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Atualizado em 11 de julho de 2018

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Amigo (a)!

Os temas Suporte Básico e Avançado de Vida sempre são cobrados nas provas de concurso e
residência em Enfermagem.
Mantenha o estudo como foco e disciplina !

Profº. Rômulo Passos


Profº. Sthephanie Abreu

www.romulopassos.com.br

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SUPORTE BÁSICO DE VIDA – DIRETRIZES DE 2015 (AHA E ACE)
Primeiramente, vamos descrever a sequência do SBV do adulto para profissionais da saúde.
Em uma situação de PCR, um mnemônico pode ser utilizado para descrever os passos simplificados do
atendimento em SBV: o “CABD primário”. O “C” corresponde a Checar responsividade e respiração da vítima,
Chamar por ajuda, Checar o pulso da vítima e Compressões (30 compressões). O “A” refere-se à Abertura das
vias aéreas, o "B" à Boa ventilação (2 ventilações), o "D" à Desfibrilação.

A seguir, descreveremos a sequência completa de um atendimento a uma vítima que se encontra em


colapso súbito.
 Segurança do Local:
Primeiramente, deve ser avaliada a segurança do local. Certificar se o local é seguro para o socorrista e
para a vítima.
 Avaliar a responsividade, respiração e pulso da vítima:
Avaliar a responsividade da vítima, chamando-a e tocando-a pelos ombros. Se a vítima responder,
apresentar-se e conversar com ela perguntando se precisa de ajuda. Se a vítima não responder, avaliar sua
respiração observando se há elevação do tórax e o pulso carotídeo simultaneamente em menos de 10
segundos.
Para adultos: caso a vítima não respire, mas apresente pulso, aplicar 1 ventilação a cada 5 a 6 segundos
ou cerca de 10 a 12 ventilações por minuto.
 Chamar ajuda:
Em ambiente hospitalar, se estiver sozinho, sem acesso a um telefone celular, deixe a vítima e acione o
serviço médico de emergência e obtenha um Desfibrilador Externo Automático (DEA), antes de iniciar a RCP.

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Em ambiente extra-hospitalar, peça para alguém ligar para o número local de emergência (por exemplo,
Sistema de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192) e inicie a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP)
imediatamente. Use o DEA assim que ele estiver disponível.
 Checar o pulso:
Checar o pulso a cada dois minutos. Para crianças: caso a vítima não respire, mas apresente pulso,
aplicar 1 ventilação a cada 3 a 5 segundos ou cerca de 12 a 20 ventilações por minuto. Checar o pulso a cada
dois minutos.
Se a vítima, adulto ou crianças, não estiver respirando ou estiver somente com “gasping” (movimentos
respiratórios assincrônicos não efetivos) e não detectar pulso na vítima ou estiver em dúvida, iniciar os ciclos
de compressões e ventilações.

 Iniciar ciclos de 30 compressões e 2 ventilações:


Iniciar ciclos de 30 compressões e 2 ventilações (figura abaixo), considerando que existe um dispositivo
de barreira (por exemplo, máscara de bolso para aplicar as ventilações). Compressões torácicas efetivas são
essenciais para promover o fluxo de sangue, devendo ser realizadas em todos pacientes em parada cardíaca.
 Compressões torácicas:
 Posicione-se ao lado da vítima e mantenha
seus joelhos com certa distância um do
outro para que tenha melhor estabilidade;
 Afaste ou, se uma tesoura estiver
disponível, corte a roupa da vítima que está
sobre o tórax para deixá-lo desnudo;
 Coloque a região hipotenar de uma mão
sobre o esterno da vítima e a outra mão
sobre a primeira, entrelaçando-a;
 Estenda os braços e posicione-os cerca de
90º acima da vítima;
 Comprima na frequência de 100 a 120 Fonte: elaboração do site www.romulopassos.com.br

compressões/minuto;
 Comprima com profundidade de, no mínimo, 5 cm (2 polegadas), não podendo exceder 6 cm
(2,4 polegadas);
 Permita o retorno completo do tórax após cada compressão, sem retirar o contato das mãos com
o mesmo;
 Minimize interrupções das compressões;
 Reveze com outro socorrista, a cada dois minutos, para evitar a fadiga e compressões de má
qualidade;

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CRIANÇAS BEBÊS
ADULTO
(1 ANO ATÉ A PUBERDADE) MENORES DE 1 ANO

1 socorrista – dois
dedos no centro do
2 mãos ou 1 mão tórax, logo abaixo
Duas mãos sobre a (opcional para crian- da linha mamilar;
metade inferior do ças muito pequenas)
 esterno. sobre a metade 2 socorristas -técnica
inferior do esterno. dos dois polegares
 no centro do tórax,
 logo abaixo da linha
 mamilar.












 Fonte: Ma-









As manobras de RCP devem ser ininterruptas, exceto se a vítima se movimentar, durante a fase de
análise do desfibrilador, na chegada da equipe de resgate, posicionamento de via aérea avançada ou exaustão
do socorrista.
No caso de uma via aérea avançada instalada, deve ser realizada compressões torácicas contínuas e 1
ventilação a cada 6 segundos (10 ventilações por minuto) tanto para adultos como para bebês (menores de 1
ano de idade, excluindo recém-nascidos) e crianças (1 ano de idade à puberdade).
 Ventilações:
Para não retardar o início das compressões torácicas, a abertura das vias aéreas deve ser realizada
somente depois de aplicar trinta compressões.

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As ventilações devem ser realizadas em uma proporção de 30 compressões para 2 ventilações, com
apenas um segundo cada, fornecendo a quantidade de ar suficiente para promover a elevação do tórax.
Embora evidências de contaminação com a realização de ventilação boca a boca sejam mínimas, é
indicado que o socorrista utilize
mecanismos de barreira para
aplicar as ventilações, como o
lenço facial com válvula
antirrefluxo, máscara de bolso
(“pocket-mask”) ou bolsa-
válvula-máscara.
Independentemente da
técnica utilizada para aplicar
ventilações, será necessária a
abertura de via aérea, que
Fonte: elaboração do site www.romulopassos.com.br
poderá ser realizada com a
manobra da inclinação da cabeça e elevação do queixo (Chin Lift), que não deve ser utilizada em suspeita de
lesão cervical, por isso se houver suspeita de trauma cervical, realizar a manobra de elevação do ângulo da
mandíbula ou Tração da Mandíbula (Jaw- Thrust).
Vamos sintetizar os procedimentos das manobras de abertura de vias aéreas no esquema abaixo:

 Ventilação com bolsa-válvula-máscara


A ventilação com a bolsa-válvula-máscara deve ser utilizada na presença de dois socorristas, um
responsável pelas compressões; e outro, por aplicar as ventilações com o dispositivo (figura abaixo).

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Figura - Exemplos de bolsa-válvula-máscara (SBC, 2013).

Se disponível oxigênio complementar, deve-se conectar na bolsa-válvula-


máscara assim que possível, de modo que ofereça maior porcentagem de oxigênio
para a vítima.

 Ventilação com via aérea avançada


Figura - Demonstração da venti-
Quando uma via aérea avançada (por exemplo, intubação endotraqueal, lação utilizando bolsa-válvula-
máscara (SBC, 2013).
combitube, máscara laríngea) estiver instalada, o primeiro socorrista irá
administrar compressões torácicas contínuas, e o segundo socorrista irá aplicar 1 ventilação a cada 6
segundos, cerca de 10 ventilações por minuto, em vítimas de qualquer idade. Não se devem pausar as
compressões para aplicar as ventilações, no caso de via aérea avançada instalada.

Concentração total na aula!


Foco nos estudos, que a aprovação é certa!

 Desfibrilação
Desfibrilação precoce é o tratamento de escolha para vítimas em Fibrilação Ventricular (FV) de curta
duração, como vítimas que apresentaram colapso súbito em ambiente extra-hospitalar, sendo este o principal
ritmo de parada cardíaca nesses locais.

Figura - Traçado da Fibrilação Ventricular grosseira (SBC, 2013).

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Fibrilação Ventricular é um tipo de arritmia cardíaca. Acontece quando não existe
sincronicidade na contração das fibras musculares cardíacas (miocárdio) dos ventrículos.
Desta maneira não existe uma contração efetiva, levando a uma consequente parada car-
diorrespiratória e circulatória. A não existência da circulação do sangue impede a chegada
de oxigênio e nutrientes ao miocárdio e a retirada do gás carbônico e produtos de metabo-
lismo formados, diminuindo rapidamente a capacidade de contração cardíaca. Este círculo
vicioso, se não revertido por tratamento imediato, leva à morte do organismo.

A desfibrilação precoce é o único tratamento para parada cardiorrespiratória em fibrilação


ventricular/taquicardia ventricular sem pulso, pode ser realizada com um equipamento manual (somente
manuseado pelo médico) ou com o Desfibrilador Externo Automático (DEA), que poderá ser utilizado por
qualquer pessoa, assim que possível.
O DEA é um equipamento portátil, capaz de interpretar o ritmo cardíaco, selecionar o nível de energia e
carregar automaticamente, cabendo ao operador apenas pressionar o botão de choque, quando indicado.
Assim que o DEA estiver disponível, se o mesmo estiver sozinho, deverá parar
a RCP para conectar o aparelho, porém, se houver mais do que um socorrista,
enquanto o primeiro realiza RCP; o outro manuseia o DEA e, nesse caso, só será
interrompida quando o DEA emitir uma frase como “analisando o ritmo cardíaco,
não toque o paciente” e/ou “choque recomendado, carregando, afaste-se da
vítima”.
Os passos para a utilização do DEA são descritos a seguir:
Figura - Posicionamento das pás
1. Ligue o aparelho apertando o botão ON-OFF (alguns aparelhos ligam do DEA (SBC, 2013).
automaticamente ao abrir a tampa);
2. Conecte as pás (eletrodos) no tórax da vítima, observando o desenho contido nas próprias pás,
mostrando o posicionamento correto das mesmas;
3. Encaixe o conector das pás (eletrodos) ao aparelho. Em alguns aparelhos, o conector do cabo das
pás já está conectado.
Nos primeiros 3 a 5 minutos de uma PCR em FV, o coração se encontra em ritmo de FV grosseira,
estando o coração altamente propício ao choque. Após 5 minutos de PCR, diminui a amplitude de FV por causa
da depleção do substrato energético miocárdico. Portanto o tempo ideal para a aplicação do primeiro choque
compreende os primeiros 3 a 5 minutos da PCR.

Nos casos de PCR por assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP), não
há indicação da desfibrilação. Nessas situações, outros tratamentos (medicações,
marca-passos etc.) devem ser utilizados, de acordo com a causa da PCR.
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Essas aulas escritas (PDF) são atualizadas mensalmente - se for imprimir,
faça isso apenas das aulas que estiver acompanhando, pois o material é
ATUALIZADO E AMPLIADO MENSALMENTE.
Todos os dias são inseridos novos vídeos potenciais nas disciplinas deste
curso Completo de Enfermagem para Concursos.

Figura - Algoritmo do atendimento à PCR pelo profissional de saúde (BLS, 2015).

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Figura - Algoritmo do atendimento à PCR pelo profissional de saúde (BLS, 2015).

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Em pacientes com dependência de opioides (ex: a morfina e a heroína) conhecida ou
suspeita, que não respondam, apresentam respiração anormal, mas tem pulso, é
adequado que socorristas leigos devidamente treinados e profissionais de saúde
capacitados para SBV, além da prestação de cuidados básicos, administrem 0,4 mg de
Naxolona por via intramuscular (IM) ou 2 mg intranasal (IN), que pode ser repetida após
4 minutos da primeira administração, para pessoas com risco de overdose de opioides em
qualquer ambiente
Obs: Os atendentes não devem retardar o acesso a serviços médicos mais
avançados enquanto aguardam resposta do paciente à naloxona ou a outras
intervenções!
Fonte: Manual de atualizações das diretrizes de RCP e ACE, AHA, 2015.

PARA NÃO ESQUECER!

De acordo com as diretrizes mais atuais da AHA (2010), durante a assistência de uma pessoa com PCR, a
recomendação é de 30 compressões para 2 ventilações de resgate, quando o atendimento for realizado por
um ou dois socorristas profissionais de saúde em adultos; e de 15 compressões para 2 ventilações de resgate,
quando o atendimento for realizado por dois socorristas profissionais de saúde em crianças e bebês.
Vejamos detalhadamente como deve ser feita essa ação no esquema abaixo:

As Diretrizes de 2015 da American Heart Association (AHA) para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e
Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE) enfatizam, mais uma vez, a necessidade de uma RCP de alta
qualidade, incluindo:
• Frequência de compressão de 100 a 120 por minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto,
como era antes).
• Profundidade de compressão mínima de 2 polegadas (5 cm) até 2,4 polegadas (6 cm), em adultos, e
de, no mínimo, um terço do diâmetro anteroposterior do tórax, em bebês e crianças (aproximadamente, 1,5
polegada [4 cm] em bebês e 2 polegadas [5 cm] em crianças). Observe que a faixa de 1 a 2 polegadas não é

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mais usada para adultos, e a profundidade absoluta especificada para crianças e bebês é maior do que nas
versões anteriores das Diretrizes da AHA para RCP e ACE.

Resumo dos Componentes de uma RCP de Alta Qualidade para Profissionais do SBV:

Segurança Verificar
Acionar SME
do local responsividade

COMPRESSÕES Avaliar respiração


Iniciar 30:2 TORÁCICAS/ e checar o pulso
ventilações simultaneamente

Profundidade 5 cm
Frequência de não deve exceder 6
100 a 120/min cm no adulto

Vejamos agora recomendações que devemos fazer e não fazer na RCP:

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FONTE: DIRETRIZES AHA E ACE (2015)

Suporte Avançado de Vida - Diretrizes de 2015 (AHA e ACE)

Meu amigo(a), antes da leitura deste tópico sugerimos que assista às aulas sobre
o Suporte Avançado de Vida, disponíveis na respectiva disciplina deste curso.

Suporte Avançado de Vida

Vasopressina RCP
x B-Bloqueadores
extracorpórea PÓS-PCR
epinefrina

ETCO2 Para
Fracasso da Lidocaína
Ressuscitação PÓS-PCR

O suporte avançado de vida é realizado para estabilizar o quadro clínico de um paciente em PCR. Dessa
forma, o Manual de Atualização das Diretrizes de 2015 da American Heart Association (AHA) para
Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE) traz as alterações a
seguir:

 A vasopressina em combinação com a epinefrina (adrenalina) não oferece nenhuma vantagem


como substituto da dose padrão de epinefrina em PCR, assim a vasopressina foi removida do
algoritmo de PCR. A epinefrina continua sendo o vasopressor utilizado para ressuscitação de uma
PCR;
 O baixo teor de dióxido de carbono ao final de uma expiração (ETCO2) em pacientes intubados,
após 20 minutos de RCP, está associado a uma probabilidade muito baixa de ressuscitação, mas
não pode ser utilizado como o único critério, porque um conjunto de outros fatores devem ajudar
para determinar quando terminar a ressuscitação;
 A ressuscitação cardiopulmonar extracorpórea (ECPR) pode ser considerada entre determinados
pacientes com PCR que não tenham respondido à RCP convencional inicial, em ambientes em que
se possa implementá-la rapidamente;
 A lidocaína pode ser utilizada imediatamente após o retorno da circulação espontânea (RCE)
causada por uma PCR devido a uma Fibrilação Ventricular (FV) ou Taquicardia Ventricular Sem
Pulso (TVSP);

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 Os betabloqueadores - sem respaldo adequado para uso rotineiro. Mas, pode-se considerar o uso
ou continuação da medicação oral ou IV após PCR por FV/TVSP de forma individualizada.

Suporte Avançado de Vida - Cuidados Pós - PCR

Controle Direcionado
Angiografia da Temperatura CDT além das 24H
32° C – 36°C – 24H

Metas hemodinâmicas Prognóstico


Após ressuscitação PÓS-PCR Doação de órgãos

 A angiografia coronária de emergência é recomendada para todos os pacientes que apresentem


supradesnivelamento do segmento ST (IAMST) e para pacientes hemodinâmica ou eletricamente instáveis sem
supradesnivelamento do segmento ST, para os quais haja suspeita de lesão cardiovascular;
 Quando a fibrinólise pré-hospitalar estiver disponível nas unidades de tratamento do IAMST e for
possível fazer o transporte direto a um centro de ICP, deve-se dar preferência à triagem pré-hospitalar e ao
transporte direto ao centro de ICP, por haver uma pequena relativa redução na incidência de hemorragia
intracraniana;
 Em pacientes adultos que apresentam IAMST no serviço de emergência de um hospital sem
capacidade de realizar ICP, recomenda-se a transferência imediata, sem fibrinólise, para um centro de ICP, ao
invés da fibrinólise imediata no hospital inicial com posterior transferência para ICP motivadas por isquemia;
 Quando não for possível transferir, em tempo hábil, pacientes com IAMST para um hospital com
capacidade de realizar ICP, o tratamento fibrinolítico com posterior transferência de rotina para angiografia
pode ser uma alternativa aceitável comparada à transferência imediata para ICP primária;
 Ao administrar o tratamento fibrinolítico em um paciente com IAMST em um hospital sem
capacidade de realizar ICP, aconselha-se transportar todos os pacientes após a fibrinólise para a realização
imediata de uma angiografia de rotina nas primeiras 3 a 6 horas e até 24 horas, em vez de transportá-los
apenas quando for necessária uma angiografia motivada por isquemia;
 É indicada a troponina para identificar pacientes que possam receber alta do serviço de emergência
com segurança;
 Quando um medicamento reduz a morbidade ou a mortalidade, sua administração pré-hospitalar em
comparação a administração intra-hospitalar antecipa a ação e pode diminuir ainda mais a morbidade ou a
mortalidade. No entanto, quando o tempo de resposta e de transporte do SME em ambiente urbano é curto, a
chance de efeito benéfico do medicamento pode não ser grande. Além disso, a adição de medicamentos
aumenta a complexidade dos cuidados pré-hospitalares, o que pode, por sua vez, produzir efeitos negativos;
 Todos os pacientes adultos comatosos (ou seja, sem resposta sensata a comandos verbais) com RCE
após a PCR devem ser submetidos ao CDT (controle direcionado de temperatura), tendo como temperatura-

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alvo entre 32 °C e 36 °C, mantida constantemente durante pelo menos 24 horas. É aconselhável evitar
ativamente a febre em pacientes comatosos após o CDT, por isso é necessário o CDT além de 24 horas;
 As metas hemodinâmicas após a ressuscitação estão relacionadas em evitar e corrigir imediatamente
a hipotensão (pressão arterial sistólica inferior a 90 mmHg, pressão arterial média inferior a 65 mmHg)
durante os cuidados pós-PCR;
Todos os pacientes que são ressuscitados de uma PCR, mas que posteriormente evoluem para morte ou
morte cerebral, devem ser avaliados como possíveis doadores de órgãos. Pacientes que não obtêm a RCE e
que, de alguma forma, teriam a ressuscitação interrompida, podem ser considerados como possíveis doadores
de rim ou fígado em ambientes onde haja programas de rápida obtenção de órgãos.

Suporte Avançado de Vida em Pediatria


Em cenários específicos, ao tratar pacientes pediátricos com doenças febris, o uso de volumes
restritivos de cristaloide isotônico melhora a sobrevivência. Isto contrasta com a visão tradicional de que é
benéfica a ressuscitação com volumes agressivos de rotina. Segue mais atualizações:
 Não há nenhuma evidência que respalde o uso rotineiro de atropina como pré-medicação para evitar
bradicardia em intubações pediátricas de emergência. Pode-se considerá-la em situações em que haja maior
risco de bradicardia. Não há nenhuma evidência que respalde uma dose mínima de atropina, quando utilizada
como pré-medicação para intubação de emergência.
 Se houver monitoração invasiva da pressão arterial, esta pode ser usada para ajustar a RCP e atingir
alvos de pressão arterial específicos para crianças em PCR.
 A amiodarona ou a lidocaína são agentes antiarrítmicos aceitáveis para a FV pediátrica refratária ao
choque e TVSP em crianças.
 A epinefrina continua sendo recomendada como um vasopressor na PCR em pediatria;
 Deve-se evitar a febre ao cuidar de crianças comatosas com RCE após uma Parada cardiorrespiratória
extra hospitalar.

SAV em Pediatria

• ADM. EV RÁPIDA DE FLUIDOS ISOTÔNICOS PARA TTT DE CHOQUE SÉPTI-

• ADM. DE ATROPINA COMO PRÉ-MEDICAÇÃO PARA INTUBAÇÃO


TRAQUEAL DE EMERGÊNCIA EM NÃO NEONATOS;

• AMIODARONA OU LIDOCAÍNA AGENTES ANTIARRITMICOS ACEITÁ-

• EPINEFRINA DROGA DE ESCOLHA;

• EVITAR FEBRE EM CRIANÇAS COMATOSAS COM RCE.

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Em crianças comatosas nos primeiros dias após a PCR (intra-hospitalar ou extra-
hospitalar), deve-se monitorar a temperatura continuamente e tratar a febre
agressivamente. Em crianças comatosas ressuscitadas de uma PCREH, os
responsáveis pelo tratamento devem manter 5 dias de normotermia (36 °C a 37,5
°C) ou 2 dias de hipotermia contínua inicial (32 °C a 34 °C), seguido de 3 dias de
normotermia. Para crianças que permanecerem comatosas após uma PCRIH, não
há dados suficientes para que se possa recomendar a hipotermia sobre a
normotermia.

SAV em Pediatria - CDT

32°C A 34°C

2 DIAS DE HIPOTERMIA
MANTER 5 DIAS DE CONTÍNUA INICIAL SEGUIDO DE 3 DIAS
NORMOTERMIA DE NOMOTERMIA
36°C A 37,5°C

OU 36°C A 37,5°C

Monitore a temperatura continuamente e trate a febre progressivamente

Vários fatores prognósticos precisam ser considerados ao tentar prever os desfechos de uma PCR.
Diversos fatores influenciam na decisão de continuar ou terminar os esforços de ressuscitação durante a PCR e
na estimativa do potencial de recuperação após a PCR, portanto cabe a equipe em consenso definir. Segue
mais orientações:
 Após o RCE, use fluidos e inotrópicos/ vasopressores para manter a pressão arterial sistólica acima
do 5º percentil para a idade. É recomendado o monitoramento da pressão intra-arterial para controlar
continuamente a pressão arterial e identificar e tratar a hipotensão.
 Após o RCE em crianças, os socorristas podem titular a administração de oxigênio para atingir a
normoxemia (saturação de oxi-hemoglobina de 94% ou superior). Se o equipamento necessário estiver
disponível, reduza o oxigênio até atingir uma saturação de oxi-hemoglobina de 94% a 99%. O objetivo é o de
evitar estritamente a hipoxemia, mantendo a normoxemia. Da mesma forma, as estratégias de ventilação
após o RCE crianças devem procurar atingir um PaCO2 adequado a cada paciente, evitando extremos de
hipercapnia ou hipocapnia.

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SAV em Pediatria - CDT

• Prognóstico durante e após a PCR;

• Fluidos e inotrópicos após a PCR;

• Normoxemia – evitar extremos de hipercapnia ou hipocapnia.

Ressuscitação Neonatal
A PCR neonatal é predominantemente por asfixia. Por isso, a ventilação continua a ser o foco da
ressuscitação inicial. Os principais tópicos neonatais em 2015 foram os seguintes:

Ordem das perguntas Clipagem retardada do Líquido amniótico


de avaliação mudou cordão após 30 segundos meconial e tônus
para: - indicada para bebês muscular insatisfatório/
prematuros e a termo esforços respiratórios
1) gestação a termo? que não necessitam de inadequados – passos
2) bom tônus? ressucitação no iniciais -> avaliação (FC e
3) respira ou chora? nascimento. respiração) -> VPP

A ordem das três perguntas de avaliação mudou para (1) gestação a termo? (2) bom tônus? e (3)
respira ou chora?
A marca do minuto de ouro (60 segundos) para concluir os passos iniciais, reavaliar e iniciar a
ventilação (se necessária) foi mantida para enfatizar a importância de evitar atrasos desnecessários
no início da ventilação, o passo mais importante para o sucesso da ressuscitação do recém-nascido
que não responder aos passos iniciais.
Há uma nova recomendação de que o atraso na clipagem do cordão por mais de 30 segundos é
aceitável para bebês a termo e prematuros que não necessitam de ressuscitação ao nascimento,
mas não há evidências suficientes para recomendar uma abordagem para a clipagem do cordão para
bebês que necessitam de ressuscitação ao nascimento. Há também uma sugestão contra o uso
rotineiro da ordenha do cordão umbilical (fora de um cenário de pesquisa) para bebês nascidos com
menos de 29 semanas de gestação, até que se saiba mais sobre os risco e benefícios.
A temperatura deve ser registrada como fator de previsão dos desfechos e como indicador de
qualidade.
A temperatura de bebês recém-nascidos não asfixiados deve ser mantida entre 36,5 °C e 37,5 °C
após o nascimento, desde a admissão até a estabilização.

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Várias estratégias (berços aquecidos (aquecedores radiantes), capa plástica com capuz/toca, colchão
térmico, gases umedecidos aquecidos e aumento da temperatura ambiente mais capa mais colchão
térmico) podem ser utilizadas para evitar a hipotermia em bebês prematuros. A hipertermia
(temperatura superior a 38 °C deve ser evitada, pois apresenta possíveis riscos associados.
Em ambientes com recursos limitados, medidas simples para prevenir a hipotermia nas primeiras
horas de vida (uso de capas plásticas, contato pele a pele e até mesmo colocar o bebê, depois de
seco, em um saco plástico para alimentos, até o pescoço) podem reduzir a mortalidade.

MANTER TEMPERATURA
ENTRE 36,5°C E 37,5°C

A HIPERTERMIA DEVE
SER EVITADA (>38°C)

Se o bebê nascer com líquido amniótico meconial e apresentar tônus muscular insatisfatório e
esforços respiratórios inadequados, coloque-o em um berço aquecido e inicie uma ventilação por
pressão positiva (VPP), se necessário. A intubação de rotina para aspiração traqueal não é indicada,
pois não há evidências suficientes que justifiquem essa recomendação. Inicie a intervenção adequada
para ajudar na ventilação e na oxigenação, conforme indicado especificamente para cada bebê. A
intervenção pode incluir intubação e aspiração, se a via aérea estiver obstruída.
A avaliação da frequência cardíaca continua sendo fundamental durante o primeiro minuto de
ressuscitação. O uso de um ECG de 3 derivações é aconselhável, pois os profissionais podem não
conseguir avaliar com precisão a frequência cardíaca por ausculta ou palpação e a oximetria de pulso
pode subestimar a frequência cardíaca. A utilização do ECG não elimina a necessidade de oximetria
de pulso para avaliar a oxigenação do recém-nascido.
Iniciar a ressuscitação de bebês prematuros com menos de 35 semanas de gestação com pouco
oxigênio (21% a 30%). Titular o oxigênio até atingir a saturação de oxigênio pré-ductal e aproximar-se
do intervalo alcançado em bebês saudáveis nascidos a termo.
Não há dados suficientes sobre a segurança e o método de aplicação da insuflação contínua com
mais de 5 segundos de duração para o recém-nascido em transição.
Pode-se considerar o uso de uma máscara laríngea como alternativa à intubação traqueal, caso não
se obtenha êxito na ventilação com máscara facial. A máscara laríngea é recomendada durante a
ressuscitação de recém-nascidos com 34 semanas ou mais de gestação, quando a intubação traqueal
não surte efeito ou é inviável.

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Bebês prematuros que respiram espontaneamente, com desconforto respiratório, podem ser
inicialmente auxiliados com pressão positiva contínua nas vias aéreas em vez de com intubação de
rotina para a administração de PPV.
As recomendações da técnica de compressão torácica (técnica dos dois polegares) e a relação
compressão-ventilação (3:1 com 90 compressões e 30 respirações por minuto) permanecem
inalteradas. Como nas recomendações de 2010, os socorristas podem considerar relações mais altas
(por exemplo, 15:2), caso acreditem que a parada tenha origem cardíaca.
Embora não existam estudos clínicos disponíveis sobre o uso de oxigênio durante a RCP, o grupo de
redação das Diretrizes Neonatais continua a endossar o uso de oxigênio a 100% sempre que foram
aplicadas compressões torácicas. É aconselhável reduzir gradativamente a concentração de oxigênio,
logo que a frequência cardíaca se recuperar.
As recomendações sobre o uso de epinefrina durante a RCP e a administração de volume não foram
revisadas em 2015, de modo que as recomendações de 2010 permanecem em vigor.
Em áreas com abundância de recursos, a hipotermia terapêutica induzida para bebês com mais de 36
semanas de gestação, com evolução moderada a intensa de encefalopatia hipóxico-isquêmica, não
foi revisada em 2015, de modo que as recomendações de 2010 permanecem em vigor.
Em ambientes com recursos limitados, a hipotermia terapêutica deve ser administrada mediante
protocolos claramente definidos, similares aos utilizados nos ensaios clínicos e nas instituições com
recursos para tratamento e acompanhamento multidisciplinar.
Em geral, não foram publicados novos dados que justifiquem uma mudança nas recomendações de
2010 sobre manter ou suspender a ressuscitação. Um score de Apgar de 0 a 10 minutos é um forte
fator de previsão de mortalidade e morbidade em bebês prematuros e nascidos a termo, mas a
decisão sobre manter ou suspender os esforços de ressuscitação deve ser individualizada.
Sugere-se que o treinamento de ressuscitação neonatal ocorra com mais frequência do que o
intervalo atual de 2 anos.

ECG 02 PARA RN
GOLDEN (3 DERIVAÇÕES) HIPOTERMIA
PREMATURO
MINUTE + OXIMETRIA 21% - 30% TERAPÊUTICA

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QUESTÕES COMENTADAS
AGORA, RESOLVEREMOS AS QUESTÕES SOBRE O TEMA!

1. (HU-FURG/EBSERH/IBFC/2016) Um homem, 54 anos, estava na sala de espera do aeroporto aguardando o


seu voo com alguns amigos. De repente sentiu-se mal e apresentou parada cardiorrespiratória, sendo
socorrido no local. Nesse caso, deve ser realizada a Reanimação Cardiopulmonar (RCP), iniciada com e a
relação compressão-ventilação até a instalação de uma via aérea avançada de, com um ou dois socorristas.
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas.
a) Compressões torácicas; 30:2.
b) Ventilações de Resgate; 15:2.
c) Ventilações de Resgate; 5:2.
d) Compressões torácicas; 3:1.
e) Soco precordial; 25:2.
COMENTÁRIOS:
Amigo (a), na situação abordada na questão, deve-se iniciar ciclos de 30 compressões e 2 ventilações,
considerando que existe um dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de bolso para aplicar as
ventilações). E lembre-se de que compressões torácicas efetivas são essenciais para promover o fluxo de
sangue, devendo ser realizadas em todos pacientes em parada cardíaca.
Para não esquecer!

Dessa forma, o gabarito da questão é a letra A.

2. (Questão Inédita Equipe RP/2015) De acordo com as Diretrizes de RCP e ACE 2015 (AHA) - Suporte Básico e
Avançado de Vida, assinale a alternativa correta:
a) A frequência de compressões cardíacas é de no mínimo 100 por minuto.
b) A profundidade das compressões torácicas é de no mínimo 5 cm no adulto.
c) Em VAS, a relação de ventilações é de 8 a 10 por minuto, ou seja, a cada 6 a 8 segundos.
d) No SAV, pode – se utilizar a epinefrina ou vasopressina.
e) No neonato, a relação compressão/ventilação será 3:1, quando PCR por causa sugestiva de asfixia.

21

-
COMENTÁRIOS:
Essa questão é importante para verificarmos as principais alterações trazidas pelos Destaques da Atuali-
zação das Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE. Vamos corrigir os itens incorretos:
a) A frequência de compressões cardíacas é de 100 a 120 compressões/min, e não mais de mínimo 100
por minuto.
b) A profundidade das compressões torácicas no adulto é de 5 a 6 cm, e não mais no mínimo 5 cm.
c) Em Vias Aéreas Superiores (VAS), a relação de ventilações é de 10 por minuto, seja, a cada 6 segun-
dos, e não mais de 8 a 10 por minuto (a cada 6 a 8 segundos).
d) No Suporte Avançado de Vida, não se utiliza mais a vasopressina como substituta da epinefrina
(adrenalina).
e) No neonato, a relação compressão/ventilação será 3:1, quando PCR por causa sugestiva de asfixia.

Nesses termos, o gabarito é a letra E.

3. (IF Farroupilha/IF Farroupilha/2014) Você, como enfermeiro (a) da UTI, deve saber que a corrente de so-
brevivência é uma metáfora útil para os elementos do conceito de sistemas de atendimento cardiovascular de
emergência (ACE) que resume a compreensão atual da melhor abordagem para o tratamento de pessoas com
parada cardíaca súbita. Os quatro elos da corrente de sobrevivência são:
a) Acesso rápido, chamando a equipe; posicionamento do carrinho de emergência; fazer massagem cardíaca;
avisar a chefia da unidade.
b) Reanimação cardiopulmonar; avisar a direção da instituição; preparar a medicação; acionamento da equipe.
c) Acesso rápido; reanimação cardiopulmonar precoce; desfibrilação precoce e suporte avançado de vida pre-
coce.
d) Verificação da ventilação; desobstrução das vias áreas e controle da hemorragia; chamar a equipe; massa-
gem cardíaca e desfibrilação.
e) Acesso rápido; reanimação cardiopulmonar tardia; desobstrução das vias aéreas e montar o respirador me-
cânico.
COMENTÁRIOS:
Uma RCP bem-sucedida depende de uma sequência de procedimentos que pode ser sistematizada no
conceito de corrente de sobrevivência. Esta corrente de sobrevivência é composta por elos que refletem em
ações importantes a serem realizadas, cujos impactos na sobrevivência de uma vítima de PCR são grandes e
que não podem ser considerados isoladamente, pois nenhuma destas atitudes sozinha pode reverter a maioria
das PCRs.
Neste sentido, a cadeia de sobrevivência exige a rápida notificação de paradas cardíacas, assistência das
pessoas próximas à vítima, desfibrilação precoce, mesmo antes da chegada dos serviços de emergência e de
cuidados especializados.

O gabarito foi a letra C.


Atualmente, essa questão apresenta-se incompleta, pois temos 5 e não 4 elos na cadeia de sobrevivên-
cia. Faltou referir o suporte avançado de vida e cuidados pós-PCR.

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-
É recomendado o uso de cadeias de sobrevivência distintas (figura abaixo) que identifiquem as diferen-
tes vias de cuidado dos pacientes que sofrem uma PCR no hospital ou no ambiente extra-hospitalar. Note que
temos 2 cadeias de sobrevivência distintas, uma extra-hospitalar (PCREH) e outra intra-hospitalar (PCRIH).

A diferença básica entre essas cadeias de sobrevivência é a seguinte: na PCREH, o 4º elo é o suporte bá-
sico e avançado móvel de resgate (ex.: SAMU); na PCRIH, não há esse elo do suporte móvel e há o 1º elo, vigi-
lância constante para prevenção da PCR.
Fonte: Diretrizes de 2015 da American Heart Association (AHA).

4. (CNEN/IDECAN/2014) No Brasil, o trauma é a principal causa de morte do indivíduo jovem. Mais de 120.000
brasileiros morrem por ano em consequência de acidentes, e estima-se que 4 a 5 vítimas ficam com sequelas
permanentes para cada óbito. Frente a essa realidade, é fundamental que se desenvolvam serviços de aten-
dimento pré-hospitalar eficazes. No exame primário, procede-se à identificação e ao tratamento imediato das
seguintes condições ameaçadoras de vida, EXCETO:
a) Imobilização cervical
b) Controle da hemorragia
c) Avaliação do estado neurológico
d) Manutenção da via aérea e ventilação
e) Colocação de cateter de PIC (pressão intracraniana)

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-
COMENTÁRIOS:
A avaliação primária no trauma, realizada nos minutos iniciais do atendimento, visa identificar e tra-
tar as lesões que podem levar o indivíduo à morte, e consiste na avaliação cardiopulmonar inicial e na estabili-
zação do paciente. Esta avaliação é também chamada de abordagem "ABCDE" e envolve os seguintes passos:
- Avaliação rápida e estabilização da via aérea (Airway),
- Respiração (Breathing),
- Circulação (Circulation),
- Avaliação da condição neurológica (Disability), e
- Exposição da pele à procura de lesões e manutenção da normotermia (Exposure and Enviromental
control).
A avaliação secundária deve ser realizada após a estabilização inicial do paciente, e inclui a história diri-
gida, o exame físico detalhado "da cabeça aos pés" e o estabelecimento de prioridades para o tratamento
definitivo.
Fonte: Ressuscitação no Trauma
A colocação de cateter de PIC (pressão intracraniana) deve ser feita após a estabilização inicial do paci-
ente.

Logo, a alternativa incorreta é a E.

5. (FUMUSA/CAIPIMES/2014) Uma mulher, de 75 anos, estava saindo de casa e subitamente apresentou uma
Parada Cardiorrespiratória (PCR). Uma pessoa, que estava próxima de sua casa, veio para prestar socorro. Nes-
se caso, o socorrista deve:
a) realizar Reanimação Cardiopulmonar, iniciando pelas ventilações
b) iniciar a Reanimação Cardiopulmonar com soco pré-cordial
c) realizar o procedimento “ver, ouvir e sentir” para confirmar a PCR e aguardar o resgate para iniciar a Reani-
mação Cardiopulmonar
d) realizar Reanimação Cardiopulmonar (RCP), iniciando pelas compressões torácicas
COMENTÁRIOS:
Vejamos as assertivas:
Itens A e D. Em uma situação de PCR, um mnemônico pode ser utilizado para descrever os passos sim-
plificados do atendimento em SBV: o “CABD primário”. O “C” corresponde a Checar responsividade e respira-
ção da vítima, Chamar por ajuda, Checar o pulso da vítima e Compressões (30 compressões). O “A” refere-se à
Abertura das vias aéreas, o "B" à Boa ventilação (2 ventilações), o "D" à Desfibrilação. Portanto, a Reanimação
Cardiopulmonar (RCP) deve ser iniciada pelas compressões torácicas, e não ventilações (sequência correta é a
CABD).

No caso de trauma, a sequência utilizada é a ABCD, pois as primeiras medi-


das são a imobilização de coluna cervical e abertura de vias aéreas, que corres-
pondem à letra A do algoritmo.

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-
Item B. Existem relatos de que o soco precordial pode reverter taquicardia ventricular. Entretanto ou-
tros estudos não foram tão conclusivos. Esta técnica não tem valor em PCR não presenciada e SOMENTE deve
ser empregada em PCR presenciada, em ritmo de TV sem pulso em paciente MONITORIZADO e na AUSÊNCIA
de um DESFIBRILADOR.
Item C. O procedimento “ver, ouvir e sentir” para confirmar a PCR foi removido do protocolo da AHA
(2010). Além disso, em caso de PCR, deve-se iniciar a Reanimação Cardiopulmonar o mais rápido possível, e
não aguardar o resgate.

Nesses termos, o gabarito é a letra D.

Fonte: I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasi-


leira de Cardiologia.

6. (EBSERH/HULW-UFPB/Instituto AOCP/2014) No algoritmo de suporte básico de vida do American Heart


Association (2010), deve-se verificar o ritmo e dar choque, se indicado, a cada
a) 30 segundos.
b) 60 segundos.
c) 2 minutos.
d) 3 minutos.
e) 5 minutos.
COMENTÁRIOS:
Na situação de desfibrilação, utilizada em situações de parada cardiorrespiratória, os choques sucessivos
devem ser intercalados por 2 minutos de ressuscitação cardiopulmonar.

Logo, o gabarito é a letra C.

7. (Conjunto Hospitalar Sorocaba-CHS/CETRO/2014) Em 18 de outubro de 2010, a American Heart Association


(AHA) publicou novas diretrizes em que recomenda a reordenação dos três passos da ressuscitação cardio-
pulmonar (RCP). Com base nisso, assinale a alternativa correta
a) A, B, C = vias aéreas, insuflação e compressão.
b) B, C, A = vias aéreas, insuflação e compressão.
c) C, B, A = compressão, vias aéreas e insuflação.
d) A, B, C = vias aéreas, compressão e insuflação.
e) C, A, B = compressão, vias aéreas e insuflação.
COMENTÁRIOS:
Em uma situação de PCR, um mnemônico pode ser utilizado para descrever os passos simplificados do
atendimento em SBV é o “CABD primário”. O “C” corresponde a Checar responsividade e respiração da vítima,
Chamar por ajuda, Checar o pulso da vítima e Compressões (30 compressões). O “A” refere-se à Abertura das
vias aéreas, o "B" à Boa ventilação (2 ventilações), o "D" à Desfibrilação.

Nesses termos, o gabarito é a letra E.

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-
8. (Prefeitura de Várzea Alegre – CE/URCA/2014) A desobstrução de vias aéreas por corpo estranho no adulto
consciente, pode ser realizada por meio de:
a) Compressão cricoidiana.
b) Manobra de Heimlich.
c) Manobra que diminui subitamente a pressão intratorácica.
d) Drenagem postura.
COMENTÁRIOS:
Em caso de obstrução grave das vias aéreas em vítima consciente, deve-se utilizar a manobra de
Heimlich (figura abaixo). A manobra de Heimlich (impulso abdominal) eleva o diafragma e aumenta a pressão
na via aérea, forçando o ar dos pulmões. Isso pode ser suficiente para criar uma tosse artificial e expelir um
corpo estranho da via aérea.
Se a vítima
estiver grávida ou
for obesa, reco-
menda-se aplicar
compressões torá-
cicas, em vez de
compressões ab-
dominais (figura ao
lado). Se a vítima
for menor que o
socorrista, o mesmo Fonte: elaboração do site www.romulopassos.com.br
deve posicionar-se
de joelhos atrás da vítima e realizar a manobra de Heimlich.
Se a vítima adulta com OVACE tornar-se inconsciente, o socorrista deve apoiá-la cuidadosamente no
chão e imediatamente ativar (ou solicitar que alguém ative) o Serviço Médico de Emergência (SME) e, em se-
guida, iniciar a RCP. Se não houver outro socorrista para ativar o SME (SAMU), deverão ser realizados dois
minutos de RCP antes de fazê-lo. Cada vez que o socorrista abrir as vias aéreas para realizar as ventilações, o
mesmo deverá olhar para o interior da cavidade oral da vítima, à procura do corpo estranho (não deve ser
realizado varredura digital às cegas), ressaltando que as ventilações e compressões torácicas não devem ser
retardadas devido a este procedimento.

O gabarito, portanto, é a letra B.

9. (Prefeitura de Santa Mariana-PR/ FUNTEF-PR/2014) Crianças com até um ano de idade são as principais
vítimas de morte por aspiração de corpo estranho na faixa etária pediátrica. Sobre a técnica de desobstrução
de vias aéreas em crianças menores de um ano é adequada a alternativa abaixo:
a) É recomendada a remoção manual do material que está provocando a obstrução, mesmo que o mesmo não
esteja sendo visualizado.
b) Para crianças menores de um ano aplicar a Manobra de Heimlich de forma semelhante à do adulto.

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-
c) Utilizar uma combinação de palmada nas costas e compressões torácicas, sempre apoiando a vítima no an-
tebraço do socorrista, mantendo a cabeça da criança mais baixa do que o tronco.
d) O ponto de compressão torácica nas crianças menores de um ano é exatamente na linha mamilar, onde
devem ser realizadas 2 compressões de aproximadamente 05 cm.
COMENTÁRIOS:
A aspiração de um corpo estranho (CE) é uma causa importante de morte acidental em lactentes1 e cri-
anças, sendo a maior concentração na faixa etária de 1 a 3 anos, segundo estatísticas dos EUA e também do
Brasil.
Normalmente é um evento súbito, repentinamente, um CE provoca a obstrução da via aérea, resultando
em uma asfixia, que pode ser leve ou grave.
Se existe passagem de ar, a asfixia é leve, assim, o socorrista deve permanecer ao lado da criança ou be-
bê, deixando-o tossir, para eliminar o CE.
Na asfixia grave, ou seja, a criança não consegue tossir, emitir sons e respirar, mas ela ainda está consci-
ente e muito agitada, em função do sufocamento, deve-se:
• Perguntar se a criança está engasgada, sentindo dificuldade para respirar;
• Se a criança apenas acenar com a cabeça ou movimentar os braços e não conseguir falar ou tossir, di-
ga-lhe que irá ajudar;
• Realizar compressões abdominais em pé, manobra de Heimlich.
Mas, como a manobra de Heimlich deve ser feita?
Posicionar-se atrás da criança, na altura da mesma, o socorrista pode ficar ajoelhado;
• Abraçar a criança de modo que suas mãos fiquem na frente de seu corpo;
• Fechar uma das mãos;
• Colocar o lado do polegar da mão fechada contra o abdômen da criança, na linha média, ligeiramente
acima do umbigo e bem abaixo do esterno;
• Agarrar a mão fechada com a outra mão e pressionar a mão fechada contra o abdômen da criança,
com uma compressão rápida e forte para cima;
• Repetir as compressões até que o objeto seja expelido da via aérea ou a criança pare de responder;
• Se a criança parar de responder, deve-se acionar o SME e iniciar imediatamente a RCP, pelas compres-
sões torácicas.
Amigo(a), existem situações em que não é possível a realização da manobra de Heimlich, descrita acima,
como por exemplo, em lactentes e crianças obesas.
Se a criança em asfixia for obesa e o socorrista não puder abraçar totalmente a cintura, recomenda-se
executar compressões torácicas em vez de abdominais. Deve-se seguir os mesmos passos, exceto pelo local
onde posicionar os braços e mãos do socorrista. Os braços do socorrista devem ser colocados por baixo das
axilas da criança e as mãos na metade inferior do esterno. Puxar para trás para aplicar as compressões toráci-
cas.
No bebê (lactentes) gravemente asfixiado, mas ainda consciente, as manobras para remover um CE exi-
gem uma combinação de golpes nas costas e compressões torácicas. Seguindo os seguintes passos:

1
Lactente é a criança após os primeiros 28 dias de vida (recém-nascido) até completar o segundo ano de idade (24 meses). Que ainda
mama nos seios.

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-
• O socorrista poderá sentar-se com o bebê no colo;
• Manter o bebê voltado para baixo, com a cabeça mais baixa do que o tórax, apoiado em seu antebra-
ço;
• Sustentar a cabeça e mandíbula do bebê com a mão, com o cuidado de evitar comprimir os tecidos
moles da garganta do bebê. Repousar o antebraço do socorrista sobre a coxa para sustentar o bebê;
• Realizar 5 golpes nas costas vigorosos, entre as escápulas do bebê, usando o calcanhar da mão;
• Após os golpes nas costas, colocar a mão que está livre nas costas do bebê, apoiando a parte de trás
da cabeça do bebê com a palma da mão;
• O bebê ficará deitado entre os dois antebraços do socorrista, com a palma da uma mão sustentando o
rosto e a mandíbula, enquanto a palma da outra mão sustenta a parte de trás da cabeça do bebê;
• Virar o bebê como um todo, sustentando a cabeça e o pescoço. Manter o bebê voltado para cima, com
o antebraço do socorrista repousado sobre a coxa. Manter a cabeça do bebê mais baixa do que o tron-
co;
• Aplicar 5 compressões torácicas com 2 dedos na metade inferior do esterno, evitando o apêndice xi-
foide, da mesma maneira que na RCP. Aplicar as compressões torácicas à frequência aproximada de 1
por segundo, cada qual com a intenção de criar força suficiente para deslocar o CE;
• Repetir a sequência de 5 golpes nas costas e 5 compressões torácicas até o bebê eliminar o CE ou o
bebê deixar de responder;
• Se o bebê parar de responder, deve-se acionar o SME e iniciar imediatamente a RCP, pelas compres-
sões torácicas.

Se a criança ou bebê parar de responder, interromper as compressões abdominais, os golpes nas costas
e compressões torácicas e iniciar a RCP. Chamar ajuda. Se houver um segundo socorrista, este deve acionar o
SME. Colocar a criança ou bebê sobre uma superfície plana e firme.
Iniciar a RCP, pelas compressões torácicas, com 1 etapa a mais: toda vez que abrir as vias aéreas, o so-
corrista deve inspecionar a boca e, se o CE for visível, o socorrista deve retirá-lo utilizando seus dedos em for-
ma de pinça.

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-
A varredura digital às cegas não deve ser realizada em nenhuma faixa, pois isso pode empurrar o CE pa-
ra a via aérea, causando mais obstrução. Se estiver sozinho, após 2 minutos de RCP, na sequência C-A-B, acio-
nar o SME, caso não tenha feito.
Portanto, para desobstrução de via aérea obstruída por corpo estranho em lactentes, devem-se realizar
5 golpes nas costas, seguidas de 5 compressões torácicas até o bebê eliminar o CE ou o bebê deixar de res-
ponder.
Por seu turno, caso o bebê pare de responder, deve-se acionar o SME e iniciar imediatamente a RCP, pe-
las compressões torácicas.
Fonte: I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade
Brasileira de Cardiologia.

A partir do exposto, constatamos que o gabarito é a letra C.

10. (Prefeitura de Rio Manso-MG/Gestão de Concursos/2014) Considerando as Diretrizes da American Heart


Association (AHA) 2010 para reanimação cardiopulmonar (RCP), analise as alternativas e assinale com V as
verdadeiras e com F as falsas.
( ) O uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA) em hospitais, pode ser considerado como forma de faci-
litar a desfibrilação precoce. A equipe de enfermagem deve ser treinada para utilizá-lo, tornando-se um impor-
tante componente para atingir a meta de administração do choque em tempo igual ou menor a três minutos
do colapso.
( ) Ao utilizar um Desfibrilador Manual, a equipe de saúde deve observar as orientações do fabricante e utili-
zar a carga de 360 J quando o equipamento for bifásico.
( ) As diretrizes da AHA 2010 para reanimação cardiopulmonar recomendam uma alteração na sequência de
procedimentos de Suporte Básico de Vida (SBV) de A-B-C (Via aérea, respiração, compressão torácica) para C-
A-B (Compressão torácica, via aérea, respiração) em adultos, crianças e bebês, incluindo-se recém-nascidos.
( ) O procedimento “ver, ouvir e sentir se há respiração” foi removido do algoritmo e o uso de pressão cri-
coide durante as ventilações, em geral, não é recomendado.
Assinale a sequência CORRETA.
a) V F F V.
b) F V F V.
c) V V V F.
d) F F V V.
COMENTÁRIOS:
Vejamos os itens errados:
Item II. Na ausência de desfibriladores bifásicos, é aceitável o uso de desfibriladores monofásicos. As
configurações de choque com forma de onda bifásica diferem conforme o fabricante, nenhum dos quais foi
diretamente comparado em humanos quanto à eficácia relativa. Devido a essas diferenças na configuração da
forma de onda, os profissionais devem usar a carga de energia recomendada pelo fabricante (120 a 200 J) para

29

-
a respectiva forma de onda. Se a carga recomendada pelo fabricante não for conhecida, considere a desfibrila-
ção à carga máxima.
Portanto, a energia de choque bifásico é de acordo com o fabricante (120J a 200J) e se desconhecida
deve-se usar a maior disponível, enquanto a energia de choque monofásico é de 360J.
Item III. As diretrizes da AHA para reanimação cardiopulmonar recomendam uma alteração na sequên-
cia de procedimentos de Suporte Básico de Vida (SBV) de A-B-C (Via aérea, respiração, compressão torácica)
para C-A-B (Compressão torácica, via aérea, respiração) em adultos, crianças e bebês, em regra, NÃO incluindo
os recém-nascidos.
As PCRs neonatais são predominantemente asfíxicas, motivo pelo qual a sequência de ressuscitação A-
B-C com relação compressão-ventilação de 3:1 foi mantida, exceto quando há etiologia claramente cardíaca,
que deve ser feito o C-A-B.

Nesses termos, o gabarito é a letra A (V F F V).

11. (HUJM-UFMT/ EBSERH/ Instituto AOCP/2014) Mulher, 29 anos, 1,65 m de altura, 75 Kg de peso corporal,
tabagista, usuária ativa de contraceptivo hormonal oral, chegou ao serviço hospitalar de emergência às 8:00h,
devido a um quadro de 30 minutos de evolução caracterizado por algia em membro inferior esquerdo, associ-
ada à aumento do volume, empastamento da panturrilha e cor violácea desta extremidade. Às 8:30 h, o médi-
co a avaliou e a paciente era capaz de caminhar sozinha com claudicação moderada, mas o pulso distal do
membro afetado estava diminuído em relação ao membro contra-lateral, sendo solicitado vaga na Clínica Mé-
dica. Como havia leito disponível para internação, a paciente foi caminhando em companhia de um dos auxili-
ares de enfermagem até o setor de destino, onde foi recebida às 8:50 h pelo enfermeiro, que a acompanhou
até seu leito e coletou o histórico de enfermagem. O enfermeiro, no entanto, precisou retornar ao Posto de
Enfermagem para buscar o estetoscópio que havia esquecido na bancada. Enquanto isso, a paciente decidiu ir
ao banheiro para urinar e com muita dificuldade e extremamente dispneica, ainda conseguiu voltar para o seu
leito, mas evoluiu com Parada Cardiorrespiratória (PCR). Identificada rapidamente pelo enfermeiro quando
esse retornou para terminar o exame físico, Cardiopulmonar (RCP), intubação orotraqueal e, ao ser verificado
o ritmo, constatou-se atividade elétrica sem pulso. Diante desse caso e de acordo com as Diretrizes da Ameri-
can Heart Association, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa
com a sequência correta.
( ) O enfermeiro deve ter feito o reconhecimento da PCR ao verificar que a paciente estava irresponsiva, sem
respiração ou com gasping e sem pulso palpado em 10 segundos.
( ) Na desfibrilação, deve ser utilizada carga de 360J se o desfibrilador for monofásico.
( ) Deve-se considerar a administração de trombolítico na RCP.
( ) Após estabelecimento de via aérea avançada, deve-se manter a relação compressão-ventilação em 30:2.
a) F – V – F – V.
b) V – F – V – F.
c) V – F – F – F.
d) F – V – V – V.
e) F – F – F – V.

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COMENTÁRIOS:
A questão é extensa, mas não se assuste. O primeiro passo é selecionar as informações necessárias para
a resolução da questão:
 mulher com algia (dor) em membro inferior esquerdo, associada à aumento do volume, empasta-
mento da panturrilha e cor violácea desta extremidade, pulso distal do membro afetado estava diminuído em
relação ao membro contralateral (sinais prováveis de um quadro de trombose venosa profunda - TVP);
 paciente evoluiu com Parada Cardiorrespiratória (PCR);
 a PCR foi identificada rapidamente pelo enfermeiro e foram iniciadas as manobras de Reanimação
Cardiopulmonar (RCP);
 intubação orotraqueal;
 ao ser verificado o ritmo, constatou-se atividade elétrica sem pulso - AESP.
Vejamos agora os itens errados:
Item II. Em pacientes em AESP não é recomendada a desfibrilação.
Item IV. Atualmente, após estabelecimento de via aérea avançada, deve-se realizar 1 ventilação a cada 6
segundos (10 ventilações/min) assíncronas com compressões torácicas.

Diante do exposto, o gabarito é a letra B.

12. (Prefeitura de Heliodora-MG/IDECAN/2014) São ações corretas do enfermeiro no cuidado com pacientes
submetidos à cardioversão eletiva, EXCETO:
a) Estabelecer acesso intravenoso.
b) Monitorar continuamente o paciente com ECG.
c) Certificar que o paciente esteja em fibrilação ventricular.
d) Assegurar que o cardioversor esteja com a função de sincronia ativada.
e) Obter eletrocardiograma com 12 derivações antes e após o procedimento.
COMENTÁRIOS:
A desfibrilação elétrica é um procedimento terapêutico que consiste na aplicação de uma corrente elé-
trica contínua NÃO SINCRONIZADA, no músculo cardíaco. Esse choque despolariza em conjunto todas as fibras
musculares do miocárdio, tornando possível a reversão de arritmias graves como a taquicardia ventricular e a
fibrilação ventricular, permitindo ao nó sinusal retomar a geração e o controle do ritmo cardíaco.
A cardioversão elétrica é um procedimento na
maioria das vezes eletivo, em que se aplica o choque
elétrico de maneira SINCRONIZADA, ou seja, o paciente
deve estar monitorado no cardioversor e este deve
estar com o botão de sincronismo ativado, pois a des-
carga elétrica é liberada na onda R, ou seja, no período
refratário. O motivo de se efetuar a descarga sincroni-
zada é evitar que o choque ocorra sobre a onda T (que
corresponde à repolarização ventricular), desencade-
ando a fibrilação ventricular.

31

-
A cardioversão elétrica é indicada nas situações de taquiarritmias como a fibrilação atrial (FA), flutter
atrial, taquicardia paroxística supraventricular e taquicardias com complexo largo e com pulso. O paciente
deve estar em jejum por no mínimo 4h e, de preferência, estabilizado quanto aos seus eletrólitos (potássio e
magnésio) e oximetria (saturação de oxigênio). O material para reanimação deve estar ao lado; geralmente o
paciente é sedado (midazolam, propofol ou etomidato); a via aérea deve ser mantida aberta e se necessário, o
paciente deve ser oxigenado e ventilado com bolsa-valva-máscara (Ambú).

O gabarito da questão é a letra C.

Pois não se faz cardioversão em paciente esteja em fibrilação ventricular. Nesse caso, é recomendada a
desfibrilação.

13. (EBSERH/HU-UFGD/Instituto AOCP/2014) De acordo com o algoritmo de suporte avançado de vida cardi-
ovascular, são consideradas causas reversíveis:
a) tensão no tórax por pneumotórax, tamponamento cardíaco, hipernatremia e trombose coronária.
b) acidose, trombose pulmonar, hipocalemia e toxinas.
c) hipoglicemia, hipercalemia, hipóxia e hipovolemia.
d) hipercalemia, hipovolemia, hipernatremia e trombose coronária.
e) tamponamento cardíaco, trombose pulmonar, hipocalcemia e hidrogênio.
COMENTÁRIOS:
Diagnóstico e tratamento das causas
reversíveis de PCR são fundamentais na
abordagem de todos os ritmos de PCR,
lembrando sempre dos “5Hs e 5Ts”2, que
representam as causas reversíveis da PCR:
Vejamos agora quais as causas des-
critas nas alternativas não são da PCR:
a) A hipernatremia.
c) A hipoglicemia.
d) A hipernatremia.
e) A hipocalcemia.

A assertiva B (gabarito) é a única que descreve apenas causas reversíveis da PCR.

2
Essas causas reversíveis da PCR apresentam variações na literatura. Precisamos ter cuidado na resolução das questões.
Sempre assinalar a “melhor resposta” .

32

-
14. (HU-FURG/EBSERH/IBFC/2016) Sobre Parada Cardiorrespiratória (PCR), analise as afirmativas abaixo, de
valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para
baixo.
( ) Devemos suspeitar de PCR se o paciente não responder ou apresentar respiração anormal (gasping); veri-
ficar pulso carotídeo ou femoral em até 10 segundos; caso não sinta o pulso iniciar manobras de RCP (Ressus-
citação Cardiopulmonar) colocando a pessoa em uma superfície plana e rígida e usar o DEA/DAE (desfibrilador
externo automático), se disponível.
( ) Em bebê ou criança que não responde e não apresenta respiração (ou apenas com gasping), verificar o
pulso (braquial em bebê e carotídeo ou femoral em criança) em até 10 segundos; caso não o sinta ou estiver
inseguro em relação a isso iniciar as compressões torácicas.
( ) No idoso, as calcificações de cartilagens costo-condrais podem provocar fraturas de costelas durante a
realização da RCP.
( ) Para realização adequada da RCP em gestante, deve-se realizar tração do útero para o lado esquerdo da
cliente. Assim, estaremos descomprimindo a veia cava e tornando a manobra de RCP mais eficaz, melhorando
a situação da mãe e do feto.
a) V, V, F, F.
b) V, F, V, F.
c) V, V ,V ,V.
d) F, F, V, V.
e) V, V, V, F.
COMENTÁRIOS:
A questão apresenta todas as alternativas corretas, sendo cada uma relevante para estarmos sempre
relembrando! Logo, é correto afirmar que:
 Devemos suspeitar de PCR se o paciente não responder ou apresentar respiração anormal (gasping)
e verificar pulso carotídeo ou femoral em até 10 segundos; caso não sinta o pulso iniciar manobras de RCP
(Ressuscitação Cardiopulmonar) colocando a pessoa em uma superfície plana e rígida e usar o DEA/DAE (des-
fibrilador externo automático), se disponível.
 Em bebê ou criança que não responde e não apresenta respiração (ou apenas com gasping), verificar
o pulso (braquial em bebê e carotídeo ou femoral em criança) em até 10 segundos; caso não o sinta ou estiver
inseguro em relação a isso iniciar as compressões torácicas.
 No idoso, as calcificações de cartilagens costo-condrais podem provocar fraturas de costelas durante
a realização da RCP.
 Para realização adequada da RCP em gestante, deve-se realizar tração do útero para o lado esquerdo
da cliente. Assim, estaremos descomprimindo a veia cava e tornando a manobra de RCP mais eficaz, melho-
rando a situação da mãe e do feto.

Portanto, o gabarito da questão é a letra C.

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15. (EBSERH/HE – UFSCAR/AOCP/2015) A parada cardiorrespiratória em assistolia necessita de reanimação
cardiopulmonar com ênfase em compressões torácicas de boa qualidade, que compreendem
a) compressões com as mãos separadas, acima do esterno.
b) manter frequência máxima de 90 compressões por minuto.
c) interromper as compressões por 30 segundos em cada ciclo.
d) realizar compressões superficiais, sem retorno total do tórax.
e) alternar os profissionais que aplicam as compressões a cada 2 minutos.
COMENTÁRIOS:
De acordo com o manual AHA, 2015, as compressões torácicas devem ser realizadas de acordo com as
instruções a seguir:
 Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus joelhos com certa distância um do outro para que
tenha melhor estabilidade;
 Afaste ou, se uma tesoura estiver disponível, corte a roupa da vítima que está sobre o tórax para
deixá-lo desnudo;
 Coloque a região hipotenar de uma mão sobre o esterno da vítima e a outra mão sobre a primeira,
entrelaçando-a;
 Estenda os braços e posicione-os cerca de 90º acima da vítima;
 Comprima na frequência de 100 a 120 compressões/minuto;
 Comprima no adulto com profundidade de, no mínimo, 5 cm (2 polegadas), não podendo exceder 6
cm (2,4 polegadas);
 Permita o retorno completo do tórax após cada compressão, sem retirar o contato das mãos com o
mesmo;
 Minimize interrupções das compressões;
 Reveze com outro socorrista, a cada dois minutos, para evitar a fadiga e compressões de má
qualidade;
CRIANÇAS BEBÊS
ADULTO
(1 ANO ATÉ A PUBERDADE) MENORES DE 1 ANO

1 socorrista – dois
dedos no centro do
2 mãos ou 1 mão tórax, logo abaixo
Duas mãos sobre a (opcional para crian- da linha mamilar;
metade inferior do ças muito pequenas)
esterno. sobre a metade 2 socorristas -técnica
inferior do esterno. dos dois polegares
no centro do tórax,
logo abaixo da linha
mamilar.

Dessa forma, o gabarito da questão é a letra E.

34

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16. (PREFEITURA MUNICIPAL DO JABOATÃO DOS GUARARAPES/PE/AOCP/2015) Na ressuscitação cardio-
pulmonar (RCP) em pediatria, para a ressuscitação de bebês e crianças por dois profissionais de saúde, é cor-
reto iniciar:
a) com o procedimento ver, ouvir e sentir se há respiração.
b) a ressuscitação com 15 compressões torácicas.
c) o procedimento com 4 ventilações de resgate.
d) a ressuscitação com soco precordial.
e) o procedimento com manobra de Jaw-thrust.
COMENTÁRIOS:
Na ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em pediatria, para a ressuscitação de bebês e crianças por dois
profissionais de saúde, é correto iniciar a ressuscitação com 15 compressões torácicas e em seguida 2 ventila-
ções.

Logo, o gabarito da questão é a letra B.

17. (EBSERH Nacional/AOCP/2015) Ao presenciar uma Parada Cardiorrespiratória (PCR) extra-hospitalar e


havendo um Desfibrilador Externo Automático (DEA) prontamente disponível no local, recomenda-se que o
socorrista.
a) inicie a manobra para abertura de vias aéreas, seguida pelo uso do DEA.
b) inicie com o procedimento ver, ouvir e sentir se há respiração e só utilizar o DEA com a chegada do Suporte
Avançado de Vida.
c) inicie a reanimação cardiopulmonar com compressões torácicas e use o DEA o quanto antes.
d) inicie a reanimação cardiopulmonar com 02 ventilações de resgate, seguidas de 30 compressões torácicas e
não utilize o DEA.
e) inicie utilizando a manobra de posicionamento com 05 ventilações e 15 compressões torácicas, aguardando
03 ciclos para o uso do DEA.
COMENTÁRIOS:
Vejamos cada alternativa!
a) Incorreta. Não iniciar a manobra para abertura de vias aéreas, seguida pelo uso do DEA. Devemos
seguir a sequência C-A-B, ou seja, fazer 30 compressões cardíacas para cada 2 ventilações até que o DEA este-
ja pronto para avaliar ritmo e fazer desfibrilação em caso de fibrilação ventricular e taquicardia ventricular.
b) Incorreta. Inicie com o procedimento ver, ouvir e sentir se há respiração e só utilizar o DEA com a
chegada do Suporte Avançado de Vida. Esse procedimento não é mais recomendado.

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c) CORRETO. Inicie a reanimação cardiopulmonar com compressões torácicas e use o DEA o quanto an-
tes.
d) Incorreto. Inicie a reanimação cardiopulmonar com 02 ventilações de resgate, seguidas de 30 com-
pressões torácicas e não utilize o DEA. Deve-se fazer o contrário, 30 compressões e depois 2 ventilações.
e) Incorreto. Inicie utilizando a manobra de posicionamento com 05 ventilações e 15 compressões torá-
cicas, aguardando 03 ciclos para o uso do DEA. Item descabido.

Nesses termos, o gabarito é a letra C.

18. (EBSERH/HU-UFG/AOCP/2015) Na parada cardiorrespiratória (PCR) em adulto com Atividade Elétrica sem
Pulso (AESP), é correto:
a) iniciar desfibrilando o paciente com choque único na potência máxima do aparelho (360 J).
b) iniciar procedimento de abertura de vias aéreas e instalação de via aérea avançada, oferecendo de 10 a 12
insuflações por minuto, sincronizadas com as compressões torácicas.
c) administrar atropina intravenosa 0,02mg/kg e repetir duas vezes até dose máxima de 20 mg.
d) comprimir o tórax na frequência máxima de 80 compressões por minuto, interrompendo as compressões
para administração de drogas vasoativas.
e) administrar epinefrina 1 mg intravenosa/intraóssea em bólus, seguida de 20 ml de solução salina 0,9% e
elevação do membro (repetir a cada 3 a 5 minutos).
COMENTÁRIOS:
Nos casos de PCR por assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP), não há indicação da desfibrila-
ção. Nessas situações, outros tratamentos como o uso de medicações devem ser utilizados. Logo, o procedi-
mento será administrar epinefrina 1 mg intravenosa/intraóssea em bólus, seguida de 20 ml de solução salina
0,9% e elevação do membro (repetir a cada 3 a 5 minutos).
ATENÇÃO! A DESFIBRILAÇÃO é o tratamento para parada cardiorrespiratória em FIBRILAÇÃO VENTRI-
CULAR/TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO.

Portanto, o gabarito da questão é a letra E.

19. (EBSERH/HE-UFPEL/AOCP/2015) Considerando os protocolos estabelecidos pela American Heart Associa-


tion (AHA), diante de uma PCR inesperada, a primeira medida a ser tomada é/são:
a) a rápida desfibrilação.
b) o acionamento de serviço de emergência e/ou equipe especializada
c) a ressuscitação cardiopulmonar precoce com ênfase nas compressões torácicas.
d) o suporte avançado de vida eficaz.
e) os cuidados pós-PCR integrados.

36

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COMENTÁRIOS:
Amigo(a),
De acordo com o Manual AHA (2015), primeiramente, deve ser avaliada a segurança do local. Certificar
se o local é seguro para o socorrista e para a vítima. E em seguida, verificar a responsividade da vítima e
posteriormente acionar o serviço de emergência (SAMU/192), de acordo com a figura abaixo:

Segurança Verificar
Acionar SME
do local responsividade

COMPRESSÕES Avaliar respiração


Iniciar 30:2 TORÁCICAS/ e checar o puls
Ventilações simultaneamente

Profundidade 5cm
Frequência de não deve exceder
100 a 120/min 6cm no adulto

Mas seguindo as alternativas que a questão nos traz, podemos concluir que o
Gabarito é a letra B.

“ O concurseiro vencedor sabe dizer não sempre que necessário, sem se


culpar, não podemos agradar a todos e prejudicar nossa preparação,
nossos sonhos, sem desgaste. ”

__________________________
Amigo(a), terminamos mais uma aula de nosso curso.

Esperamos que tenha aperfeiçoado os seus conhecimentos.

Até o próximo encontro!

Profº Rômulo Passos

Profº Sthephanie Abreu

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GABARITO
1. A
2. E
3. C
4. E
5. D
6. C
7. E
8. B
9. C
10. A
11. B
12. C
13. B
14. C
15. E
16. B
17. C
18. E
19. B

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REFERÊNCIAS
Manual de destaques da Atualização das Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE. Edição em
português: Hélio Penna Guimarães, MD, PhD, FAHA e a equipe do Projeto de Destaques das Diretrizes
da AHA.© 2015 American Heart Association. Disponível em: https://eccguidelines.heart.org/wp-
content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf
AHA Basic Life Support for Healthcare Providers (BLS) Initial Certification Course May 10,
2015.

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