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DIAGNÓSTICO:
É avaliado o quanto de volume de ar sai ao longo de uma EXPIRAÇÃO FORÇADA precedida de uma INSPIRAÇÃO
MÁXIMA
o O primeiro segundo da expiração forçada é o momento que sai mais ar do seu pulmão. Esse volume é
chamado de VEF1, sendo o normal 4L
o O quanto de ar saiu durante todo o tempo da expiração forçada é chamado de CVF (capacidade vital
forçada), sendo o normal 5L
Índice de Tiffeneau trata-se da razão da VEF1/CVF, sendo o normal > 0,75
Em um PROCESSO OBSTRUTIVO sai muito pouco volume no primeiro segundo (VEF1), de forma que o corpo
prolonga o tempo expiratório para conseguir eliminar todo o ar represado, compensando parcialmente a CVF
(ou seja, proporcionalmente, a VEF1 cai muito mais do que a CVF)
Em um PROCESSO RESTRITIVO (“pulmão duro”, pouco complacente) entra pouco ar e sai pouco ar, de forma
que a VEF1 e CVF caem proporcionalmente, apresentando um índice de tiffeneau “normal”
ASMA:
Trata-se de uma inflamação crônica associada a hiperreatividade das vias aéreas (broncoespasmo e
hiperprodução de muco), gerando sintomas e obstrução com VARIABILIDADE
Trata-se de um processo mediado por eosinófilos e IgE
1) Alérgica (>80%)
Natália Guedes | @medbynatalia 2
MALDADES:
Pode ocorrer broncoespasmo desencadeado pelo exercício, principalmente no clima frio e seco
Como combater? ANTES do exercício fazer aquecimento e -agonista de curta duração
Trate como se não estivesse grávida! ATENÇÃO: Tiotrópio é uma droga que não deve ser usada
Se gravida apresentar broncoespasmo durante trabalho de parto: cuidado ao fazer beta agonista, pois causa
HIPOGLICEMIA no bebê
QUADRO CLÍNICO:
Dispneia
Sibilância
Tosse crônica tende a ser seca
Desconforto torácico
Comum associação do fenótipo asmático alérgico com rinite alérgica
Os sintomas são variáveis, intermitentes e piores à noite
Geralmente tem “gatilhos”
DIAGNÓSTICO:
OBSTRUÇÃO REVERSÍVEL
Espirometria :
o VEF1/CVF < 0,75 (< 0,9 na criança) = OBSTRUÇÃO
+ Espirometria
o VEF1: Aumento > 12% + Aumento > 200 mL REVERSÍVEL
o VEF1: Aumento > 12% nas crianças
ATENÇÃO:
SE espirometria vem NORMAL: pode-se realizar TESTE PROVOCATIVO com metacolina, que irrita as vias
aéreas e provoca broncoespasmo. Outras substancias também podem ser utilizadas, como carbacol,
histamina, manitol... Se houver queda > 20% no VEF1, está dado diagnóstico de asma
Se NÃO TEM espirometria ou “asma ocupacional”: avaliar o pico de fluxo expiratório (PFE) por 2 semanas. É
dado o diagnóstico se variabilidade > 10% em adultos ou > 13% em crianças
TRATAMENTO:
CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLE:
tividades limitadas?
eta 2 de curta > 2x*/semana (1x, se ≤5 anos)?
ordou à noite?* (*ou tosse noturna)
iurnos: sintomas >2x*/ semana (1x, se ≤5 anos)?
Terbutalina IV: é uma droga de 2ª linha, para ser utilizada em casos críticos ou quando a biodisponibilidade via
inalatória não é adequada (p. ex. silêncio pulmonar)
AO DAR ALTA:
Iniciar tratamento ou progredir um passo no tratamento que estava sendo utilizado
Corticoide VO 5-7 dias (3-5 dias, se criança)
Nova consulta em 2-7 dias (1-2 dias, se criança)
Esclarecer dúvidas: orientar medidas ambientais, aderência ao tratamento e técnica utilizada para inalação
DPOC:
É uma doença heterogênea com destruição das VA por NEUTRÓFILOS E MACRÓFAGOS, marcada por sintomas
respiratórios crônicos, provocados por obstrução ao fluxo aéreo de forma PERSISTENTE E PROGRESSIVA
TIPOS:
BRONQUITE CRÔNICA OBSTRUTIVA: A inflamação das vias aéreas causa hipertrofia e hiperplasia das
glândulas secretoras de muco associadas a aumento de células caliciformes da mucosa (estado
hipersecretor) e redução do lúmen devido a edema e fibrose decorrentes da inflamação, levando ao aumento
da resistência das vias aéreas
ENFISEMA PULMONAR:
o A exposição inalatória provoca uma resposta inflamatória nas vias respiratórias e nos alvéolos,
aumentando a atividade das proteases, que provocam lise da elastina e do tecido conjuntivo
o A força expiratória depende em grande parte da elasticidade pulmonar, que está diminuída na DPOC.
Dessa forma, o ar entra facilmente e sai com dificuldade, levando ao aprisionamento do ar
o Com isso, a respiração passa a ser controlada de forma a produzir um tempo expiratório prolongado
(para conseguir colocar tudo para “fora”), reduzindo a freqüência respiratória com um volume
corrente aumentado
o A perda da retração elástica também leva a tendência ao colapso dos alvéolos
A DPOC está muito associada ao tabagismo e, apesar desta ser a principal etiologia, existem outros mecanismos que
podem contribuir para sua apresentação clínica. Sendo assim, foram criadas as seguintes classificações:
QUADRO CLÍNICO:
Tosse crônica/intermitente
Expectoração crônica
Dispneia progressiva que piora com exercício
DIAGNÓSTICO:
OBSTRUÇÃO IRREVERSÍVEL
Espirometria :
o VEF1/CVF < 0,7 = OBSTRUÇÃO
+ Espirometria
o “SEM” melhora = IRREVERSIBILIDADE
Natália Guedes | @medbynatalia 6
o O “sem” melhora está entre aspas, pois pode haver uma pequena melhora, contudo, sem fechar os
critérios que indicam reversibilidade
ATENÇÃO:
Se VEF1/CVF pós PBD entre 0,6-0,8: REPETIR EXAME
CLASSIFICAÇÃO:
GOLD:
Avalia a gravidade da obstrução com base nos valores do VEF1 após prova broncodilatadora:
GOLD 1 – LEVE: VEF1 ≥ 80% do previsto
GOLD 2 – MODERADO: VEF1 ≥ 50% do previsto
GOLD 3 – GRAVE: VEF1 ≥ 30% do previsto
GOLD 4 – MUITO GRAVE: VEF1 < 30% do previsto
ABE:
Os pacientes são avaliados através da sintomatologia pelos escores CAT ou mMRC e do histórico de exacerbações
TRATAMENTO:
PARA TODOS:
Checar aderência ao tratamento
Cessar tabagismo
Vacinação: Influenza + Pneumococo + coqueluche
Atividade física
REABILITAÇÃO pulmonar para os grupos B e E
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO:
OBS.
DESCOMPENSAÇÃO:
Definição: evento caracterizado pelo aumento da dispneia e/ou tosse com escarro com piora dos sintomas
nos últimos 14 dias
A principal causa de descompensação é INFECÇÃO PULMONAR
o 1º: VÍRUS pneumonia viral
o 2º Bacteriana: principais agentes são H. influenzae e pneumococo
Se grave ou ATB recente (<90 dias): devemos pensar em PSEUDOMAS
TRATAMENTO – ABCD:
ANTIBIÓTICO: amoxicilina + clavulonato ou macrolídeo 5-7 dias. São indicados em casos de:
1) Secreção mais PURULENTA + piora da dispneia E/OU aumento do volume do escarro
2) Se indicação de suporte ventilatório (VNI ou IOT)
BRONCODILATADORES inalatórios de curta duração
CORTICOIDE por 5 dias
Dar oxigênio:
o SatO2 alvo = 88-92%
o VNI se:
pH < 7,35 e PaCO2 > 45
Refratário ao O2
Dispneia grave
o IOT: refratário a VNI
Investigar deficiência de vitamina D vitamina D baixa pode provocar exacerbação
Natália Guedes | @medbynatalia 8
OBS. NÃO deve ser fornecido muito oxigênio para o paciente com DPOC, devido ao risco de piora da hipercapnia, pelos
seguintes mecanismos:
1. Atenuação da estimulação respiratória: pacientes com DPOC são retentores crônicos de CO2 e como
resultado, desativam os níveis de CO2 altos como gatilho para ativar o drive respiratório, de forma que o
gatilho passa a ser baixos níveis de O2. Dessa forma, ao fornecer grandes quantidades de oxigênio para esses
pacientes, o corpo entende que já tem oxigênio suficiente, levando à hipoventilação.
Atualmente, mostrou-se que esse mecanismo tem pouca importância, sendo os outros dois mais relevantes
2. Efeito Haldane: pacientes com DPOC apresentam as hemoglobinas lotadas de moléculas de CO2. Ao
administrar oxigênio, ocorre uma diminuição da afinidade da hemoglobina pelo CO2, de forma que as
moléculas de CO2 são “chutadas” e as hemoglobinas são ocupadas pelo oxigênio, ocorrendo assim, aumento
do CO2 no sangue
3. Vasoconstricção hipóxica:
Em áreas de alvéolos doentes em que a PO2 alveolar é baixa, ocorre vasoconstricção das arteríolas
pulmonares (VASOCONSTRICÇÃO HIPÓXICA), para direcionar o fluxo de sangue para áreas sadias onde
haverá troca gasosa
Contudo, uma alta FiO2 aumentará o oxigênio nas áreas doente, inibindo a vasoconstricção pulmonar
hipóxica, de forma que agora o sangue que estava indo só para área que realizava troca (mantendo uma
PaCO2 relativamente estável), passa a ir para a área que não realiza troca, levando a aumento de CO2