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ASSISTENCIAL
PT031
TÍTULO: Pós-Operatório de Cirurgia Cardiovascular Pediátrica
Data de Emissão: 12/06/2017 Data de Revisão: 12/06/2018 Validade: 12 meses Versão: 01
I. Objetivo
II. Abrangência/Aplicabilidade
III. Introdução
IV. Instruções
Venóclise:
Antibióticos:
□ Heparina EV (Cristália)
o Diluição: 5000UI QSP para 50ml soro fisiológico 0,9%
o Dose profilática: 5 UI/kg/h
Extubação:
o Peso > 10 Kg
o Idade > 30 dias
o CEC < 90 minutos
o Lactato < 3 mMol/L pós CEC
o Sem distúrbios metabólicos
o Sem evidencia de disfunção ventricular em ecocardiograma
o Trissomia do cromossomo 21 ou síndrome genética
Antiemético:
Anticonvulsivante:
Reposição de Eletrólitos:
Nutrição:
Drenos:
Atrito Pericárdico:
SIRS:
V. Anexos
DOSES:
ANTÍDOTOS:
Rocurônio e Vecurônio: Bridion (Sugammadex) (EV 2-4mg/kg)
Narcóticos: Narcan EV 0,1 mg/kg (ped) - 0,2 mg/kg (adulto)
Benzodiazepínicos: Flumazenil (EV 0,01mg/kg em 15
segundos)
Pancurônio / Atracúrio: Prostigmine 0,02 – 0,05 mg/kg (antes
atropina) – 1 hora após a última dose do relaxante.
ELETRÓLITOS HEMOGRAMA
(*valores dependem do tipo de cardiopatia congênita)
EXAME VALOR ESPERADO EXAME VALOR ESPERADO
POTÁSSIO 3.5-5.1
SÓDIO 135-145 >10 ACIANOGÊNICAS
HEMOGLOBINA*
CÁLCIO 8-10 >15 CIANOGÊNICAS
CÁLCIO IONIZADO 1.1-1.4
MAGNÉSIO 1.6-2.6
30-35 ACIANOGÊNICAS
GLICOSE >90 (RN >40) HEMATÓCRITO*
35-40 CIANOGÊNICAS
URÉIA 0-50
CREATININA 0.2-0.5
LEUCÓCITOS 5.000-15.000
PROTEINA C REATIVA (PCR) 0-0.5
LACTATO 0.5-1.6 PLAQUETAS 150.000-450.000
GASOMETRIA
ARTERIAL SEM SHUNT ARTERIAL COM SHUNT VENOSA
PH 7.35- 7.45 - 7.31-7.41
PO2 80-100 50-60 35-42
PCO2 35-45 - 41-51
HCO3 22-26 - 22-26
BE -2 A +2 - -2 A +2
SAT O2 95-100% 75-85% 68-77%
VOLUME / HEMODERIVADOS
PRODUTO VOLUME OBSERVAÇÕES
ALBUMINA 5-10ML/KG
BOLUS DE CRISTALÓIDES: 10-20ML/KG
PLASMA 5-10ML/KG
HEMÁCEAS 10-15ML/KG
CRIO / PLAQUETAS 1UI/ A CADA 3-5KG Limite 1.200ml/24h.
DÉBITO DE DRENOS
COMUNICAR SE: VOLUME SANGUÍNEO ESPERADO
< 10 ML/KG/HORA 1ª HORA NEONATO 85-90ML/KG
< 5 ML/KG/H 2ª HORA LACTENTE 75-80ML/KG
>3ML/KG POR 3 HORAS CRIANÇA 70-75ML/KG
10% VOLUME SANGUÍNEO ADOLESCENTE 65-70ML/KG
DÉBITO URINÁRIO
VALOR ESPERADO: 1-4 ML/KG/H Extremidades mornas com pulsos palpáveis
PRESSÃO PRESSÃO
FREQUÊNCIA
PACIENTE ARTERIAL ARTERIAL FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
CARDÍACA
SISTÓLICA DIASTÓLICA
NEONATO 110-180 60-90 40-60 25-68
LACTENTE 1-3 MESES 100-170 60-90 40-60 30-60
LACTENTE 3-12 MESES 100-150 70-100 40-60 25-45
CRIANÇA 1-2 ANOS 90-130 70-110 40-70 20-30
CRIANÇA 3-5 ANOS 70-120 70-115 40-70 20-30
CRIANÇA 6-11 ANOS 60-100 85-120 45-80 15-20
ADOLESCENTE 12-17 ANOS 60-90 90-130 55-90 12-20
Pressão arterial pode ser estimada da seguinte forma: (idade em anos x 2) +70 = Pressão arterial mínima
COMPLICAÇÕES
JET (Taquicardia juncional ectópica): corrigir eletrólitos – especialmente K+ e Ca, tratar hipertermia,
↓inotrópicos, amiodarona, marcapasso, ↓consumo de O2 com sedação/paralisia, ↓manipulação
TSV (taquicardia supraventricular): cardioversão 1º choque 0,5-1J/kg, 2º choque 2J/kg (lembrar de
sincronizar), adenosina 0,1mg/kg rapidamente com flush SF.
ARRITMIAS
Bradicardia sinusal: adrenalina 0,01mg/kg, atropina 0,02mg/kg (sempre adrenalina primeiro),
marcapasso, corrigir hipóxia.
Taquicardia ventricular/Fibrilação ventricular: desfibrilação 1º choque 2J/kg, 2º choque 4J/kg, adrenalina
0,01mg/kg, amiodarona 5mg/kg. Gelo na cabeça imediatamente.
↑PVC/FC, ↓débito de drenos e PA, pressão de pulso estreita, extremidades frias, ↓pulsos periféricos,
TAMPONAMENTO
↓débito cardíaco súbito, ↓débito urinário, pulsus paradoxos. Tratamento: abertura de tórax. Manter
CARDÍACO
drenos patentes.
↓Pulso, palidez/rendilhamento cutâneo, ↓perfusão capilar, ↓PA, ↑FC, ↓letargia/ nível de consciência.
CHOQUE
Tratamento: O2 e liquidos.
VASOCONSTRIÇÃO Aquecer, vasodilatadores (nitro/milrinone), volume
VASODILATAÇÃO Dopamina, dobutamina, adrenalina, cloreto de cálcio, vasopressina
ACIDOSE Considerar inotrópicos, avaliar função respiratória, aquecer, volume, bicarbonato de sódio.
CARDIOPATIAS E CORREÇÕES
COARCTAÇÃO DE Toractomia, atentar para quilotórax, hipertensão e hemorragia, manter PA adequada. Checar PA em
AORTA todos os membros (PA> em MMSS). Se manipulação de subclávea, aferir PA em MSD.
ATRESIA Shunt pode coagular, hipoperfusão se shunt muito grande e aumento da RVP. Não usar nipride.
PULMONAR
Precisa de shunt (CIA/CIV/PCA) – iniciar e manter alprostadil. Cuidado ao reposicionar devido à possível
TGA
acotovelamento de coronárias. Atentar para mudanças em ECG.
Estágio I: Norwood: AP principal e aorta unidos para criar uma neoaorta maior. Norwood BT/Sano:
aumento de fluxo pulmonar, septectostomia atrial. Ambuzar com cuidado para evitar edema pulmonar.
Manter saturação <88%, pode precisar de ar ambiente(sem O2). ↑PVC=↓PVP
Estágio II: Glenn, BTM retirado. VCS conectada ao AD para permitir a entrada de sangue não oxigenado
SCEH da cabeça/parte superior do corpo para os pulmões. Cab. elevada a 45-60° para evitar Sd. da VCS. Infusão
de heparina na via proximal. Manter drogas vasoativas e citotóxicas em veia femural.
Estágio III: Fontan (VCI para AP). Retorna sangue não oxigenado do corpo aos pulmões sem passar pelo
coração. As vezes fenestrado para ajuste gradual (um pouco de mistura). Precisa de pressões altas, porém
baixa RVP.
Acidose metabólica (comum): precisa de BIC, monitorar lactato e manter intubado.
EBSTEIN
Manter PVC<14, lasix após transfusão. Arritmias são comuns. Manter Hb>10.
VII. Referências
VIII. Aprovações