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SUMÁRIO
Reanimação neonatal e aleitamento materno: 2-14 Sífilis Neonatal (Marcos): 84-93
INTRODUÇÃO
• 2,6 milhões de bebês morrem
anualmente antes do primeiro mês de
vida.
• Um milhão morre já no primeiro dia de
existência
• 80% dessas mortes poderiam ter sido Um “Nascimento Seguro" precisa ocorrer
evitadas com cuidados básicos em um sistema de saúde organizado, com
• Recém-nascidos de famílias mais pobres uma assistência pré-natal de qualidade, com
têm 40% mais chances de morrer do que um cuidado realizado em local com
os nascidos em famílias com melhor infraestrutura e material apropriados, com
renda. a presença de profissionais adequadamente
o Relacionado com a assistência capacitados e fundamentalmente com a
perinatal e pré-natal participação do pediatra em todas as
• 184 nações analisadas pelo Unicef- o etapas deste processo.
Brasil figura como a 108° pior para
recém-nascidos, com média de 9,9 VENTILAÇÃO PULMONAR
mortes neonatais para cada 1 mil • A ventilação pulmonar é o procedimento
nascidos vivos. mais importante e efetivo na reanimação
• CNES- existem em funcionamento 8.766 em sala de parto e, quando necessária,
leitos do tipo no País (públicos e deve ser iniciada nos primeiros 60
privados), o que corresponde a uma segundos de vida ("Minuto de Ouro")
razão de 2,9 leitos por grupo de mil • O risco de morte ou morbidade
nascidos vivos. Se considerados apenas (sequelas) aumenta em 16% a cada 30
os leitos oferecidos pelo Sistema Único segundos de demora para iniciar a VPP
da Saúde (SUS), esta taxa cai para 1,5 (ventilação com pressão positiva) até o
leitos/1.000, considerando-se as 4.677 6° minuto após o nascimento, de modo
unidades disponíveis para essa rede- independente do peso ao nascer, da
ideal 4 leitos/1000 idade gestacional ou de complicações na
o Insuficiência de leito = impacto gravidez ou no parto
muito importante para a
assistência perinatal *VPP = ventilação com pressão positiva →
cateter nasal de alto fluxo, ventilação não
invasiva (VNI), ventilação mecânica invasiva
*VPP → EX = AMBU
2
NA SALA DE PARTO o Avaliar vitalidade de modo
contínuo
o Amamentar na 1° hora
▪ Todos os bebês com boa
vitalidade que nascem com
mais de 34 semanas,
independente do parto,
precisam ser amamentados
na 1° hora
É preciso decidir em até 1 minuto se o
PREPARAÇÃO PARA REANIMAÇÃO
paciente precisa ou não de VPP
INTERFACE: MÁSCARA FACIAL (VPP)
BERÇO DE REANIMAÇÃO (FC > 100)
4
1. Gestação de 37-41semanas e *Há alguns anos já se az a cirurgia de
hérnia diafragmática intraútero. Nesta
2. Respirando ou chorando e
doença, o pulmão se encontra hipoplásico.
3. Tônus em flexão Então intraútero, entre 24-27 semanas é
colocado um plug na traqueia, fazendo com
Independente do aspecto do líquido
que o pulmão que era hipoplásico cresça,
amniótico (mecônio) → Se bebê nasce entre
aumentando assim, a sobrevida fetal (de 20
37-41 semanas, respirando/chorando em
para 60% com a correção)
flexão → BEBÊ NÃO PRECISA SER
COLOCADO NO BERÇO DE *Na vida intrauterina , o pulmão está
REANIMAÇÃO: totalmente com líquido. Quando o bebê
começa a chorar, o líquido alveolar é
• Garantir a temperatura ambiente de 23-
substituído por ar; os capilares
26°C
perialveolares (que são vasoconstritos) vão
• Secar corpo e cabeça
sofrer vasodilatação; ocorre mudança da
• Manter em contato pele-a-pele no tórax
circulação fetal para a circulação pós natal
ou abdome materno
(através do ducto arterioso). Este processo
• Avaliação continuada da vitalidade
da vida fetal para a pós natal pode demorar
• Estimular a amamentação na 1ª hora de
de 5-10 minutos para o bebê se estabilizar
vida
totalmente (por isso é importante que o
*EX: Gestante que não fez pré-natal, pela médico fique junto do bebê por pelo menos
data da última menstruação está a termo. os 10 primeiros minutos de vida)
Parto evoluindo super bem, e por fim nasce
FC < 100
o bebê → chorando/respirando em flexão
(bebê à termo). Coloca-se o bebe no tórax
da mãe (para contato pele a pele). De
repente, bebê para de respirar (apneia) e
fica acianótica. Os pediatras pegam ele,
colocam no berço de reanimação, olham o
abdome dela e observam que o abdome está
totalmente escavado (ou seja todas as
vísceras foram para o tórax). O que será
que esse bebê têm? Teve uma malformação.
Qual? Hérnia diafragmática
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• Promover calor, posicionar cabeça, USO DE O2 SUPLEMENTAR EM RN ≥34
aspirar boca e nariz se secreção, secar SEMANAS
corpo e cabeça, reposicionar a cabeça
• A necessidade de O2 suplementar é
• FC < 100/APNEIA/RESPIRAÇÃO
excepcional em RN ≥34 semanas se a
IRREGULAR:
VPP é feita com a técnica adequada
o VPP (avaliação contínua da FC e
• Nos poucos casos em que isto é
SatO2)
necessário, indica-se a aplicação da
AVALIAÇÃO DA FC NA REANIMAÇÃO mistura O2/ar, ajustando-se a [O2] por
meio de um blender para atingir a
Determinar a FC de maneira rápida,
SatO2 desejável
acurada e confiável é crítico para a tomada
de decisões em sala de parto
6
*Ventilador manual em T = babypuff possível colocar quanto se deseja usar de
pressão expiratória
*Balão autoinflável: o RN respira 40-60
vezes por minuto. → para o bala *É possível colocar a pressão expiratória
autoinflável, seria preciso fazer “aperta, final.
solta, solta” – ventilando o RN 40-60 vezes
o Em um prematuro com 1.600 kg, que
por minuto nesse ritmo
a mãe não tomou corticoide → RN
*O ambu vem com 40 cm H2O na válvula de com deficiência de surfactante.
segurança!! Se chegar um RN, não pode Quando começa a ventilar esse RN
usar um ambu pediátrico com 60 cm H2O, no ambu, os alvéolos dele irão
se não o pulmão do bebê pode “explodir” colabar
o Em um ventilador Manual em T, os
alvéolos vão se manter abertos
o Por isso, pré-maturos → ventilar no
ventilador manual em T, e não no
ambu!!
MASSAGEM CARDÍACA
Está indicada quando a FC < 60 bpm, com
falha na VPP e O2 suplementar a 100%
• 3 massagens cardíacas para 1
• Método colorimétrico amarelo: cânula na ventilação: 1-2-3-ventila
traqueia • Avaliar a cada 60 segundos se houve
melhora do quadro ou não
o Detector de CO2 expirado
• Se não melhorar com massagem,
(diferente de capnógrafo)
entrar com adrenalina
• Com a inspeção e a ausculta do tórax,
demora 30-60 segundos para o médico
perceber que a cânula está mal
posicionada
• A detecção de CO2 expirado, além de
ser objetiva, diminui o tempo para
confirmar a posição da cânula
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*Em qual locar massagear? Abaixo dos *É preciso estar paramentado para
mamilos, no apêndice xifoide. realizar, para evitar infecções
10
do fluxo cerebral, gerando uma lesão na primeira semana de vida por causas
isquêmica cerebral associada à asfixia perinatal
• A maior parte dos óbitos (71%) ocorre
*Quanto mais prematuro for o RN pior a
no primeiro dia de vida.
lesão
MONITORAMENTO CEREBRAL
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10 PASSOS BÁSICOS NO identificação correta de crises
ATENDIMENTO RN COM ASFIXIA convulsivas
PERINATAL
PREMATURIDADE: UM SÉRIO
1- Seguir as Diretrizes do Programa de PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
Reanimação Neonatal da Sociedade
• No mundo 15 milhões de nascimentos
Brasileira de Pediatria (PRN/SBP),
prematuros
2- Obter gasometria do cordão / recém-
o 345.000 evoluirão com lesão
nascido na primeira hora de vida e
neurológica moderada a grave
realizar exame neurológico na UTI
• Brasil - variações de 7-12% nascimentos
usando uma escala padrão.
prematuros nos diferentes serviços
3- Controlar temperatura durante a
• Brasil-340.000 prematuros /ano
reanimação e à admissão na UTI
• Brasil-46.000 nascimentos com idade
mantendo o RN em normotermia durante
gestacional <32 semanas
a avaliação.
• Esses neonatos utilizarão recursos de
4- Realizar acesso venoso central umbilical
UTI*
para administração de líquidos e glicose.
5- Oferecer uma taxa hídrica diária inicial *1 semana a mais de ganho de IG melhora
entre 40-60ml/kg/dia com ajustes de muito a sobrevida
acordo com balanço hídrico a cada 12h.
6- Evitar a infusão excessiva de líquido e ASSISTÊNCIA AO NASCIMENTO:
indicar expansão de volume somente em REANIMAÇÃO NEONATAL-MINIMIZAR
situações especiais. LESÃO SNC
7- Controlar glicose, sódio, potássio, *Reanimar bebês pequenos precisa de um
hemoglobina/hematócrito e cuidado grande:
coagulograma/plaquetas a cada 12h no
primeiro dia de vida e depois, a cada • Recepcionar recém-nascido equipe
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MANUTENÇÃO TEMPERATURA CORPORAL – *Trabalho realizado no HC durante a
PRVENÇÃO HIPOTERMIA PREMATUROS pandemia da COVID-19
13
consideravelmente a mortalidade
neonatal
SIMULAÇÃO 1
5- É direito de toda gestante ter um parto
acompanhado por uma equipe capacitada
(REANIMAÇÃO NEONATAL
e atualizada em reanimação neonatal,
E EMERGÊNCIAS
sempre com presença de pediatra
PEDIÁTRICAS)
SIMULAÇÃO EMERGÊNCIAS
PEDIÁTRICAS
CASO 1
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não melhor com salbutamol. Apenas a *Se der oxigênio para a criança antes de
crise de asma em si não é preciso dar salbutamol não vai adiantar, pois o
realizar raio X (apenas se for um caso pulmão continuará fechado
em que o paciente não está melhorando
*Crises de asma leve → dar apenas
por exemplo, para ver se tem algo no
salbutamol
pulmão)
• Também não é preciso pedir hemograma *Crises de asma moderada/grave →
neste caso para crise de asma. salbutamol + corticoide
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MÁSCARA SIMPLES:
• Não tem reservatório
• Atinge FiO2 de até 60%
• Usar com o fluxo mínimo de 5L/min, até
fluxo de 15L/min
• Usado em hipoxemias moderadas
MÁSCARA DE VENTURI:
• Através de válvulas, permite um ajuste
mais preciso da FiO2 - Cada uma das
válvulas fornece uma FiO2 diferente
• Pode chegar a uma FiO2 de até 50%
(25-50%)
*2L/kg de oxigênio
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CASO CLÍNICO 2 *Sinusite – crianças menores não se fala
tanto, pois os seios da face não estão tão
História → Maria, de 4 anos vem ao OS
aerados
está com febre desde domingo. Mãe refere
tosse, coriza, cansaço. Fala também que a *Uma das causas mais comuns de febre em
filha não está se alimentando bem. A tosse crianças é ITU (pode fazer febre por ITU
é produtiva. Tomou dipirona para a febre (e e estar resfriada junto)
houve melhora)
*Principal causador de pneumonia → vírus;
Exame físico → Corada, hidratada, FR = dentre as bactérias, a mais comum é
37, FC = 115, Sat = 98%. Ausculta cardíaca pneumococo
= sem alterações; Ausculta pulmonar =
*Pneumococo → qual ATB? Sempre
estertores na base do pulmão direito.
escolher o menor espectro possível →
*No exame físico → ver ouvido (pode ser Amoxicilina (ampicilina)
otite), palpar barriga
*Quando a criança está bem, em BEG →
*Foi pedido um RX de tórax: mandar para casa
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• Diagnóstico → derrame pleural ▪ 1 ml/kg na
• Tratamento → cânula/traqueia
o Toracocentese ▪ 0,2 ml/kg EV
▪ Criança consegue respirar o Com outra seringa, fazer um
adequadamente novamente flush de soro fisiológico (para
▪ É possível fazer cultura fazer com que a droga chegue
para dar um ATB baseado no paciente – “empurrar a
na cultura droga”)
o Ampliar espectro (ATB largo o Pode deixar 2 seringas de 20
espectro) → cefalosporina de 3° ml prontas
geração (ceftriaxona) • Bebê nasceu em apneia e hipotônico
• Houve descolamento de placenta de
REANIMAÇÃO NEONATAL 60%
SIMULAÇÃO o Colocar bebê sob fonte de calor
(berço)
História → Paciente com IG de 35
o Secar e remover os campos
semanas, doença hipertensiva específica da
úmidos
gravidez (help síndrome), está
o Posiciona a cabeça
convulsionando. Vai realizar a cesárea de
adequadamente
emergência
o Aspirar bocas e narinas (presença
*Anestesia geral → A anestesia passa para de sangue)
o bebê pela placenta, podendo gerar
*Parar para reavaliar a cada 1 minuto!!
apneia/hipóxia
• Bebê em apneia e FC de 50 bpm (após
• Preparar a adrenalina:
minuto)
o A adrenalina é 1/1000. É preciso
o Iniciar ventilação (aperta, solta,
transformá-la em 1/10.000
solta)
o É preciso diluir a adrenalina.
• Foi reavaliado: FC DE 65 bpm e
o Pegar sempre primeiro a droga
Saturação de 55% (após 1 minuto)
(quantidade exata) e depois o soro
o Ligar oxigênio suplementar
(quantidade suficiente para)
• Após ligar oxigênio → FC de 55 bpm
o Com a seringa de 10 ml, pegar 1ml de
(após 1 minuto)
adrenalina
o Iniciar intubação orotraqueal.
o Pegar 9 ml de soro fisiológico
Intubar e iniciar a ventilação
o Totalizando 10 ml
(aperta, solta, solta)
o Preparar uma seringa de 5 ml (que
o Iniciar massagem cardíaca (3
será feita na traqueia/cânula) e 5
massagens e ventila → 1,2,3 e
seringas de 1ml (EV)
ventila) → 3 para 1
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*A massagem cardíaca só é iniciada após a o Realizar expansão – 30 ml de soro
intubação fisiológico (10 ml/kg – bebê com 3
kg) 5-10 minutos
• FC continua 55 bpm (após 1 minuto)
o Retomar massagem e ventilação
o Pegar adrenalina
o Fazer mais uma adrenalina
o Pegar a seringa de 5ml para
cânula *Lembrando que cada ciclo
o O bebê pesa 3kg → 1ml/kg = 3 ml (massagem/ventilação) duram 1 minuto!
na cânula Após 1 minuto de ciclo, reavaliar FC
o Adrenalina na cânula e depois
• FC vai para 80 bpm
ventilar
o Para a massagem
o Realizar cateterismo umbilical na
o FC > 60 → Cessar a massagem
veia umbilical.
cardíaca
o A veia é mais larga e a parede
o Manter ventilação
mais fina que a das artérias
o Continua pálido
o Aspirar a seringa para vir o
• FC sobe para 95 bpm e saturação
sangue, e depois introduzir as
83%
drogas. ;
o Está acabando a primeira
o 0,2 ml/kg (bebê de 3 kg) → 0,6
expansão
ml e depois fazer o flush com
o Iniciar a segunda expansão
soro
o Realizar mais um ciclo de
o No cateterismo umbilical, é
ventilação
preciso preencher de soro o
• Bebê estabilizado após 2° expansão
cateter umbilical para não fazer
o Só pode tirar o bebê do berço,
uma embolia gasosa
quando a FC estiver > 100 e ele
o Se a frequência cardíaca do bebê
chorar! (quando estiver estável)
não melhorar após mais um ciclo
de massagem e ventilação, repetir *Se ele não chorar, não pode parar de
a dose de adrenalina EV ventilar
(cateterismo umbilical)
*Geralmente, quando se intuba um RN
o Fazer adrenalina a cada 3-5
(principalmente se for prematuro, que
minutos
nasce mal), só faz a extubação quando vai
• A FC foi para 60 bpm
para o berçário (quando estiver mais
o Bebê se encontra muito pálido –
estável)
pois estava sagrando (devido ao
descolamento de placenta) • Supondo que o bebê esteja mais
estável, e ele comece a convulsionar:
o Colher uma gasometria
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▪ PH: 6,99 Portanto, é preciso clampear o cordão
▪ Bicarbonato: -23 imediatamente
▪ Acidose alta
o Encaminhamento para hipotermia
terapêutica
▪ Bebê fica por 72 horas em EXAME FÍSICO RN –
33-34°C, fica sedado,
entubado, pode precisar de
óxido nítrico em casos de
CÁSSIA
hipertensão pulmonar
*Semiologia → estudo dos sinais e sintomas
o Teve convulsão, isso diz muito a
da faixa etária pediátrica (RN, lactente,
favor de um comprometimento do
pré-escolares, escolares, adolescente)
SNC
o Pode ser que ele não convulsione, CONSULTA PEDIÁTRICA
tendo uma convulsão subclínica
(visto pelo eletroencéfalo)
o Entrar com fenobarbital (escolha
para convulsão em RN)
• Feito no final do primeiro minuto de vida *Já uma criança com mais de 3 anos, com
e no quinto minuto (1° e 5°) um quadro de fezes mais amareladas → não
• Muito útil para ver se as manobras de é fisiológico
reanimação foram efetivas e para saber
como o bebê nasceu
• É esperado que no 1° minuto a nota seja
>7
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CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A • Conversar com a criança antes e
IDADE GESTACIONAL durante o exame (para criar vínculo
com a criança)
• Criança no colo ou nos braços da mãe
(não é o ideal, mas caso a criança
esteja com medo de sentar na maca,
pode ser feito desse jeito)
• Evitar de imediato deitar a criança
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O
• Evitar colocar subitamente a criança
PESO DE NASCIMENTO
na mesa
• Evitar voz elevada, gestos brutos
• Jamais perder a paciência
• Ouvido e garganta no final (pois
examinar esses dois locais podem
incomodar a criança, é melhor deixar
CLASSIFICAÇÃO PESO X IDADE
para o final)
GESTACIONAL
• Sucesso do exame físico – cooperação:
conquista X abordagem
• Para o exame objetivo – boa iluminação
do ambiente - luz natural
*Se for Z-escore:
*É preciso fazer um exame físico completo
o > +2 = GIG na criança, pois não pode deixar nada
o Entre +2 e -2: AIG passar. Os sintomas e sinais físicos nas
o < -2: PIG crianças, principalmente nas menores, são
extremamente inespecíficos (por isso é
EXAME FÍSICO preciso ver tudo, pois a criança pode estar
com febre por estar com uma unha
REGRAS DO EXAME FÍSICO encravada, por exemplo)
• A criança deve estar despida e
ambiente com boa iluminação CONQUISTA: A PEDIATRIA COMO ARTE
• Seguir sequência de exame físico • Muito importante, principalmente para
• Ter paciência, não ter pressa para criar um vínculo com a criança
examinar, olhar tudo com detalhes, • É um binômio: agrada-se a criança e
saber ouvir a criança agrada-se a família
• Conquistar a simpatia e a confiança das
crianças e dos pais
• Delicadeza na abordagem da criança
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ASPECTO GERAL *Há também o termômetro do conduto
aditivo, porém ele é caro. O valor de
Observa-se o aspecto geral da criança ao
normalidade é um pouco acima do axilar
chegar:
(pois o conduto auditivo está mais próximo
• Nível de consciência do centro hipotalâmico, que está
• Condições de higiene relacionado com o centro termorregulador)
• Ativo ou hipoativo
FREQUÊNCIA CARDÍACA
• Atitude da criança na consulta
• Fala da criança
• Psiquismo da criança
• Facie (típica ou atípica)
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
*A respiração do RN/lactente é
basicamente diafragmática (abdominal),
tônus em flexão (atitude)
SINAIS VITAIS
24
PERÍMETRO CEFÁLICO CABEÇA E PESCOÇO
• O PC é medido com a fita métrica na
região da glabela e na região da FONTANELAS:
PERÍMETRO ABDOMINAL
• Usar a cicatriz umbilical como linha de
referência (acima da cicatriz umbilical)
TIREOIDE:
• Palpar a tireoide (por trás ou pela
*Ao nascimento, o maior perímetro é o
frente do paciente);
cefálico, que vai se igualar ao torácico em
torno dos 2-3 meses
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Observações:
LINFONODOS
• Localização
• Tamanho
• Consistência (amolecido ou endurecido)
• Mobilidade (móvel ou não) *Observar se o tórax é escavado
• Coalescência (área mais amolecida)
2-PALPAÇÃO:
• Sensibilidade dolorosa
• Pesquisar:
*Cadeia pré-auricular, retroauricular,
o Pontos dolorosos
submandibular, submentoniana
o Tumorações
o Nódulos
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o Frêmito toraco vocal
o Expansibilidade
3-PERCUSSÃO
• Observar o timpanismo
4- AUSCULTA
*Auscultar em todos os focos
• Toda a região torácica
*Aparelho pulmonar → inspeção, palpação,
• Pesquisa de murmúrio vesicular
percussão, ausculta
• 2 e 3 dedos
• Forma comparativa
*Sempre comparando um hemitórax com o
• Avalia-se:
outro
o Intensidade
o Ritmo
APARELHO CARDIOVASCULAR
o Simetria
1-PALPAÇÃO
• Mais verificados:
• Com o dedo indicados, pesquisa-se o o Radiais
ictus cordis (extensão, intensidade, o Femorais
ritmo dos batimentos cardíacos) o Pediosos
o Ponta do ventrículo esquerdo e o Carotídeos
região do foco mitral
*Pulsos palpáveis em membros superiores e
• Mão espalmada: verificar presença
não palpáveis em membros inferiores →
de frêmitos
pode ser uma coarctação da aorta
2-AUSCULTA:
ABDOME
• Deve se determinar:
1- INSPEÇÃO
o Frequência cardíaca
o Ritmo das bulhas cardíacas • Forma
o Intensidade das bulhas • Simetria
cardíacas • Cicatriz umbilical
o Presença de outros ruídos (hérnias/secreções)
(atrito ou sopros – sistólicos, • Abaulamentos
diastólicos e contínuos) • Circulação colateral
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*Abdome mais globoso 3- PALPAÇÃO
MENINOS
• Aspecto e tamanho de pênis e bolsa
escrotal
• Exposição da glande:
o Localização do orifício uretral
(normal, epispádia, hipospadia),
presença de aderências
• Palpa-se testículos:
o Tópicos, retráteis, presença de
tumorações ou líquidos
MENINAS
• Simetria de grandes lábios
• Presença de pilificação ou tumoração
• Coloração de mucosas da vulva e intróito
vaginal
• Características de clitóris, pequenos
lábios e hímen
• Presença de secreções
PELE E ANEXOS
31
OBSERVAÇÕES FINAIS
PESO
ESTATURA
32
• Medida fetal por ecografia abaixo de 20
PERÍMETRO CEFÁLICO
semanas
✓ 6cm nos primeiros 3 meses • Altura uterina
(2cm/mês) o Não é muito fidedigno, pois pode
✓ 3cm dos 3 – 6 meses (1cm/mês) haver um oligoâmnio e polidrâmnio
✓ 3cm dos 6 – 12 meses (0,5cm/mês)
*Mãe com oligoâmnio → investigar
✓ 1 ano= 12cm.
hipoplasia pulmonar e malformações renais
✓ 2 anos= 47,5cm
(principalmente). Pedir USG renal
✓ 3 anos= 49cm
*Mãe com polidrâmnio → obstruções do
tubo digestivo (atresia do esôfago e do
duodeno, por exemplo)
PEDIÁTRICO (DR.
MARCOS)
CLASSIFICAÇÃO:
• IG e Peso MÉTODO CAPURRO
• Importância: útil para definição de
*Outro método para calcular a IG do RN
risco, patologias progressivas
➢ Formação mamilo
*Um bebê GIG, por exemplo, têm risco de
o Quanto mais imaturo, menos
hipoglicemia – já deixa dextro de controle
perceptível é o mamilo
na sala
➢ Textura da pele
IDADE GESTACIONAL o O bebê pré-maturo possui pele mais
gelatinosa
CONCEITO
➢ Forma da orelha
• Tempo transcorrido do momento da o Orelha do pré-maturo é mais mole e
concepção ao nascimento quando vai ficando mais a termo, a
orelha vai ficando mais dura, mais
AVALIAÇÃO
encurvada
• Data da última menstruação (DUM) ➢ Tamanho da glândula mamária
➢ Sulcos plantares
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o Pré-maturos tem poucos sulcos no pé, CLASSIFICAÇÕES
e conforme vai ficando a termo, vai
CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM NASCIDO PELA
tendo mais sulcos
IDADE GESTACIONAL
*Sinais neurológicos (feitos após 12 horas
• Pré-termo: idade gestacional inferior a
de vida – pois a asfixia pode alterar esses
37 semanas
sinais):
• A termo: idade gestacional entre 37 e
➢ Sinal do Xale (posição do cotovelo) 41 semanas e 6 dias
o É visto a posição do cotovelo em • Pós-termo: idade gestacional igual ou
relação a linha média maior que 42 semanas
o O pré-maturo têm pouco tônus, sendo
*Pós data = >40 semanas (mais usado na
possível posicionar o cotovelo quase
GO)
que do outro lado do corpo
o Quando o RN é mais a termo (possui CLASSIFICAÇÃO PELO PESO X IDADE
mais tônus) o cotovelo não consegue GESTACIONAL
ir tanto para o outro lado • RN grande para idade gestacional
➢ Posição da cabeça ao levantar o RN (GIG): peso acima do percentil 90
(ângulo cérvico-torácico) • RN adequado para a idade gestacional
o Pré-maturo (pouco tônus): deflete ao (AIG): peso entre o percentil 10 e 90
levantar a cabeça (>180°) • RN pequeno para a idade gestacional
(PIG): peso abaixo do percentil 10
Sinal do xale
34
• Peso menor que 1.000g: extremo baixo REFLEXOS
peso (EBP)
Reflexo de moro:
EXAME FÍSICO DO RN 1. Também chamado de reflexo
NORMALIDADE paraquedista/susto
• Postura
• Movimento
• Tremor
o Geralmente ocorre pelo frio →
tremor de frequência baixa e
amplitude alta
o Pode ocorrer também devido a Preensão plantar e palma:
distúrbios metabólicos
(hipocalcemia, hipomagnesemia,
hipoglicemia) → tremor de
frequência alta de amplitude baixa
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICOS
PESO
• 2.500-3.800 kg
Cutâneo plantar:
ALTURA
• Meninos: 50 cm
• Meninas: 49 cm
Busca:
35
Espadachim o Deita-se o bebê de brusco e passa o
dedo nas costas, e ele faz um
• Também chamado de esgrimista
movimento sinuoso
AUSCULTA
• Cardíaca e Pulmonar
• Ausculta cardíaca em crianças pequenas:
não é feito em focos (não é possível
determiná-los no RN). É feito em borda
Babkin: esternal alta, média e baixa
CABEÇA
SUTURAS
Outros:
• Olhos de boneca
o Ao ser levantado, abre os olhos
• Naso-palpebral
o Ao tocar entre os olhos do bebê, ele
os fecha
• Se girar o bebê, ele roda os olhos e a
cabeça no sentido do movimento
(vestíbulo ocular e vestíbulo cefálico)
• Reflexo cutâneo dorsal ou reflexo da
lagarta
36
PERÍMETRO CEFÁLICO *Observar se há fenda paliativa, dente,
PESCOÇO
POSIÇÃO DA CABEÇA
• Observar região cervical, tumorações...
37
*Infecções podem gerar o retardo da ▪ Aumento da distância dos olhos
mumificação do coto (hipertelorismo orbitário)
▪ Fenda oblíqua (olhos)
MEMBROS
▪ Micrognatia com magroglossia
▪ Gibosidade (acúmulo de gordura
na nuca) – pescoço curto e alado
▪ São mais hipotônicos
▪ Ficam mais ictéricos
▪ Cariótipo: trissomia do
cromossomos 21
*Extremidade roxas (cianóticas)
*Obs: caso a mãe não tenha feito pré-natal
ou não tenha diagnóstico da doença,
esperar um pouco para falar (não falar logo
após o nascimento), pois pode causar uma
rejeição. Falar quando estiver no
alojamento, com mais calma.
PELE E ANEXOS
MANCHA MONGÓLICA
*Pregas palmares
38
*Na raça branca é mais raro MILIUM SEBÁCEO
ACROCIANOSE
LANUGO MILIÁRIA
*Prematuros possuem bastante lanugo *Aparece mais em regiões com que possuem
*Some sozinho
VÉRNIX CASEOSA
ERITEMA TÓXICO
39
PÚSTULAS HEMANGIOMA PLANO
ACNE
ICTERÍCIA
*Comprometimento vascular e alterações
linfáticas
BOSSA SEROSSANGUÍNEA
Zonas de Kremer:
40
• A bossa serossanguínea ocorre mais em CONJUNTIVITE QUÍMICA
mãe primigestas
• Ocorre um edema extra calota
• Geralmente esse edema some nas
primeiras 24 horas
• É importante diferenciar de
cefalohematoma *Hiperemia, edema palpebral
o Mais duro, localizado no osso
HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL
parietal ou occipital
o Respeita as suturas
o Pode durar meses
o Não ultrapassa a linha dos ossos
(diferentemente da bossa – mais
mole, não respeita sutura e
*Quando os vasos sanguíneos do olho (da
desaparece mais rápido)
conjuntiva) se rompem
o Nunca deve ser puncionado – risco
alto de infecção *Ocorre muito em partos em que houveram
o Todo cefalohematoma → pedir raio circular de cordão – aumento da pressão;
X de crânio, pode estar relacionado Pode ocorrer também devido a distocias de
com trauma ombro
*Pedir USG de vias renais – pode ter *Visto através do teste do olhinho
alguma malformação associada
RETINOBLASTOMA
MAMILO ACESSÓRIO
41
GLAUCOMA CONGÊNITO *Presença de descamações, hipoplasia
nasal, inversão do lábio e da pálpebra
FOSSETA PREAURICULAR
*Doença hereditária
*Ficam na transição do palato duro para o
palato mole → muito comum
42
*Não é patológico APÊNDICE DIGITIFORME
CÂNDIDA ALBICANS
DENTES PRECOCES
FENDA PALATINA
PÉ TORTO CONGÊNITO
43
postural, quando move o pé, ele mude de GASTROSQUISE
posição
ONFALITE
CIRURGIA
*Infecção no nível do umbigo
44
*Malformação coluna vertebral e da medula *Malformações ósseas
espinhal
HIDROCELE
*Comorbidade cirúrgica
*Quando faz a cirurgia, geralmente ocorre *É comum ter acúmulo de líquido na bolsa
hidrocefalia escrotal (hidrocele) no RN, que geralmente
vai regredindo com o passar dos dias
HIDROPSIA
*É diferencial da hérnia escrotal → risco
de encarceramento, fazer cirurgia
FIMOSE
45
CRIPTORQUIDISMO GENITÁLIA AMBIGUA
PARALISIA BRAQUIAL
PARALISIA FACIAL
46
o Bebês precisam de suporte
EXERCÍCIOS (PROF MAGDA) respiratório e reposição de
surfactante
EXERCÍCÍO 1
• Como repõe surfactante?
o Reposição traqueal – surfactante
exógeno é administrado por
instilação direta por intubação
endotraqueal
• Circulação fetal:
Resposta: Letra A
47
(pois possui o forame oval, e EXERCÍCIO 2
intraútero ocorre uma alta
resistência pulmonar, então o
ventrículo direito não consegue
bombear esses sangue em
quantidades suficientes para
vencer essa resistência pulmonar,
fazendo com que a maior parte
desse sangue vá para o átrio
esquerdo)
o Do ventrículo esquerdo vai para a
artéria aorta
o Canal arterial/ducto arterioso →
Conecta a aorta e o pulmão
o Depois do canal arterial, esse
sangue é menos oxigenado do que
antes do canal arterial, pois ele
vai receber sangue proveniente
da circulação pulmonar (esse
sangue menos oxigenado é
mandado para o resto do corpo) Resposta: A
o Por isso, ao fazer o teste do
• Algumas situações da mãe, podem
coraçãozinho, é preciso comparar
interferir na síntese de surfatante
o sangue do membro superior
fetal: diabetes
(pré-ductal) com os membros
o Bebê grande que se comporta
inferiores (pós-ductal).
como prematuro, pois pode ter
o Ao nascimento ocorre aumento da
insuficiência de surfactante
oxigenação (a pressão pulmonar
• O uso de surfactante exógeno na
diminui, e o fluxo se inverte → ao
traqueia gera uma resposta imediata
invés do sangue passar do átrio
o Melhora imediata da complacência
direito para o esquerdo, ele vai
pulmonar, pois os alvéolos
para o ventrículo direito que vai
começam a aerar – criança
para o pulmão, cuja pressão vai
começa a melhorar do
estar menor do que a pressão
desconforto respiratório de
sistêmica → inverte!)
maneira rápida
• Como caracteriza-se um desconforto
respiratório? Pela utilização de
musculatura acessória
48
• Boletim silverman Andersen (critérios Resposta: D
do desconforto respiratório/uso de
• Outros órgãos que recebe uma
musculatura acessória):
circulação com maior teor de oxigênio:
coração, mesentério, rim
o Isso ocorre pois é uma circulação
pré-ductal (antes do canal)
• A reabsorção do líquido começa
intraútero (começa a preparar o bebê
para nascer). Outra situação que ajuda a
eliminar esse líquido é durante o parto
o O parto gera uma situação de
estresse fetal – processo pelo qual
agiliza a absorção desse líquido
<3 = desconforto leve; 4-5 desconforto
moderado; >6 desconforto grave EXERCÍCIO 4
EXERCÍCIO 3
Resposta: E
49
• Bebê nasceu com 3,100g – não é ▪ Parto vaginal rápido
prematuro ▪ Parto cesárea
o Se não é prematuro, pode-se ▪ Filho de mãe diabética
afastar doença da membrana o Clínica:
hialina ▪ Dificuldade respiratória
• Bebê termo, com desconforto leve a moderada
respiratório, sem alterações pulmonares ▪ Início precoce
(MV+) – sem nenhuma área de estertor ▪ Autolimitada (2-3 dias)
crepitante ▪ Melhora com O2
o Com isso é possível afastar o Tratamento:
pneumonia ▪ Observação clínica
• Ausência de sopro ▪ Oxigenioterapia
o Só por isso não dá para afastar • Faz taquipneia, pois não consegue fazer
cardiopatia, porém, pelo quadro e a troca na quantidade adequada, então
por exclusão, é possível afastar ele aumenta a frequência para melhorar
essa hipótese a oxigenação
• Sobra, como hipótese: Síndrome da • No RX:
aspiração meconial e taquipneia o Radiopacidade difusa
transitória o Cardiomegalia
o Para ter aspiração meconial, é o Derrame nas cisuras pulmonares
preciso constar líquido amniótico o Hiperfluxo do hilo pulmonar
meconial o Aumento do espaçamento dos
o Neste caso, não consta líquido arcos costais
amniótico meconial, sobrando
como hipótese, taquipneia
transitória
• Taquipneia transitória:
o Comum em prematuros tardios
(36 semanas) ou RN termo
o Muitas vezes são paciente com
indicação de cesárea, que não
entraram em trabalho de parto
▪ E isso faz com que não haja
reabsorção adequada do
líquido intraútero → maior
quantidade de líquido
pulmonar
o Fatores de risco:
50
EXERCÍCIO 5
EXERCÍCIO 6
Resposta: C
Resposta: D
• Não são todos os bebês prematuros que
• Na taquipneia, a tendencia é melhorar, precisam de surfactante. A necessidade
não piorar do uso de surfactante vai depender do
• Já na Doença da membrana hialina, a quadro clínico do RN
tendência é piorar • Qual fator materno melhora a liberação
• Doença da membrana hialina no RX: de surfactante no RN? Situações
o Padrão vidro moído – intrauterinas que levam a estresse do
microatelectasias. Quanto maior RN, como hipertensão, tabagismo,
o comprometimento/área, maior a restrição de crescimento uterino
gravidade
51
EXERCÍCIO 7 EXERCÍCIO 8
Resposta: A
EXERCÍCIO 9
Resposta: B
Resposta: A
52
EXERCÍCIO 10 EXERCÍCIO 11
Resposta: B
EXERCÍCIO 12
Resposta: D
Resposta: D
53
ICTERÍCIA
EXERCÍCIO 13
NEONATAL
INTRODUÇÃO
• Situação clínica mais comum 1ª semana
de vida
• Acomete 50% dos termos e 80% dos
pré termos
• Normalmente bilirrubina não conjugada
(ou indireta)
• 25-50% do bebês com níveis acima de
7mg
• 6,1% dos bebês a termo > que 12mg
• 3% dos bebês normais pode chegar a
15mg
Resposta: A • Início após 24hs de vida
o <24 horas → patológico!
• Aumento até 3° dia de vida e declínio
até 5° dia
• Pré termo pico entre 5° e 7° dia e
declínio em 2 semanas
o Devido a maior imaturidade
hepática
54
• Metabolismo da bilirrubina: transferase em um composto solúvel
o A principal fonte de produção de em água – a bilirrubina conjugada ou
bilirrubina é pela quebra das direta.
hemácias (quebra do grupo heme) ▪ Doença de Crigler-Najjar →
o O grupo heme sofre ação da enzima deficiência da glicuronil
heme-oxigenase, que o transforma transferase
em biliverdina o Depois da conjugação, a bilirrubina
o A biliverdina sofre ação da enzima direta é excretada nas vias biliares,
biliverdina-redutase, que a sendo armazenada na vesícula biliar.
transforma em bilirrubina o No intestino grosso, pode sofrer
o Tal bilirrubina é dita não conjugada ação da enzima beta-glucuronidase,
pois ainda não sofreu um processo que desconjuga e reabsorve a
chamado de glicuronidação (o qual bilirrubina (encontrada
ocorre nos hepatócitos) principalmente em RN)
o Posteriormente, na corrente ▪ Esse sistema é chamado de
sanguínea, a bilirrubina indireta circulação êntero-hepática
realiza uma ligação reversível com a (sistema sanguíneo → fígado →
albumina, a fim de ser transportada intestino → sistema sanguíneo
até o tecido hepático para sofrer o → fígado)
processo de glicuronidação citado
*Bilirrubina não conjugada (ou indireta) →
anteriormente.
lipossolúvel (não é possível excretá-la)
o Após transportada pela albumina, a
bilirrubina não conjugada adentra o *Bilirrubina conjugada (ou direta) →
hepatócito. hidrossolúvel (é possível excretá-la)
o Após captada pelo fígado, a
bilirrubina se liga, em parte, a uma
proteína citoplasmática denominada
ligandina, o que garante que a
bilirrubina indireta não retorne para
o plasma.
▪ Doença de Gilbert →
deficiência da ligandina
▪ Ligandina capta a bilirrubina
para dentro do hepatócito
o Em seguida, a bilirrubina é
direcionada para o retículo
endoplasmático, onde é convertida
pela ação da enzima glicuronil
55
CAUSAS FISIOLÓGICAS
• Maior velocidade de produção de
bilirrubina
o 3X maior que no adulto (devido a
maior quantidade de hemoglobina, e *Para dar alta → precisa cair 2 pontos
consequentemente de grupo heme) (se estava 14, precisa estar 12)
• Hipoperfusão hepática devido à
adaptação circulatória após o
ETIOPATOGENIA
nascimento AUMENTO DA PRODUÇÃO DE BILIRRUBINA
• Captação defeituosa da bilirrubina do
• Isoimunização Rh, ABO e sub grupos;
plasma por ligandina diminuída ou
• Esferocitose hereditária;
ligada à outros ânions
o Anormalidade hereditária dos
• Conjugação defeituosa devido
eritrócitos, causada por defeitos nas
diminuição da glicoruniltransferase
proteínas estruturais da membrana.
(transforma bilirrubina indireta em
• Deficiência enzimática do eritrócito: G-
direta)
6 PD; piruvato-quinase e outras;
• Altos níveis circulantes de estrógeno
• Hematomas;
no feto deprimem a capacidade de
• Policitemia;
glicuronização do feto
• Drogas (Vitamina K3)
o Estrógeno da mãe pode afetar o RN
→ RN pode nascer com broto AUMENTO DA CIRCULAÇÃO ÊNTERO-
mamário e secreção vaginal HEPÁTICA
(fisiológico, vai regredindo)
• Jejum prolongado
• Aumento da circulação enterohepática
o Bebê que não fica em jejum já
por grande atividade da
mama e já evacua (não tendo a
betaglicuronidase
reabsorção de bilirrubina pelas
*Em casos de hemólise (como em casos de fezes/intestino grosso)
incompatibilidade de ABO Rh), ocorre uma • Sangue deglutido
produção maior de bilirrubina o Placenta prévia, restos de placenta
• Obstrução intestinal
ZONAS DE KREMER • Íleo paralítico (induzido por drogas)
DIMINUIÇÃO DA CONJUGAÇÃO
56
o Todo o sistema de conjugação o Coombs negativo → medir a
depende do hormônio tireoidiano bilirrubina direta
• Inibição enzimática; ▪ Se Bilirrubina DIRETA >2,
• Drogas e hormônios ( novobiocina e considerar: hepatite,
pregnanediol); infecções intra-uterinas
• Galactosemia (inicial); (virais ou toxoplasmose),
• Síndrome de Lucey-Driscol; obstruções biliares
• Leite humano; septicemia, galactosemia,
• RN de diabética; deficiência de alfa-1-
• Prematuridade; antitripsina, fibrose
• Síndrome de Down cística, colestase,
hiperalimentação
FLUXOGRAMA – AVALIAÇÃO DA ▪ Se Bilirrubina DIRETA < 2
BILIRRUBINA → ver hematócrito. Se o
hematócrito estiver alto,
investigar Policitemia. Se
estiver normal ou baixo é
preciso investigar a
morfologia eritrocitária e
contagem de reticulócitos
*EX: RN com 15 dias, cor amarela (quase
verde). Já tinha passado com outro
pediatra, que achou que não tinha nada.
No início dos dias tinha uma bilirrubina
total <8. Para fazer diagnóstico nesse
Bebê ictérico: bebê é preciso saber se ocorreu acolia
57
*Diagnóstico: atresia de vias biliares • Níveis de bilirrubina não conjugada
*Tratamento: cirurgia de Kasai (êntero entre 20 e 40mg/dI
porta anastomose) • Risco de kernícterus se não tratado
agressivamente
SITUAÇÕES ESPECIAIS • Transplante de fígado pode ser
ICTERÍCIA DO LEITE MATERNO necessário no tipo l
• Eluato horas
o IGG anti o sangue do bebê • Entre 24-48 horas ou >48 horas, vai
61
*Cérebro impregnado com bilirrubina.
62
o Evento relacionado com o • Pela pressão baixa do paciente, iniciou-
acontecido (ambiente) se transfusão de volume
o 10 ml/kg de soro fisiológico 3 vezes
SIMULAÇÃO 1 (TERESA) • Não respondeu a reposição volêmica, e
*Objetivo: iniciar avaliação primária do por isso, foi administrado amina
paciente na sala de emergência, completar vasoativa (adrenalina)
anamnese, hipótese diagnóstico, pedi • Não respondeu a administração
exames complementares (se necessário), • Ao olhar o monitor cardíaco: ritmo com
realizar um plano terapêutico e explicar apagamento de onda P e onda T
para a mãe apiculada → provavelmente causada por
hipercalemia
HISTÓRIA
o Se não tratada, as chances do RN
• RN de 15 dias classificado para sala de vir a óbito pela hipercalemia são
emergência. altíssimas
• Sonolento, hipoativo, pálido, perfusão • De acordo com a suspeita de
lentificada hipercalemia, foi administrado gluconato
• FC: 180 FR: 50 Sat: 87% PA: 45 x 35 de cálcio → após a administração, o
ritmo cardíaco voltou ao normal
SALA DE EMERGÊNCIA
• Porém, o RN continua em choque.
• MOVE • Ao tirar toda a roupa da criança → foi
• ABCDE observado uma hipertrofia de clitóris
o A → via aérea muito grande (genitália ambígua)
▪ Via aérea pérvia • Lembrar que com 15 dias de vida, o
o B → Respiração exame do pezinho ainda não ficou pronto
▪ Normal, sem alterações, sem • Com a genitália ambígua, foi suspeitado
ruídos adventícios, sem de hiperplasia adrenal congênita,
hipertimpanismo na percussão causada por deficiência 21 hidroxilase
o C → Circulação • Exames:
▪ Tempo de enchimento capilar o Sódio: 122
aumentado, extremidades frias o Potássio: 6,9 (depois da
o D → Neurológico administração de gluconato de
▪ Sonolência cálcio)
o E → Exposição do paciente o PH: 7,6
▪ Sem sinais de perda externa de o PCO2: 28
sangue o PO2: 89
o Bicarbonato: 7
• Diagnóstico: Hiponatremia, hipercalemia
e uma acidose metabólica
63
• Com isso: foi administrado corticoide ▪ Criança estava com muita
o É raro usar corticoide no choque. Só secreção mucopurulenta.
há 2 situações clássica → ▪ Foi feito aspiração dessa
deficiência da adrenal e purpura secreção
fulminans (meningococcemia) ▪ A cabeça foi reposicionada na
• A criança foi estabilizada, começou a posição “de cheirador”
chorar, PA se estabilizou ▪ O paciente foi elevado em
• Paciente foi internada: decúbito
o O que pedir para a paciente de ▪ Não esquecer de posicionar o
exames? paciente!!
o USG para ver se há útero e ovário ▪ Após esses passos, a Saturação
o Colher cariótipo melhorou, porém o desconforto
o Dosagens hormonais respiratório não
▪ 17-hidroxiprogesterona: 30.000 o B → Respiração
→ patognomônico de hiperplasia ▪ Batimento de asa de nariz,
adrenal congênita tiragem intercostal e
• Foi iniciado o tratamento e explicado subdiafragmática
tudo para a mãe ▪ 70 respirações por minuto
(taquipneia)
*Sempre importante descartar infecções
▪ Ausculta pulmonar: murmúrio
(PCR, hemograma)
vesicular presente simétrico,
SIMULAÇÃO 2 (TERESA) estertores
grossos/subcreptantes/bo-
HISTÓRIA
lhoso
• Criança de 7 meses, nascida de 26 o C → Circulação
semanas, cianótica, taquipneica, pálida, o D → Neurológico
sonolenta → SALA DE EMERGÊNCIA o E → exposição do paciente
• Após acabar de realizar o C,D e E, a
SALA DE EMERGÊNCIA
criança começou a tossir, e foi preciso
• MOVE voltar para a letra B
o Monitorização • Ao voltar no B, a saturação tinha
o Oxigênio – foi colocado uma máscara abaixado e estava cianótico
não reinalante o Com isso, conclui-se que a máscara
▪ Sat: foi de 87 para 94% reinalante não era suficiente
o Acesso venoso • Foi colocado pressão positiva de O2
• Realizar ABCDE (cateter de alto fluxo ou CPAP)
o A → Via aérea
64
o Com isso, a respiração melhorou, a ▪ Pela displasia broncopulmonar,
FR caiu, a tiragem melhorou e a a paciente ficou dependente de
criança chorou oxigênio por bastante tempo e,
• A criança, portanto, estava com por isso, desenvolveu
insuficiência respiratória (apenas a hipertensão pulmonar. Pela
máscara reinalante não era suficiente, hipertensão pulmonar, usa
foi preciso uma ventilação mecânica não corticoide inalatório e 2
invasiva com pressão positiva) diuréticos
• Após estabilizar e tirar a criança da o Last refeição (última refeição)
emergência → Regra mnemônica: o Evento relacionado com o acontecido
SAMPLE (ambiente)
o Sinais e sintomas • Diagnóstico: bronquiolite grave
▪ Tosse, coriza, cansaço e • Após estabilização, foi pedido exames
cianótica ao mamar (aos complementares
esforços) o Em uma bronquiolite leve não é
o Alergia necessário realizar exames
▪ Nega complementares, porém nesse caso é
o Medicamentos importante pedir um raio X e um
▪ Tomou antibiótico. Está hemograma de tórax, para descarta
tomando espironolactona, outras causas, como pneumonia
hidroclorotiazida e mais um o O hemograma veio normal
diurético o Painel viral: vírus sincicial
o Passado (como nasceu) respiratório +
▪ Ficou 4 meses internada. Ficou ▪ Vírus sincicial é um vírus de
intubada mais de 1 mês contato
▪ Nasceu com 26 semanas • Bebê recebe alta da internação e vai
(prematura pois a mãe teve para a enfermaria. Após observação,
ITU) está prestes a ter alta da enfermaria e
▪ Nasceu com 480g a mãe quer saber se pode ficar tranquila
▪ Nasceu com corioamnionite → e se ele nunca mais vai ter episódios de
um agravo enorme para evoluir bronquiolite, e porque ele teve tudo isso
com displasia broncopulmonar o É importante reforçar se o bebê
▪ Alteração cardíaca (cardiopatia tomou todas as vacinas e a
congênita cianogenica): Canal imunoglobulina palivizumabe
arterial abriu e não fechou com o Palivizumabe é uma imunoglobulina
as medidas não farmacológicas. (anticorpo monoclonal) que induz
▪ Foi realizado o fechamento imunização passiva contra o Vírus
cirúrgico do canal arterial Sincicial Respiratório.
65
▪ Casos que ela é dada: • Pulso: fino
prematuros extremos, • FC: 180
hipertensão pulmonar e/ou
CONDUTA
displasia broncopulmonar,
cardiopatia congênita cianótica • Fazer ABCDE (Sala de emergência)
▪ É dada em 5 doses de março a • Diarreia e vómito → procurar sinais de
agosto desidratação
▪ De março-agosto → 5 doses, o Sinais de desidratação: mucosa,
porém paciente tomou apenas 2 palidez, tempo de enchimento
doses (na UTI). capilar, extremidades,
▪ É dada gratuitamente em taquicardia, pele, fontanela
alguns casos (como no caso da (fontanela vai estar deprimida),
paciente, com hiperplasia choro sem lágrimas, diurese
broncopulmonar, cardiopatia o A hidratação é classificada em:
congênita cianogenica...) sem desidratação, algo
▪ É dada até os 2 anos desidratada e desidratada
o Paciente vai permanecer com CPAP, • Criança está em choque hipovolêmico?
inalação com soro fisiológico Sim, a criança está em um choque não
fisioterapia respiratória hipotensivo
• O que fazer? É preciso repor volume
*A bronquiolite é uma inflamação aguda das
o 20 ml/kg
vias aéreas que forma secreção e obstrui
o 10 ml/kg → é feito em pacientes
as vias aéreas. Portanto, pode ter
até 28 dias ou em pacientes que
atelectasias e síndrome de escapes de ar.
não toleram volume (cardiopatas,
*Lembrar: bronquiolite NÃO dá nefropatas, hepatopara...)
corticoide/salbutamol. Apenas suporte o Qual o máximo? Quantas
respiratório (CPAP), inalação com soro, expansões fazer? Geralmente são
sintomáticos e fisioterapia respiratória 3 (depois parte para amina
vasoativa como adrenalina), porém
SIMULAÇÃO 3 no caso de diarreia, pode fazer
HISTÓRIA volume até melhorar, não têm um
máximo, pois a fisiopatologia do
• Paciente de 8 meses chega na sala de
choque hipovolêmico é a redução
emergência, vomitando (>10 vezes em um
do conteúdo do sistema
dia), com diarreia, não estava
circulatório
conseguindo comer, febre há 2 dias.
• Faz a expansão e reavalia todos os sinais
• PA: 100X60
vitais, faz o ABCDE, vê os sinais de
• Tempo de enchimento capilar: 4s
desidratação, vê o nível de consciência,
66
vê a diurese. Se melhorou, não precisa sepse, caso contrário não se entra →
mais repor volume, mucosas mais bactéria quase nunca vai causar diarreia na
coradas e hidratadas, começou a ficar criança, apenas nesses casos mais de sepse
mais reativa, mais acordada. (casos mais graves)
• Após toda expansão, é preciso reavaliar
*A principal causa de diarreia aguda: vírus
pulmão e fígado, para ver se não têm
excesso *Quando for diarreia mais crônica (>14
o Ele pode ter alguma cardiopatia dias): pensar em parasitose, investigar
ou outra doença desconhecida melhor
• Após a primeira expansão, o bebê foi
Outros planos de tratamento para a
reavaliado, porém não houve melhora.
diarreia:
Depois da segunda expansão houve
melhora: melhorou o tempo de • Hidratação via oral
enchimento o Fazer em casa ou no hospital? O
• Se a reposição volêmica não adianta, que vai dizer isso vai ser como a
fazer o que? criança está;
o Adrenalina não adianta, pois o ▪ Se ela estiver com algum
paciente não têm alteração de sinal de desidratação (leve)
pressão (contração vascular). A tratar no hospital
fisiopatologia é falta de conteúdo ▪ Se ela não tiver nenhum
• Por isso, é preciso tratar a causa base, sinal de desidratação, pode
que é a diarreia tratar em casa → soro de
• Bebê estabilizou, porém vai ser deixado reidratação oral (SUS)
em observação, pois estava chocado. ▪ 50-100 ml/kg de soro de
o É preciso observar como vai ficar reidratação oral (durante
a diurese, se ainda vai ter 4-6 horas)
diarreia, ver o quanto vai
*Se a criança precisar tomar 1L → como
conseguir mamar
distribuir esse 1L durante o dia? Oferecer
• Diagnóstico: desidratação por diarreia
o quanto ele aceitar após um episódio de
causada por rotavírus
diarreia (repor de acordo com a perda)
• Precisa pedir exames complementares?
o Não • Hidratação via sonda nasogástrica: Em
o Pode pedir um exame de fezes casos que a criança está vomitando
para comprovar que é rotavírus (método utilizado antes de ir para a
hidratação EV)
*Quando vai entrar com antibiótico na
• Hidratação EV
diarreia? Quando a criança entra em sepse
pela diarreia. Entra com ATB pensando em
67
• Orientações: evitar sucos, evitar frutas *Não é normal ter sinais meníngeos (Kernig,
e alimentos que soltam o intestino Brudzinski), pois a criança não têm dor,
(não têm atrito entre as meninges), pois as
SIMULAÇÃO 2 suturas ainda estão abertas.
HISTÓRIA
*Meningite em um bebê → observar
Paciente de 5 meses chega com febre, sem fontanelas e não sinais meníngeos
sinais localizatórios
TRATAMENTO
CONDUTA
• Amoxicilina + Clavulanato (clavulin)
• Foi feito o exame físico completo do • Cefuroxima
bebê, e não foi achado nenhuma
*Porém, a única que têm no SUS é a
alteração → febre a esclarecer ou
ceflexina. Então, no SUS, trata-se com
febre sem sinais localizatórios
Cefalexina, e espera a urocultura (se for E.
• O que fazer? Solicitar exames:
Coli, é resistente a Cefalexina)
o Hemograma
o Hemocultura
o Urina 1
•
o Urocultura
Os exames vieram sugestivos de
O RECÉM NASCIDO
infecção de vias urinárias
• Pensar em meningite. Porém observar os
demais exames antes (como o
DA SALA DE
hemograma). É preciso tomar alguns
cuidados antes de colher o líquor: se ele PARTO A ALTA
tiver plaquetopenia não pode fazer a
•
punção (riscos de sangramento)
Pedir USG → pensando em ITU (toda
HOSPITALAR
criança na 1° ITU, pedir USG) O RECÉM NASCIDO NORMAL: DA SALA
• Paciente com dilatação pielocalicial DE PARTO A ALTA HOSPITALAR
diagnosticada por USG → sugestivo de
pielonefrite CUIDADO COM O RECÉM NASCIDO
• Paciente começou com um quadro de
O NASCIMENTO E O AMBIENTE DO RECÉM -
cistite (que não foi vista, pois o único NASCIDO
sinal é choro)
• Ambiente natural e confortável para o
• Criança com ITU e febril → pensar em
nascimento em hospitais
pielonefrite!
• Objetivos:
o HUMANIZAR
68
o Evitar asfixia e sequelas
O QUE É HUMANIZAR?
69
• Se RN for pré termo extremo (IG <
26 sem.):
o 1. Valores do Perímetro Cefálico
ao Nascer;
o 2. Longitude da Espinha Dorsal
(LED).
MÉTODO DE CAPURRO
• Extremamente fácil
• Pode ser realizado na sala de parto
(Método Somático)
• Textura da Pele
• Forma da Orelha
• Glândula mamária
• Formação do mamilo
• Pregas Plantares
• Sinal do Xale: pagar o braço da criança
*Quanto maior a expressão dessas
e tentar levá-lo para o outro lado;
características, maior a IG dessa criança
quanto mais pré-termo ele for, mais
(mais a termo) – pele mais grossa, orelha
próximo o braço vai ficar do lado levado.
mais bem formada, glândula mamária bem
• Posição da cabeça ao levantar o RN:
perceptível, mamilo proeminente, pregas
pegar a criança pelos braços e levantá-
plantares mais presentes
la; quanto mais a termo, mais “duro”
Método Somático-Neurológico: estará o pescoço (ângulo mais reto =
180°), e quanto mais pré-termo, mais
• 4 caracteres físicos anteriores exceto
“mole” estará o pescoço (ângulo mais
formação dos mamilos + 2 caracteres
fechado)
neurológicos (Sinal do Xale e posição da
cabeça ao levantar o RN)
70
*Recomenda-se que o Capurro neurológico • Pós termo: nascidos vivos com 42ª
não seja feito na sala de parto (pois a semanas ou mais.
criança passou por um momento de grande
CLASSIFICAÇÃO RELACIONANDO PESO E
transição), o ideal seria fazer apenas o
IDADE GESTACIONAL
Capurro somático e no exame físico de 12-
24 horas do RN, fazer o Capurro Somático • PIG: abaixo do percentil 10;
Neurológico • AIG: entre os percentis 10 e 90;
• GIG: acima do percentil 90.
MÉTODO NEW BALLARD
*Avalia:
71
Ex: RN, 40 semanas, peso 4200g, 53 cm → • Prevenção de doença hemorrágica: 1mg
bebê a termo GIG Vit K IM
• Prevenção de oftalmia gonocócica:
nitrato prata 1%
• Cuidados com cordão: álcool 70% 3 X
dia
• Vacinar para hepatite B (nas primeiras
12hs) e BCG (>2Kg)
• Medidas: P, PC, PT, C
• Coletar amostras de sangue para
exames (tipagem sanguínea, VDRL)
EXAME FÍSICO
• Banho COLORAÇÃO
• Identificação permanente do RN
• Cianose generalizada
• Manutenção de temperatura: berço
• Palidez
aquecido
• Pletora
72
• Icterícia precoce
• Lacerações/edema (tocotraumatismo)
73
o Lesões máculo-papulares o “Gordurinha” que o bebê nasce
eritematosas o Proteção contra infecção
o Muito comum, fisiológico • Icterícia
o Geralmente aparece após 48-72 o Aparece em torno de 48-72 horas de
horas após o nascimento vida
o Ocorre pelo contato do corpo do RN o Pico pelo 3°-4° dia de vida
com o meio ambiente (gera uma o É craniocaudal
descarga eosinofílica na pele do bebê)
o Pode aparecer e sumir CRÂNIO
• Hemangiomas • Bossa serossanguínea
o Malformações dos vasos • Céfalo-hematoma
o Plano: apenas observar
o Tuberoso: preocupante, mais
profundo. Pode ter em outros locais,
como SNC
• Lanugem
o Pelos
• Mancha mongólica
o Mancha azulada na pele do bebê
(geralmente se encontra na região do
cóccix)
o Acúmulo de melanócitos
o Ocorre mais em afrodescendentes e *Diferença entre Bossa e Céfalo-
asiáticos hematoma:
o Fisiológico, vai sumindo aos poucos
o Bossa é uma coleção de líquido a nível
• Milium sebáceo
do coro cabeludo (está entre o coro
o “Bolinhas” no nariz e no queixo
cabeludo e o periósteo). É possível
(principalmente). Ocorre por
palpá-la superficialmente e não é
imaturidade das glândulas sebáceas,
possível palpar as suturas
gerando acúmulo de secreção
o Céfalo-hematoma é uma coleção
o Essa secreção pode ser ainda
sanguínea subperiosteal (abaixo do
aumentada por ação de hormônios
periósteo). É possível palpar as
maternos
suturas
o Lavar bem para não ter risco de
▪ Aumenta a chance da criança
infecção secundária
ter icterícia
o Fisiológico
▪ Mais endurecido
• Máscara equimótica
• Vérnix
74
• Formato e tamanho do crânio FACE E PESCOÇO
OLHOS
• Hemorragia subconjuntival;
• Conjuntivite química
o Muito comum após o nascimento
devido ao nitrato de prata
• Distância entre os olhos
• Reflexo pupilar
• Reflexo vermelho
• Estrabismo
o Normal até os 6 meses, contanto
que não seja fixo
75
NARIZ PESCOÇO
• Permeabilidade das narinas • Cistos congênitos
• Desvio de Septo • Movimentação passiva
• Assinclitismo
• Torcicolo muscular congênito
o Pode ser um torcicolo congênito
por um vício postural (ficou muito
tempo naquela posição intraútero)
BOCA
• Fendas
• Tumores
• Dente neonatal
• Lábio leporino
*Pescoço arado → Investigar Down, Turner
• Pérolas de Ebstein
o Granulações hialinicas que ficam no TÓRAX
palato da criança. Vão sumindo aos
• Inspeção: simetria, retrações, FR,
poucos, é fisiológico
ingurgitamento mamário
• Palpação de clavículas
• Ausculta: sons pulmonares, ausculta
cardíaca
ABDOME
77
MEMBROS GENITÁLIA
MASCULINO:
• Pênis (3 – 4 cm)
• Testículos
• Fimose
o Comum até os 2-3 anos (fimose
fisiológica)
o Maior chance de balanopostite
• Hérnias
• Posição uretral
• Força e jato urinário.
78
*Hidrocele (aumento do volume testicular) o Pode passar pomada (corticoide)
→ acúmulo de líquido junto a túnica vaginal, o O problema é que a região com sinequia,
podendo ser comunicante ou não vai ter mais acúmulo de secreção →
comunicante. Risco maior de vulvovaginite
• Vulva
• Presença de secreções
• Hímen.
*O desenvolvimento é craniocaudal, É
primeiro central e depois periférico
*Sinéquia de pequenos lábios = pequenos *A maior parte dos reflexos some em torno
lábios fundidos → geralmente ocorre pela dos 4 meses (a medida que a região cortical
passagem de hormônio da mãe para o RN é desenvolvida)
79
*Os últimos reflexos a sumirem são os TRIAGEM NEONATAL
reflexos do pé → cutâneo plantar em
*Exames fáceis de serem realizados, de
extensão e o preensão plantar
alta sensibilidade e especificidade
*Reflexos → sempre relembrar simetria e
TESTE DO REFLEXO VERMELHO (OLHINHO)
intensidade
• Em ambiente escuro, focalizando-se com
EVOLUÇÃO DO RN o oftalmoscópio o centro da pupila do
• Alojamento conjunto RN, que deve apresentar um brilho
• Exame físico diário até a alta homogêneo de cor vermelho-alaranjada.
• Amamentação
• Ambiente e posição para dormir
• Cuidados de higiene
• Funções fisiológicas: presentes dentro
de 48h
• Imunizações
• Triagem neonatal
ALEITAMENTO MATERNO
• Falar para a mãe a importância do
*Reflexo duvidoso → encaminhar para
aleitamento materno, junto com todas
oftalmo
as orientações
• O leite materno tem duas fases: a *Alteração: retinoblastoma, catarata
primeira fase (10/15 min) – mais grosso congênita
– rico em anticorpos; e a segunda fase:
TRIAGEM AUDITIVA (“TESTE DA
mais espesso (rico em gordura) – ganho
ORELHINHA”)
de peso
• Consiste no rastreamento auditivo de
todos os recém-nascidos (RN) antes da
alta hospitalar e as emissões
otoacústicas é uma etapa desse
processo
80
*Teste feito por uma fonoaudióloga 1 hora. Caso o resultado se confirme, um
ecocardiograma deverá ser realizado
*Esse aparelho gera vibrações cocleares
dentro das 24 horas seguintes
*Resultados duvidosos → repetir exame em o Repetir depois de 1 hora (exame
torno de 30 dias (pode ter restos de líquido pode ter sido feito errado, bebê
amniótico/Vérnix na orelha do bebê) pode estar com frio...)
81
fonoaudiólogo. Ele deve elevar a língua
do bebê para verificar se a língua está
presa, e também observar o bebê
chorando e sugando.
• O exame não tem contraindicações.
*Deve ser feito após 24 horas de vida
Recomenda-se que a avaliação do frênulo
(depois de ter sido amamentado e recebido
da língua seja inicialmente realizada na
uma oferta calórica)
maternidade. A avaliação precoce é
ideal para que os bebês sejam *Atualmente há o teste ampliado do teste
diagnosticados e tratados com sucesso. do pezinho → além das 6 doenças clássicas
PRESCRIÇÕES
*Exame feito por uma fono, em conjunto
com pediatra
82
fez introdução alimentar) OU seio materno *Quanto a adrenal produz por dia de
livre demanda cortisol? 8-12mg/m2/dia
83
5-INALAÇÃO 8- CCG (CUIDADOS E CONTROLES
GERAIS)
SF0,9%
Ver, pelo menos 4 vezes ao dia:
Fenoterol
*Se a criança comeu ou não
*Fenoterol → 1 gota para cada 3,kg. Dose
mínima 3 gotas, dose máxima 8 gotas *Pesar de manhã
84
o VDRL *De 4-14 semanas após a lesão secundária,
• Sífilis congênita precoce: antes dos 2 pode evoluir para latente recente (1 ano a
anos de idade. partir do contato). Ocorre recaída em 25%
• Sífilis congênita tardia: após 2 anos de dos casos
idade.
*Depois evolui para a latente tardia (mais
SÍFILIS EM GESTANTE – EVOLUÇÃO de 1 ano do contato). A transmissão
vertical é em torno de 30%
Evolução da sífilis não tratada:
o 2/3 Remissão dos casos
o 1/3 Sífilis terciária (neurossífilis)
EPIDEMIOLOGIA
85
SÍFILIS NO BRASIL o RCIU (retardo do crescimento
intrauterino) - déficit pôndero-
estatural pós natal
86
*Tratamento com penicilina → 3 doses, 1 • Fissuras gengivo-palatais
vez por semana durante 3 semanas • Corioretinite
(7.200.000UI, divididas em 3 aplicações • Distúrbios de coagulação
semanais de 2.400.000UI) • Quadros hepáticos (hepatite)
• Neurossífilis (alterações no SNC)
*O ideal é que o parceiro também trate
o Colhe-se líquor de bebês que não
(para evitar reinfecções)
tiveram tratamento adequado
AVALIAÇÃO CLÍNICA • Pneumonia Alba
o Condição que é quase incompatível
• Alteração sistema retículo endotelial
com a vida
• Alterações sistema hematológico
o Pulmão fica velado
• Alteração sistema músculo esquelético
• Alteração sistema nervoso central *Hepatoesplenomegalia é a alteração mais
• Outras alterações: renais (síndrome frequente
nefrótica), oculares (corioretinite),
*Alterações ósseas são as segundas
pulmonares, gastrointestinais
alterações mais frequentes
Alterações clássicas:
*Alterações oculares também são muito
• Pênfego palmoplantar (alteraçõs comuns
bolhosas em mãos e pés)
• Nódulos e Pápulas eritematô- QUADRO CLÍNICO – ALTERAÇÃO
acastanhados MUCOCUTÂNEA
• Alterações ósseas
o Metafisite
o Periostite
o Descolamento epifisário
o Sinal de Wimberger → lesão
simétrica e bilateral na região medial
da metáfise proximal da tíbia • Descamações mucosas
o Pseudoparalisia de Parrot
• Hepatoesplenomegalia
• Restrição de crescimento
• Síndrome nefrótica
• Rinite piosanguinolenta (secreção
serossanguinolenta)
o Caso não trate, pode evoluir para um
nariz em sela na sífilis congênita
tardia
87
• Descamações mucosas *Pode ter: fratura, osteocondrites,
fraturas, periostite, descolamento
epifisário
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
88
que positivam o VDRL → AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA
doenças reumatológicas,
Todos RN com VDRL positivo devem
como Lúpus, artrite
realizar avaliação radiológica
reumatoide, síndrome
fosfolípide, vacina da gripe, • Rx ossos longos: grande importância
doença de chagas diagnóstico
• 4 a 20% RN infectados, a única
TESTES SOROLÓGICOS – VDRL alteração será ao RX.
• Triagem dos RN possivelmente • Metafisite 50-90%: achados mais
infectados, filhos de mães infectadas frequentes.
• Comparação dos títulos da mãe com o • Periostite 70% dos casos
filho • Osteite 20-40% dos casos
o Sempre comprar VDRL da mãe • Sinal de Winberger (erosão bilateral do
com VDRL do RN côndilo medial da tíbia) 20-30% dos
• Seguimento dos RN com suspeita de casos
infecção / tratados
Rx de tórax
• Avaliação RN não reagentes
• VDRL para todos RN ???
o Não, só pede VDRL para mãe que
são positivas no pré-natal
• Nunca colher sangue de cordão – sempre
sangue periférico
o Colher sangue do cordão pode dar
falso positivo
• Nunca dar alta da maternidade sem
conhecimento do VDRL materno
LÍQUOR
89
• Hipercelularidade (linfócitos – aumento aumentada e o VDRL sérico der
de células), hiperproteinorraquia positivo→ tratar
(aumento de proteína), glicorraquia • Sem possibilidade de exame de LCR
(consumo de glicose) (líquido cefalorraquiano) em RN com
o Valores normais de líquor: sífilis congênita
▪ Células: No adulto é normal até o Casos em que não é possível colhe
5 células e no RN é normal até o líquor → tratar
25 células (no RN é mais
elevado pois a barreira SÍFILIS CONGÊNITA TARDIA
hematoencefálica é mais *>2 anos
permeável)
• Dentes de Hutchinson, molares em
▪ Proteína: No adulto é normal
amora
até 40 (punção lombar) ou 30
• Ceratite intersticial, uveite
(punção suboccipital) e no RN é
• Cicatrizes: córnea e coriorretinite
normal até 120 (a termo) e 150
• Surdez, retardo mental, hidrocefalia,
(prematuro)
convulsões, atrofia do nervo ótico
▪ Glicose: Para RN e para adulto,
o Esse aumento da proteína no líquor
o normal é até 2/3 da glicemia
pode levar a obstrução da drenagem,
• VDRL 20-70% de sensibilidade, bem
causando a hidrocefalia
específico
• Nariz em "sela", frote olímpica, palato
EXAMES OBRIGATÓRIOS RN COM "ogiva", rágades periorais
SÍLIS (que mãe positivou e não tratou • Tíbia em "sabre", sinal de
durante a gravidez): VDRL, RX de ossos Higoumenakis,, articulações de Clutton
longos e líquor o Tíbia em sabre → se não tratar a
periostite, forma o osso, formando a
NEUROLUES OU NEUROSSÍFILIS
tíbia em sabre
Neurolues confirmada: o Sinal de Higoumenakis →
Espessamento do terço médio da
• VDRL positivo no líquor, independente
clavícula (patognomônico de sífilis)
do VDRL sérico ou de alterações
o Articulações de Clutton → Edema
liquóricas
que ocorre na tíbia
Neurolues possível:
TRATAMENTO PERÍODO NEONATAL
• Alteração de células e/ou perfil
1-RN de mãe com sífilis não tratada ou
bioquímico, com VDRL sérico positivo,
inadequadamente tratada, independente
mesmo com VDRL líquor negativo
do resultado do VDRL do RN:
o Ex: se VDRL vier negativa no
líquor, mas a proteínas vier super
90
• 1.1 - Se houver alterações clínicas e/ou ▪ Se não tem garantia que a mãe vai
sorológicas e/ou radiológicas e/ou seguir o tratamento correto →
hematológicas: internar a criança e dar Penicilina G
o Penicilina G cristalina, 50.000 cristalina EV por 10 dias (esquema
UI/Kg/dose, EV, de 12/12 hs (nos 1.1)
primeiros 7 dias de vida) e de 8/8 hs
2 - RN de mães adequadamente
(após 7 dias de vida), durante 10 dias;
tratadas: realizar o VDRL em amostra
ou penicilina G procaína 50.000
de sangue periférico do RN; se este for
UI/Kg/dia (dose única), IM, durante
reagente com titulação maior do que a
10 dias - perda >1 dia, reiniciar
materna, e/ou na presença de alterações
tratamento;
clínicas, realizar hemograma, radiografia
▪ Penicilina G procaína → o
de ossos longos e análise do LCR:
problema é que não tomar
algum dia, precisa iniciar o • 2.1 - Se houver alterações clínicas e/ou
tratamento inteiro novamente radiológicas, e/ou hematológica sem
• 1.2 - Se houver alteração liquórica alterações liquóricas, o tratamento
(neurossífilis) ou não foi possível coleta deverá ser feito como em 1.1;
de líquor: o Penicilina G cristalina ou Penicilina
o Penicilina G cristalina, 50.000 G Procaína
UI/Kg/dose, EV, de 12/12 hs (nos • 2.2 - se houver alteração liquórica, o
primeiros 7 dias de vida) e de 8/8 tratamento deverá ser feito como em
hs (após 7 dias de vida), durante 10 1.2
dias; o Penicilina G Cristalina
▪ Nesse caso não pode tratar
3 - RN de mães adequadamente
com Penicilina G procaína,
tratadas: realizar o VDRL em amostra
apenas com a cristalina
de sangue periférico do RN:
(para penetração de SNC)
• 1.3 - Se não houver alterações clínicas, • 3.1 - Se for assintomático e o VDRL não
radiológicas, hematológicas e/ou for reagente proceder apenas ao
liquóricas e a sorologia for negativa no seguimento clínico-laboratorial. Na
RN e garantia de acompanhamento da impossibilidade de garantir o
criança: seguimento deve-se proceder o
o Penicilina G benzatina por via IM na tratamento com penicilina G benzatina,
dose única de 50.000 UI/Kg. O IM, na dose única de 50.000 UV/Kg.
acompanhamento é obrigatório. Na • 3.2 - Se for assintomático e tiver o
impossibilidade em garantir o VDRL reagente, com título igual ou
acompanhamento, o RN deverá ser menor que o materno, tratar como 1.3.
tratado com o esquema 1.1
91
o Penicilina G Benzatina (IM dose e negativo entre 6-18 meses →
única) TRATAMENTO ADEQUADO E CURA
• Se não houver alterações clínicas, • Observar sinais clínicos e titulação -
radiológicas, hematológicas e/ou repetir antes se necessário
liquóricas e garantia de • Sem negativação até 18 meses:
acompanhamento da criança, Penicilina G reinvestigar, retratar??
benzatina por via IM na dose única de • TPHA ou FTA-abs após 18 meses:
50.000 UV/Kg. O acompanhamento é confirmação do caso ou demonstração
obrigatório. Na impossibilidade em de cura
garantir o acompanhamento, o RN • Sem negativação TPHA ou FTA-Abs
deverá ser tratado com o esquema 1.1. com 18 meses: seguimento longo prazo
até 5 anos - monitoramento de
SEGUIMENTO DE CONTROLE E CURA alterações tardias (visuais ou auditivas),
• Acompanhamento até os 2 anos - mesmo se tratamento adequado.
OBRIGATÓRIO • Acompanhamento oftalmológico,
• RN não tratados (sem critérios de neurológico e audiológico semestral
tratamento): avaliações com 1,2,3,6,12 e até 2 anos
18 meses, e com VDRL com 1,3,6,12 e 18 • LCR a cada 6 meses até normalização
meses total. Alteração persistente -
• Interromper VDRL após 2 resultados reavaliação e retratar???
consecutivos negativos. o Reavaliar e tratar casos em que o
• Com 18 meses realizar FTA-abs / TPHA líquor não normalize
(treponêmico) • VDRL e LCR negativado até 6 meses e
• VDRL em queda e negativo entre 6 a 18 QCT (quimiocitológico) normalizado até
meses + FTA-abs negativo com 18 meses 24 meses.
→ NÃO INFECTADO OU TRATADO • Tratamentos inadequados (dose/tempo)
NA VIDA FETAL → convocação, reavaliação e reiniciar
• Caso contrário investigação e tratamento se necessário
tratamento (caso positive, ou não tenha
CONSIDERAÇÕES - SÍFILIS
negativado...)
• RN com critérios de sífilis congênita e • Sangue do cordão umbilical NÃO deve
tratado: seguimento mensal até 6 ser utilizado para o diagnóstico
meses, bimestral até 12 meses, sorológico devido à presença de sangue
semestral até 24 meses, avaliação materno (com anticorpos maternos) e
clínica e VDRL com 1,3,6,12,18 e 24 ocorrência de atividade hemolítica, o
meses que pode determinar resultados falsos.
• Interromper os testes com 2 resultados • NÃO dar alta da maternidade sem
consecutivos negativos VDRL em queda conhecimento do resultado do teste
92
materno para sífilis, no momento do
•
parto.
Tratamento precoce da sífilis MENINGITE
congênita minimiza a possibilidade de
•
sequelas.
Realizar no recém-nascido TODOS os
exames do protocolo para sífilis
(TERESA)
congênita, especialmente o VDRL no
CASO CLÍNICO
sangue periférico, hemograma, RX de
ossos longos e análise do líquor HISTÓRIA: Murilo, 10 ano, 43kg
(incluindo o VDRL).
QD: Procurou atendimento por queixa de
• Garantir o tratamento completo da
cefaleia e febre
sífilis congênita durante 10 dias
(inclusive para RN com neurossifilis). Perguntas:
• Tratamentos interrompidos ou
o Quando começou a febre? De quanto
incompletos devem ser reiniciados.
foi essa febre? Deu medicamentos
• Seguir o recém-nascido exposto a
para ela?
sífilis materna até 24 meses (2 anos).
o Como é essa dor de cabeça? Quando
Garantir VDRL e avaliações.
começou? Deu remédios?
• Seguir por 5 anos os RN com teste
o Algum sinal de melhora ou piora?
treponêmico reagentes após os 18
o Têm alguma alergia? Tem alguma
meses de idade
doença? Vacinação está em dia?
• Mãe relata que esses sintomas
apareceram há 2 dias, e que mediu a
temperatura do filho antes de vir ao
atendimento e estava 39°C
• Relata que deu dipirona, mas não
melhorou. Diz que não têm nada que
melhore a dor, mas quando se movimenta
muito, ela piora
• Refere que o filho está reclamando até
de dor no pescoço
93
• Hábitos intestinais e urinários normais o Glasgow: 15
• Perda de apetite (“não está comendo o Sinal de Kerning:
nada”). Começou após o início das dores o Sinal de Brudzinski
de cabeça
• Não percebeu alteração no peso
ANTECEDENTES PESSOAIS E
FAMILIARES:
• Nega doenças
• Não sofreu nenhum trauma recente
o Importante perguntar sobre trauma
em casos de dores de cabeça
• Nega alergias
• Tomou todas as vacinas? Sim
• Pai possui pressão alta. Mãe nega
doenças
EXAME FÍSICO
• Peso: 43 kg
• Estatura: 1,40 m
• PA: 104X60
• FC: 129 bpm
o Se encontra taquicárdico
• FR: 30
• Temperatura: 39,5°C
• Observando o paciente: Descorado, um
pouco desidratado, com fácies de dor.
• Ausculta pulmonar: MV + bilateralmente
simétrico, sem ruídos adventícios
• Ausculta cardíaca: bulhas rítmicas
regulares em 2 tempos sem sopros,
taquicárdico
• Exame abdominal: abdome globoso, sem
cicatrizes ou deformidades, RHA +.
Palpação: flácido, indolor a palpação,
com ausência de massas palpáveis.
Percussão: normotimpânico
• Exame neurológico
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