Você está na página 1de 9

MÓDULO 7

Socorro ao náufrago.
1)Sistema integrado de emergencia médica (SIEM)

Intervenção ativa dos varios elementos (comunitários, individual e coletivo) sejam eles
extra-hospitalares ou hospitalares de modo a possibilitar uma ação eficaz em caso de
doença súbita ou acidente. O objetivo do S.I.E.M é o reestabelecimento da vida da vítima.

2)Socorro à vítima

O trabalho do N.S. é dividido em: 92,1% prevenção, 2,45% salvamento e 5,45% auxilio
médico.

3)Exame geral da vítima

Há dois exames a serem feitos em casos de doença ou acidente, o exame primário e o


secundário, o NS é responsável pelo exame primário da vítima e este deve ser feito o mais
precocemente possível, com o intuito de medir o estado de consciência, de ventilação e de
atividade cardio-circulatória da mesma.

Esse exame permite: Avaliar fatores de risco para a vítima e para os socorristas e identificar
o estado geral da vítima (gravidade das lesões, prioridade de atuação...).

3.1) Exame primário:

⦁ A (AIRWAY) Desobstrução das vias aéreas

⦁ B (BREATHING) Ver se respira: V.O.S. por 10 seg.

⦁ C (CIRCULATION) Ver se tem pulso carotídeo por 10seg.

⦁ D (DISABILITY) Ver se está consciente: A.V.D.S.

I. Alerta (responde);

II. Verbal (responde ao estímulo verbal);

III. Doloroso (responde ao estímulo doloroso);

IV. Sem resposta (não responde).

⦁ E (EXPOSURE) Prevenir hipotermia: Cobrir e aquecera vítima

1
4)Enquadramento do suporte básico de vida (SBV)

Quando estamos diante de uma vítima em PCR, deve ser seguidos os passos da cadeia de
sobrevivência. Esta cadeia é composta de 4 elos:

⦁ 1°) PREVENIR: Ligar 112 e comunicar o caso para emergência.

⦁ 2°) GANHAR TEMPO: Iniciar SBV.

⦁ 3°)RECUPERAR O CORAÇÃO: Desfibrilação (DAE).

⦁ 4°)SUPORTE AVANÇADO DE VIDA: Auxílio médico por profissionais da saúde.

5)Suporte básico de vida (SBV)

Caso o SBV demore mais de 3-4 minutos, pode acarretar danos cerebrais irreversiveis.

Etapas do SBV em adultos:

I. Condições de segurança;

II. Avaliar o estado de consciência;

III. Permeabilização da Via Aérea (Extensão da cabeça, elevação do queixo e


desobstrução).

IV. Verificar respiração (VOS).

V. Ligar 112 e pedir ajuda.

VI. RCP 30:2 (100 a 120 compressões por minuto, 3 ciclos)

Etapas do SBV em crianças:

I. Condições de segurança;

II. Avaliar o estado de consciência;

III. Permeabilização da Via Aérea (Extensão da cabeça, elevação do queixo e


desobstrução).

IV. Verificar respiração (VOS)

V. 5 insuflações iniciais, observar sinais de vida e 1 minuto de RCP.

2
VI. Ligar 112 e pedir ajuda.

VII. RCP 15:2 (100 a 120 compressões por minuto, 5 ciclos)

Etapas do SBV para AFOGAMENTO:

I. Condições de segurança;

II. Avaliar o estado de consciência; ******

III. Permeabilização da Via Aérea (Extensão da cabeça, elevação do queixo e


desobstrução).

IV. Verificar respiração.

V. Ligar 112 e pedir ajuda ******

VI. Permeabilização da Via Aérea, 5 Insuflações e observar sinais de vida.

VII. RCP 30:2 (100 a 120 compressões por minuto, 3 ciclos)

6)Desfibrilador automático externo (DAE)

A experiencia internacional demonstra que, em ambiente extra-hospitalar, a utilização da


DAE por pessoal não médico aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência
das vítimas

COMO OPERAR O DAE? (Vítima não responde e não ventila)

I. Continuar manobras de reanimação até a chegada do DAE;

II. Se houver 2 NS o segundo continua o RCP enquanto o primeiro seguirá as


instruções;

III. Expor o tórax da vítima e colocar os elétrodos;

IV. Ter certeza de que ninguém toca a vítima enquanto o DAE analisa o ritmo cardiaco;

V. Dar o choque recomendado pelo aparelho;

VI. Re-iniciar o SBV se o aparelho pedir;

VII. Após parar as manobras não desligar o aparelho nem retirar os elétrodos da vítima.

7)Obstrução da via aérea:

3
Tipos de obstrução:

Ligeira: leve obstrução, eventual ruído na respiração, mantém trocas gasosas...etc.

Grave: incapacidade de falar, chorar. Agarra o pescoço com as mãos.. etc

Algoritmos de desobstrução:

Em ADULTO e CRIANÇA

Até 5 pancadas interescapulares alternando com até 5 compressões abdominais.

Pancadas interescapulares:

I. Ficar ao lado e um pouco por trás da vítima, com uma das pernas apoiadas
(geralmente à esquerda);

II. Passar o braço (geralmente o esquerdo) por baixo da axila da vítima e apoiar ao
nível do torax, mantendo a vítima inclinada para a frente;

III. Aplicar até 5 pancadas com a outra mão na parte superior das costas (região das
omoplatas)

IV. Após cada pancada verificar se o problema foi resolvido.

Compressões abdominais: (Manobra de Heimlich)

I. Ficar atrás da vítima e abraçar o abdomen;

II. Fechar o punho de uma mão (geralmente a esquerda);

III. Colocar a outra mão sobre o punho fechado;

IV. Aplicar uma compressão rápida de dentro e para cima;

V. Repetir até 5 compressões.

4
Compressões torácicas: As compressões torácicas devem ser adotas caso se trate de uma
vítima grávida, vítima com obesidade mórbida (Ou Recém-nascido)

I. Ficar atrás da vítima e abraçar o toráx da vítima;

II. Ficar com as mãos abertas e sobrepostas;

III. Aplicar até 5 compressões rápidas para dentro;

Em Recém-nascido:

I. Ajoelhar com o RN no colo

II. Segura-lo com barriga para baixo com a cabeça levemente mais baixa que o tórax,
apoiada no seu antebraço. Apoiar a cabeça e mandibula com a sua mão.

III. Aplicar até 5 pancadas interescapulares com a base da mão .

IV. Colocar a outra mão sobre as costas do RN e segurar a região posterior da cabeça
com a palma da mão e girar o RN cuidadosamente.

V. Repousar o antebraço que está segurando o RN sobre a coxa/colo e manter a


cabeça dele mais baixa que o tronco;

VI. Aplicar até 5 compressões torácicas (Identicas ao SBV) rápidas com o objetivo de
provocar tosse artificial capaz de deslocar o corpo estranho.

5
8)Métodos de ventilação : Ar expirado e ventilção mecânica.

Com ar expirado: deve ser aplicada imediatamente em todos os casos de asfixia. existem 5
tipo (boca-boca; boca-nariz; boca-nariz-boca; boca-máscara; boca-estomago.)

A probabilidade de sucesso decresce 7-10% p/ min.

Caso a ventilação seja aplicada com muita força, parte do ar vai para o estomago, causando
distensão gástrica e gerando diversas complicações para a vítima como vómitos, aspiração e
pneumonia.

Cada insuflação leva 1 seg. e não deve ser maior do que apenas levantar o toráx da vítima.

Ventilação mecânica: Feita por aparelhos mecanicos (insuflador manual de balão).

6
I. Posicionar atrás e acima da cabeça da vítima;

II. Colocar a máscara sobre a face da vítima, usando o dorso do nariz como guia;

III. Elevar o queixo da vítima; (usar o polegar e o indicador, formando um "C" e


pressionando a máscara, usar os outros tres dedos para elevar o queixo)

IV. Comprimir o insuflador manual para aplicar as ventilações (1seg. cada) enquanto
observa o toráx

9)Oxigenoterapia:

Existem situações em que o individuo não consegue captar quantidades suficientes de


oxigênio, nesses casos é fundamental o fornecimento de oxigenio para manter as funções
vitais.

Sintomas: Dispneia (dificuldade em ventilar); pele pálida e suada. Cianose (cor azulada da
pele), pulso rápido e fraco, e situações de PCR.

Métodos para administrar oxigenio:

Inalação: Quando a vítima respira por ela própria.

⦁ Óculos nasais: Aparelho constíuido por um tubo que se divide em dois de menor
diametro que se unem na extremidade formando um aro por onde sai o oxigenio.
Nele não se usa débitos maiores que 5 litros/min. de oxigenio.

7
⦁ Máscara facial simples e compostas: São máscaras clássicas no uso da "inalação" e
se diferenciam apenas de que na mascara composta há um balonete para
enriquecimento de oxigenio. Na máscara simples não se utiliza débitos maiores que
5 litros/minuto e na composta utiliza débitos maiores que 5 litros/minuto.

Insuflação: quando a vítima não respira por ela própria, o oxigenio entra forçadamente aos
pulmões.

Insuflador manual: deve ser associado a um tubo orofaríngeo (guedel) adaptado a fonte de
oxigênio à mascara.

Quantidade de oxigenio a ser administrado:

I. PCR = 15 litros

II. Intoxicações graves= 15litros

III. Edema agudo no pulmão = 15 litros

IV. Crise de asma grave = 15 litros

V. Grau 3,4 e 5 do afogamento (seja durante ou depois da recuperação) = 15 litros

VI. (Se nesses casos estivermos com criançar ou R.N. deve ser administrado 10 litros)

VII. Em todas as outras situações = 5 litros/min

Capacidades e autonomia da garrafa:

Para saber a quantidade de oxigenio disponivel (autonomia) é necessário multiplicar a


capacidade pela pressão. Autonomia = Capacidade x Pressão (A=CxP)

Para obter o tempo de autonomia é só pegar a autonomia e dividir pelo débito. (Ta =

8
[CxP]/D)

Cuidados na administração do oxigenio:

Em relação ao material:

Manter o equipamento livre de gordura;

Não fumar nem fazer lume ao administrar O2;

Não expor a garra a temperaturas superiores a 49°C;

Ao chegar na reserva, recarregar imediatamente;

Usar somente força manual para apertar a garrafa;

Fechar a garrafa e descarregar o sistema após o seu uso;

Fazer a prova hidraulica da garrafa a cada 5 anos, ou sempre que houver duvidas.

Equipamento de oxigenoterapia:

Garrafa de oxigenio, regulador de pressão, manometro de alta pressao, manometro de


débito, tubo de conexão, mascara e óculos nasais.

A margem de segurança deve ser de 10% da capacidade da garrafa.

10)Riscos para o NS na prestação do primeiros socorros:

O NS nunca de se expor a riscos iguais ou superiores aos da vítima, para não se tornar vítima
também.

Você também pode gostar