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Neonatologia
Reanimação neonatal

Existem determinadas condições que estão mais associadas à necessidade de reanimação ao


nascer, tais como idade materna (< 16 anos ou > 35 anos), diabetes, hipertensão, infecção,
gestação múltipla, cesárea, prematuridade, rotura prolongada de membrana (> 18 horas),
-

dentre tantos outros.

A identificação do RN de baixo risco é realizada quando se responde “sim” às três perguntas cardinais:

Perguntas iniciais: A Sociedade


Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que
RN a termo? 37-41 semanas e 6 dias
existam entre 2-3 profissionais treinados e
Respirando ou chorando?
capacitados para reanimar o RN, e que pelo
Tônus adequado? menos um esteja apto a intubar e massagear,
Se todas as respostas forem SIM: preferencialmente um pediatra.
.Realizar o clampeamento oportuno (e não o mediático) depois de 1-3 minutos
.Levar ate a mãe/ tentativa de iniciar o aleitamento materno
Quando surge um NÃO:
Mesa de reanimação:
Não/ sim e sim : aguarda para clampeamento
> ou igual a 34 semanas: clampeamento em 1-3 minutos + mesa
→ A partir da 34
:
semana doou a maturação pulmonar .

< 34 semanas: clampeamento em 30-60 segundos + mesa


Qualquer idade/ não ou não
Clampeamento imediato + mesa

Quais os passos iniciais para fazer com a criança na mesa?


APAS:
Aquecer/ Posicionar/ Aspirar (se necessário)/ Secar - avaliar a Fc e Fr - tudo deve ser realizado em 30 segundos
Se após tudo isso a criança começar a chorar … final feliz!! Mas, se:
FC < 100; respiração irregular; apneia
Realizar a VPP (ventilação com pressão positiva), por 30seg. dentro do GOLDEN MINUTE (1min): Tempo máximo que você tem para iniciar
a VPP no RN que precisa ser ventilado
Se continuar com Fc<100: verificar técnica (verificar se a mascara está adequada, posição da cabeça, compressão do ambu de forma
adequada) …. Mesmo assim a Fc continua baixa ( ) Iniciar a IOT (INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL)
Fc< 60
Realizar a MCE (massagem cardíaca externa) por 60 segundos
Fc< 60
Verificar a técnica! Se tiver melhora, ótimo!
Administrar ADRENALINA, quando não temos melhora
Vamos estudar os detalhes:
Aquecer:
Sala de parto: 23-26 graus
RN < 34 semanas: saco plástico + touca
Posicionar:
Posicionar a cabeça fazendo uma leve extensão
Aspirar:
Quando presença de obstrução de via aérea
1º: Boca
2ª: Narinas
Avaliar Fc:
Ausculta com esteto
Contagem da Fc em 6 segundos X 10
VPP (30”)
Ritmo: Aperta, solta, solta … Aperta, solta, solta … :ventilação com frequência de 40-60x/min
Oximetria de pulso: em membro superior direito, pois este dará informação da saturação pré-ductal
Se <34 semanas: colocar oxímetro durante o “APAS”
Monitor cardíaco - avaliar a Fc
Oxigênio
SUPLEMEN / RN ? 34 SEMANAS SE A VPP É FEITA COM A TÉCNICA ADEQUADA


É EXCEPCIONAL
> ou igual a 34semanas: iniciar em ar ambiente
A
NECESSIDADE DE 02 AV EM .

< 34 semanas: iniciar com 02 em 30%


Nota: nos primeiros 5 minutos de vida da criança, a saturação é de 70-80%
MCE (60”)
Só deve ser iniciada quando a ventilação estiver bem estabelecida
Técnica: 2 polegares ou 2 dedos
Relação: 3 compressões para 1 ventilação (3C:1V) - no tempo de 60s
Drogas
Adrenalina
Via traqueal (apenas 1x) ou veia umbilical
Expansor de volume: 10ml/kg - SF 0,9%
Se essa criança perdeu volume, estamos diante uma DPP (descolamento prematuro de placenta) - palidez, evidencias de choque
Classificação do RN
Idade Gestacional:
Pré-termo: <37 semanas
Pré-termo tardio: 34-36 semanas e 6 dias GIG

Termo: 37-41 semanas e 6 dias


Pós-termo: > ou igual 42 semanas
Peso: AIG

Extremo baixo peso: < 1000g


Muito baixo peso ao nascer: < 1500g
Baixo peso ao nascer: < 2500g
PIG

Peso X idade gestacional:


> p90: grande para a IG
Ex: DM materno ( insulina fetal)
P10-p90: adequando para a IG
< p10: pequeno para a IG
Ex: sofrimento fetal crônico

Triagem neonatal
Triagem metabólica
Teste do pezinho - diagnostico e tratamento de algumas condições patológicas antes do aparecimento de sintomas
Deve ser coletada entre o 3º/5º dia de vida
Rastreamento de 7 patologias:
3 HF: toxoplasmose congênita; hipotireoidismo congênito (aumento do TSH); fenilcetonúria; hemoglobinopatias; fibrose cística;
hiperplasia adrenal congênita; deficiência de biotinidase
Pq o teste não é realizado nos primeiros 2 dias de vida?
Falso-positivo: hipotireoidismo! Pois, nos primeiros dias no RN é normal a elevação do TSH
Maior resultados de falsos-negativos para fenilcetonúria! Não dá tempo de ocorrer o acumulo de fenilalanina
Teste da oximetria
Identificação precoce de cardiopatias congênitas críticas - podem evoluir com grave deteriorização que pode levar o morte
Identifica cardiopatias cujo fluxo pulmonar depende do canal arterial
> 34 semanas; 24-48 horas de vida G / 95% HIPOXEMIA
< =
Sat
= < 75 -80%

Saturação de 02 em MSD e MI µ
↳ Expressão clínica líanoaelpdeãmucoaaesl
:

Normal: > ou igual a 95% e a diferença entre as medidas deve ser < 3%
Se alterado: repetir o o teste em 1 hora
Se continuar alterado: ECO em até 24 horas
Reflexo vermelho
Normal reflexo bilateral e simétrico
Criança com reflexo vermelho (fundo de olho) normal significa absências opacidade no eixo visual. Leucocoria é o refluxo pupilar branco, o
que indica patologia
O que poderia causar opacidade: catarata congênita,
Triagem auditiva
Método pela emissão otoacústica (pré-neural)
Triagem do frenulo lingual
Avaliação da presença de Anquiloglossia, que prejudica na amamentação

Distúrbios respiratórios
Síndrome do desconforto respiratório - doença da membrana hialina
Típico do RN pré-termo, a qual ocorre diminuição da concentração de surfactante alveolar
Surfactante: Mistura de lipídeos e proteínas que começa a ser produzida a partir de 34 semanas por células da parede dos alvéolos (pneumócitos tipo 2) -
fundamental para manter a estabilidade dos alvéolos (diminuição da tensão superficial na interface liquido-ar no interior do alvéolo)
Na DMH: colapso alveolar (COLABA) - Mesmo na inspiração (processo ativo) o alveolar permanece colabado (atelectalisado) - HIPOXEMIA -HIPERCAPINIA
(acidose respiratória, pois o ar carbônico nao consegue sair dos alvéolos)
História:
Prematuridade - pois o RN só tem surfactante na quantidade suficientemente a partir de 34 semanas.
Sexo masculino - são mais imaturos
Diabetes materno - tem chances de desenvolver SDR mesmo depois de 34 semanas - insulina (atrasa a maturação) e o cortisol (acelera maturação) .

Se a você tem um feto de uma gestante diabética esse é hiperinsuinemico, o que atrasa a maturação pulmonar. O RN que vem de uma condição de estresse fetal
crônico é PIG, e essa situação leva a liberação intra-uterina de cortisol, logo esse excesso de cortisol ajudou na maturação pulmonar. Temos 2 recém-nascidos
internados onde ambos têm 33 semanas e o diagnostico de SDR, um deles é uma criança GIG, filho de uma mulher diabética, e o outro é uma criança pIG, de uma
mãe com HAS crônica…. Do ponto de vista respiratório, qual dessas crianças deve esta pior?
Clínica
Taquipneia - Fr > ou igual 60
Sinais de desconforto
Radiografia
Infiltrado reticulogranular difuso em padrões de vidro muido ou fosco (aerobroncograma)
Volume diminuído - pois temos microatelectasias que está acontecendo em todo o parênquima pulmonar, então o volume pulmonar estará dimunuído
Tratamento:
Oxigênio por capacete (HOOD) - mas nao muda em nada da historia natural da doença
CPAP nasal (pressão positiva continua na via aérea) - garantir a estabilidade alveolar (evitar o colapso do alvéolo no final da respiração) - quando iniciado
precocemente pode mudar a historia natural da doenca
Ventilação mecânica
Surfactante
ATB
Prevenção
Assistência neonatal adequada evitando a prematuridade! Quando não possível:
Uso de corticoide antenatal - usada em ameaça de parto prematuro, o qual atravessa a placenta e acelerada o processo de maturação do pulmão.

Pneumonia/sepse neonatal
As duas são indistinguíveis
Mecanismo:
Precoce - nas primeiras 48 horas de vida
Por infecção ascendente - criança contaminada ainda dentro do útero: bactéria no tratado genital feminino
ascendente até a cavidade uterina - pneumonia congênita
Intrapartidária: a criança aspira a bactéria no canal de parto
Agentes:
Estão presentes no trato genital feminino
Estreptococo do grupo B (S.agalactiae)
Gram-negativos entéricos
Tardia - após o 3º ou 7º dia de vida ou após 48 horas de vida
Nosocoial - hospitalar
Comuntária
Agentes:
Estafilicocos(áureos e coagulasse neg)
Bactérias Gram-negativas
Fungos - comum em RN susceptíveis (<1.000g/ nutrição parenteral/ uso de ATB)

Historia
Ruptura prolongada d membranas > 18 horas)
Corioamnionite (infecção bacteriana da cavidade uterina)
Colonização materna por germes
Patogênicos (GBS)
Prematuridade
Clínica
Pode haver período assintomático
Alterações do estado de alerta, cardiocirculatória e gastrointestinal
Avaliação complementar
Radiografia de tórax (=DMH)
Hemograma
> neutropenia
> relação I/t > ou igual a 0,2
Hemocultura
Cultura liquor
Urinocultura (infeção tardia)
Tratamento
Precoce:
Ampicilina + aminoglicosídeo
Taquipneia transitória do RN - síndrome pulmão úmido
Retardo da absorção do líquido pulmonar
Historia
Ausência d trabalho de parto (parto marcado)
Cesariana
Termo/ pré-termo
Clínica
Desconforto moderada
Rápida resolução (até 3 dias)
Radiografia
Congestão hilário
Aumento de trama vascular
Lúcido cisuras; derrame
Cardiomegalia
Hiperinsuflacao
Tratamento
Oxigenoterapia
Síndrome de aspiração meconial
Suporte geral
É o resultado da eliminação e da aspiração do mecônio durante a vida uterina
Mecônio é uma substancia que se acumula no intestino de todos os fetos.
Normalmente o mecônio só é liberado no final da gravidez, no entanto o sofrimento fetal faz com que a ampola retal relaxe antes
do tempo, o que leva a excreção no mecânico com o feto ainda no útero. Logo, se o Rn aspirar esse mecônio o mesmo será pulverize
pelo parênquima pulmonar, o que leva a síndrome (pois o mecônio tem varias substâncias químicas, o que pode evoluir para
pneumonite), alem de que por ser uma partícula sólida pode causar bloqueio mecânico, pincipalmente, expiratório.
História
LÁ meconial
Sofrimento Fetal
Termo e pós-termo
Hipertensão pulmonar secundária
Clínica
µ
Desconforto respiratório grave
Radiologia
Infiltrado alveolar grosseiro
Pneumotórax
Volume pulmonar aumentado
Tratamento
Suporte ventilatória
ATB
Surfactante
O que azar na sala de parto:
RN a termo vitalidade:
Nenhuma medida especial - colo materno
RN deprimido:
Passos iniciais: APAS!!!
Aspirar boca e narina
Se necessário … VPP!!!
Sem melhora após VOO .. aspirar traqueia

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