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Parada

Cardiorrespiratória
Ilana Cristina de Paula
Abreu Silva
Coordenadora do polo
maranhense do PALS da SBP
Conceito e apresentação clínica

• PCR é a cessação da circulação sanguínea em


consequência da ausência ou ineficácia da
atividade mecânica cardíaca.
• Perda de consciência
• Ausência de respiração ou apresenta apenas
gasping
• Não há pulso detectável
Caminhos para uma PCR em lactentes,
crianças e adolescentes
• Desconforto respiratório Choque Parada Cardíaca Súbita (arritmia)
• Insuficiência Respiratória II
II II 5 A 15% dos casos de PCR
II II pediátrica
II II II
V V II
Insuficiência Cardiopulmonar II
II II
V V
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

Nadkarni et al. JAMA2006;295:50-57


Suporte Básico de Vida
RCP e uso de DEA
RCP = compressões torácicas e ventilações
Suporte Avançado de Vida
RCP
Uso do Desfibrilador Manual ( cardioversor)
Uso de drogas e soluções
Tratamento das causas
Toracocentese
Pericardiocentese
Ritmos de PCR
• Assitolia
• AESP
• Fibrilação Ventricular
• Taquicardia Ventricular Sem Pulso
Diagnosticar a
PCR:
Consciência
Você está bem?
Lactente - planta do pé
Criança - ombro
Adolescente/adulto - ombro
Inconsciente - ajuda
e DEA ou ajuda e
carrinho de parada
Após pedir ajuda e DEA, avalia pulso e
respiração

Simultaneamente: entre 5 e
10 segundos

Lactente - braquial
Criança e adolescente -
carotídeo ou femoral
Inconsciente
Sem pulso central
Respiração ausente ou
gasping

Iniciar RCP, começando pelas


compressões torácicas
Monitorizar o ritmo da
PCR o mais breve
possível
Minimizar as
interrupções na RCP
Enquanto as manobras de ressuscitação
cardiopulmonar são realizadas

Buscar e tratar as causas

Obter acesso venoso ou


intra-ósseo
Compressões torácicas
Lactente/Criança/
Adolescente
Velocidade
Profundidade
Relação compressão:ventilação
Local da compressão
Local da compressão

Crianças e adolescentes
metade inferior do esterno

Lactentes
abaixo da linha mamilar
Compressões
torácicas
Crianças e adolescentes
Metade inferior do
esterno
Velocidade das compressões:

100 a 120/minuto
30 compressões entre 15 e 18 segundos
15 compressões entre 7,5 e 9 segundos
Profundidade das compressões
1/3 do diâmetro antero-
posterior do tórax
Lactentes = 4 cm
Crianças e adolescentes =
5 cm
Permita o retorno total do tórax após cada
compressão
Não se apóie sobre o tórax entre as
compressões
Limite as interrupções nas compressões
torácicas a, no máximo, 10 segundos
Compressões torácicas no lactente -
posicionamento dos dedos

1 socorrista
2 socorristas
Compressão torácica na criança e
no adolescente

Posicionamento das mãos


Compressão torácica no lactente

1 socorrista
Compressões torácicas no lactente

2 socorristas
Compressões torácicas na criança e no
adolescente

1 ou 2 socorristas
Relação compressão:ventilação sem via aérea avançada
- as compressões são interrompidas durante as
ventilações
1 socorrista :
30:2 todas as faixas etárias
2 socorristas:
30:2 - adolescentes
15:2 - lactentes e crianças
Via aérea avançada
1 ventilação a cada 6 seg

Sem interrupção das


compressões durante as
ventilações
Superfície rígida
Ventilações
Intra-hospitalar:

Dispositivo bolsa-válvula- máscara ou balão auto-insuflável

Extra-hospitalar : com dispositivo de barreira

Cada ventilação deve durar 1 segundo


• Abra a via aérea adequadamente - inclinação da
cabeça e elevação do queixo ou anteriorização da
mandíbula
• Cada ventilação deve ser feita em 1 segundo
• Cada ventilação deve produzir elevação visível do
tórax
• Ventilações excessivas devem ser evitadas
C
E
Oferecer O2
conectado ao
dispositivo Bolsa-
válvula -máscara
Fechar pop-off
Checar o ritmo assim que possível
• Após 2 minutos, de RCP, considerar intubação
endotraqueal
• Após intubação endotraqueal, monitorizar
PETCO2
• PETCO2 maior que 10 a 15 mmHg = RCP eficaz
Assistolia e
AESP
RCP
Epinefrina
Buscar e tratar causas
Chegar o ritmo e trocar o
reanimador a cada 2
minutos
Assistolia

• Ritmo não-chocável

• Ganhos

• Mudar derivações
AESP
• Atividade elétrica sem pulso

• Ritmo não-chocável

• O monitor detecta atividade


elétrica, com taquicardia,
normocardia ou bradicardia,
mas não há pulso central
Ritmo chocável
(FV e TV sem
pulso)
Chocar
Iniciar RCR imediatamente
após o choque
Checar o ritmo a cada 2
minutos trocar de
reanimador a cada 2
minutos
Fibrilação
ventricular
Taquicardia
ventricular
Não confundir com a
imagem produzida pelas
compressões torácicas
Posição das pás
do desfibrilador
manual
Linha hemiclavicular direita
Lateralmente e abaixo do
mamilo esquerdo
Pá infantil:
menor de 1ano ou
menos de 10 kg
Pá adulto
A partir de 1 ano
ou de 10 kg
Passar gel nas pás
Ligar o desfibrilador, girar o
botão com a seta apontada para
desfibrilar,
Selecionar a carga
Carregar
Eu estou afastado
Todos estão afastados
O oxigênio está afastado
Chocar e reiniciar RCP
imediatamente após o choque
Após, 2 minutos de RCP, checar o ritmo. Quando houver
ritmo organizado, checar pulso central. Se pulso central
presente e FC maior que 60 bpm, proceder aos cuidados pós
RCP.
Carga: primeiro choque - 2 J/ kg
Segundo choque - 4 J/kg
Choques subsequentes - 4 a 10J/kg

Carga máxima - 10 J/ kg ou carga máxima de


adulto - 200 J nos desfibriladores bifásicos
Após 2 minutos de RCP, intubação
endotraqueal deve ser considerada

A medida da pEtCO2 sob forma de onda é uma


excelente forma de monitorar a qualidade da RCP
Fazer epinefrina após o segundo choque
Se acesso periférico não for obtido, fazer intra-óssea
Obter acesso IV
ou Intra-ósseo
Os medicamentos feitos
pela via endotraqueal tem
absorção imprevisível
Epinefrina (1mg/ml) - diluir 1 ml + 9 ml de soro fisiológico.
Dessa diluição, fazer 0,1 ml/ kg, IV ou IO, em bolus. Em
seguida, fazer 10 ml de soro fisiológico, IV, em bolus.

Dose endotraqueal : 0,1 mg/kg= 0,1ml/kg. Em seguida, 5


ml de solução salina + 5 ventilações
A epinefrina pode ser
repetida a cada 3 a 5
minutos. Na prática,
a cada 4 minutos.
Nos ritmos chocáveis:
Após o segundo choque = epinefrina, em bolus -
durante a RCP
Após o terceiro choque = amiodarona ou lidocaína, em
bolus, durante RCP
Amiodarona
5 mg/ kg - máximo 300 mg - até 3 doses,
totalizando 15 mg/ kg (máximo 2,2 g em
adolescentes)
Lidocaína - 1mg/kg, IV ou IO, em
bolus. Se via endotraqueal, 2 a 3 mg/kg.
Amiodarona pode ser
feita até 3 vezes,
intercalando com a
epinefrina
Tratar as causas
Hs
Ts
Hipovolemia Tensão no tórax
Hipóxia Tamponamento cardíaco
Hipoglicemia Toxinas
Hidrogênio - acidose Tromboembolismo coronariano
Hipotermia Tromboembolismo pulmonar
Hipo/hipercalcemia
Naloxone - na overdose ou na depressão
respiratória associada ao uso da morfina ou
fentanil
Na hipoglicemia glicose
IV/IO
0,5 g/kg
2 a 4ml/kg de glicose a
25% + 2 a 4ml/kg de AD
ou
1 ml/kg de glicose a 50% +
3ml/kg AD
Expansão com soro fisiológico - 20 ml/kg,
IV/IO, em bolus

Na suspeita de choque hipovolêmico ou distributivo


Bicarbonato de sódio
Hipercalcemia
Overdose de antidepressivos tricíclicos
ou de outros bloqueadores dos canais de
cálcio
Gluconato de cálcio
Hipocalcemia ionizada documentada
Hipercalemia
Hipermagnesemia
Overdose dos bloqueadores dos canais de cálcio
Na suspeita de pneumotórax
hipertensivo = toracocentese
Não esperar radiografia de tórax
Na suspeita de tamponamento
cardíaco - pericardiocentese

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