Baixo peso:
- 1500g até 2499g
Nascido vivo :
É qualquer produto de concepção
que após separação materna,
INDEPENDENTE DA DURAÇÃO
DA GRAVIDEZ, com ou sem
cordão umbilical, apresenta sinal
de vitalidade (batimento
cardíaco, respiração, contração de
musculatura voluntária, pulsação
no cordão)
Óbito fetal :
É a morte de um produto de
concepção, INDEPENTENDE DA
DURAÇÃO DA GESTAÇÃO, que ao se
separar do corpo materno, não
apresenta sinal de vitalidade.
O recém-nascido pode ser
classificado com base no seu peso e
na idade gestacional.
Muito baixo peso:
- 1000g até 1499g
Extremo baixo peso:
- Abaixo de 1000g
Pré-termo:
< 37 semanas completas
A termo:
37-41 semanas e 6 dias
Pós-termo:
42 semanas completas ou mais
A idade gestacional é calculada
pela DUM em dias e divido por 7, se
a semana for quebrada, é
considerado incompleto até o 6 dia.
A partir do 6 dia, acrescenta-se 1
semana completa.
Se houver desconhecimento da
DUM, pode-se utilizar os padrões
ultrassonográficos. (comprimento
cabeça-nadega, diâmetro biparietal,
comprimento do femur).
Para isso utiliza-se a curva de
Fenton

Adequado para idade gestacional (AIG)
10-90%
Pequeno para idade gestacional (PIG)
< 10%
Grande para idade gestacional (GIG)
> 90%
(primeiro minuto)
A asfixia é um grande
problema no período perinatal.
Portanto, em todo parto é necessário
uma prevenção primária uma
conduta de preparo para reanimação
na sala de parto, a fim de predizer
uma possível necessidade de auxilio
para a transição cardiorrespiratória.
Prevenção primária
Fatores antenatais: uso de drogas
ilícitas na gestação, histórico de
óbito fetal, diabetes, síndrome
hipertensiva, sangramentos no
segundo e terceiro semestre.
Fatores relacionados ao parto:
apresentação cefálica, cesáreo,
anestesia geral, uso de fórceps.
Independente dos fatores de risco,
a equipe e os materiais de
reanimação devem estar preparados
em todos os partos.
Avaliação da Vitalidade
Devemos avaliar 3 parâmetros (TRI)
1) Idade gestacional
2) Respiração/choro
3) Tônus em flexão
Se o bebê tem tônus, respira e
chora: realiza-se o clampeamento
tardio (1-3 minutos) enquanto o
bebê aguarda ao colo da mãe para o
controle térmico (homeotérmico
imperfeito). Se for a termo, continua
ao colo da mãe, caso contrário é
direcionado a mesa de reanimação
pós-clampeamento.
Se o bebê não tem tônus, respiração
ou choro: realiza-se o clampeamento
imediato. Ele também deve ser feito
nos casos de nutrição placentária
deficiente.
Quem vai pra mesa de reanimação
para estabilizar?
- Baixa vitalidade
- Pré-termos e pós-termos
Primeiros passos:
- Calor: fornecer calor ao bebê
- Hand: realizar extensão da cabeça
- Aspirar*: aspirar bocas e narinas
- Secar: secar o bebê
Segundo passo: respiração e FC
- Respiração: avaliar expansibilidade
e choro.
- Frequencia cardíaca: avaliar pela compressões por minuto. Independe
ausculta por 6 segundos e de IOT. Saturação de 100%.
multiplicar por 10. - Reavaliação: a cada 60 segundos
reavaliando a frequência cardíaca.

Quem vai pra mesa de reanimação Adrenalina:

para reanimar? Deve ser feita ou por cateter na veia
- Frequencia cardíaca < 100 bpm umbilical, ou por acesso intraósseo.
- Não respira ou padrão respiratório Via tubo também pode ser realizado.
anormal
Medicaçã Diluição Dose
Ventilação: o
1) Ventilação com pressão Adrenalina 1:1000 em 0,03-0,05mg/kg
EV 9 ml de (0,3-0,5ml/kg)
positiva, em ar ambiente, 40- soro
60 movimentos/min. Adrenalina 1:1000 em 0,05mg/kg-0,1mg/kg
Obs: monitorização com ECG e endotraquea 9 ml de (0,5-1ml/kg)
oximetria de pulso (lado direito, l soro
pré-ductal).
2) Se FC < 100, e oximetria baixa,
checar técnica, acoplamento da
mascara
3) Se FC < 100, e oximetria baixa,
após checagem da técnica:
fornecer oxigênio em maior
saturação, em escala 40% -
60% - 80%
4) Se FC < 100, e oximetria baixa,
após aumento de saturação:
IOT em no máximo 30
segundos e manter padrões de
ventilação.
5) Se FC < 60 bpm pós-intubação:
iniciar compressões cardíacas

Lembrando que a frequência

cardíaca é o principal parâmetro de
efetividade da reanimação.
Compressão cardiaca:
- Localização: abaixo da linha
intermamilar, poupando o esterno,
posição atrás do recém-nascido.
- Compressões: síncronas, 3:1, 3
compressões e 1 ventilação, 90
Primeira mudança: o clampeamento
aqui é após 30 segundos e não 1-3
minutos.
Segunda mudança: a oximetria de
pulso deve ser feita já na
estabilização inicial, e na fonte de
calor deve-se proteger a fontanela
com dupla touca e cobertura do
bebe com saco transparente.
Terceira mudança: na VPP a
concentração de O2 deve ser de
30% inicial e não em ar ambiente
(20%).
Quarta mudança: máscara laríngea
não é indicada.
Quinta mudança: CPAP pode ser
indicado se o bebê é estável mas
com desconforto respiratório ou
saturando mal.
Observações
- Em casos de hérnia diafragmática
(hérnia de Bochdalek, morgagni e
hiatal) congênita, a VPP deve ser
feita sob intubação, pois a mascara
pode distender o abdome;
- Nascidos com mecônio não
necessitam de aspiração
obrigatoriamente, a não ser que a
ventilação não esteja sendo
eficiente.
Após o primeiro minuto, o primeiro
APGAR pode ser realizado:
O APGAR é um escore que
delimita vitalidade fetal e resposta a
reanimação, indicando asfixia
neonatal. Após o primeiro minuto,
identifica mau prognóstico em
valores baixos.
O APGAR não delimita mais
indicação de reanimação neonatal.
Como funciona: avalia-se no 1 e no 5
minuto de vida. Se o APGAR for <= 6,
continuamos de 5 em 5 minutos até
o 20 minuto de vida.
O que ele avalia: respiração,
frequência cardíaca, cor, tônus e
resposta a estímulos.
Aparencia Cianose Cianose Roseo
extremidades
Pulso Ausente < 100bpm > 100bpm
Gestos Flácido Alguma flexao Movimento
ativo
Atividade Ausente Alguma Choro/tosse
/riso
Respiração Ausente Irregular Regular
7-10 – Normal
4-6 – Asfixia moderada
<= 3 – Asfixia grave
1) Laqueadura do cordão umbilical
Deve ser feita a 2-3cm do anel
umbilical, com gase embebida
com álcool 70% ou clorexidine
alcoolica.
2) Profilaxia para oftalmia
gonocócica
- Eritromicina 0,5% ou tetraciclina
1% no saco lacrimal inferior em até
4h pós-parto.
- Na falta, usar o método de Credé
utilizando sulfato de prata.
3) Profilaxia para hemorragia no RN
- Vitamina K 1mg IM ou SC
4) Identificação da mãe e do RN
5) Medidas antropométricas,
lactação e avaliar alojamento
conjunto

Ministério da Saúde, portaria de
2016:
1) - Mães com clinica estável e sem
contraindicação de contato.
2) - Bebês clinicamente estáveis, boa
vitalidade, boa sucção e controle
de temperatura, peso >= 1800g e
idade gestacional >= 34 semanas;
3) - Bebês com condições sem
gravidade, como icterícia,
malformações menores, com ou
sem microcefalia.
4) - Bebês com complementação
com antibioticoterapia para sífilis
ou sepse neonatal com clinica
estável que estavam em UTI ou
CTI neonatal.
É chamada assim a triagem neonatal
biológica
Momento de coleta: idealmente
entre o 3º e 5º dia de vida. Devido a
rapidez na manifestação da
fenilcetonuria, hipotireoidismo
congênito e hiperplasia adrenal
congênita.
DOENÇAS
- Fenilcetonuria
- Hiperplasia adrenal congênita
- Hipotireoidismo congênito
- Hemoglobinopatias e doença
falciforme
- Deficiencia de Biotinidase
- Toxoplasmose congênita (2020 MS)
(2021)
Em 2021, o teste do pezinho foi
ampliado para abranger cerca de 50
doenças. A ampliação deve ser feita
de forma escalonada nos estados e
por etapa:
Etapa 1: Já preconizadas
Etapa 2: galactosemias,
aminoacidopatias, distúrbios do ciclo
da ureia, distúrbios da betaoxidação
Etapa 3: Doenças lisossômicas
Etapa 4: Imunodeficiencias
primárias
Etapa 5: Atrofia muscular espinhal
Aprovou-se em 2023 a incorporação
da homocistinuria no teste do
pezinho.
É chamado assim o teste da
oximetria
É muito importante para o
diagnóstico de cardiopatias
congênitas criticas dependentes do
ducto arterial.
Exemplo: atresia de arteria pulmonar,
hipoplasia de ventrículo esquerdo,
coarctação de aorta.
O fechamento do ducto arterial
ocorre entre o 3-10 dia de vida. Logo,
devemos triar antes, entre 24-48
horas.
Como realizar:
Temos que medir a saturação pré-
ductal e pós-ductal, e ver se há
muita diferença.
- Um oximetro vai no membro
superior direito (pré-ductal).
- Um oximetro vai em um dos
membros inferiores (pós-ductal)
- PEATE (potencial evocado auditivo
de tronco encefalico): consegue
avaliar rede neural, mas a
imaturidade interfere no teste.
É utilizado para o diagnóstico
de anquiloglossia. Porém, desde 2019
a sociedade brasileira de pediatria
vem tentando revogar a lei de sua
obrigatoriedade, pela falta de
protocolos clínicos e a facilidade do
teste durante a puericultura.

TESTE POSITIVO:
- Saturação < 95% OU
- Diferença de 3% ou mais
Se o teste for positivo deve-se
realizar novamente em 1 hora, e aí
prosseguir com ecocardiograma se
ainda persistir.

É realizado para detectação de

anormalidades da córnea até a
retina. É feito o teste de Bruckner
ou do reflexo vermelho.

Como realizar:
Com um oftalmoscópio a 50cm do
olho da criança, incide-se a luz e
verifica-se se há reflexo vermelho
(normal).

Utilizado para avaliação da

audição. Existem 2 testes principais:
- EOA (emissões otoacusticas):
consegue avaliar sistema pré-neural,
ou seja, condução e cóclea.