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 Se Saturação venosa de O2 < 70% avaliar: laboratorial diagnóstico da insuficiência supra-renal, 5 - Reposição de Hemoderivados

portanto, iniciar empiricamente o corticosteróide:  Hemotransfusão: Na ausência de doença


1. Hematócrito (Hto) < 30% realizar hemotransfusão;
coronariana, acidose lática ou hemorragia aguda, deve
Hidrocortisona 50mg IV 6/6h a 100mg IV 8/8h por 7dias ser feita apenas quando Hb < 7g/dL para alcançar a meta
2. Hto> 30% mesmo após o ajuste da PVC/PAM (tabela Obs: 1. Paciente com recuperação rápida da PAS,
1), iniciar inotrópico para melhorar a perfusão tecidual entre 7-9 g/ dL; (meta diferente das primeiras 6 h SvcO2 / Hto
encurtar a terapia para 5 dias. > 30%)
e a oferta de O2 ⇒ Dobutamina na dose inicial de 2,5 2. Alguns autores reduzem a dose progressivamente  Plasma: Apenas transfundir plasma fresco congelado
µg/ kg/ min (dose máxima: 20 µg/ kg/ min). (50mg/dia). para corrigir os defeitos da coagulação no paciente com
3. Na presença de hipotensão associar vasopressor. 3. Não está indicado corticosteróide na ausência de sangramento ativo - 1 unidade cada 6-8h; ou que
choque séptico, exceto em caso de corticoterapia ou necessitem de procedimentos invasivos – 2 a 3 unidades
Tabela 2 - Critérios de sepse - pelo menos duas hipoadrenalismo prévios. imediatamente antes do procedimento.
alterações agudas 4. Altas doses de corticóide não são recomendadas.  Plaquetas: Transfusão de plaquetas no paciente sem
Leucometria >12000 ou < 4000 cel/mm3 sangramento se contagem < 30.000/mm3 (outros autores
4 - Controle da glicemia
ou > 10% de formas jovens recomendam se < 5.000/mm3 ou entre 5.000 a
Manter glicemia entre 80-180mg/dl com insulina em
Temperatura > 38 0C ou < 360C 30.000/mm3 se houver risco de sangramento). Plaquetas
infusão contínua, aferindo a glicemia de hora em hora até
Freqüência cardíaca > 90 bpm acima de 50.000/mm3 são necessárias para cirurgias e
a estabilização e, posteriormente, a cada 4h.
Freqüência respiratória > 20 irpm ou procedimentos invasivos.
PaCO2 < 32 mm Hg Solução para infusão: 100 U de insulina regular em
100 mL de SF 0,9% 6 - Ventilação mecânica na Síndrome do Desconforto
Controle inicial da glicemia capilar: Respiratório Agudo (SDRA) induzida por sepse
2 - Diagnóstico etiológico na sepse grave 100 - 180 mg/dL observar com glicemia capilar de 4 / 4 Evitar Volume corrente (Vc) e platô de pressão
horas elevados na SDRA induzido por sepse.
Coletar 2 hemoculturas + cultura direcionada ao foco e 180 - 250 mg/dL bolus = 0 início = 4UI / hora
251 - 300mg/dL bolus = 4 UI início = 4UI / hora Tabela 3 – Recomendações na SDRA:
iniciar antibioticoterapia em 1 -4 hora∗
301 - 400 mg/dL bolus = 4 UI início = 6 UI / hora
> 401 mg/dL bolus = 6 UI início = 6 UI / hora • Volume corrente de 4 a 6mL/ kg
 Cateter venoso central (CVC): coletar
• Pressão final de platô inspiratório < 30 cm H2O
hemoculturas de veia periférica
Obs: Outros autores recomendam glicemia entre 80 e • Hipercapnia permissiva (PaCO2 > 45mm Hg): se
(preferencialmente) ou uma de cada lúmen do
110mg/dL, mas, devido o risco de hipoglicemia necessária para ⇓ o platô de pressão e o Vc
acesso vascular (vide folder de hemocultura);
 Pneumonia em ventilação mecânica: lavado
recomendamos < 180mg/dL. • PEEP: aumentar progressivamente baseando-se
bronco-alveolar ou cultura quantitativa de secreção no déficit de oxigenação e na FiO2
traqueal e Gram; • SaO2: alcançar níveis entre 88 e 95%
 Trato urinário: Gram e cultura de urina. • Manter a cabeceira a 45°

∗Obs: Consultar o folder sobre beta-lactâmicos Tabela 4 - Critérios de SDRA - Alterações agudas:
em Pneumonia Hospitalar e “Recomendações
para uso de antibióticos”. Atualizado em 2011/2012  PaO2 / FiO2 ≤ 200 mm Hg
 Infiltrado pulmonar bilateral intersticial/ alveolar
 Poap (pressão de oclusão da artéria pulmonar)
3 – Reposição de corticosteróide CCIH Responde ≤ 18mm Hg ou nenhuma evidência clínica de
O paciente em choque séptico após reposição volêmica ccih@hucff.ufrj.br pressão do átrio esquerdo elevada
adequada e que necessita de vasopressor, pode
responder a corticoterapia devido à insuficiência adrenal.
Ainda não existe consenso quanto ao melhor método
Tabela 6 – Metas para abordagem das infecções
7 - Outras medidas
 Identificar e resolver o foco precocemente p. ex.
Profilaxia da lesão aguda de mucosa gástrica deve
ser feita de preferência com bloqueador do receptor drenagem cirúrgica Manejo inicial da sepse grave
 Na infecção grave, antibioticoterapia precoce conforme a
H2 - Ranitidina 50mg IV de 8/8h (sem disfunção renal) CCIH – CTI – HUCFF – UFRJ
epidemiologia e/ou perfil microbiológico da unidade
Bicarbonato de sódio  Otimizar a farmacocinética/ farmacodinâmica dos atbs A ressuscitação dos parâmetros hemodinâmicos nas
A reposição de bicarbonato deve ser evitada. A  Após o resultado da cultura, sempre que possível, reduzir
primeiras horas e o início precoce da antibioticoterapia
correção da acidose metabólica deve ser feita com o espectro do antibiótico
 Encurtar o período da antibioticoterapia, p. ex. pneumonia estão entre as medidas vitais na sepse grave e no choque
medidas tais como reposição volêmica adequada, séptico (tabela 2-5). O objetivo deste “folder” é guiar o
recuperação da função renal e hemodiálise, esta tratar por 8 dias
 Prevenir novas infecções clínico para a identificação precoce do quadro e início
quando indicada. Usar bicarbonato em situações de imediato das medidas de ressuscitação, seja na
 Bloquear a transmissão cruzada: higiene das mãos
risco para o paciente e quando pH < 7,1. Emergência ou na Enfermaria.
Profilaxia para trombose venosa profunda
Fluxograma 1- Ressuscitação nas primeiras horas (ver fluxograma)
Heparina 5000UI SC 8/8h ou enoxaparina 40mg SC
Ressuscitação volêmica nas primeiras horas Pacientes com SIRS/ sepse (tabela 2) + PAS < 90 mm
1 vez ao dia
Hg ou lactato > 4 mmol/dL ⇒ Iniciar reposição volêmica
Sepse com PAS ≤ 90mmHg
Tabela 5 – Sepse grave - sepse associada à pelo corrigindo rapidamente o déficit de volume até atingir os
⇓ parâmetros:
menos 1 das alterações agudas:
Reposição volêmica 1 a 2 L/ hora
1. Disfunção orgânica: Tabela 1 - Monitorar e otimizar os parâmetros:

PVC entre 8 e 12 cm H2O *1 PVC 8 a 12 cm H2O
Hipoxemia arterial: PaO2 < 75 mmHg ou PVC na ventilação mecânica 12 a 15 cm H2O
PaO2 / FiO2 < 300 mm Hg sem pneumonia e PAM > 65 mm Hg
< 200 mm Hg com pneumonia ⇓ ⇓
Débito urinário > 0,5 mL/ kg/ h
Oligúria: diurese < 0,5mL/ kg/ h PAM > 70 mm Hg PAM < 70 mm Hg
Saturação venosa central (Svc) de O2 > 70 %
⇑ da creatinina em 0,5mg/ dL ⇓ ⇓ ⇓
Disfunção hematológica: plaquetas < 100.000/mm3 Svc O2 > 70% Svc O2 < 70% ⇐ Noradrenalina
Hiperbilirrubinemia total > 4mg/ dL ⇓ ⇓ SvcO2 é obtida pela gasometria do sangue coletado pelo
______________________________________________ Medidas de Iniciar dobutamina cateter na veia subclávia ou jugular interna.
2. Hipoperfusão: acidose metabólica pH < 7.3, suporte Transfundir se hematócrito < 30% Após reposição volêmica adequada, que é indiferente
lactato plasmático > 3mmol/L, enchimento capilar ⇓ se feita com colóide ou cristalóide, p. ex. S. fisiológica
lento (> 2 seg); alteração aguda do estado mental Controle glicêmico 0,9% 0,5-1L a cada 30min até PVC alcançar 8 a 12
(agitação, confusão, torpor, etc). Corticosteróide cmH2O (limite de segurança <15 cmH2O) e na ausência
3. Hipotensão: PA sistólica < 90 mm Hg, queda de > SDRA: Ventilação protetora de recuperação da pressão arterial ou da perfusão
40mm Hg no adulto ou PAM < 65 mm Hg na Terapia com Proteína C ativada hr * tecidual adequada (SvcO2 > 70%) avaliar:
ausência de hipovolemia. Se PAM < 65 mm Hg  Iniciar vasopressor, de
4. Choque séptico: Hipotensão arterial persistente Obs: *1. Evitar sobrecarga e edema pulmonar se ocorrer
elevação da PVC > 4 cm H2O após 500ml em 30min ou preferência, noradrenalina (não utilizar dopamina em
após reposição volêmica adequada. baixas doses para proteção renal).
quando PVC atingir 15 cm H2O (limite de segurança). *2.
O início precoce (< 48h após início da sepse grave) da proteína  PAM= PAS + (PAD x 2)
C ativada humana recombinante (PCAhr) mostrou redução da 3
letalidade naqueles pacientes com alto risco de morte: SDRA,
choque séptico, APACHE II > 25 e disfunção orgânica múltipla.

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