Você está na página 1de 15

LARINGITE

Avaliação da gravidade – escore do crupe

0 1 2 3
NÍVEL DE Normal Inquietude Inquietude Letargia
CONSCIÊNCIA agitação (+) agitação (++)
COR DA PELE Corada Pálida (+) Pálida (++) Cianótica
ESTRIDOR Não Só na agitação Leve em repouso Grave em repouso
TIRAGEM Não Leve Moderada Intensa
ENTRADA DO normal Diminuída (+) Muito diminuída Diminuição
AR (++) acentuada (+++)

≤ 4 = laringite leve
5 a 6 = laringite leve a moderada
7 a 8 = laringite moderada
≥ 9 = laringite grave
Tratamento
Tratamento:
A maioria em casa
Em menos de 10% - hospitalização

em 5 a 10% dos hospitalizados – via aérea artificial

1. Evitar agitação, procedimentos dolorosos, estresse


2. Umidificação do ar / vapor d’água / nebulização
3. Hidratação
4. Controle da temperatura (febre)
5. Corticosteróide oral ou EV, ou inalatório – dexametasona, prednisona, budesonida
6. Adrenalina inalatória
7. Mistura Hélio – Oxigênio (em UTI)
8. Ventilação não invasiva (CPAP - 2 a 4cm H²0 ou BIPAP 8 cm/4 cm)
9. Entubação traqueal – tubo diâmetro 0,5 a 1 mm menor que o indicado para a
idade: (idade/4) + 4 mm
Dexametasona:

0,6 a 1 mg/Kg em dose única


ou
0,25 a 0,50 mg/Kg/dose – de 6/6 horas por 2 dias

Prednisona:
1 a 2 mg/Kg/dose (única) – 1 mg/Kg/dose – de 12/12 horas

Budesonida (solução para nebulização) – Pulmicort (2 ml = 0,25/ml ou 0,5 mg/ml).


(200 a 800 µg/dia)
1 a 5 ml em Soro fisiológico/dose
Adrenalina 1:1000 (1 ml contém 1 mg)

0,05 ml/Kg em 3 ml de SF

2 ml + 1 ml de SF

Ou

Nafazolina ou oximetazolina
0,5 a 1 ml + 2 ml de SF

Usar uma nebulização de 30/30 minutos ou de hora em hora.


Indicação para entubação traqueal:
Após tratamento clínico com corticosteróide e adrenalina, se a criança
apresenta-se com:

1. Tiragem piorando
2. Entrada de ar piorando
3. Estridor piorando
4. Aparecimento de sibilos expiratórios
5. Cianose
6. Depressão do sensório
7. PaO² < 60 mmHg, com FiO² de 0,6
8. Hipercapnia.
Edema de laringe por anafilaxia
Adrenalina a 1:1000 – intramuscular – 0,01 ml/Kg/dose – pode repetir

O² por máscara facial

Adrenalina por nebulização

Monitorizar por 24 horas.

Medidas auxiliares:
Antihistamínico H1 – EV (Difenidramina – Benadryl 50 mg/ml):
1 mg/Kg – máximo 50 mg
Corticosteróide – EV: Metilprednisolona (40 mg/ml, ou 125 mg/2 ml, ou 500 mg/8 ml)
2 mg/Kg – dose de ataque
0,8 a 1 mg/Kg/dose, de 6 horas

Se em choque: Soro fisiológico 20 ml/Kg EV, repetindo até melhora da TA. Se necessário,
adrenalina EV – 0,05 a 1 µg/Kg/minuto.
Laringotraqueobronquite bacteriana

Oxacilina – 200 a 400 mg/Kg/dia (de 6/6 horas) EV


apresentação: 500 mg – diluir em 3 ml de água destilada

Epiglotite

Ceftriaxone – 50 mg/Kg/dia (uma ou duas doses) EV


apresentação para uso venosos: 500 mg/5 ml, 1 g/10 ml

Ou
Cloranfenicol (100 mg/Kg/dia) + ampicilina (200 a 400 mg/Kg/dia): EV, de 6/6 horas
BRONQUIOLITE

Secreção aumentada
Edema inflamatório da mucosa e do interstício
Descamação epitelial
Broncoconstricção
Hospitalização = 3/1000
(17/1000, em < 6 meses)

UTI
68% têm fatores de risco:
idade < 6 semanas – 45%
prematuridade ------ 30%
comorbidades ------- 11%

imunodepressão
neuropatias
cardiopatias
pneumopatias crônicas
Mortalidade – 1,8%
TRATAMENTO

A grande maioria – tratamento em casa: orientações sobre a doença, cuidados gerais,


alerta sobre sinais de gravidade.

Crianças que requerem oxigenoterapia (FR > 70/min, SaO² < 92%)
Crianças com atelectasias
Tratamento no hospital
Crianças com história de apneia
3:1000
Crianças com fatores de risco

Crianças com FR > 80/min e SaO² < 85%: provavelmente tratamento em UTIP
Oxigenoterapia - meta: SaO² > 92%
TRATAMENTO: Hidratação endovenosa
Monitorização de FR, FC, SaO²
Instrumento Fluxo (L/min) FiO² (%)
Cateter nasal 1a5 0,24 a 0,40 (24 a 40)
Máscara facial simples 6a8 0,35 a 0,50 (35 a 50)
Máscara facial com 2 x VMV 0,35 a 0,45 (35 a 45)
reservatório com reinalação VMV = VC x FR
VC = 10 a 15 ml/Kg

Máscara facial com 6a8 0,50 a 0,90 (50 a 90)


reservatório sem reinalação 10 a 12 Até 1 (até 100)

Incubadora com bandeira 4a8 0,26 a 0,40 (26 a 40)


horizontal
Incubadora com bandeira 8 a 12 0,70 a 0,85 (70 a 85)
vertical
Campânulas com entrada de Mistura de ar comprimido + (0,21 x fluxo de ar + 1 x fluxo
O² alta (Hood) O² com fluxo de 15 de O²) / fluxo de ar + O²
Campânulas com entrada de Mistura de ar comprimido + (0,21 x fluxo de ar + 1 x fluxo
O² baixa (Halo) O², com fluxo igual a 3 x VMV de O²) / fluxo de ar + O²
Medidas terapêuticas auxiliares e controversas:
Β2 agonista inalatório
Nebulização: Usar NaCl a 3% (melhor que SF)
Adrenalina inalatória
Melhora sintomas e
Corticosteróides – não indicados reduz tempo de
hospitalização
DNAase - em casos com atelectasias

Ribavirina – recomendado apenas nos imunocomprometidos e em infecções graves

Mistura Heliox – só em UTIP

Ventilação não invasiva – CPAP (4 a 6 mmHg), ou BIPAP ( I – 8 mmHg e E – 4 mmHg)

Ventilação mecânica, com FR de 20/min, relação I:E = 1:3, PEEP de 5 mmHg

NO inalatório – só em UTIP - hipóxia grave refratária ao suporte ventilatório

ECMO

Surfactante
Prevenção:

Crianças com alto risco (cardiopatas e pneumopatas, nos primeiros 2 anos de vida e
prematuros no primeiro ano)

Palivizumab – 1 aplicação IM por mês na estação do VSR. 15 mg/Kg/dose.

Você também pode gostar