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Toxícologia Clínica

Sindromes Toxologicas
Profª. Aneci Calixto

2023.1
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Síndrome colinérgica
Os sintomas são causados pela atividade excessiva da acetilcolina,
porém, variam de acordo com o receptor estimulado:
 Muscarínico
 Nicotínico
 Colinérgico central

O início e a duração da inibição da AChE depende:


 Taxa de inibição da AChE
 Via de absorção,
 Conversão enzimática em metabólitos ativos,
 Lipofilicidade (organofosforado).
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Síndrome colinérgica
 Vias de Contaminação:
 Exposição oral
 Respiratória
 Dérmica (absorção)

 Tempo apresentação sinais ou sintomas/via exposição


 Oral e respiratória dentro de 3h
 Dérmica podem ser retardados em até 12 horas.
 Os lipofílicos (diclofention, fenthion e malathion)
até 5 dias e doença prolongada (mais de 30 dias),
o que pode estar relacionado à rápida absorção de gordura adiposa e
redistribuição tardia dos estoques de gordura.
z Síndrome colinérgica
Principais Agentes
 Inseticidas Organofosforados

 Carbamatos

Medicamentos:
Reversão do bloqueio neuromuscular(neostigmina, piridostigmina, edrofônio)
Tratamento de glaucoma, miastenia gravis e doença de Alzheimer (ecotiofato,
piridostigmina, tacrina e donepezil).

 Ciguatoxina (peixe marinho)


z Síndrome colinérgica
mecanismo de ação

 Inibição da acetilcolinesterase:

praguicidas carbamatos, praguicidas organofosforados, fisostigmina, neostigmina,


piridostigmina.

 Estimulação direta dos receptores da acetilcolina:

arecolina, betanecol, carbacol, colina, metacolina,

alguns cogumelos (Boletus sp, Clitocybe sp, Inocybe sp),

pilocarpina.
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Síndrome colinérgica
* A exposição aguda a alguns inibidores da
colinesterase pode levar:

 hiperglicemia transitória até 5x valor normal, contra-indicado o uso de insulina.


 Pancreatite (amilase >3x normais)

 parotidite,
 Pode ainda ocorrer arritmias cardíacas (fibrilação atrial e ventricular) até 72 horas
após a intoxicação
Síndrome colinérgica
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z Síndrome colinérgica
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Síndrome colinérgica
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Diagnostico diferencial

1) Asma brônquica
2) Gastroenterite
3) Crise miastênica
4) Edema pulmonar
5) Estado epiléptico de outras etiologias
Síndrome colinérgica
z Sinais muscarinicos mnemônico
SLUDGE/BBB em inglês:
Sialorréia,
Lacrimejamento,

Urinária retenção,
Diaforese
Gástrico
Esvaziamento

Broncorreia

Broncoespasmo

Bradiacardia
DUMBELS - Defecação, micção, miose,

broncorréia/broncoespasmo/bradicardia,
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Síndrome Colinérgica
Cuidado e Tratamento

Cuidado com a equipe da assistência - luvas e aventais


Cuidado com o paciente:
 Retirar roupa, lavar o corpo e cabelo com bicarbonato de sódio em seguida
álcool ou agua e sabão.
 Protege vias aéreas (entubar s/n para proteger via aérea) e ofertar oxigênio

 Monitorização paramétricos
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Síndrome Colinérgica
Cuidado e Tratamento

Avaliação diagnóstica de toxicidade aguda (clinico + HC)


Duvida diagnóstico, teste com atropina

 adultos: 1 mg IV em adultos
 crianças: 0,01 a 0,02 mg/kg em .
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Síndrome Colinérgica
Cuidado e Tratamento

Atropina: inibe os efeitos muscarínicos


Aplicar 5/5min ate atropenizarção

(secura pulmonar , mucosa seca e taquicardia)


Um aumento de 20-25bpm a mais na FC= sugerem que não há envenenamento
colinérgico significativo
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Síndrome Colinérgica
Cuidado e Tratamento

 Adulto: 2 a 5 mg

 Criança: 0,05 mg/kg IV em crianças;

 Via: IV/IM/IO em bolus;


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Síndrome Colinérgica
Cuidado e Tratamento

Pralidoxima Antidoto

* Ação: reativa a colinesterase.


 Administrar depois que o efeito da atropina se manifestar
 Maior eficácia quando administrada nas primeiras 24h da exposição
 Efeito nas manifestações nicotínicas.
z Síndrome Colinérgica
Cuidado e Tratamento
Adultos:
 Pralidoxina 1 a 2g (velocidade de infusão max. 500mg/min ou 15-30min.) IV.
 Repetir depois de 1h. e a seguir 8 a 12h. * se persistir fraqueza muscular.

Crianças:
 25 a 50mg/Kg durante 15 a 30min.
 Repetir a dose depois de 1h e a seguir 8 a 12h * persistir com fraqueza muscular

 Intoxicação por inibidores da Colinesterase


 1 a 2g IV, seguir 250mg 5/5min (max em adulto 12g/24h)
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Síndrome Colinérgica
Cuidado e Tratamento

Se ingestão dentro de 1 hora dar carvão ativado de dose única,


 adulto 50 g;
 Criança 1 g/kg em crianças,
* contraindicação.

Irrigação dérmica e ocular agressiva, conforme necessário.


Síndrome Colinérgica
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Tratamento
Se convulsão:
 Diazepam

Adultos: 10 mg IV Crianças: 0,1 a 0,2 mg/kg


*Repetir conforme necessário.

 Não usar Barbitúricos (Pentotal, Pentobarbital, Fenobarbital, )

 Não oferta dieta gordurosa durante o tratamento

 Succenil colina (parada respiratória prolongada)


Síndrome Colinérgica
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Reações ao tratamento

 Hipertensao,
 diplopia,
 taquicardia,
 visão borrada,
 náuseas,
 tontura,
 aumento dos tonos musculares,
 sonolência,
 fraqueza,
 dor de cabeça.
 dor no local da injeção,

TAQUICARDIA E MIDRÍASE NÃO SÃO CONTRA-INDICAÇÕES AO USO DE ATROPINA


Síndrome Colinérgica
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Tratamento
Pralidoxima
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BIBLIOGRAFIA

 LLENE B. ANDERSON, - MANULA DE TOXOLOGIA CLINICA – 6 EDIÇÃO

 ANDRADE ADEBAL – TOXOLOGIA NA PRATICA CLINICA - 2 EDIÇÃO

 SANTIAGO NOGUEIRA, XARAU – INTOXICAÇÕES AGUDA

 CHORRO M. INDALECIO - TOXOLOGIA CLINICA – 3 EDIÇÃO

 https://www.uptodate.com/contents/organophosphate-and-carbamate-
poisoning?search=SINDREME%20COLINERGICA%20&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_ty
pe=default&display_rank=1

 https://www.dynamed.com/approachto/toxidromes#CHOLINERGIC_TOXIDROME

 http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-52562010000100009&lang=pt

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