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Noções básicas de RCP em bebês

Fisioterapia 5º período
UNIFAL MG

1 O local da verificaçã o do pulso: em bebês, artéria braquial.

2 Técnica de compressõ es: 2 dedos, em caso de um socorrista e técnica do


envolvimento do tó rax com as mã os e compressõ es dos polegares, em caso de
2 socorristas.

3 Profundidade de compressã o: no mínimo, um terço da profundidade do tó rax,


aproximadamente 4 cm.

4 Frequência e relaçã o compressã o-ventilaçã o para 2 socorristas: idênticas à


pediá trica: relaçã o 15:2, em caso de 1 socorrista 30:2

5 Quando acionar o sistema de resposta de emergência:


- Se não tiver visto a PCR e estiver sozinho, faça 2 minutos (5 ciclos)
de RCP antes de deixar a criança para acionar Emergência e buscar
o DEA;
- Se a PCR for súbita ou presenciada, deixe a criança e acione a
Emergência e busque o DEA, depois retorne ao bebê.

Localizar o Pulso da Artéria Braquial


1. Coloque 2 ou 3 dedos no lado interno do
antebraço, entre o cotovelo e o ombro do
bebê;
2. Pressione suavemente o dedo indicador e o
dedo médio contra o lado interno do
antebraço por no má x. 10s, ao tentar sentir o
pulso.

- Achar o pulso da A. Braquial em bebê é


mais facilitado devido a pró pria posiçã o que
ele fica em decú bito dorsal, ele tende a fazer
uma abduçã o e rotaçã o externa do MMSS,
como mostra a figura ao lado. O pulso carotídeo é mais difícil devido a cabeça do bebê
ser maior, que o corpo. E o pulso femoral devido ao uso de fraldas é difícil ficar abrindo
ela para achar o pulso. Sendo assim, o pulso da A. braquial é mais fá cil e recomendado
nesses casos de RCP para monitorizar bebês em emergência.

Profundidade de compressões em bebês


- Sendo qualquer técnica utilizada recomenda-se, ⅓ da profundidade anteroposterior do
tó rax do bebê, ou aproximadamente 4 cm.
- Para bebês com um ú nico socorrista, devemos usar a técnica de compressã o de dois
dedos. Se houver vá rios socorristas, a técnica de envolvimento do tó rax com as mã os e
compressã o com os polegares é preferida.

Ventilação em Bebês- Dispositivo de Barreiras


Inicialmente, para ventilarmos um bebê temos que escolher um dispositivo de
barreiras : AMBU ou má scara (que está em um estojo laranja).

❖ Para fornecer ventilaçã o com AMBU, selecione de tamanho apropriado de tamanho


apropriado;
❖ A má scara deve cobrir totalmente a boca e o nariz do bebê, deixando descobertos os
olhos e sem cobrir o queixo- é preciso vedar por completo para que a ventilaçã o seja
eficaz;
❖ Apó s selecionar a bolsa e a má scara, execute a inclinaçã o da cabeça - elevaçã o do queixo
para abrir a Via aérea da vítima;
❖ Muitas vezes devemos deixar a cabeça da criança neutra até mesmo movimentar um
pouco a cabeça da criança para que abra a via aérea.

Mantenha a Cabeça na Posição Neutra


Se você inclinar (estender) a cabeça do bebê além da posiçã o neutra (olfativa), a via aérea
poderá ser bloqueada. Maximize a abertura da via aérea, posicionando o bebê com pescoço em
uma posiçã o neutra, de modo que o canal do ouvido externos se alinhe com a parte superior do
ombro do bebê.

Ventilação Pediátrica
- Na PCR sú bita (comum em adultos) o nível de oxigênio no sangue geralmente se
encontra normal, de modo que as compressõ es por si só conseguem manter o
suprimento adequado de oxigênio no cérebro e coraçã o nos 1ºs minutos;
- Bebês e crianças que sofrem PCR, na maioria das vezes sofrem insuficiência respirató ria
ou choque - o que reduz o nível de oxigênio no sangue.
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Por isso, na maioria dos bebês e crianças em PCR, a aplicaçã o apenas de compressõ es
nã o é tã o eficaz quanto a combinaçã o de compressõ es mais ventilaçõ es. É muito
importante realizar compressõ es e ventilações nas crianças.

- As crianças nã o possuem o aporte de oxigênio igual os adultos, eles realmente


precisam ser ventilados como receberem massagens com compressõ es torá cicas.

Compressões torácicas com 2 dedos


Quando o socorrista está sozinho
1 Coloque o bebê sobre uma superfície plana e firme

2 Coloque 2 dedos( indicador e médio ou anelar e médio) no centro do tó rax do


bebê, logo abaixo da linha dos mamilos (na metade inferior do esterno). Não
pressione na parte inferior do esterno (ponta do esterno)

3 Comprima com força e rapidez. Para administrar compressõ es torá cicas,


pressione o esterno do bebê pelo menos um terço da profundidade do tó rax (4
cm aproximadamente). Administre as compressõ es de modo regular, a uma
frequência de, 100-120/min.

4 Ao final de cada compressã o, permita o retorno total do tó rax- o socorrista nã o


deve apoiar-se sobre o tó rax do bebê. O retorno do tó rax permite que o sangue
flua para o coraçã o e é necessá rio para que as compressõ es torá cicas criam
fluxo sanguíneo. O retorno incompleto do tó rax reduz o fluxo sanguíneo criado
pelas compressõ es torá cicas. Os tempos de compressã o torá cica e de
retorno/relaxamento do tó rax devem ser aproximadamente iguais.

5 Minimize as interrupçõ es nas compressõ es torá cicas. As interrupçõ es das


compressõ es devem ser minimizadas para menos de 10s. A cada 30
compressõ es o socorrista deve abrir a via aérea do bebê com inclinaçã o da
cabeça e administraçã o de 2 ventilaçõ es, cada uma por 1s. e o tó rax deve se
elevar a cada ventilaçã o.
Apó s 5 ciclos ou 2 min. de RCP se o socorrista estiver sozinho e o serviço de
emergência médica nã o estiver sido acionado, deixe o bebê e acione o serviço
de emergência para apanhar um DEA. Depois disso, continua com as
compressõ es e ventilaçõ es e utilizar o DEA assim que estiver disponível.
Deve ser continuado essa açã o até que os profissionais qualificados assumam
ou até que o bebê comece a respirar, movimentar e reagir de alguma forma.
Técnica de envolvimento do Tórax com as mãos e compressão com os polegares
2 SOCORRISTAS

Técnica preferida quando se tem 2 socorrista porque ela melhora o fluxo sanguíneo
1 Antes de tudo, colocar o bebê em uma superfície firme e plana. Coloque os
dois polegares lado a lado, no centro do tó rax do bebê, sobre a metade
inferior do esterno. Os polegares do socorrista podem se sobrepor, em bebês
muito pequenos.

2 Envolva o tó rax do bebê com as mã os e sustente suas costas com os dedos


de ambas as mã os.

3 Com suas mã os envolvendo o tó rax, use os dois polegares para comprimir o


esterno aproximadamente ⅓ da profundidade do tó rax do bebê (aprox. 4
cm)

4 Administre as compressõ es de modo regular, a uma frequência de, no


mínimo, 100-120/min.

5 Apó s cada compressã o, solte totalmente a pressã o sobre o esterno para


permitir o retorno total do tó rax.

6 A cada 15 compressõ es, faça uma breve pausa para que o segundo socorrista
abra a via aérea, com a manobra de inclinaçã o da cabeça- elevaçã o do
queixo, e administre duas ventilaçõ es cada uma por 1s. O tó rax deve se
elevar a cada ventilaçã o. Minimize as interrupçõ es entre as compressõ es, no
má x. 10s (ou menos)

7 Continue as compressõ es e ventilaçõ es seguindo a relaçã o 15:2 (2


socorristas), trocando de funçã o a cada 2 minutos ou 5 ciclos para evitar
que os socorristas se cansem.

- Deve-se continuar a RCP até o DEA chegar ou profissionais de serviços


avançados assumirem ou o bebê começar a respirar, movimentar ou responder
de alguma forma.
- A técnica descrita acima é uma técnica preferencial em relaçã o a técnica de 2
dedos devido seus resultados:
❖ Melhorar o aporte sanguíneo para o mú sculo cardíaco;
❖ Garantir eficá cia das compressõ es torá cicas;
❖ Pode acarretar pressõ es arteriais mais elevadas.

Sequência de Suporte Básico de vidas para bebês - 1 socorrista


1 Verifique se o bebê responde e avalie a respiraçã o. Se ela nã o responder ou
nã o estiver respirando, ou apresentar somente gasping, grite por ajuda
primeiramente

2 Se alguém responder, encarregue essa pessoa de acionar a Emergência e


buscar o DEA.

3 Verifique o pulso braquial do bebê, essa verificaçã o nã o deve ultrapassar


10s.

4 Se nã o houver pulso ou se, a oxigenaçã o e ventilaçã o ñ estiverem adequadas,


a frequência cardíaca for inferior a 60/min., com sinais de perfusã o
ineficiente, execute ciclos de compressõ es e ventilaçõ es (relaçã o 30:2),
começando com as compressõ es.

5 Apó s 5 ciclos, se ngm ainda o tiver feito o acionamento da Emergência e


buscado o DEA, você aciona a emergência e busque o DEA se estiver acessível
no local.

Sequência de Suporte Básico para bebês - 2 socorristas

1 Avalie a vítima quanto à resposta e à respiraçã o

2 Se ela nã o responder ou nã o estiver respirando, ou apresentar somente


gasping encarregue o segundo socorrista de acionar a Emergência e buscar o
DEA.

3 Verifique o pulso braquial do bebê por no má x. 10s

4 Se nã o houver pulso ou se, a despeito de oxigenaçã o e ventilaçã o adequadas,


a frequência cardíaca for inferior a 60/min, com sinais de perfusã o
deficiente, execute ciclos de compressã o e ventilaçã o (30:2), começando com
compressõ es. Quando o segundo socorrista chegar e puder executar a RCP,
use uma relação compressão- ventilação de 15:2.

5 Use o DEA assim que ele estiver disponível.

Sinais de Perfusão Inadequados


- Temperatura: As extremidade frias, por exemplo.
- Alteração do estado mental: uma diminuiçã o progressiva do nível de
consciência ou capacidade de resposta da vítima
- Pulsos: fracos
- Pele: Palidez, cianose ou até mesmo o aspecto marmó reo de má perfusã o da pele
Desfibrilador Automático Externo (DEA) para Bebês e Crianças de 1 a 8 anos de
idade

➔ Alguns DEAs foram modificados a fim de aplicar cargas de choque diferentes


para adultos e crianças;
➔ Se você usar um DEA equipado para uso pediá trico, existem recursos que
permitem aplicar uma carga apropriada para crianças;
➔ O método usado para selecionar a carga de choque para uma criança difere
segundo o tipo de DEA utilizado;
➔ Se o DEA contiver uma pá de tamanho menor concebida para crianças, use-a.
Caso contrá rio, use as pá s normais, nã o deixando que elas se toquem nem se
sobreponham. O cabo menor é um atenuador de choque, quando utilizado este
cabo o DEA sabe que o choque é para uma criança.

Desfibrilador automá tico externo (DEA) para bebês


- Para bebês, prefira o uso de um desfibrilador manual a um DEA para
desfibrilaçã o- porque o manual tem mais recursos que o DEA e pode administrar
cargas de energias mais baixas e frequentemente necessá ria para bebês. Porém,
é necessá rio treinamento avançado para uso do desfibrilador manual ;
- Se nã o houver um desfibrilador manual disponível, prefira um DEA equipado
com um atenuador de carga pediá trico;
- Se nenhum dos dois estiver disponível, use um DEA sem atenuador de carga
pediá trico.

Ao contrá rio, se tiver um desfibrilador pediá trico e o choque for para um adulto nã o
adianta, porque ele nã o ressuscita a pessoa é melhor optar por continuar a fazer a RCP.

RESUMO OBJETIVO PARA USO DO DEA EM CRIANÇAS:


Vítimas a partir de 8 anos de idade Vítimas de até 8 anos de idade

- Use o DEA assim que ele estiver - Use o DEA assim que ele estiver disponível;
disponível; - Use pá s pediá tricas se disponíveis. Se nã o
- Use somente pá s p/ adultos; houver pá s pediá tricas, use as pá s para
- Nã o use pá s pediá tricas nem acione o adultos. Coloque as pá s de modo que elas
seletor pediá trico para vítima a partir de nã o se toquem;
8 anos de idade. - Se o DEA dispuser de um seletor ou
interruptor que administre a carga de
choque pediá trica, acione-o.
ALGORITMO PARA FACILITAR O ATENDIMENTO PELO SOCORRISTA
1 socorrista - lactentes e crianças até a puberdade
ALGORITMO PARA 2 SOCORRISTAS EM BEBÊ S E CRIANÇAS ATÉ PUBERDADE

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