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Anti-inflamatórios Esteroidais

Corticóides

Glicocorticóides - Eixo hipotálamo-hipófise

Cortisol faz o feedback negativo

Ciclo circadiano - Pico ao amanhecer é importante fisiologicamente para o despertar. Durante


a noite, há o jejum, então os níveis de glicose estão mais baixos. Manter o nível circulante de
glicose para o sistema nervoso.

Glicocorticóides podem atuar em receptores de mineralocorticóides também.

Sensibilidade do receptor aumenta se há pouco cortisol. Se tem muito cortisol, diminui a


sensibilidade. Está relacionada a acetilação do receptor, pois quando ele deixa de ser
acetilado, aumenta sua sensibilidade. É importante farmacologicamente pois no momento que
tiver maior sensibilidade do receptor terá maior ação do medicamento.

Há dois mecanismos de ação:

Genômico - Interferem no DNA, mecanismo intracelular.

Glicocorticóide e mineralocorticóide (aldosterona)

Não-genômico - Precisa sintetizar proteína, algo que demora para ocorrer. É pouco conhecido.
Metabotrópico - Receptor de membrana ligado à proteína G que farão efeitos mais rápidos

Mecanismo de ação

Modificação da transcrição gênica

Inibição da transcrição de gene para COX-2, citocinas e moléculas de adesão celular

Bloqueio da indução mediada pela vitamina D3 do gene da osteocalcina dos osteoblastos


(inibe a ação da vit d3, diminuindo a ação osteoblástica e aumenta a osteoclástica)

Modificação da transcrição dos genes da colagenase (cicatrização, tecido conectivo, espessura


de pele)

Aumento da lipocortina-1 (interfere na cascata do ácido aracdônico)

Ações

Aumentam a gliconeogênese - Síntese de glicose a partir de aminoácidos e lipídeos.


Aumentando o catabolismo proteíco muscular, para aumentar a oferta de aminoácidos para o
fígado.

No tecido gorduroso, aumenta a lipólise para aumentar a oferta de ácidos graxos e glicerol

Diminui a ação da insulina em tecidos periféricos

Aumenta a glicogênese - Síntese de glicogênio

Visam manter o suprimento adequado de glicose para o sistema nervoso, pois ele não precisa
da ação insulínica para a captação de glicose.
Irá aumentar a glicemia fora do jejum, secreção de insulina e estimula a lipogênese, reduzindo
a lipólise e aumentando a deposição de gordura.

Aumenta o apetite também. E alguns tem ação mineralocorticoide, que aumentam a absorção
de sódio e água.

Deposição de gordura com redistribuição de forma inadequada.

Pode causar fraqueza muscular.

Efeito catabólico (degradação) e antianabólico nos ossos, tecido conectivo e pele

Eixo Hipotálamo-Hipófise

Supressão do eixo

Se estiver tomando o corticoide de uso sistêmico e crônico, mas resolver parar, não tem
cortisol endógeno. Depois de um uso crônico, deve fazer o desmame para inibir menos.

Potencializam a resposta do músculo liso vascular às catecolaminas, gerando vasoconstrição

Farmacocinética

É muito lipossolúvel, vai ser absorvido com facilidade

Parenteral - Não passa pelo sistema digestório

Finalidade tópica - Agir no local (Inalatório). Menor probabilidade de efeitos tóxicos - Absorção
é mais baixa

Finalidade sistêmica - Corpo todo

Fármacos com menor potencia mineralocorticóide e grande potência glicocorticóide são os


mais procurados.

Indicações Clínicas

Terapia de reposição - Doença de Addison (Ação mineralocorticóide é melhor)

Asma

Inflamação na pele, olhos, ouvidos e nariz

Doenças com componentes autoimune e inflamatório

Prevenir rejeição após transplante

Terapia antineoplásica

Maturação dos pulmões no feto - Estimula a produção do surfactante

Terapia antinflamatória e imunossupressora

Efeito antinflamatório e imunossupressor

Estimular a síntese de lipocortina, que irá inibir a fosfolipase A2, tem menos ácido aracdônico e
terá menos leucotrienos e menos prostaglandinas.

Ação mais drástica do que os AINES. Quem tem úlcera não pode.
Síndrome de Cushing

Tumor que secreta grande quantidade de cortisol

Tem que ser uso sistêmico em altas doses

Os sinais e sintomas típicos incluem face em lua e obesidade do tronco, hematoma fácil e
pernas e braços finos

Terapia Farmacológica da Asma

Por causa da inflamação, há facilidade em ter broncoconstrição

A asma é uma doença heterogênea, geralmente caracterizada por inflamação crônica das vias
aéreas.

Doenças pulmonares obstrutivas

Devido a broncoconstrição, o ar tem dificuldade em ser expirado.

Asma fenótipo eosinófila é mais comum, responsiva à corticóides, inflamação alta com início
precoce

A asma fenótipo não-eosinófila é uma inflamação baixa, início tardio e não responsiva à
corticóides

Há a asma alérgica ou não alérgica.

Doença concordante - A medida que os sintomas agravam, aumentam o rigor do tratamento e


a doença é controlada, e caso controle, pode reduzir a dose do medicamento.

Controle da Asma

Controle das limitações clínicas atuais

O ideal seria sintomas mínimos durante o dia e ausência de sintomas à noite; necessidade
reduzida de medicação de alívio de sintomas e ausência de limitação das atividades físicas.

Formas de classificar o controle da asma

ACT - Teste de Controle da Asma

0 a 5 por item

Asma Controlada - >20

Parcialmente Controlada - 15-19

Não Controlada - <15

Respostas que indicam maior controle da asma devem receber maior pontuação.

Intervenções fundamentais

Educação em asma e manejo criterioso da terapia medicamentosa

Controle da Asma

Intensidade com que as manifestações da asma são suprimidas pelo tratamento


Gravidade da Asma

Quantidade de medicamento necessária para atingir o controle

A asma pode ser classificada como intermitente ou persistente (leve, moderada, grave)

Intermitente - Asma está controlada

Base do tratamento: Antinflamatório e broncodilatador

Corticóide inalatório associado ou não a um agonista beta-2 adrenérgico

Não pode usar AINE pois aumenta a quantidade de leucotrienos, que são broncoconstritores.

Betabloqueadores cronicamente pode causar broncoconstrição.

Logo, usa um agonista beta-2 do receptor para ter broncodilatação.

É o mais utilizado em vez dos outros.

Ele promove a broncodilatação, não interessa quem está determinando a broncoconstrição.


(*)

Tem efeito antagonista fisiológico, promovendo a broncodilatação, independente do agente


causador da broncoconstrição.

Antileucotrienos - Montelucaste

Antagonista de receptor de leucotrieno

Inibição da síntese de leucotrienos através da redução da lipoxigenase

Manejo da Asma

Etapas de I a V, onde V é a asma descontrolada

Todos os asmáticos - Controle ambiental, rever controle da asma e risco futuro regularmente

Etapa I - Corticóide inalatório (diminui a reação adversa) em dose baixa associado ao agonista
beta 2 por demanda

Etapa II - Corticóide em dose baixa diária + b2 agonista de curta duração por demanda ou dose
baixa + agonista b2

Dose fixa (mesmo produto com o corticóide e o agonista)

Etapa III - Corticóide em dose baixa + agonista de curta duração por demanda + agonista de
longa duração + formoterol de manutenção e resgate

Etapa IV - Corticóide dose média + longa duração + curta duração de resgate

Etapa V - Corticóide dose alta + longa duração adicionar tiotrópio ou anticorpos monoclonais

Candidíase
Conhecida como monolíase vaginal

Candida albicans mas pode ter infecções por outras espécies, que serão mais resistentes aos
antifúngicos e podem ser crônicas e recorrentes.
Promove sua fixação no epitélio da mulher através de adesinas, enzimas hidrolíticas (hidrólise
de proteínas da matriz extracelular facilitando a permeação) e formação de hifas.

Infecção superficial - Penetração epitelial e degradação de proteínas do hospedeiro (formação


de hifas e enzimas hidrolíticas)

Infecção profunda - Invasão vascular, penetração nos tecidos e ativação imunológica mais
consistente com a saída de células de defesa

Infecção disseminada - Adesão no endotélio do vaso e consegue infeccionar outros tecidos

Exacerbada no próximo do período menstrual com corrimento escasso

inodoro, esbranquiçado e aspecto leitoso

Coceira intensa na vulva podendo causar lesões e fissuras superficiais

Diagnóstico de três formas

Papanicolau - Assintomáticas (Portadoras sãs)

Mulheres com sintomas, mas sem história prévia (Diagnóstico clínico, microscopia)

Episódios recorrentes - Geralmente mulheres com imunodepressão, fazer cultura específica de


urina e um antifungigrama

Fatores de Risco

Pico de estradiol favorece a infecção, verificar o tipo de anticoncepcional que está usando (se o
anticoncepcional tem altas doses de estradiol).

Idade acima de 45 anos

Uso de corticóides

Diabetes, aumento no consumo de açúcar

Gravidez

Tratamento

Pode ser tópico ou sistêmico

Tratamento oral é mais eficaz e mais prático

Escolha adequada do fármaco, via de administração e duração do tratamento é de extrema


importância;

Quanto menor o tempo de tratamento e o número de doses, melhor a adesão. Porém,


mulheres com histórico de repetição, o tratamento será prolongado.

Gestante - Tratamento sistêmico contraindicado - Nistatina ou clotrimazol tópicos

Anti-histamínico para diminuir prurido em candidíase recorrente

Diabetes - Cuidado com os níveis de glicemia

Obesas - Encaminhar para nutricionista

Troca de anticoncepcional de alta dose hormonal


Sabonete neutro, evitar roupas apertadas, talco

Cuidado com a automedicação

Imidazólicos - Cetoconazol, Clotrimazol, Miconazol, Isoconazol, Butoconazol

Triazólicos - Anel com 3 hidrogênios - Fluconazol, Itraconazol, Fenticonazol, Terconazol

Colesterol melhora a fluidez da membrana

No fungo, o esteróide é o ergosterol

Toxicidade seletiva - Atuar no esteróide que não tem na membrana do homem. Mas é mais
fácil atuar na do homem. Toxicidade relativa é menor.

Transformação do Lanosterol em Ergosterol, inibe a enzima para não produzir ergosterol, não
sintetiza a membrana corretamente.

Nistatina - Poliênicos

Atua como detergente, emulsificando os lipídeos de membrana e abrindo poros

Efeitos Adversos

Imidazólicos

Distúrbio gastrointestinal, disfunção hepática, diminuição da libido

Prurido e ardência - Aplicação tópica

Ficar atento aos fármacos que já está utilizando, pois aumenta o nível dos fármacos (inibe a
P450) - Varfarina, fenitoína, anti-histamínicos H1

Agentes que diminuem a acidez gástrica interferem na absorção de cetoconazol - Inibidor da


bomba de prótons

Azólicos tópicos - 2 vezes ao dia

Preparações vaginais - 1 vez ao dia, de 1 a 7 dias

Triazólicos

Uso tópico - Terconazol

Distúrbio gastrointestinal

Inibem a P450, cuidado com a interação medicamentosa

Nistatina

Não é absorvida, pode causar dermatite

É utilizada clinicamente para o tratamento tópico da candidíase

Papel do farmacêutico

Orientação sobre o uso correto dos medicamentos, especialmente os intravaginais

Tomar banho antes da aplicação, antes de deitar deve-se lavar as mãos e preparar o
medicamento. Perfurar o lacre com a tampa, rosquear e preencher o aplicador.
Deitar de barriga para cima e dobrar os joelhos, abrir as pernas e aplicar o mais
profundamente possível

No dia seguinte, colocar absorvente e tomar banho apenas no almoço (ou depois);

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