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Suporte básico de vida


 
Sobrevida durante a PCR: 7-11%, mas se parada somente respiratória sem assistolia
= 75 a 90%. A prevenção é essencial, visto que trauma é a principal causa de morte
acima de 1 ano.
 
Principal causa de PCR: hipóxia
 Raramente acontece de forma súbita
 Consequência de piora progressiva respiratória ou cardiocirculatória
Causas mais comuns de PCR no ambiente hospitalar
 Sepse
 Insuficiência respiratória: asma grave, pneumonia
 Toxicidade por drogas
 Arritmias
 Doenças metabólicas
Pré-hospitalar: trauma, SMSL, afogamento por submersão, envenenamento,
engasgo, asma grave, pneumonia.
SMSL (sd. da morte súbita do lactente): óbito no lactente < 1 ano sem causa
aparente e definida
 Fatores de risco: Dormir em posição prona/barriga pra baixo, pais tabagistas,
uso de protetores de berço e cobertas, hipotermia ou hipertermia
 Fator protetor: dormir em posição supina (barriga pra cima) e vacinação

Sequência de atendimento na criança: C-A-B


 Compressões
 Abertura de vias aéreas
 Boa respiração
Principais ritmos de parada na pediatria
 Assistolia
 Bradicardia (AESP?)
Terminologia
 Lactentes ou bebês = < 1 ano
 Crianças: > ou igual 1 ano até sinais de puberdade
 
Suporte básico de vida: passo a passo
1. Segurança do local: checar segurança do local, para não gerar nova vítima
2. Reconhecimento da parada/responsividade: em 10 seg --> sem pulso + sem
respiração
a. Até 1 ano: pulso femoral e braquial
b. > 1 ano: pulso femoral e carotídeo
3. Ativação do serviço de emergência
a. Colapso presenciado: ativar e iniciar RCP
b. Colapso não presenciado: iniciar RCP e ativar
4. Frequência da compressão: 100 a 120 por minuto
5. Profundidade da compressão
a. < 1 ano: 4 cm (1/3 do diâmetro A)
b. > de 1 ano: 5 cm (1/3)
6. Sequência: C-A-B para todas as crianças
 
C: COMPRESSÕES
 Posicionamento das mãos: Técnica de compressões pra cada faixa etária
o < 1 ano: com os polegares (abraçando o tórax) ou 2 dedos
o > 1 ano até 12 anos: com uma mão
o > 12 anos: 2 mãos, igual no adulto
 Qualidade: frequência, profundidade e permitir retorno do tórax
 Minimizar as interrupções: no máx. 10 segundos
A: VIA AÉREA
 Sem trauma: inclinação da cabeça e elevação do queixo - chin lift, jaw trust
 Se trauma: só jaw thrust (manobra de elevação da mandíbula, o procedimento
consiste na utilização das duas mãos do examinador, posicionando os dedos
médios e indicadores no ângulo da mandíbula, projetando-a para frente,
enquanto os polegares deprimem o lábio inferior, abrindo a boca e permitindo a
pesquisa de corpos estranhos, próteses dentárias, sangramento, enfim, tudo
que possa obstruir as vias aéreas superiores.
B: Breathing
 Relação compressão-ventilação: 30:2 se 1 socorrista, 15:2 se 2 socorristas
 Paciente intubado: sem sincronização, frequência é 1 ventilação a cada 2 ou 3
segundos ou 20-30 por minuto
D: DEA + retorno às compressões
 Usar se disponível. Com choque ou sem, reiniciar as compressões e manter
por 2 minutos. Após, verificar pulso.
 A RCP deve ser reiniciada SEMPRE que administrar o choque!!! Fundamental.
 Faixa neonatal: NÃO USAMOS DEA!
 Posicionamento: regra geral - se pás se encostam na frente - fazer antero-
posterior.
o < 1 ano ou se pás se enconstam na frente: pá pediátrica AP
o 1-8 anos: pá pediátrica látero-lateral
o > 8 anos: pá de adulto
 Ritmos chocáveis: TV sem pulso e FV
 Não chocável: Assistolia e AESP
 
Colapso súbito
 Geralmente param em FV e TVSP -> RCP imediata e choque sempre nestes
ritmos - reiniciar RCP após
 TV com pulso necessita de cardioversão sincronizada - o que é
 
Suporte avançado de vida em pediatria
 
 Desfibrilação hospitalar
o Dose 2 J/kg -> se não voltar posso aumentar 2 J por vez até 10 J/kg
 Adrenalina é a droga da RCP: PRECISA SABER. Ela realiza manutenção das
funções respiratórias e circulatória durante a PCR e no pós ressuscitação.
o Dose 0,01 mg/kg = 0,1 ml/kg da solução de 1:10.000
 Suporte ventilatório
o Permeabilização da via aérea, oferta de oxigênio e ventilação adequada
o Intubação ou máscara laríngea (boa alternativa de VA avançada)
o Tubos traqueais com ou sem cuff (neonatal sempre sem cuff).
Demais: com cuff diminui a chance de extubação acidental
 Com cuff:
 idade/4 + 3 (< 2 anos)
 Idade/4 + 3,5 (> 2 anos)
 Sem cuff: somar 0,5
 Profundidade do tubo: diâmetro x 3 (estará sujeito à idade
indiretamente).
o Capnografia: mede CO2 ao final da expiração, avaliando a qualidade
da compressão e também avalia o retorno da circulação espontânea =
RCE.
 Principais drogas: 0,01 mg/kg = 0,1 ml/kg da ampola diluída 1:9 (solução será
1:10.000 pois adrenalina é 1:1000)
o Via endovenosa ou intraóssea
o Pode ser repetida a cada 3 a 5 minutos
o Epinefrina + compressões torácicas = aumenta oferta de O2 para o
coração, melhoram a contratilidade miocárdica, estimulam a contração
espontânea e aumentam o sucesso da desfibrilação.
 Outras drogas:
o Amiodarona: parada com ritmos chocáveis, TV ou FV não responsiva
à cardioversão. Dose de 5 mg/kg (até 3x)
o Lidocaína
o Gluconato de cálcio: hipocalcemia, hiperpotassemia,
hipermagnesemia ou intoxicação por bloqueadores de canais de cálcio
(BCC). Dose: 5 a 7 mg/kg
o Sulfato de magnésio: hipomagnesemia e TV torsades de points (TV
polimórfica com QT longo). Dose: 25 a 50 mg/kg
o Atropina:
o Bicarbonato de sódio não é mais usado na PCR pelo menor (segundo o
prof)
 
Revisão: RCP de alta qualidade
 Compressões torácicas na frequência adequada - 100 a 120/min
 Profundidade adequada (4 a 6 cm)
 Retorno do tórax à posição de repouso entre as compressões (chest recoil)
 Minimizar interrupções entre as compressões
 Evitar ventilação excessiva - pode ser prejudicial
 
Cadeia de sobrevivência pediátrica
1. Prevenção de PCR
2. Ressuscitação cardiopulmonar precoce de alta qualidade por pessoas
presentes no local
3. Rápido acionamento do serviço médico de emergência (SME)
4. Suporte avançado de vida: estabilização e transporte rápidos
5. Cuidados integrados após PCR
 
MATERIAL DA AULA
 
Diagnóstico da aula: Meningite com choque anafilático em lactente
 
 Meningococo: N. meningitidis (diplococos gram negativos) -> vacina
meningocócica C, ACWY (11 anos no SUS)
 Pneumococo: S. pneumoniae (cocos gram +) -> prevenção pela pneumo 10
 Haemophilus influenzae B (cocobacilo gram negativo) -> prevenida pela
pentavalente
 Viral: não tem vacina
 
Espectros da meningite
 Meningococemia isolada (chega primeiro no sangue, é o mais rápido de
acontecer)
 Meningite sem meningococcemia (menos grave)
 Meningococcemia com meningite
 
Choque séptico: conduta
1. Reverter a hipotensão
a. Volemia primeiro (20 ml/kg em 20 minutos
b. Adrenalina
c. Corticoide de ataque: se refratariedade a adrenalina -> sd. De
Friederich Waterhouse - necrose hemorrágica maciça e aguda das
glândulas supra-renais (apoplexia adrenal), no decurso de sepse grave
2. ATB na primeira hora: ceftriaxona
 
Profilaxia pós-exposição/quimioprofilaxia
 Contactantes, colegas de classe, profissional de saúde (se eu intubar sem
máscara por exemplo)
 Faço em Haemophilus e meningococo
o Haemophilus: rifampicina 20mg/kg criança e 600 mg adulto, VO
1x/dia por 4 dias
o Meningococo: rifampicina 10mg/kg crianças e 600 mg adultos de
12/12h por 2 dias

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