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Micobacterium tuberculosis

“Bacilo de Koch”
Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch:

●Observado por Robert Koch em 1822.

 Micobactéria BAAR (bacilos álcool ácido resistente).

 Aeróbia obrigatória que se divide a cada 16-20 horas.

 Pequeno bacilo ou cocobacilo que pode resistir a desinfetantes


fracos e pode sobreviver em estado latente por semanas. Apenas
consegue se desenvolver quando se hospeda num organismo.

http://jpn.icicom.up.pt/2004/04/27/o_que_e_a_tuberculose.html
Morfologia
 Bacilar ou Cocobacilar
Meios de cultura

Cultura do microorganismo : a
identificação   baseia-se no tempo de
crescimento ( lento, de 12 a 28 dias), na
morfologia das colônias (rugosas) e
pigmentação. 
Análises de amostras de escarro e
culturas microbiológicas devem ser feitas
para detectar o bacilo, caso o paciente
esteja produzindo secreção. Se não
estiver produzindo-a, uma amostra
coletada na laringe, uma broncoscopia ou
uma aspiração por agulha fina podem ser
consideradas. O bacilo pode ser
cultivado, apesar de crescer lentamente e
então, ou imediatamente após colheita
da amostra corado (com a técnica de
Ziehl-Neelsen) e observado ao
microscópio óptico.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:TB_Culture.jpg
Meios de cultura
 Sistema automatizado – mais rápido
 Meio em Loweinstein-Jensen – mais
lento
 Baciloscopia – mais fácil : colocar o
escarro do paciente sobre uma lâmina e
corar com Ziehl-Nielsen. Os bacilos
ficam cor de rosa choque e são
observados em um microscópio.
Patologia

 Inicia-se com tuberculose pulmonar em 90% dos


casos, mas pode afetar rins, órgãos genitais,
intestino delgado, ossos, etc.
 A tuberculose pulmonar é mais comum em
adultos, contraída pelo sistema respiratório.
 O período de incubação varia de seis semanas até
muitas décadas.
 Complicações em pacientes imunodeprimidos.
PATOLOGIA

A infecção pelo M. tuberculosis se inicia quando o bacilo


atinge os alvéolos pulmonares e pode se espalhar para os
nódulos linfáticos e daí, através da corrente sanguínea para
tecidos mais distantes onde a doença pode se desenvolver: a
parte superior dos pulmões, os rins, o cérebro e os ossos.
A resposta imunológica do organismo mata a maioria dos
bacilos, levando à formação de um granuloma. Os
"tubérculos", ou nódulos de tuberculose são pequenas lesões
que consistem em tecidos mortos de cor acinzentada
contendo a bactéria da tuberculose.
Normalmente o sistema imunológico é capaz de conter a
multiplicação do bacilo, evitando sua disseminação em 90%
dos casos.
http://www.espacosinternet.pt/?&accao=pagina&eid=178&idp=349
Sintomas
 Os sintomas incluem tosse prolongada com
duração de mais de três semanas, dor no
peito e hemoptise. Outros sintomas incluem
febre, calafrios, suores noturnos, perda de
apetite e de peso, cansaço fácil, tosse com
expectoração (escarros sanguinolentos ).
 Pacientes assintomáticos.
Diagnóstico
 Diagnóstico clínico: Determina caso de tuberculose todo
indivíduo que tem seu diagnóstico confirmado por baciloscopia
direta ou cultura e os casos em que o médico firma o
diagnóstico por meio de exames complementares e dados
clínico-epidemiológicos.

 Diagnóstico laboratorial: Exame bacteriológoco que pode ser


realizado através de exame direto (pesquisa de BAAR) ou
cultura para micobactéria; prova tuberculínica (PPD), estudo do
líquido pleural/pericárdico, estudo do líquor e estudo anatomo-
patológico.
Transmissão
 A tuberculose se dissemina através de gotículas no ar que são
expelidas quando pessoas com tuberculose infecciosa tossem,
espirram, falam ou cantam. Contatos próximos (pessoas com
contato prolongado, freqüente ou intensivo) têm alto risco de
se infectarem (taxa de infecção de 22%). A transmissão
ocorre somente a partir de pessoas com tuberculose
infecciosa ativa (e não de quem tem a doença latente).

 A probabilidade da transmissão depende do grau de infecção


da pessoa com tuberculose e da quantidade expelida, forma e
duração da exposição ao bacilo e virulência.
Tratamento
 É doença curável em quase 100% dos casos.
 Tratamento é geralmente feito em regime ambulatorial. A
hospitalização é indicada em casos muito especiais.
 Pacientes bacilíferos devem ser mantidos em sistema de
isolamento respiratório, que só é liberado após três exames de
escarro negativos ( o que acontece geralmente após a segunda
semana de tratamento específico).
 Principais medicamentos utilizados: Rifampicina (R), Isoniazida
(H), Pirazinamida (Z), Estreptomicina (S), Etambutol (E) e
Etionamida (Et).
 Cada caso necessita de um tratamento específico, geralmente
com as medicações concomitantemente.
Tratamento
Principais reações indesejáveis aos tuberculostáticos:

 Neuropatia periférica, náuseas, vômitos, icterícia, asma,


urticária, hemorragia, astralgia, perda do equilíbrio,
hipoacusia e alterações visuais.

 É fundamental não interromper o tratamento, mesmo que


os sintomas desapareçam.
Profilaxia
 O BCG (de Bacilo de Calmette e Guérin) :
 É (ainda) a única vacina disponível para a tuberculose
 Deve ser aplicado universalmente a recém-nascidos ou crianças (exceto no
caso de países de baixa incidência de tuberculose)
 A definição clássica da sua eficácia é: protecção até 80% ao longo de 15
anos se administrada antes de uma primeira infecção, mas
 Há enorme variabilidade nos estudos de eficácia (desde valores negativos
aos 80%) e com muitas variáveis de confundimento
 Não se pode esperar do BCG capacidade para alterar o perfil epidemiológico
da doença que depende sobretudo da
 Tuberculose post-primária em que o BCG é pouco activo, mas
 Com eficácia generalizadamente aceite na prevenção das formas graves da
tuberculose na infância (meníngea e miliar)
 Não deve ser administrado em casos de SIDA
 Não deve ser administrada nos seropositivos – que possam ser
acompanhados regularmente, efectuando controles tuberculínicos. 
Profilaxia
 Quimioprofilaxia

 A quimioprofilaxia primária: com isoniazida, apenas em crianças


menores de 5 anos, tuberculino-negativas, contatos de doentes com
tuberculose pulmonar.

 A quimioprofilaxia secundária é o tratamento da tuberculose-infecção.

 O esquema 6H (ou 9H nos de maior risco) é o padrão da


quimioprofilaxia.

 O esquema 2HRZ facilita a adesão e é mais eficaz.

 A quimioprofilaxia permite reduzir (de 10% para menos de 0,5%) a


evolução de tuberculose-infecção para doença.

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