indicadas aos 2 meses? Penta; VIP; Pneumo 10; VORH
• Quais vacinas estão indicadas aos 3 meses? Meningo C
• Quais vacinas estão indicadas aos 4 meses? Igual aos 2 meses: Penta; VIP; Pneumo 10; VORH
• Quais vacinas estão indicadas aos 5 meses? Igual aos 3 meses: Meningo C
Preventiva

• Quais vacinas estão indicadas aos 6 meses? Penta e VIP


• Quais vacinas estão indicadas aos 9 meses? Febre amarela
• Quais vacinas estão indicadas aos 12 meses? Tríplice viral; Meningo C; Pneumo 10
• Quais vacinas estão indicadas aos 15 meses? Hepatite A; DTP; VOP; Tetra viral
• Quais vacinas estão indicadas aos 4 anos? DTP; VOP; Varicela; Febre amarela
• Quais são as vacinas indicadas na adolescência? Meningo C e HPV
• E
m qual faixa etária está indicada a vacina HPV? Meninas: 9 a 14 anos e Meninos: 11 a
14 anos
• Na faixa etária preconizada, quantas doses da vacina HPV são indicadas? 2 doses: 0 e
6 meses

Paciente de 25 anos, internado há 30 dias no CTI, desde que sofreu acidente


automobilístico de alto impacto, desenvolveu pneumonia nosocomial
e faleceu após tentativas frustradas de RCP. Diante desse caso, responda:
• Quem deve preencher o atestado de óbito? Médico legista do IML.
− Morte natural com assistência médica = médico plantonista, substituto, MFC
ou particular
− Morte natural sem assistência médica = Serviço de Verificação de óbitos
− Morte violenta (acidental) = IML
• Qual a causa básica do óbito? Acidente automobilístico.
• Qual a causa imediata do óbito? Choque séptico.

O que fazer diante de um caso de violência sexual quanto a profilaxia e


interrupção da gestação?
• Interrupção da gravidez pode ser feita até a 20ª semana SEM NECESSIDADE DE
BOLETIM DE OCORRÊNCIA.
• Profilaxia:
Preventiva

Condição Droga Posologia Alternativa

Sífilis Penicilina G benzatina 2.400.00 UI, IM, dose única Estearato de eritromicina 500mg

Gonorreia Ceftriaxona 500mg, IM, dose única Ciprofloxacina

Clamidíase Azitromicina 1g, VO, dose única Estearato de eritromicina

Tricomoníase Metronidazol 2g, VO, dose única -

Quais são os princípios bioéticos?

Não
Autonomia
maleficência

Beneficência Justiça

Em que situações de exceção o sigilo médico pode ser quebrado?


• Motivo justo: a manutenção do sigilo pode representar um prejuízo maior do que sua
quebra.

• D
ever legal: a notificação compulsória de certas doenças transmissíveis ou ainda casos
que envolvam agressão e suspeita de abuso infantil.

• Consentimento por escrito do paciente.

Quando a esterilização é permitida no Brasil?


• Homens e mulheres com capacidade civil plena e com mais de 25 anos OU que tenham
pelo menos 2 filhos vivos.

eve ser respeitado um período mínimo de 60 dias entre a manifestação do interesse e


• D
o procedimento.
Preventiva

Com relação aos acidentes de trabalho, responda:


1) Quem pode emitir o CAT? Qualquer pessoa, mas preferencialmente a empresa.

2) Trabalhadores informais também emitem CAT? NÃO.

3) Qual o período máximo para protocolar? Até o primeiro dia útil após o acidente.

4) Quando a notificação de um acidente de trabalho deve ser imediata? Em caso de


acidente grave ou fatal.

Um paciente procura atendimento por exacerbação de asma alérgica dias


após iniciar trabalho em pet shop. Trata-se de Schilling:

Associação com da
Schilling Exemplos
doença com o trabalho
Pneumoconioses

Padrão pulmonar da fibrose na asbestose (difuso).

Grupo I Causa necessária

Padrão pulmonar da fibrose


na silicose (nodular).

Burnout = despersonalização + exaustão


Fator de risco
Grupo II emocional + redução da realização
ou contribuinte
profissional

Fator agravador de doenças Asma agravada por contato com gatos


Grupo III
existentes previamente em pet shop

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