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PRESCRIÇÕES

TRABALHO DE PARTO PREMATURO:

O diagnóstico correto do TPP nem sempre é fácil e classicamente baseia-se na


presença de contrações uterinas regulares (pelo menos uma a cada 5 minutos)
e persistentes, dilatação cervical igual ou superior a 1 cm, esvaecimento
cervical igual ou superior a 80% e progressão das alterações cervicais

Lembrar: devemos realizar inibição para realizar corticóide – e isso deve ser
feito entre 24 e 34 semanas

Entre 24 e 34 semanas:

1. dieta geral

2. nifedipina 10 mg VO a cada 20 minutos (no máximo 30 mg) = dose de


ataque

3. nifedipina 20 mg VO 8/8hs = dose de manutenção da inibição que deve ser


mantida por 48 horas até realizar as doses de corticóide

4. betametasona 12mg IM agora e após 24hs ou dexametasona 6mg IM 12/12


horas (4 doses) = corticóide (48hs)

5. penicilina cristalina 5 milhões de UI EV agora ou ampicilina 2g EM agora

6. penicilina cristalina 2,5 milhões de UI EV 4/4hs ou ampicilina 1g EV 4/4hs

(devemos fazer a profilaxia do estrepto por se tratar de um TPP e não termos a


cultura – manter 48hs também)

7. exames: hemograma, urina 1, urocultura, cultura para estreptococus beta


hemolitico perianal e vaginal, exame bacterioscopico e cultura de secreção
vaginal = sempre devem ser solicitados em virtude da elevada incidência de
infecções genitourinárias entre estes casos

8. CTB e USG obstétrico

9. PA, P e T 6/6hs

OBS: caso não haja inibição do TP, suspender o tocolítico, IG abaixo de 32


semanas deve-se realizar a neuroproteção = sulfato de magnésio 4g dose de
ataque e 1g por hora até o parto, no máximo 24 horas.

monitorizar em relação à diurese, freqüência respiratória e reflexos patelares.


Além disso, deve-se avaliar a magnesemia materna a cada 6 h. Apesar dos
riscos potenciais, poucos efeitos colaterais maternos são observados quando a
concentração sérica de magnésio é mantida em níveis terapêuticos (4 a 6
mEq/L - mg/dL).

Entre 34 semana e 1 dia e 36 semanas 6 dias:

Lembrar: acima de 34 semanas não iremos realizar o corticóide por isso não
devemos inibir. A conduta é expectante.

1. dieta geral

2. penicilina cristalina 5 milhões de UI EV agora ou ampicilina 2g EM agora

3. penicilina cristalina 2,5 milhões de UI EV 4/4hs ou ampicilina 1g EV 4/4hs

(devemos fazer a profilaxia do estrepto por se tratar de um TPP e não termos a


cultura – manter 48hs também)

4. exames: hemograma, urina 1, urocultura, cultura para estreptococus beta


hemolitico perianal e vaginal, exame bacterioscopico e cultura de secreção
vaginal = sempre devem ser solicitados em virtude da elevada incidência de
infecções genitourinárias entre estes casos

5. CTB e USG obstétrico

6. PA, P e T 6/6hs

ROTURA PREMATURA DE MEMBRANAS OVULARES:

Entre 24 e 34 semanas:

Conduta é expectante com avaliação infecciosa diária e exames a cada 48


horas (hemograma, VHS, PCR e urina)

1. dieta geral

2. betametasona 12mg IM agora e após 24hs ou dexametasona 6mg IM 12/12


horas (4 doses) = corticóide (48hs)

3. ampicilina 2 g EV 6/ 6hs (por 48 hs) = após 48hs amoxacilina 500mg VO 8/8


horas por 5 dias

4. azitromicina 1g VO dose única

7. exames: hemograma, urina 1, urocultura, cultura para estreptococus beta


hemolitico perianal e vaginal, exame bacterioscopico e cultura de secreção
vaginal = sempre devem ser solicitados em virtude da elevada incidência de
infecções genitourinárias entre estes casos
8. CTB e USG obstétrico

9. PA, P e T 6/6hs

Lembrar da corioamnionite: interrupção da gestação

● taquicardia materna (> 100 bpm) ou fetal (> 160 bpm)

● febre ( 37,8ºC)

● contrações uterinas irregulares (útero irritável)

● saída de secreção purulenta e/ou com odor pelo orifício externo do colo

● leucocitose (> 15.000 leucócitos/mL ou aumento de 20%)

● aumento do PCR em 20%

● ausência de movimentos respiratórios fetais

● diminuição abrupta do ILA

diagnóstico de corioamnionite= 2 critérios presentes ao mesmo tempo

Esquema 1: Clindamicina 900 mg IV de 8 em 8 horas (ou 600 mg IV de 6 em


6 horas)

Gentamicina 1,5 mg/kg IV de 8 em 8 horas (ou 3,5-5,0 mg/kg em


dose única diária)

Esquema 2: Ampicilina 2g IV de 6 em 6 horas ou penicilina G cristalina: 5


milhões de ataque + 2,5 milhões UI IV de 4 em 4 horas

Gentamicina 1,5 mg/kg IV de 8 em 8 horas (ou 3,5-5,0 mg/kg em


dose única diária)

Metronidazol 500 mg IV de 8 em 8 horas

Entre 34 semana e 1 dia e 36 semanas 6 dias: Conduta ativa!!!!!

Obs: acima de 37 semanas sempre indução do parto e só realiza profilaxia


para estrepto se houver indicação:
1. dieta geral

2. penicilina cristalina 5 milhões de UI EV agora ou ampicilina 2g EM agora

3. penicilina cristalina 2,5 milhões de UI EV 4/4hs ou ampicilina 1g EV 4/4hs

4. indução do parto

5. exames: hemograma, urina 1, urocultura

6. CTB

7. PA, P e T 6/6hs

Para relembrar indução do parto:

Contra indicações absolutas de indução do parto:

● Placenta prévia centro-total

● Vasa prévia

● Apresentação córmica
● Prolapso de cordão umbilical com feto vivo

● Cesárea clássica anterior e outras cicatrizes uterinas prévias


(miomectomias)
● Anormalidade na pelve materna

● Herpes genital ativo com feto vivo

● Tumores prévios (tumor de colo ou vagina e mioma uterino em


segmento inferior)
● Desproporção cefalopélvica

Índice de Bishop

Bishop menor ou igual a 6: maturação cervical = misoprostol

Misoprostol 25 mg VV 6/6hs

Falha de indução = trabalho de parto não é iniciado 48h após inserção da


primeira dose de Misoprostol

Contra indicação: cicatriz uterina prévia, asma grave e febre intraparto

Bishop menor ou igual a 6: maturação cervical = método de Krause

● Uma sonda de Foley (entre número 14 a 18) é introduzida através do


colo uterino e o balão é inflado com água ou solução salina acima do
orifício interno
● A sonda pode ser colocada digitalmente pelo toque vaginal ou com
auxílio do exame especular
● A extremidade externa do cateter de Foley ficará junto à coxa da
paciente sem dar tração.
● Avaliadas a cada 12 horas, caso o cateter de Foley não se separe
espontaneamente.

Falha de indução = Após 24 horas, caso o BISHOP se mantenha < 6, o


balão deverá ser desinsuflado

Contra indicação: RPMO

Bishop maior que 6 = ocitocina


SG 500ml + ocitocina 5UI EM em BIC 24ml/h

Falha de indução: Se as membranas estão intactas: se não ocorrerem


contrações regulares a aproximadamente cada três minutos ou não houver
alteração cervical em 24 horas na dose máxima

Se membranas rotas: se não ocorrerem contrações regulares ou


alterações cervicais por pelo menos 12 a 18 horas após início da administração
de ocitocina.

SÍNDROMES HIPERTENSIVAS:

Pré-eclâmpsia com sinais de gravidade


Pressão arterial 160 mmHg e/ou 110 mmHg, confirmada em duas medidas, com intervalo de 10 a

● Proteinúria 2g em urina de 24 horas

● Sintomas de iminência de eclâmpsia – manifestação clínica do sistema


nervoso central (cefaleia, obnubilação, torpor, alteração de
comportamento), visual (escotoma, fosfena, fotofobia,
turvação/embaçamento) e gástrica (dor epigástrica ou no hipocôndrio
direito, náusea, vômito)
● Eclâmpsia: manifestação de crise convulsiva e/ou coma, na ausência de
outras condições neurológicas que possam explicar a convulsão

Síndrome HELLP: presença de hemólise (esquizócitos em esfregaço de sangue periférico, anemia,

● Oligúria: diurese inferior a 500 mL em 24 horas

● Cianose

● Edema agudo de pulmão

● Restrição de crescimento fetal

1. jejum
2. Sulfato de magnésio 50% 8ml + AD 12ml EV em 20 minutos

3. Sulfato de magnésio 50% 10ml + SG5% 490 ml EV em BIC 100ml/h

4. gluconato de cálcio 10% 1 ampola a beira do leito

5. hidralazina 1ml + AD 19ml EV 5ml ACM

6. Exames: hemograma, bilirrubina total e frações, DHL, TGO e TGP, urina 1,


uréia e creatinina (caso não haja resolução proteinuria de 24hs)

7. CTB e USG obstetrico com Doppler

8. Sonda vesical de demora

Monitorizar em relação à diurese, freqüência respiratória e reflexos patelares.


Além disso, deve-se avaliar a magnesemia materna a cada 6 h. Apesar dos
riscos potenciais, poucos efeitos colaterais maternos são observados quando a
concentração sérica de magnésio é mantida em níveis terapêuticos (4 a 6
mEq/L - mg/dL)

PA e BCF de hora em hora

PÓS PARTO

PARTO CESÁREA: POI

1. dieta leve após 6hs

2. ocitocina 10 UI IM em sala

3. dipirona 1g EV 6/6hs

4. tenoxicam 20mg EV 12/12hs

5. metoclopramida 10 mg EV 8/8 hs se náusea e/ou vomito

6. sacar SVD após 6hs se urina clara e débito de 500ml

7. PA, P e T 6/6hs

8. CCG
1º e 2º PO parto cesárea: medicações VO, suspender ocitocina e acrescentar
sulfato ferroso 40 mg 30 minutos antes do almoço

PARTO NORMAL: COM EMLD (se não houver EMLD e períneo integro = não
colocar anti inflamatório)

1. dieta geral

2. ocitocina 10 UI IM em sala

3. dipirona 1g VO 6/6hs

4. tenoxicam 20mg VO 12/12hs

5. sulfato ferroso 40mg VO antes do almoço

8. PA, P e T 6/6hs

9. CCG

1º e 2º PO parto normal com EMLD: manter prescrição sem ocitocina

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