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Asma ..................................................................................................................................................................... 01
DPOC .................................................................................................................................................................... 05
TEP ......................................................................................................................................................................... 08
CA de pulmão .......................................................................................................................................................... 11
Tuberculose ........................................................................................................................................................... 16
Asma
* Definição
Inflamação crônica
Hiperreatividade reversível das vias aéreas (contato da via aérea com alérgenos leva a reação inflamatória aguda:
broncoconstricção + hiperprodução de muco)
* Fenótipos
Alérgica (> 80%)
Não alérgica
Respondem mal ao corticoide inalatório
Início tardio
Obstrução persistente
Obesidade
* Pegadinhas de prova
→ E no exercício?
Broncoespasmo desencadeado pelo exercício.
Tratamento: aquecimento e uso de medicamento antes de realizar atividade físcia
1
→ Gestação
1/3 dos casos melhoram
1/3 dos casos pioram
1/3 dos casos não tem alteração
Tratamento: não muda !!! O bem estar no bebê depende do bem estar materno. Tratar como se não estivesse
grávida.
Obs.: se usar muito beta-2 agonista durante o trabalho de parto, o RN pode desenvolver hipoglicemia
2
* Tratamento de manutenção
Evita iniciar ß2 de longa para menores de 12 anos (perde eficácia com uso prolongado, e diminuição ação do beta-2 de curta).
Obs.:
0 – 3 anos: usar máscara facila
4 – 5 anos: usar espaçador
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→ Classificação do controle
1. Atividades limitadas?
2. Broncodilatador de alívio > 2 x / semana (> 1 x / semana se crianças < 5 anos)
3. Sintomas noturnos?
4. Sintomas diurnos: > 2 x / semana? (> 1 x / semana se crianças < 5 anos)
Controlada: nenhum “sim”
Parcialmente controlada: até 2 “sim”
Descontrolada: 3 ou 4 “sim”
Atenção! Se a asma do paciente não estiver controlada: antes de aumentar o passo, verificar ambiente, aderência e
técnica do tratamento!
Mostrar como usa o dispositivo inalatório!
→ Classificação da gravidade
Leve: controle com passos 1 e 2
Moderada: controle com passo 3
Grave: controle com passos 4 e 5
Pico de fluxo expiratório (PFE) - Peak-flow pode ser usado para avaliar gravidade da crise de asma
GINA-2019 recomenda usar broncodilatador com espaçador (funciona tão bem quanto nebulização)
Leve a Moderada Fala frases completas ß2 de curta ação: 20/20 min por 1 hora
Não usa musculatura acessória Prednisolona VO:
PFE > 50% - Adultos: 1 mg/kg. Máx: 50 mg
FC < 120 bpm - Crianças > 5 anos: 1 – 2 mg/kg. Máx 40 mg
SatO2 > 90 % O2 suplementar
FR < 30 - Alvo adultos: SatO2 93 – 95%
- Alvo crianças: SatO2 94 – 98%
Grave Fala por palavras Anteriores
Agitação! Ipratrópio
PFE < 50% Trocar corticoide VO por EV (?)
FC > 120 bpm
SatO2 < 90 %
FR > 30 Considerar:
Paciente com crise leve a moderada que Sulfato de Magnésio IV
não melhorou com tratamento Corticoide inalatório dose alta
convencional
Muito Grave Sonolento Anteriores
Confuso Indicar UTI
Tórax silencioso Preparar IOT
Não esquecer na alta Iniciar tratamento (passo 5) ou aumentar passo que estava
Medidas ambientais, aderência ao tratamento, técnica
5 – 7 dias de corticoide VO (3-5 dias se criança) – mesmas doses
Nova consulta em 2-7 dias
Esclarecer dúvidas !!!
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DPOC
* Definição
“Doença com sintomas persistentes e limitação ao fluxo aéreo, devido a alterações nas vias aéreas causadas por
exposições significativas a partículas e gases nocivos.”
Muito relacionado ao tabagismo, mas nem sempre
* Tipos
Bronquite crônica obstrutiva
São os dois extremos da DPOC.
Enfisema pulmonar
A maioria dos pacientes não se encaixam em
nenhum desses tipos.
* Pegadinha de prova
Deficiência de alfa1-anti-tripsina
Quando suspeitar?
o Enfisema em jovem sem risco conhecido
o Enfisema em região basal
o Hepatopatia inexplicada
o Vasculite C-Anca +
o História familiar
o Enfisema panacinar
o O enfisema do tabagismo é centroacinar!!!
* Quadro Clínico
→ Fatores de risco
Tabagismo!
História familiar de DPOC
Deficiência de alfa1-anti-tripsina
→ Clínica
Tosse crônica
Expectoração crônica
Dispneia
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* Classificação
→ ABCD
Obs.: Principal fator de risco para ter uma exacerbação é já ter tido uma
* Tratamento de manutenção
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* Tratamento DPOC descompensada
Como suspeitar
o Um ou mais dos “sintomas cardinais”
Piora da dispneia
Aumento do volume do escarro
Secreção mais purulenta
A: Antibiótico
Se secreção mais purulenta + piora da dispneia E/OU aumento do volume do escarro
Indicação de suporte ventilatório (IOT ou VNI)
GOLD: Amoxicilina + clavulanato ou macrolídeo por 5-7 dias
B: Broncodilatadores
Broncodilatadores inalatórios de curta ação
C: Corticoide
Prednisona 40 mg por 5 – 7 dias
D: Dar oxigênio
Alvo: Sat O2 88-92%
Iniciar VNI:
o pH < 7,35 +/- PaCo2 > 45 +/-
o Refratário,
o Dispneia Grave
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Pneumo 01
Tromboembolia Pulmonar Sem. 36
14/09/20
Tromboembolismo Venoso: TEP e TVP
* Fatores de risco
→ Tríade de Virchow
Hipercoagubilidade
Lesão endotelial
Estase sanguínea
→ Hereditários: trombofilias
Fator V de Leiden
Mutante do gene da protrombina
→ Adquiridos
Pós-operatório (principal: ortopedia)
Medicamentos (anticoncepcional)
Neoplasia maligna (secreção de fatores pró coagulantes)
Imobilização
→ Manifestações clínicas
Maioria: assintomática
Edema
Dor a palpação
Empastamento de panturrilha
Sinal de Homans: dor com a dorsiflexão do pé
TVP no território ileofemoral: maior risco - quanto mais proximal a TVP, maior o riso de TEP
→ Diagnóstico
Venografia: padrão ouro
US com doppler: mais usado
o Perda da compressibilidade venosa (lúmen não colaba)
* Tromboembolia pulmonar
→ Manifestações clínicas
Doença coringa: mil faces
Evento cardiorrespiratório súbito
Taquipneia (principal sinal !!)
Dispneia (principal sintoma !!) (não faz trocas gasosas → hipoxemia → dispneia)
Dor torácica (pleurítica – piora com a respiração, ventilatório-dependente)
Hemoptise
Sibilância (broncoespasmo reacional)
Quanto mais periférica a impactação, menor a gravidade, menos sintomas!
8
Se grave (TEP maciço):
o Hipotensão (choque obstrutivo)
o Cor pulmonale (insuficiência do VD por aumento da pressão pulmonar)
o Detalhe: aumenta BNP e troponina (sinais de mau prognóstico)
→ Exames complementares
Gasometria
o Hipoxemia
o Hipocapnia
ECG
o Taquicardia sinusal
o Atenção: padrão S1Q3T3 (sobrecarga de VD): O padrão S1Q3T3 é um sinal de sobrecarga aguda do
ventrículo direito e significa a existência de uma onda S proeminente em D1 (S1), onda Q em D3 (Q3) e
inversão de onda T em D3 (T3). É também conhecido como padrão Mcginn-White.
RX tórax
o Westermark: oligoemia localizada (fica escuro, dark)
o Hampton: hipotransparência triangular periférica
Ecocardiograma
o Disfunção de VD (sinal de mau prognóstico)
Marcadores
o BNP, troponina (sinais de mau prognóstico)
o D-dímero: alto valor preditivo negativo (quanto negativo, exclui TEP)
Obs.: nenhum desses exames (gaso, ECG, RX, eco, marcadores) fecha o diagnóstico de TEP!
→ Algoritmo diagnóstico
Probabilidade original:
0 – 1: baixa
2 – 6 : intermediária
> 7: alta
Probabilidade simplificada:
> 4: TEP provável
< 4: TEP improvável
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→ Tratamento
* Características
Nódulo: lesão < 3 cm, envolta por parênquima normal
Massa: > 3 cm
Benigno x Maligno (avaliação mais acurada pela TC com contraste. TC de baixa dosagem é util no rastreio)
o Idade (> 50 anos)
o História de tabagismo
o Tamanho
o Contorno (irregular, espiculado)
o Padrão de calcificação
Central: benigna
Difusa: benigna
Pipoca: beninga (hamartoma)
Excêntrica: maligna
o Crescimento nos últimos 2 anos
* Conduta
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Câncer de Pulmão (carcinoma broncogênico)
Ex.: Uma pessoa de 60 anos, que fumou 30 cigarros por ida, dos 20 aos 50 anos. A carga tabágica é?
o 1,5 x 30 = 40 maço/ano
* Existe rastreio?
TC baixa dosagem (TCBD) anual: (RX não adianta!)
o Idade: 55-80* anos
o Carga: > 30 maços/ano
o Fumante ou ex-fumante (há < 15 anos)
* Tipos histológicos
Não pequenas células 80%
o Epidermoide (escamoso): 30%
o Adenocarcinoma:40%
Perfil: mulher, jovens, não fumantes
Localização mais periférica, por isso, mais associado a derrame pleural
o Grandes células (anaplásico): < 10%
Pequenas células
o OAT-CELL
Pior prognóstico
Origem neuroendócrina: desencadeia manifestações paraneoplásicas
* Quadro clínico
Crescimento tumoral
o Tosse
o Hemoptise
o Dispneia
o Dor torácica
o Síndrome de Pancoast: típicas de tumores apicais, localizados no sulco superior
Erosão do 1° e 2° arcos costais
Dor: ombro e face ulnar do braço
Síndrome de Horner: ocorre por compressão de gânglios linfáticos. Marcada por miose, ptose,
enoftalmia, anidrose facial ipsilateral
o Síndrome da veia cava superior – mais relacionado ao tumor OAT-CELL
Cefaleia e turgência de jugular
Edema de face e MMSS
Pletora
Circulação colateral
Metástase
o Principais sítios: suprarrenal, fígado, osso, SNC
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Síndrome paraneoplásica !!!!!!
o Síndrome que esteja associada a substâncias e mediadores liberados pelo câncer, e que tenham efeitos
sistêmicos, que geralmente se assemelham a estímulos hormonais
o Carcinoma epidermoide (ePTHidermoide)
Hipercalcemia (peptídeo PTH-like): tumor libera peptídeo parecido com PTH. Geralmente a
história é de paciente que chega ao PS, com rebaixamento do nível de consciência, desidratado,
com QT curto no ECG (sinais de hipercalcemia)
o Adenocarcinoma (aderramecarcinoma)
Osteoartropatia pulmonar hipertrófica: tumor libera mediadores inflamatórios que levam a
reação periosteal
o Oat-Cell (oACTH-cell)
Síndrome de Cushing (ACTH ectópico)
SIADH
Síndrome de Eaton-Lambert (síndrome miastênica)
T1
o < 3 cm (“nódulo”)
T2
o > 3 cm ou
o Bronquio fonte
o Atelectasia / pneumonite
T3
o > 5 cm ou
o Parede torácica (PANCOAST)
T4
o > 7 cm ou
o Carina, grandes vasos, esôfago, vértebra
N1
o Peri-brônquios e hilares ipsilaterais
N2
o Mediastinais ipsilaterais, subcarinais
N3
o Contralaterais, supraclaviculares ------------------------------------------------- Irressecável
M1
o Derrame neoplásico, metástase a distância --------------------------------------- Irressecável
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* Estadiamento e tratamento (pequenas células / oat-cell)
Limitado
o Definição: confinado a um pulmão e seus respectivos linfonodos
o Tratamento: QT + RT (cirurgia rara)
Avançado
o Definição: ultrapassa os limites acima
o Tratamento: paliação (QT +/- RT)
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Definição Manifestações Clínicas Diagnóstico Tratamento
Inflamação croônica nas vias aéreas - Dispneia - Radiografia de tórax (pa/p): 1) �2-agonistas
inferiores, edema da mucosa e - Sibilos somente na suspeita de dx •Fenoterol – Berotec © ou
formação de tampões de muco, que - Tosse diferencial (complicações ou Salbutamol – Aerolin © 2,5 a 5 mg:
predispõem a surtos de - Opressão torácica paciente sem melhora); 10 a 20 gotas diluídas em 3 a 5 mL de
broncoespasmo reversível. Na - Taquipneia - Saturação arterial de O2: soro fisiológico
auseôncia de tratamento adequado, - Sinais de esforço deve ser mantida SatO2 ≥ 93%. •Inalações a cada 15 ou 20 min (3
pode ocorrer remodelamento ventilatório - Hemograma: Suspeita de na primeira hora e depois ACM)
broônquico, levando à perda - Cianose central infecção bacteriana. → IM/IV/SC - Terbutalina e
irreversível da função pulmonar. - Eletrólitos: se indicação de Salbutamol
Os sintomas são desencadeados por - Os sibilos geralmente internação hospitalar. • Considerar em casos graves, sem
um dos seguintes fatores: exposição são expiratórios e - Espirometria: ↑ volume resposta com a terapia inalatória
a alérgenos, infecção viral difusos. Em casos graves, residual e da capacidade residual • ↑ eventos adversos
respiratória, mudança climática (ar pode haver sibilos funcional. 2) Anticolinérgicos: exacerbações
frio), fumos, exercício físico, inspiratórios. - Peak Flow moderadas (?) a graves
Asma fármacos e estresse emocional. - Tórax silencioso: ↓ MV + - Gasometria arterial ° Brometo de Ipratrópio – Atrovent
esforço respiratório: mau •Solicitar p/ pacientes graves 5,0 mg: 40 gotas
- Diagnóstico diferencial prognóstico. Fluxo de ar •Desconforto respiratório 3) Corticosteroides
Obstrução de vias aéreas superiores muito baixo. Pulso •PFE < 30% do predito • Preferencialmente via oral
Disfunção de glote paradoxal, tripé. •PaCO2 > 42 mmHg •Prednisona 1 mg/Kg – máx. 60 mg
Doença endobroônquica Quadro de exacerbação •PaCO2 ≥ 45 mmHg: UTI ° Manutenção: 50 mg, 1 x/dia
IC descompensada associada a confusão, ° Início: alcalose respiratória ° 5 a 7 dias
sonoleência ou tórax devido a taquipneia. ° Via parenteral deve ser indicada
silencioso é de altíssima ° Quadros graves: acidose nos pacientes com voômitos,
gravidade (exacerbação respiratória porque já está diarreia, alteração do TGI ou com
ameaçadora à vida) e fadigado. exacerbação ameaçadora à vida
indicam IOT. 4) Sulfato de magnésio: 1,2 a 2 g IV,
durante 20 a 30 minutos
• VEF1 < 30%
•Asma refratária!!!
5) O2
Os �2-agonistas de curta ação são a primeira escolha no tratamento da crise asmática, atua por estímulo aos receptores β2 da musculatura lisa
broônquica, levando à broncodilatação de início imediato. Agem também, em menor grau, inibindo o edema e a formação de muco. Como existem receptores
β2 em outras células (inclusive no coração), efeitos colaterais são comuns (taquicardia, tremor muscular), principalmente se a administração for oral ou
parenteral. Portanto, prefere-se a via inalatória, pois com ela se atingem altas concentrações nas vias aéreas, com mínimos níveis plasmáticos, devido à
pequena absorção. Os efeitos adversos são dose dependente e incluem: taquicardia, palpitações, ansiedade, hipocalemia e tremores. Raramente podem
ocorrer arritmias, dor torácica e isquemia miocárdica.
O brometo de ipratrópio é um fármaco anticolinérgico ministrado por via inalatória, com propriedades broncodilatadoras. O mecanismo é a inibição dos
receptores muscarínicos da acetilcolina liberada pelas terminações axonais livres hiperativadas na asma. Entretanto, estas drogas são menos eficazes e
demoram mais para agir (30-60min), quando comparadas aos beta-2-agonistas. Podem, contudo, ser associadas aos β-2-agonistas para efeito aditivo nos
casos de crise asmática moderada/ grave ou pouco responsiva à terapia inicial. O brometo de ipratrópio é o fármaco de escolha para tratar a crise
precipitada por betabloqueadores.
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Definição Manifestações Clínicas Diagnóstico Tratamento
→ IOT + ventilação mecânica: principal indicação é alteração do nível de conscieência precipitada por fadiga respiratória, agudizando a acidose
respiratória croênica (carbonarcose).
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Tuberculose Pneumo 02
* Etiologia Sem. 35
Mycobacterium tuberculosis - Bacilo de Koch 07/09/20
* Infecção
Contato próximo: bacilífero x suscetível
Doença urbana
Primoinfecção: primeiro contato
o Geralmente na infância
o Até 3° semana: proliferação / disseminação de bacilos
o 3 – 8 semanas: imunidade celular (macrófagos, linfócitos se organizam ao redor do bacilo, que fica latente,
formando granulomas – granuloma caseoso (necrose caseosa))
o Para prova: granuloma caseoso = tuberculose
o Granuloma calcificado RX = Nódulo de Ghon
o 90% das pessoas infectadas evoluem para infecção latente (não é doença). Outros 10% adoecem, podendo
evoluir para TB primária ou pós-primária.
TB primária
o Adoecimento no primeiro contato com o vacilo
TB pós-primária
o Anos após primo-infecção
o Ocorre por reativação ou reinfecção
* Formas Clínicas
Pulmonar (80 – 85%) x extrapulmonar
→ Forma primária
Mais comum em crianças (1° contato)
Clínica:
o “Gripão”
o Pneumonia “arrastada”
o Não responsiva a atb
o RX tórax: adenopatia hilar unilateral
o Paucibacilífera: criança elimina poucos bacilos no ambiente. Sempre investigar quem foi o adulto que
transferiu TB para criança.
→ TB miliar
Complicação da TB primária
Como se fosse “sepse” pelo bacilo, que se replica sem controle
RX tórax: micronodulos pulmonares difusos e bilaterais
Geralmente se desenvolve em < 2 anos, imunodeprimindos e não vacinados com BCG (vacinação não protege contra
TB, mas contra formas graves da TB – TB miliar e TB meníngea)
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→ TB pós-primária
Mais comum: adultos 15 – 40 anos
Reativação do foco latente ou reinfecção
Bacilífera
Infiltrado pulmonar, cavitação
Lobo superior: segmento apical (1) e posterior (2)
Lobo inferior: segmento superior (6)
Complicação
o Bola Fúngica (Aspergillus)
o Prova: TB tratada + novo quadro de tosse
→ RX tórax
Infiltrados pulmonares, cavitações
→ Escarro
Teste rápido molecular
o Escolha (resultado em 2 horas, avalia resistência a Rifampicina)
o Detecta especificamente a presença de DNA do M. tuberculosis (e não de outras micobactérias), ao mesmo
tempo em que sinaliza a existência de genes que conferem resistência à rifampicina... Seu resultado fica
pronto em duas horas, com sensibilidade de 90% e especificidade de 99%. Atualmente, no Brasil, o TRM-
TB representa o método de escolha para a pesquisa de tuberculose! Diante da suspeita de TB pulmonar,
o teste pode ser feito em uma única amostra de escarro.
o O TRM-TB detecta o DNA de micobactérias vivas ou mortas. Logo, ele NÃO SERVE para acompanhar a
resposta ao tratamento. O acompanhamento da resposta terapêutica deve ser feito com baciloscopias
mensais.
Baciloscopia (BAAR)
o Pelo menos 2 amostras (momento da consulta e manhã seguinte)
o Consiste na pesquisa direta do bacilo de Koch através do exame microscópico. Uma baciloscopia positiva em
qualquer amostra indica TB ativa!
o Quando o material analisado for o escarro, devem ser coletadas duas amostras em momentos distintos (uma
na consulta, e a outra na manhã do dia seguinte). Se estivermos diante de um paciente com fortes indícios
clínicos e radiológicos de TB pulmonar, porém as duas amostras de escarro forem negativas, pode-se repetir
a baciloscopia conforme avaliação individual. A baciloscopia também pode ser empregada em materiais
biológicos que não o escarro.
o A baciloscopia é o exame de escolha para acompanhar a resposta terapêutica na TB pulmonar bacilífera,
uma vez que sua negativação representa o parâmetro mais confiável para demonstrar a eficácia do
tratamento
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Cultura
o Indicada para casos com dúvida diagnóstica, resistência bacteriana
o A cultura para BK possui elevada sensibilidade e especificidade, no entanto, há demora para o crescimento
micobacteriano (14 a 30 dias, podendo se estender até 60 dias). Toda cultura positiva deve ser submetida
ao TSA (Teste de Sensibilidade Antimicrobiana).
* Tuberculose pleural
TB pleural é a forma extra-pulmonar mais comum no Brasil !!!
Em pacientes HIV +: tuberculose ganglionar é a forma extra-pulmonar mais comum
→ Diagnóstico
Biópsia pleural: padrão ouro
Baciloscopia: sensibilidade < 5%; cultura: sensibilidade < 40%
* Tuberculose meníngea
Crianças não vacinadas, imunodeprimidos
Forma mais sequelante da tuberculose
Evolução subaguda
Comprometimento de pares cranianos
→ Características do LCR
Rico em proteínas
Glicose baixa
Células predominantes nos primeiros dias de doenças são polimorfonucleares (neutrófilos). Após primeiros dias,
linfomonocitário (linfócitos e monócitos)
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→ Diagnóstico
Baciloscopia: sensibilidade 15%; cultura: 50 – 80%
Na prática: tratar empiricamente, com base na clínica e características do LCR
* Tratamento
Coxcip-4: combina todos os medicamentos
Tratamento diretamente observado: ACs ou familiar supervisiona indivíduo tomando medicação
→ Esquema básico
o 2 RIPE (2 primeiros meses esquema RIPE – ataque): Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida, Etambutol
Meningite / osteoarticular
o Prática: Iniciar com esquema CLEPT e fazer cultura. Descalonar quando possível.
→ Acompanhamento
Baciloscopia
o Ideal: mensal
o Mínimo: 2°, 4°, 6° mês
→ Critérios de falência
BAAR (+) ao final do tratamento
BAAR (2+/3+) até o 4° mês
BAAR que volta a ser + e se mantém por 2 meses consecutivos
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→ Efeitos adversos da terapia anti-tuberculose
Todos causam: intolerância gástrica
R, I, P: Hepatotoxicidade
o Pirazinamida: pior hepatotoxicidade
o Izoniazida: intemediária hepatotoxicidade
o Rifampicina: menor hepatotoxicidade
Rifampicina
o Gripe (piscina dá gripe)
o Alergia (nefrite intersticial aguda, asma)
o Suor laranja
Isoniazida
o Neuropatia periférica (depleta vitamina B6)
Pirazinamida
o Hiperuricemia: pode precipitar gota
Etambutol
o Neurite Óptica (etambutolho)
Levofloxacino
o Lesão órtica; Ruptura tendínea
→ Intolerância
Rifampicina ou Isoniazida são substituídas por Levofloxacino
Se a Rifampicina for retirada: tratar por 12 meses
Se a Pirazinamida for retirada: tratar por 9 meses
→ Situações especiais
- Gestante
RIPE + Piridoxina (vitamina B6) 50 mg/ dia
- HIV
Começar a tratar primeiro a TB e depois HIV: RIPE + TARV (2 semanas após)
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* Controle
Tratar bacilíferos (1 bacilífero infecta por ano de 10 a 15 pessoas)
o Identificar e tratar os bacilíferos é a maior medida de prevenção da TB!!
o 15 dias após o início do tratamento, o paciente deixa de ser bacilífero (deixa de transmitir)
Vacinação com BCG
o Impede formas graves (miliar e meníngea)
Avaliação dos contactantes
o Algumas literaturas: ao menos 200 horas de contato mensal
o Anamnese + Exame Físico
Sintomáticos: Investigar adoecimento (RX + Escarro)
Assintomáticos: Investigar infecção latente (PPD)
→ Situações especiais
Profissionais de saúde
o Tratar somente se viragem (↑ PPD > 10 mm em 1 ano)
RN contactante de bacilífero
o Não vacinar com BCG ao nascer !!!
o Izoniazida ou Rifampicina por 3 meses + PPD
Se PPD > 5 mm: não vacinar + 3 meses de Izoniazida ou 1 mês de Rifampicina
Se PPD < 5 mm: BCG + suspender medicações
o Mãe bacilífera não contraindica amamentação
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Micoses Pulmonares
→ Clínica
Forma aguda
o Comum em < 30 anos
o Febre, adenomegalia difusa, hepatoesplenomegalia (clínica parecida com mononucleose infecciosa)
Forma crônica
o Comum em > 30 anos
o Sintomas respiratórios arrastados
o Infiltrado pulmonar bilateral (asa de morcego)
o Lesão cutâneo-mucosa
→ Diagnóstico
Escarro
Raspado lesões de pele
Biópsia: paracoco tem formato em “roda de leme” → sinal patognomônico!!
→ Tratamento
Itraconazol ...
Bactrin (sulfametoxazol trimetoprima): alternativa
Anfotericina B: quadros graves (plano B – anfo B)
→ Epidemiologia
Atividades agrícolas
“TB rural”
* Histoplasmose
Etiologia: Histoplasma capsulatum
→ Clínica
Fase aguda
o Síndrome gripal
Forma crônica
o Principalmente em pacientes DPOC, pneumopatas
o Sintomas respiratórios arrastados, infiltrados pulmonares (semelhante a TB)
o Pode fazer forma disseminada com micronódulos difusos
→ Diagnóstico
Cultura,
Biópsia
Sorologia
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→ Tratamento
Itraconazol, Voriconazol ...
Anfotericina B (casos graves)
→ Epidemiologia
Fezes de pássaros, morcegos
História de contato com cavernas, galinheiros
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