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Medidas Preventivas

no Ambiente de
Trabalho Acidentado
Enf. Paula Rayane Sousa Reis
RISCOS E SEUS AGENTES
Risco de Acidente
Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e
possa afetar sua integridade e seu bem-estar físico e psíquico.
Exemplos: as máquinas e equipamentos sem proteção,
probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado,
armazenamento inadequado, etc.
RISCOS E SEUS AGENTES
RISCOS E SEUS AGENTES
Risco ergonômico
Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do
trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde.
Exemplos: levantamento de peso, ritmo de trabalho excessivo, monotonia,
repetitividade, postura inadequada, etc.
RISCOS E SEUS
AGENTES
• Lombalgia
• Artose
• Problemas intestinais
• Visão cansada
• Enxaqueca
RISCOS E SEUS
AGENTES
Risco Físico
Consideram-se agentes de risco físico as diversas
formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como: ruído, calor, frio, pressão, umidade,
radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração, etc.
RISCOS E SEUS AGENTES
Risco químico
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou
produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via
respiratória, na forma de poeiras, fumos, gases, neblinas, névoas ou vapores,
ou que sejam, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato
com o organismo ou ser absorvidos por ele através da pele ou por ingestão.
RISCOS E
SEUS
AGENTES
RISCOS E SEUS
AGENTES
Risco biológico

Consideram-se agentes
de risco biológico bactérias,
vírus, fungos, parasitos,
entre outros.
Procedimentos Básicos na Avaliação do
Estado Físico e Neurológico do Acidentado
✔ Contatar o serviço de atendimento emergencial ;
✔ Fazer o que deve ser feito no momento certo, afim de:
• Salvar uma vida;
• Prevenir danos maiores;
✔ Manter o acidentado vivo até a chegada deste atendimento;

✔ Manter a calma e a serenidade frente a situação;


✔ Aplicar calmamente os procedimentos de primeiros socorros ao
acidentado;
✔ Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o acidentado;
✔ Ser o elo das informações para o serviço de atendimento emergencial;
✔ Agir somente até o ponto de seu conhecimento e técnica de
atendimento.
Etapas Básicas de Primeiros Socorros
Avaliação do Local do Acidente
Assumir o controle da situação e proceder a uma rápida e
segura avaliação da ocorrência. Deve-se tentar obter o máximo de
informações possíveis sobre o ocorrido.
Proteção do Acidentado
Avaliação e Exame do Estado Geral do acidentado
✔ Estado de consciência
✔ Respiração
✔ Hemorragia
✔ Pupilas
✔ Temperatura do corpo
✔ Cabeça e Pescoço;
✔ Coluna Dorsal
✔ Tórax e Membros
Exame do acidentado Inconsciente
Manter as vias respiratórias superiores desimpedidas fazendo a
extensão da cabeça, ou mantê-la em posição lateral para evitar
aspiração de vômito. Limpar a cavidade bucal.
Observar as seguintes alterações

✔ Falta de respiração;
✔ Falta de circulação (pulso ausente);
✔ Hemorragia abundante;
✔ Perda dos sentidos (ausência de consciência);
Envenenamento.
RECONHECENDO UMA
PARADA
CARDIORESPIRATORIA
A parada cardiopulmonar ou parada cardiorrespiratória (PCR) é
definida como a ausência de atividade mecânica cardíaca e
respiratória.

Apesar de avanços nos últimos anos relacionados à prevenção e


tratamento, muitas são as vidas perdidas anualmente no Brasil
relacionadas à PCR
No Brasil, mais de 630 mil pessoas são vítimas por ano de morte
súbita, provocada por arritmias cardíacas e infarto agudo do
miocárdio.

Cerca de 50% dos óbitos ocorrem antes da vítima chegar ao hospital ou


receber atendimento.

Recomendamos que leigos iniciem a RCP para uma suposta


PCR, pois o risco de dano ao paciente é baixo se o paciente
não estiver em PCR.
Perda imediata da
As pupilas dos olhos
consciência, do pulso e da A pele e as mucosas
começam a se dilatar em
pressão arterial. Pode apresentam palidez e
menos de 1 min e podem
ocorrer dificuldade cianose.
ocorrer convulsões.
respiratória.

Após o diagnóstico de PCR


O risco de lesão orgânica,
precisa ser estabelecido e
lesão encefálica
medidas devem ser
irreversível e morte
empreendidas
aumenta a cada minuto
imediatamente para
após a circulação cessar.
restaurar a circulação.
ATENDIMENTO PCR

•“CAB primário”.
•C - Checar a responsividade, respiração, chamar por ajuda,
checar o pulso e compressões;
•A - Abertura das vias aéreas;
•B - Boa ventilação;

Fonte: Google,2019
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)

“C” - RESPONSIVIDADE:
• Chamando a vítima e tocando-a pelos ombros;
• Se responder, apresentar-se e conversar perguntando se
precisa de ajuda;
• Se NÃO responder, avaliar sua respiração observando se
há elevação do tórax e o pulso carotídeo
SIMULTANEAMENTE em menos de 10 segundos.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

ATENÇÃO! Caso a vítima (adulto) não respire mas


apresente pulso (PR) aplicar 1 ventilação a cada 5 a 6
segundos ou cerca de 10 a 12 ventilações por minuto.

Em caso de crianças, aplicar 3 a 5 segundos ou cerca


de 12 a 20 ventilações por minuto.

CHECAR O PULSO A CADA 2 MINUTOS.


SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)

CHECAR O PULSO

• Cheque o pulso carotídeo da vítima em


menos de 10 segundos;
• Se não detectar pulso na vítima somado a
respiração em gasping, ausência da
respiração ou caso esteja em dúvida, inicie
os ciclos de compressões e ventilações.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)
Pulso Carotídeo Pulso Radial Pulso Braquial
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)

Chame ajuda:
• Ligue para o número local de emergência (Sistema de
Atendimento Móvel de Urgência SAMU 192) e, se um DEA
estiver disponível no local, vá buscá-lo;
• Se não estiver sozinho, peça para uma pessoa ligar e conseguir
um DEA, enquanto continua o atendimento à vítima
• Nos casos de PCR por hipóxia (afogamento, trauma, overdose
de drogas e para todas as crianças), o socorrista deverá realizar
cinco ciclos de RCP e, depois, chamar ajuda, se estiver sozinho.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)

COMPRESSÕES TORÁCICAS:
• Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus joelhos com certa
distância um do outro para que tenha melhor estabilidade.
• Afaste ou, se uma tesoura estiver disponível, corte a roupa da
vítima que está sobre o tórax para deixá-lo desnudo.
• Coloque a região hipotênar de uma mão sobre o esterno da vítima
e a outra mão sobre a primeira, entrelaçando-a.
• Estenda os braços e posicione-os cerca de 90º acima da vítima.
• Comprima na frequência de 100 a 120 compressões/ minuto, com
2 ventilações a cada 30 compressões.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)

COMPRESSÕES TORÁCICAS:
• Comprima com profundidade de, no mínimo, 5cm (2
polegadas), não podendo exceder 6cm (2,4 polegadas)
• Permita o retorno completo do tórax após cada
compressão, sem retirar o contato das mãos com o mesmo
• Minimize interrupções das compressões
• Reveze com outro socorrista, a cada dois minutos,
para evitar fadiga e compressões de má qualidade
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)

BEBÊS<1 ANO : CRIANÇAS: 2 mãos ou 1


Dois dedos no centro mão (opcional para ADULTOS: Inserir duas
do tórax, logo abaixo crianças muito pequenas mãos sobre a metade
da linha mamilar sobre a metade inferior inferior do externo
30:2/ 1 socorrista do externo 30:2 (1 ou 2 socorristas)
15:2 /2 socorristas 30:2/ 1 socorrista
15:2 /2 socorristas
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)

COMPRESSÕES TORÁCICAS
PERIODOS EM QUE DEVEM SER INTERROMPIDAS AS MANOBRAS:
-Movimento da vítima
-Fase de análise do desfibrilador
-Chegada da equipe de resgate
-Posicionamento da via aérea
IMPORTANTE!
A CADA DOIS MINUTOS DEVEM SER FEITAS AS ALTERAÇÕES DO
SOCORRISTA

https://www.youtube.com/watch?v=osC-zh1gcY4&t=37s
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)

• ABERTURA DAS VIAS


AÉREAS
VENTILAÇÃO

Devem ser realizadas somente após 30 compressões


As ventilações devem ser realizadas em uma proporção de 30:2

Ventilação “boca a boca” utilizar de preferência o

(“poket-mask”) Sincronizado com as compressões

Elevação visível do tórax

Evitar o excesso de ventilação

Fonte:Goolge,2019
VENTILAÇÃO

•Na presença da ventilação com bolsa-válvula-máscara deverá ter a presença de


dois socorristas, um responsável pelas compressões e o outro por aplicar as
ventilações com o dispositivo.
DESFIBRILAÇÃO

A desfibrilação precoce é o único tratamento para PCR


em fibrilação ventricular/taquicardia ventricular sem
pulso, pode ser realizada pelo aparelho manual (somente
o médico) ou o DEA (Desfibrilador Externo Automático),
qualquer pessoa assim que possível.

• Equipamento portátil, capaz de interpretar o ritmo cardíaco, selecionar


o nível de energia e carregar automaticamente, cabendo ao condutor
pressionar apenas o botão de choque quando indicado.
• Caso esteja sozinho assim que o DEA for disponível parar a RCP para
conectar o aparelho.
• Se caso tiver dois socorristas, um realiza a RCP e o outro faz o manuseio
do DEA.
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO

PASSOS DE UTILIZAÇÃO DO DEA

4- Siga os
comandos do
3- Encaixe o
aparelho
conector das
2- Conecte as
pás (eletrodos)
pás (eletrodos)
1- Ligue o no aparelho
no tórax da
aparelho
vítima
apertando o
botão ON-OFF

Fonte:Google,2019
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)

1) Reconhecer PCR e acionar serviço de emergência


2) RCP de alta qualidade
3) Rápida desfibrilação
4) Suporte de vida avançado eficaz
5) Cuidados pós-PCR integrados
6) Recuperação
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
(SBV)

1) Vigilância e Prevenção - LUPA


2) Reconhecer PCR e acionar serviço de emergência
3) RCP precoce
4) Rápida desfibrilação
5) Suporte de vida avançado e cuidados Pós-PCR
6) Recuperação
QUANDO ENCERRA A RCP?

Encerrar com 20 à 30 min de manobras sem


recuperação da função cardíaca espontânea, com o
paciente em assistolia e sem sinais de viabilidade
neurológica.
A RCP tem demonstrado que a sobrevivência é a
absoluta exceção e não a regra após este tempo.

Pode ser prolongada até 40 à 60min, ou mais, desde


que haja indícios de função cerebral ainda
preservada (Fotorreação pupilar e presença de
esforços respiratórios).
Fonte:Goolge,2022
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS n.º 2048, de 5 de novembro de 2002. Brasília, 2002.

Hermida PMV, Nascimento ERP, Echevarría-Guanilo ME, Brüggemann OM, Malfussi LBH. User embracement
with risk classification in an emergency care unit: an evaluative study. Rev Esc Enferm USP. 2018.

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO LUÍS. Protocolo de acolhimento com classificação de risco dos
hospitais municipais de São Luís, Maranhão. São Luís: Secretaria Municipal de Saúde de São Luís, 2009.

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