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Choque pediátrico
Alocação em sala de emergência, fornecer O2, monitorização cardíaca, oximetria de pulso e PA, obtenção de rápido acesso vascular
(periférico ou IO) – se possível realizar coleta de exames (glicemia capilar, hemograma, gasometria, eletrólitos, função renal, enzimas
hepáticas, culturas direcionadas ao foco se suspeita de choque séptico), USG a beira leito, se disponível.
Classificação do choque
Sinais de melhora: presença de diurese, normalização de FC para idade, normalização da perfusão periférica e pulsos,
normalização da PA para idade, recuperação de nível de consciência, correção dos distúrbios metabólicos
*Reavaliar após cada expansão; atentar para sinais de sobrecarga – estertoração pulmonar, hepatomegalia, surgimento de bulhas
acessórias.
2. MECANISMOS COMPENSATÓRIOS
✓ Taquicardia
✓ Aumento da resistência vascular periférica
✓ Aumento na força de contração cardíaca
✓ Aumento de tônus do músculo liso venoso
A hipotensão arterial em crianças (PA<p5) é um dos sinais de que os mecanismos compensatórios falharam. A hipotensão em geral
é um acontecimento tardio do choque pediátrico e a sinalização de uma parada cardiorrespiratória iminente.
3. TRATAMENTO
✓ Alocar paciente em sala de emergência.
✓ O objetivo do tratamento é restabelecer a adequada perfusão tecidual, com adequado aporte de oxigênio aos tecidos, atendendo
à demanda metabólica.
✓ Aumento da oferta de O2: aporte de oxigênio (máscara não reinalante). Considerar suporte invasivo conforme apresentação
clínica. Considerar hemotransfusão se níveis baixos de hemoglobina/suspeita de sangramento.
✓ Redução da demanda de O2: medicar febre, tratar dor, minimizar esforço respiratório.
✓ Melhora do volume e distribuição de fluidos: bolus de cristalóides. Considerar drogas vasoativas.
✓ Correção de possíveis distúrbios metabólicos ou eletrolíticos associados.
Estabelecer preferencialmente 2 acessos venosos calibrosos. Na ausência destes, acesso intraósseo. Iniciar drogas vasoativas mais
diluídas no acesso periférico. Providenciar acesso venoso central assim que possível.
5. MEDICAÇÕES ENDOVENOSAS
Medicação Dosagem / Medicação no CERNER Efeitos Adversos Potenciais Contra-indicações
Millenium
✓ Epinefrina ✓ Inicial: 0.1 a 1 mcg/kg/min ✓ Angina, arritmias, dor torácica, flush, ✓ Não há contra-indicações
✓ Titular dose conforme efeito desejado hipertensão, palidez, palpitação, em situações que
✓ (plano de morte súbita, taquicardia, fibrilação ameacem a vida.
cuidado ✓ Doses >0.3 mcg/kg/min são ventricular. Dispnéia, edema Considerar
choque associadas a atividade vasopressora pulmonar. Ansiedade, hemorragia hipersensibilidade a
séptico ped (alfa-adrenérgico); Doses cerebral, tontura, cefaleia, insônia. aminas
no Cerner: <0.3 mcg/kg/min geralmente geram Inapetência, náuseas, vômitos, simpaticomiméticas,
16mg/250ml) efeitos beta-adrenérgicos xerostomia. anestesia geral com
halotano, glaucoma de
ângulo fechado, choque
não anafilático.
✓ Dobutamina ✓ Inicial: 0.5 a 1 mcg/kg/min ✓ Taquicardia, hipertensão, contração ✓ Hipersensibilidade a
(dobutrex) ✓ Titular dose conforme efeito desejado ventricular prematura, angina, dor dobutamina ou sulfitos,
✓ Variação usual: 2 a 20 mcg/kg/min torácica, palpitações. Cefaleia. estenose subaórtica
Náusea. Dispneia. hipertrófica idiopática
ECA: Enzima Conversora da Angiotensina; AT: Angiotensina; EAP: Edema Agudo de Pulmão
7. CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO
• Choque refratário a volume.
• Choque refratário à catecolamina.
• Presença de sinais de hipoperfusão tecidual a despeito da reposição volêmica inicial.
REFERÊNCIAS
de Caen AR, Berg MD, Chameides L, et al. Part 12: Pediatric Advanced Life Support: 2015 American Heart Association Guidelines Update
for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation. 2015;132(18 Suppl 2):S526-S542.
doi:10.1161/CIR.0000000000000266