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Clínica Cirúrgica

de Grandes
Animais
Maria Eduarda Cabral
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SUMÁRIO
Enfermidades do Sistema Respiratório Superior de Equinos p.1
Onfalopatias em Grandes Animais p.17
Afecções Cirúrgica dos Ossos e Articulações p.24
Afecções do Aparelho Locomotor: Tendões e Ligamentos p.48
Doenças Ortopédicas do Desenvolvimento (DOD) p.60
Podologia Equina p.74
Ectopias de Abomaso p.92
Classificação e Manejo de Feridas p.102
Lesões Granulomatosas em Grandes Animais p.118
Bandagens em Equinos p.126
Podologia Bovina p.129
Síndrome Cólica Equina p.143
Afecções Cirúrgicas do Sistema Geniturinário de Equinos p.145
Afecções do Sistema Geniturinário de Bovinos p.155
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet Página |1

SISTEMA RESPIRATÓRIO desempenho do


cavalo atleta.
As vias aéreas superiores realizam o transporte do ar,
umidificação, aquecimento, fonação.
ANATOMIA: narina cavidade nasal meatos seios
paranasais região etmoidal faringe laringe.

Entre as bolsas guturais tem um septo e elas são divididas


em compartimento lateral e medial.
Dentro da bolsa gutural há a passagem de estruturas
importante, como alguns pares de nervos cranianos e
vasos sanguíneos importantes.

RESPIRAÇÃO.
GRADIENTE DE PRESSÃO NO TRATO
RESPIRATÓRIO SUPERIOR:
Divertículo da tuba auditiva.  expiração positiva.
A bolsa gutural é uma particularidade dos equinos,  inspiração negativa: quando o animal inspira a
sendo um compartimento preenchido por ar. pressão é negativa, se as estruturas não fossem
cartilaginosas elas iriam colabar.
Ainda não se sabe ao certo a sua função, acredita-se
DEGLUTIÇÃO.
que realiza o resfriamento do sangue que vai em direção
ao cérebro ou/e para o controle de pressão.  equinos respiradores nasais obrigatórios, caso respire
pela boca é sugestivo de deslocamento de palato mole
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(ao respirar pela boca em condições normais, o palato Hemiplegia de Laringe.


mole impede o caminho do ar, ao ter um deslocamento,
possibilita a respiração).
A sinusite é a inflamação ou infecção dos seios nasais.

Anatomia
Rinorragia/epistaxe.
Corrimento nasal. Seio conchal dorsal.
Edema ou assimetria facial (não é comum). Seio conchal ventral.
Dispneia. Seio frontal.
mais comum
Tosse. Seio maxilar.
Ruído respiratório.  rostral.
Queda no desempenho.  caudal.
Seio esfenopalatino.

Problemas respiratórios em equinos atletas as vezes não


apresenta nenhuma alteração visível além da queda
no rendimento.

Sinusite.
Hematoma Etmoidal.
Timpanismo de Bolsa Gutural.
SEIO MAXILAR raízes dentárias (pré-molares e
Empiema de Bolsa Gutural. molares).
Micose de Bolsa Gutural. 2º, 3º, 4º PRÉ-MOLARES E 1º MOLAR maxilar
Deslocamento Dorsal do Palato Mole. rostral.
Aprisionamento de Epiglote. 3º, 4º MOLARES maxilar caudal.
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Os seios nasais apresentam comunicações entre eles e secreção e a mesma pode acumular dentro dos seios
com a cavidade nasal. nasais.
Algumas raízes dentárias ficam no interior do seio Odor respiratório (fétido).
maxilar, sendo importante na sinusite porque qualquer  esse odor pode ser durante a respiração ou presente
problema no dente pode ascender e atingir o seio na boca do animal idem.
maxilar. Problemas dentários deformidade facial (raro)
som maciço ou submaciço pela presença
de conteúdo.
 o normal seria apresentar um som claro.
 som timpânico é quando tem a presença de gás na
região.
 sempre comparar os sons dos seios.

Sinusite

Inflamação/infecção dos seios paranasais, podendo ser


primária ou secundária.
Dividida em (dias até 1 a 2 semanas) e (3
a 4 semanas até meses, são mais graves).

PRIMÁRIA
Bactérias do sistema respiratório causam sinusite.
Streptococcus spp.
 Streptococcus equi.
É mais comum a primária por queda na imunidade do
animal, ocorrendo uma obstrução por acumular muco. SUSPEITAS COM ESSES SINAIS CLÍNICOS
(DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS): garrotilho
SECUNDÁRIA (causado pelo S. equi, causa alterações nos linfonodos
Infecções dentárias, fraturas, neoplasias. também), pneumonia (a secreção pode ser unilateral, os
exames para pneumonia pode ser hemograma – presença
Diagnóstico de quadro inflamatório, podendo constatar neutrofilia -,

Exame clínico: anamnese, sinais clínicos. auscultação torácica e da traqueia) e empiema de bolsa
gutural (apresenta secreção unilateral purulenta).
Exames complementares.

ANAMNESE/SINAIS CLÍNICOS EXAMES COMPLEMENTARES


Corrimento nasal purulento, podendo ser uni ou bilateral. Raio-X.
 geralmente é unilateral. Sinocentese.
 a secreção nasal pode ser escassa ou abundante, as Rinoscopia.
vezes na sinusite crônica tem uma desidratação da
Sinoscopia.
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Raio-X

O normal no raio-x dos seios paranasais é a


radioluscência pela presença de ar no seu interior.
rinoscopia
Um quadro de sinusite teremos linhas radiopacas.
Acessa pela cavidade nasal, não consegue entrar nos seios
PROJEÇÕES: latero lateral, ventro dorsal e latero paranasais, mas ao passar pelo meato pode visualizar uma
medial. secreção purulenta.
sinocentese Tratamento
A sinocentese é a punção do seio paranasal.
O tratamento pode fazer , com antibiótico +
Faz anestesia local no ponto da punção.
anti-inflamatório (pode realizar a lavagem dos seios
Seio maxilar caudal: paranasais também).
 3cm acima da crista facial. Antibioticoterapia sinocentese cultura e
 2-3cm rostral ao olho. antibiograma ou amplo espectro.
Seio maxilar rostral:  antibioticoterapia sistêmica: penicilina, penicilina
+ gentamicina, estreptomicina.. .
 3cm caudal ao forame infraorbitário.
 anti-inflamatório: flunixin meglumine.
 3cm dorsal à crista facial.
Tratar causa primária.
Após a sinocentese, introduz um cateter e colhe a
secreção, a partir da amostra é realizado um antibiograma Irrigação dos seios paranasais (tomar cuidado ao usar
para saber qual o melhor antibiótico para combater a antissépticos, caso sejam utilizados, deve-se estar em
bactéria causadora do pus. concentrações baixas, ringer com lactato e entre outros
Pode fazer o tratamento pela sinocentese, fica lavando o – detergentes específicos auxiliam na quebra da
seio, porém, dependendo do grau da infecção não secreção).
consegue remover satisfatoriamente a secreção. Mucolíticos (pode utilizá-los na irrigação dos seios
paranasais).
sinoscopia
Introduz uma câmera dentro do seio paranasal, dessa
forma, possibilita a visualização da secreção e a sua
gravidade, também realiza a colheita do material.
sinocentese/sinoscopia
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BOVINOS: mais comum sinusite após descorna, pois


deixa exposto o seio frontal, para realizar a irrigação,
pode entrar pela abertura da descorna.

CIRÚRGICO
Trepanação.
Sinusotomia.

trepanação sinusotomia
Uso do trépano. Abertura maior melhor acesso.
Abertura para saída do pus. Animal em estação/anestesia geral.
Animal em estação. Procedimento longo.
Lavagem do seio com ringer/solução fisiológica. Drenagem do conteúdo do seio.
Locais: mesmo da sinocentese. Sutura óssea.
É uma abertura dos seios paranasais para a saída do pus, PÓS-OPERATÓRIO:
sendo mais tranquilo por ser menos invasivo quando  lavagem diária cateter de Folley.
comparado com a sinusotomia. Esse procedimento pode  retirada do cateter: 7-15 dias.
ser realizado a campo e no animal em estação.
 curativo.
Os locais seriam seio frontal e seio maxilar rostral e caudal. É a incisão do seio paranasal, sendo uma abertura maior
e consequentemente mais cruenta. Pode ser realizada em
estação sob anestesia local ou realizar anestesia geral.

Pode fazer uma sutura óssea ou suturar o periósteo e,


depois, suturar a pele por cima. Alguns preferem a sutura
do periósteo, pois quanto mais fios maiores são as chances
de infecção.

Seio frontal: comissura medial do olho, linha média do crânio


do cavalo.
PÓS-OPERATÓRIO:
 curativo.
 lavagem diária.
 cicatrização por 2ª intenção.
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Inicia com uma hemorragia de submucosa, podendo ser


no labirinto etmoidal ou ao seu redor, a mucosa que
reveste a submucosa começa a se espessar para conter o
processo hemorrágico, pela sua característica
progressiva, vai aumentando de tamanho.

Sinais clínicos

Epistaxe: pode estar ocorrendo uma hemorragia e


resultar numa ruptura na cápsula.
 unilateral.
 intermitente.
 moderada.
Massa não neoplásica angiomatosa encapsulada.
 sangramento escasso, não é comum.
 presença de vários vasos encapsulados.
Dispneia: depende do volume do hematoma.
Consegue ser vista através da rinoscopia.
Odor respiratório fétido: presente nos casos de
Geralmente, acomete mais animais jovens. infecções secundárias concomitantes, como por exemplo,
Conteúdo: sangue coagulado, vasos ativos e tecido hematoma etmoidal + sinusite.
fibroso. Ruído respiratório. dependem da progressão
Etiologia desconhecida. Tosse. da massa
Geralmente unilateral.
Evolução progressiva, podendo obstruir a via aérea Diagnóstico diferencial
superior.
Fratura de crânio.
Patogenia Lesão por corpo estranho.
Neoplasia.
Hemorragia de submucosa  corpo estranho ou neoplasia, faz endoscopia ou sonda,
caso algo bloqueie o caminho de ambos, é sugestivo de
Progressão da hemorragia
corpo estranho/neoplasia.
Micose de bolsa gutural.
Distensão e espessamento da  causada pelo fungo Aspergillus que entra na bolsa
mucosa
gutural, pela umidade da região ele se fixa e começa a
ter predileção pelas artérias carótidas causando lesões
Formação de cápsula conforme a sua progressão.
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Abscessos pulmonares.
Pleuropneumonia. consegue confirmar que é um hematoma,
Neoplasia pulmonar. visualizando um infiltrado de células sanguíneas e outras
Sinusite. estruturas;

Sangramentos pulmonares são mais comuns em animais Tratamento


atletas.
REMOÇÃO CIRÚRGICA
Diagnóstico
Hospital veterinário.
Remoção completa do tecido.
visualiza o acometimento dos seios paranasais, Via de acesso depende do local da lesão (sinusotomia,
vendo a progressão da massa. trepanação*, cavidade nasal).
 o acesso pela sinusotomia é o mais utilizado, nesses
acessos, vai removendo o hematoma.
Por ser uma massa muito vascularizada e com muito
sangue o animal pode ter uma hemorragia
intraoperatória severa.
 ultimamente, tem uma técnica endoscópica com acesso
triangular (3 acessos) que diminui o risco de
hemorragia pela criocirurgia.
Complicações.
som submaciço ou maciço. Pode ter recidivas.
massa encapsulada na região etmoidal ou
adjacências. ABLAÇÃO QUÍMICA
 é o melhor método de fechar o diagnóstico, consegue É a mais comum de ser realizada.
identificar a massa que apresenta uma coloração 4% a
avermelhada ou amarela esverdeada.
concentração que será injetada é importante, pois ao
 mesmo se o sangramento for unilateral, deve-se aumentar a concentração e ocorrer extravasamento
acessar os dois lados pelo endoscópio, dessa forma, pode lesionar a mucosa ao redor.
possibilita visualizar a extensão da hemorragia  o formol resseca o hematoma.
(começar acessando o lado sem sangramento
relatado). Via endoscópio: pode acessar pela narina e injeta o
formol, a quantidade depende do tamanho da lesão.
Animal em estação, sedado.
Volume administrado até o ingurgitamento da
lesão.
Aplicação 1x por semana.
Intervalo entre aplicações 2, 3, 4 semanas.
Complicações quando há extravasamentos.

CRIOCIRURGIA
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Via endoscópio: pode usar nitrogênio ou azoto. Etiologia desconhecida


Animal em estação, sedado.
O potro tem uma falha no mecanismo de fechamento do
Remoção da massa após congelamento. óstio, estando esse mecanismo alterado, com isso, o ar ao
 vai congelando o hematoma e removendo porções, entrar não consegue sair mais, ficando aprisionado (fluxo
dessa forma, diminui o risco de hemorragia de ar para o interior da bolsa).
intraoperatória.
Não efetiva em lesões extensas. Sinais clínicos

Aumento de volume flutuante, indolor.


FOTOABLAÇÃO
Percussão: som timpânico pela presença de ar.
Uso de laser.
Ruído respiratório. compressão do lúmen
Calor do laser coagulação (60ºC) vaporização
Dispneia. faríngeo
(100ºC).
 ao usar o calor, o hematoma começa a coagular a A bolsa gutural está acima da faringe, ao aumentar de
60ºC até a sua vaporização com 100ºC. volume começa a comprimir o teto da faringe, causando
Animal em estação, sedado. ruídos e dispneia.

Complicações devido à alta temperatura.


Diagnóstico
O problema da criocirurgia e da fotoablação é porque o
hematoma etmoidal está perto da placa cribiforme, com Exame clínico.
isso, com a baixa e alta temperatura pode desencadear Endoscopia afundamento do teto da faringe.
crises convulsivas no animal.  confirma através da endoscopia.
Raio-X acúmulo de ar radioluscência.
Prognóstico
Pode ter timpanismo + empiema de bolsa gutural no
Reservado a mau pelas chances de recidivas. mesmo animal.

O ideal é realizar exames endoscópicos periódicos (a cada


6 meses).

Acúmulo de ar na bolsa gutural.


 não é comum.
Distensão indolor na região parotídea.
Afecção menos frequente da bolsa gutural.
Potros até 1 ano e ½ de idade.
Geralmente unilateral.
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL As bolsas guturais são separadas em lado direito e


esquerdo pelo septo medial, a fenestração consiste na
Empiema de bolsa gutural.
abertura entre as bolsas, abrindo passagem para que o ar
Inflamação dos linfonodos retrofaríngeos (ex. garrotilho).
da bolsa alterada vá para a bolsa sadia e seja eliminado.

Tratamento Acesso cirúrgico da BOLSA GUTURAL:


 Hiovertebrotomia.
TEMPORÁRIO  Triângulo de Viborg.
Paliativo.  Whitehouse modificado.
Utilizado à campo.  Whitehouse.
Punção ou cateter via endoscópio.
 a punção de bolsa gutural é um método arriscado, faz
a tricotomia da região, antissepsia e entra com o
cateter, dessa forma, possibilita a saída do ar, o
problema é que o ar pode entrar novamente.
 com o endoscópio pode entrar na bolsa gutural e
esvazia-la.
 a utilização do cateter de foley também retira o ar da
bolsa gutural.
 outro método seria a colocação de uma sonda de bolsa
gutural, o acesso é pela narina e ao entrar irá bater
no recesso faríngeo, ao bater deve-se girar a sonda,
permitindo assim, as vezes, acessar a bolsa gutural
comprimindo a dilatação e permitindo a saída do ar.
triângulo de viborg
Feito principalmente quando o animal está com um grau
aumentado de dispneia. 1. Ramo vertical da mandíbula.
2. Veia lingofacial.
3. Músculo esternocefálico.
Essas três regiões formam um triângulo com acesso no
meio, o acesso é de preferência do cirurgião e do tipo de
alteração.

Entra com a sonda de bolsa gutural (pode ser guiada


por endoscópio ou não), perfura a bolsa gutural e o
CIRÚRGICO
auxiliar deixará o septo visível para fazer a fenestração,
Definitivo. após isso, sutura a bolsa, subcutâneo e pele.
ou
para
aumentar orifício do óstio faríngeo.
Timpanismo unilateral costuma ser feito a fenestração, o
bilateral faz fenestração + ampliação do óstio da bolsa
gutural.
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Prognóstico

Afecção unilateral, tratamento nos estágios


iniciais: bom.

EMPIEMA é acúmulo de pus em cavidade natural.


Mais comum em animais jovens.
Pode estar associado ao timpanismo e um outro fator
predisponente para a sua formação é o garrotilho.

Etiologia

INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO


SUPERIOR: Streptococcus spp.; S. equi (garrotilho). Diagnóstico
Abscesso dos linfonodos retrofaríngeos. Exame clínico.
Drogas irritantes. Raio-X: linhas de fluido radiopacas.
Fraturas do estiloioide. Endoscopia: exsudato purulento drenando da bolsa.
 visualização do interior da bolsa.
 presença de condroides* (são pus ressecados,
presente em casos mais crônicos).
 inspecionar ambas as bolsas guturais mesmo em
suspeitas unilaterais, entra na bolsa que suspeita estar
boa primeiro.
Sinais clínicos

Corrimento nasal: geralmente unilateral,


intermitente ou contínuo.
 o corrimento nasal pode aumentar quando o animal
está deglutindo, pois, ao ingerir o alimento, aumenta o
óstio da bolsa e entra ar.
Aumento de volume local*
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
 é difícil, depende da quantidade de pus.
Dispneia, ruído respiratório por distensão da Sinusites, garrotilho, pneumonia.
bolsa.
Tratamento
Disfagia.
 o afundamento do teto da faringe comprime o lúmen
da traqueia e também dificulta a deglutição. CONSERVATIVO
Irrigação da bolsa para a remoção do conteúdo.
 cateter fixo/endoscopia (irriga através do endoscópio
quando está sem condroide, pode deixar um cateter
fixo também).
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 lava com solução isotônica/antisséptico: laurel Etiologia desconhecida.


dietil éter sulfato de sódio. Fatores associados (intrínsecos e extrínsecos).
 7-10 dias.
 aumento da pressão negativa intrafaringeana.
Na primeira queixa do tutor pode tentar o tratamento com  hiperplasia folicular linfoide.
antibioticoterapia, mas o ideal é realizar a lavagem junto,  aprisionamento da epiglote.
pode fazer sem auxílio do endoscópio ou com ele, usando a
 inflamações da bolsa gutural.
sonda de bolsa gutural.
 hemiplegia de laringe.
 hiperflexão da cabeça e pescoço.
CIRÚRGICO
 hipoplasia de epiglote.
Drenagem.  retração caudal da laringe (a musculatura puxa a
Remoção de condroides. laringe para trás, perdendo a superfície de contato e
fica mais fácil do palato mole deslocar).
Acesso pelo triângulo de Viborg.
 retração caudal da língua.
O condroide as vezes consegue ser retirado pela
endoscopia, só que é necessário um endoscópio maior ou Sinais clínicos
usando uma pinça na ponta para destruí-los, se estiverem
rígidos é mais difícil fazer sem a cirurgia.
Intolerância ao exercício.
Ruído respiratório (principalmente expiratório*).
Faz antibioticoterapia + anti-inflamatório para auxiliar no
“Ronco”.
tratamento, o antibiótico utilizado pode ser de amplo
espectro.
Dispneia.
Equino com deslocamento, o palato mole estará na frente
da traqueia e o ar ao sair fará com que o palato mole
vibre.

Diagnóstico

Exame clínico: o proprietário irá relatar queda no


desempenho ou desempenho menor que o esperado,
intolerância ao exercício e um ruído mais grosseiro.
Endoscopia.
 repouso/dinâmica (a dinâmica é mais usada quando
não consegue ser detectado em repouso, as vezes só
desloca quando submetido a exercícios exigentes).
 palato mole recobrindo a epiglote.
As queixas estão relacionadas ao desempenho do animal.
 úlceras no bordo caudal do palato mole (ao deslocar o
Bordo caudal do palato mole se desloca dorsalmente à palato pode visualizar úlceras devido ao atrito com a
epiglote. epiglote).
Disfunção neuromuscular.  indução da deglutição.
Permanente/intermitente.
 mais comum se apresentar de maneira intermitente. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
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Aprisionamento de epiglote.

Tratamento 2. Miectomia parcial dos músculos esternotireoideo


com ou sem omohioideo: animal em estação.
CONSERVATIVO  incisão dos músculos.
 é a retirada parcial do músculo.
TONGTIE: feito em animais de corrida que o palato mole
desloca durante o exercício intenso.  esses músculos ao contraírem irão retrair a laringe,
ficando mais fácil o palato deslocar.
 amarra a língua do cavalo para impedir a retração
caudal da língua que pode empurrar o palato mole para  ao incisionar a musculatura faz com quem o músculo
cima da epiglote, é um tratamento paliativo. perca sua força de contração e não retraia.
3. Miotenectomia parcial do musculo
esternotireoideo: decúbito dorsal.
 incisão do músculo e tendão esternotireoideo (tendão
que tem inserção da musculatura).
4. Tie forward: pexia (fixação) da tireoide no hioide.

CIRÚRGICO  essa cirurgia faz essas duas estruturas trabalharem


juntas.
1. Estafilectomia: remoção ‘flap’ triangular do palato, ou  mais realizada.
seja, retirada de uma porção do palato mole.
 traciona o bordo caudal do palato mole e retira
aproximadamente 1 cm, de forma triangular. Aspecto rostral da epiglote recoberto pela membrana
 a intenção é que ao retirar uma parte do palato mole, aritenoepiglótica.
a epiglote não fique mais sobreposta pelo palato.  essa membrana não tem uma função definida.
 se remover muito do palato mole pode fazer falsa via Permanente (mais comum)/intermitente.
com pneumonia aspirativa.
Etiologia desconhecida.
Fatores predisponentes.
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Tratamento

CIRÚRGICO
Incisão da membrana aritenoepiglótica: anestesia
geral ou estação + sedação.
 uso da endoscopia.
Complicação no pós-operatório, deve usar antibiótico e
Sinais clínicos
anti-inflamatório pelo edema, que pode causar uma oclusão
Intolerância ao exercício. do lúmen.
Ruído respiratório.
Tosse (alimentação).
 tosse pela falsa via, quando aprisiona a epiglote pode
não recobrir direito a aritenoide, podendo fazer o É um problema no nervo da laringe.
animal tossir ao se alimentar como um reflexo.
Paralisia da musculatura intrínseca da laringe que leva a
Animais assintomáticos. uma falha na movimentação das aritenoides.
 as aritenoides fazem movimentos de abdução e
Diagnóstico adução.
Mais comum no lado esquerdo.
ENDOSCOPIA
Importante em animais de raças grandes.
Epiglote mantém a forma, mas perde a aparência normal.
Pode estar ulcerada. Anatomia

Estímulo da deglutição. O músculo cricoaritenoideo dorsal é o principal músculo


Deslocamento de palato mole associado. abdutor, sendo inervado pelo laringeo recorrente que
ajuda na abdução das aritenoides.
 pode levar a um deslocamento do palato mole de forma
secundária. Nessa doença, ocorre alguma patologia no nervo laringeo
recorrente e faz com que músculo atrofie, não fazendo
a abdução da aritenoide.

Diagnóstico diferencial

Deslocamento do palato mole.


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Sinais clínicos

Ruído respiratório (inspiração*).


 na inspiração porque a aritenoide bloqueia a traqueia,
o ar tenta passar e faz com que vibre a aritenoide, o
cavalo é conhecido como cavalo roncador.
Intolerância ao exercício.
Palpação atrofia laríngea.
Pode apresentar queixas de disfagia e tosse pelo fato da
aritenoide não ocluir o lúmen direito,

Diagnóstico

EXAME CLÍNICO.
ENDOSCOPIA:
 analisa a simetria e sincronismo das aritenoides.
 grau de hemiplegia.
 slap test.
Etiologia  deglutição.
Idiopática.  oclusão nasal.
Danos na região cervical:  pós-exercício/dinâmica.
 traumas. SLAP TEST: dá um tapa na região torácica, se
fizer isso do lado esquerdo espera-se uma
 injeções perivasculares. adução da aritenoide contralateral, ou seja,
 cirurgias. nesse caso, da aritenoide direita.
OCLUSÃO NASAL: observa o quanto as
 abscessos dos linfonodos. aritenoides estão abrindo.
Intoxicações. A ENDOSCOPIA DINÂMICA faz com o animal em
Neoplasias. movimento, o ideal é fazer o exame sem sedar o
animal.
Fator genético (estudos comprovam que o fator
hereditário pode estar envolvido, como no caso de animais GRAUS DE HEMIPLEGIA
da raça puro sangue inglês).

Patogenia

Tratamento
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CIRÚRGICO
Técnicas:
 Ventriculectomia/Ventriculocordectomia.
 Laringoplastia (cricoaritenopexia).
 Aritenoidectomia (retira a aritenoide).
 Enxerto neuromuscular.
Indicação da técnica objetivo do tratamento.

VENTRICULECTOMIA: retira o ventrículo.


VENTRICULOCORDECTOMIA: retira o ventrículo
e as cordas.
Reduz ruído respiratório, não é útil para animal atleta,
utilizada quando o animal não precisa de um bom
desempenho.
Não melhora rendimento do cavalo*.
Realizada uni ou bilateralmente.
 bilateral pode melhorar o desempenho, às vezes.
Necessidade de centro cirúrgico anestesia geral. Faz a fixação da cricoide na aritenoide.
Acesso: pela laringotomia, identifica as cartilagens, ao Indicada para animais atletas, promovendo a abdução da
achar o ventrículo laríngeo irá introduzir um instrumental, aritenoide.
faz um movimento de rotação e inverte a mucosa, Animais atletas promove a diminuição do ruído +
retirando o ventrículo logo após. desempenho.
Objetivos: quando o ar está passando e a aritenoide está Centro cirúrgico, anestesia geral/estação.
na frente fazendo vibrar, o ventrículo laríngeo acaba Acesso: abaixo da v. lingulofacial.
aumentando mais o ruído respiratório, ao realizar essa
cirurgia, a corda vocal deixa de vibrar e a aritenoide fica Pexia: processo muscular da aritenoide e cricoide ->
mais estabilizada. abdução.
Cicatrização da laringotomia: segunda intenção*  usa um fio de sutura para simular o músculo
cricoaritenoideo dorsal, fazendo a aritenoide abduzir.
 a cicatrização é por segunda intenção porque o trato
respiratório superior não é asséptico, sendo mais fácil
cicatrizar por segunda intenção por não conseguir
preparar bem o local para a cirurgia.
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Técnica

TEMPORÁRIA
Animal em estação*.
Anestesia local lidocaína 2% SC.
Incisão na linha média ~10cm.
Animais até 2 anos.
1/3 proximal do pescoço.
Grau 3.
Divulsão até os anéis traqueais.
Mm. Omohioídeo (1º nervo facial)
enxerto Secção entre os anéis (lig. Interanelar).
Cricoaritenoideo dorsal. Introdução do traqueotubo.
Tempo de recuperação longo.

Condrite de aritenoide.
Condroma de aritenoide.
Cisto subepiglótico.
Fenda palatina.
Hiperplasia folicular linfoide.
Corpo estranho.
Fratura.
Rinite fúngica. Traqueostomia

PÓS-OPERATÓRIO
Remoção + limpeza diária.
Cicatrização.

TRAQUEOSTOMIA PERMANENTE

Indicações

OBSTRUÇÕES DO TRS: edemas, neoplasias,


sinusites crônicas, deformidades ósseas.
Acidente ofídico.
Cirurgias eletivas.
Endoscopias retrógradas.
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ONFALO: umbigo.
Comunicação do feto com a mãe, sendo uma porta de
entrada.
Importância:
 porta de entrada.
 prejuízos econômicos.
É facilmente resolvida e prevenida.

Ruptura do cordão perdendo a função.


2 artérias (artérias ilíacas): transportam sangue do feto Constrição e retração das estruturas:
para a placenta.  artérias: ligamentos laterais e redondo da bexiga.
1 veia 1 intra-abdominal: transportam sangue da  veia: ligamento redondo do fígado.
placenta para o fígado do feto.
 úraco: ligamento cranial da bexiga.
Úraco: liga a bexiga do feto ao alantoide.
Depois do parto, ao romper o cordão umbilical
Bovinos e ovinos: 2 veias. começa a diminuir o lúmen das estruturas e
elas retraem para a cavidade abdominal. A
veia e o úraco demora amais para fazer esse
processo.

EXTERNAMENTE: parte da membrana amniótica


envolvendo veia umbilical e úraco.
Seca em 3-4 dias. se isso nao
Eliminação em 3-4 semanas. ocorre!!
Fechamento parede abdominal.
O normal é que essas estruturas sequem e
caiam, logo após, a parede abdominal começa
a fechar.
Se não ocorrer, dará origem as onfalopatias.

1. PROCESSOS NÃO INFECCIOSOS: hérnias,


fibromas, neoplasias, persistência, defeitos.
2. PROCESSOS INFECCIOSOS:
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a) extra-abdominais: onfalite. Suínos > bovinos > equinos.


 flegmonosa (aguda).
 apostematosa (crônica).
b) intra-abdominais: onfaloflebite, uraquite,
onfaloarterite,onfaloarterioflebite, onfalouracoflebite
e panvasculite umbilical.
 inflamação das etsruturas.

Existem alguns fatores que ajudam a desencadear esses Hereditárias.


problemas, principalmente relacionado a falha no manejo.  tem uma característica hereditária aparecendo nos
Falta de higiene. primeiros dias de vida.
Negligência nos primeiros cuidados. Primeiros dias de vida.
Contaminação do ambiente. omento, abomaso, alças intestinais.
Traumas/manejo.
Elementos hérnia umbilical
Falha na transferência de imunidade.
Cura inadequada ou tardia do umbigo. ANEL HERNIÁRIO: orifício por onde passam as
estruturas.
Métodos de concepção.
SACO HERNIÁRIO: tecido que envolve as estruturas.
 alguns estudos associaram alguns métodos de
concepção com as onfalopatias, como a FIV com a CONTEÚDO HERNIÁRIO.
persistência de úraco e IA com a ocorrência de hérnia.
 FIV – fecundação in vitro.
 IA – inseminação artificial.

Processos não infecciosos

DEFINIÇÃO: protusão de um órgão (ou parte dele)


através de abertura ônfalo.
 a hérnia é a passagem de um órgão por uma
abertura natural.
1. REDUTÍVEL (consegue reduzir, ou seja, consegue
empurrar o conteúdo para a cavidade abdominal, ao ceder
a pressão o conteúdo retornará).
2. IRREDUTÍVEL (não consegue fazer essa redução).
a) est rangulada: quando há o comprometimento
do fluxo sanguíneo, se tem uma constrição do anel
herniário ocorrerá essa classificação).
b) encarcerada: não tem o comprometimento do
fluxo sanguíneo.
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Sinais clínicos Manipulação digital.


Infiltração de substâncias irritantes.
Aumento de volume na região do onfalo/massa na região
do onfalo.  não é comum fazer, injeta iodo ao redor depois de
manipular e reposicionar o conteúdo, mas as chances
de complicações são maiores.

Diagnóstico

Exame clínico (palpação, auscultação).


Ultrassonografia.
Diferencia de outras doenças pela palpação,
na hérnia umbilical teremos uma consistência
flutuante, em casos de estrangulamento tem
sensibilidade dolorosa e aumenta a
temperatura (caso tenha na necrose a região
estará fria).
A hérnia umbilical simples o animal não tem
dor se não estiver estrangulada. A palpação
possibilita ver se é uma hérnia redutível.
Pode auscultar para ver presença de
borborigmos e ultrassonografia.

CIRÚRGICO
Herniorrafia.
É o tratamento de eleição na maioria das vezes.
Faz a incisão elíptica ao redor do saco (antes faz xilazina
COMPLICAÇÃO: ruptura da pele, se tiver + lidocaína local), divulsiona a pele até localizar o anel.
estrangulado pode ter complicação.
Pode empurrar o saco herniário para dentro ou abri-lo.
Diagnósticos diferenciais O maior problema da hérnia é a recidiva, principalmente
devido a tensão da sutura.
Onfalite, abscessos, edema, neoplasia, fibroma..

Tratamento

CONSERVATIVO
Reposicionamento do órgão.
Clamps.
Moeda.
Bandagem compressiva.
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Aumento do onfalo*
 aumento do onfalo só pela persistência não é comum
apresentar, caso tenha será um aumento discreto.

Diagnóstico

Exame clínico.
Ultrassom.
Cistografia retrógrada.
 injeta contraste na bexiga e faz uma radiografia.

Diagnóstico diferencial

Onfalopatias infecciosas.

Tratamento

Conservativo cauterização tintura de iodo 2%* ou


nitrato de prata 1%.
Cirúrgico ressecção cirúrgica do úraco.
 ligadura do coto exterior não indicada* - faz uma
ligadura externamente, mas não resolve o problema
porque o úraco continua persistindo.
Antibioticoterapia faz pelo risco de infecção.

PROGNÓSTICO: depende do tamanho da hérnia.

Falha na involução do úraco.


Precisa ser feito no centro cirúrgico, faz uma incisão ao
Se está persistindo, o principal sinal clínico é pingar urina
redor do onfalo e divulsiona para dentro da cavidade
pelo onfalo.
abdominal, isola o úraco persistente e faz uma ligadura
desse úraco o mais próximo possível da bexiga.
Sinais clínicos

Drenagem de urina pelo ônfalo (durante ou após micção).


Processos infecciosos
Onfalo úmido. Extra-abdominais.
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Intra-abdominais. *onfalite apost ematosa.


Drenagem + curetagem do abscesso.
Curativo local.
Na onfalite crônica faz a ressecção do onfalo e na
onfalite aguda a drenagem.
Abscesso grande ao retirar o pus e fechar com a
presença de um espaço morto, irá favorecer a
proliferação de bactérias anaeróbicas, então, coloca gaze
com iodo, faz a troca dessa gaze a cada 48 horas,
conforme ocorre a cicatrização, diminuirá a quantidade de
gaze.

Processo extra-abdominal.
É a inflamação do onfalo, sendo o mais comum.
Comum nos 2-5 primeiros dias de vida.
Flegmonosa ou apostematosa.
ONFALITE FLEGMONOSA agudo.
 aumento de temperatura, hiperemia, dor e consistência
flutuante.
ONFALITE APOSTEMATOSA crônico.
 consistência firme e indolor a palpação.

Diagnóstico

Sinais clínicos (inflamação local, drenagem de pus).


 aumento de volume discreto só no onfalo, pode fazer
o tratamento conservativo e faz a cura do umbigo
corretamente.
Ultrassonografia.
DIFERENCIAL: hérnia. Caso crônico faz anestesia e remove a massa, depois
sutura a pele.
Tratamento

CONSERVATIVO Acometem estruturas intra-abdominais do cordão


Antibioticoterapia sistêmica. umbilical.
Aplicação de antisséptico local. Pode acometer mais de uma estrutura.
Nascimento até 2 anos.
CIRÚRGICO
Onfaloflebite.
Ressecção cirúrgica (excisão do onfalo) Onfaloarterite.
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Uraquite. Palpação: estrutura cilíndrica no sentido dorso-cranial do


Onfaloarterioflebite. abdômen, é nesse sentido por causa do fígado que está
cranialmente ao umbigo, a veia tem uma comunicação com
Onfalouracoflebite. o fígado.
Onfalouracoarterite.  sensibilidade.
Panvasculite umbilical.  aumento de volume e temperatura.
 febre, toxemia.
Diagnóstico COMPLICAÇÃO: formação de abscesso no fígado.

Exame clínico.
 não tem aumento de volume significativo, os sinais
sistêmicos são mais evidentes.
Exames de sangue.
 leucograma da indicio de quadro infeccioso.
Ultrassonografia.
 faz do coto umbilical e das estruturas abdominais.

DIAGNÓSTICO
Sinais clínicos.
Ultrassonografia.

Onfaloarterite
Onfaloflebite Inflamação da ARTÉRIA UMBILICAL.
Inflamação da VEIA UMBILICAL. EXAME FÍSICO
É a mais comum.
Palpação: aumento de volume dorsocaudal (artérias
EXAME FÍSICO umbilicais até a. ilíacas internas).
Externamente: pequeno aumento de volume.
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DIAGNÓSTICO
Achados clínicos.
Ultrassonografia.
Cistografia de contraste.
Urografia com contraste IV.

DIAGNÓSTICO
Achados clínicos.
Palpação: aumento de volume cilíndrico no sentido
dorsocaudal. COMPLICAÇÃO: relacionada a bexiga.
Ultrassonografia.
 artérias assimétricas e paredes espessadas. Panvasculite

Infecção de todo o complexo umbilical.


Quadro clínico varia.
Podem ser encontradas lesões hepáticas, cardíacas,
vesicais e pulmonares.

COMPLICAÇÃO: septicemia.

Uraquite

Inflamação do ÚRACO.

SINAIS CLÍNICOS
Resumo dos processos umbilicais
Cistite, polaquiúria, disúria.
infecciosos
Pode apresentar aumento de volume externamente.
Palpação: aumento de volume no sentido dorsocaudal.
Sensibilidade dolorosa, aumento de temperatura.
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Onfalopatias intra-abdominais Complicações.

PROGNÓSTICO
TRATAMENTO
Depende da gravidade e estruturas acometidas.
Antibioticoterapia (tetraciclinas, sulfas, penicilina/
estreptomicina). Onfalites bom.
Anti-inflamatório. Onfalopatias intrabdominais reservado a mau
Extirpação completa das estruturas acometidas (complicações).
 *complicações acometimento de outras estruturas.
Celiotomia
PROFILAXIA
Ligadura dos vasos e/ou estruturas mais afastados Manejo do neonato: ambiente limpo e arejado; ingestão de
possível do processo. colostro e cuidados com o cordão umbilical:
 seccionar e imergir o coto e, solução antisséptica (iodo
5-7%, alcool iodado 10%, ácido picríco 5%).
 desinfecção diária (1-2x).
 sprays repelentes.
Evitar a contaminação da cavidade abdominal!

1. SINARTROSES: articulações imóveis (sutura,


gonfose).
 gonfose: relação do dente com a mandíbula ou maxila.
2. ANFIARTROSE: parcialmente imóveis (ex. vértebras).
Junção de dois ou mais ossos por intermédio de outros 3. DIARTROSE: móveis (ex. metacarpofalângica, úmero-
tecidos rádio-ulnar).

Componentes

Osso subcondral.
 local que tem os vasos sanguíneos que nutrem a
cartilagem articular, além disso, ajuda na absorção de
impacto das articulações.
Cartilagem articular.
Cápsula articular.
 é composta por cápsula fibrosa e membrana sinovial.
Liquido sinovial.
Classificação Membrana sinovial.
Ligamentos.
A articulação é classificada em 3 tipos:
 ligamentos colaterais ajudam na estabilidade.
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Meniscos*
 algumas articulações apresentam meniscos, como por
ex. articulação femorotibial.

Cartilagem articular

É metabolicamente ativa, ou seja, tem um equilíbrio entre


CARTILAGEM ARTICULAR
o anabolismo e catabolismo da cartilagem.
se tem uma quebra do equilíbrio, seja por um estresse 4 camadas:
nessa cartilagem ou alguma patologia, frente a esse 1. Zona 1 (tangencial): sem mineral, condrócitos
desequilíbrio aumenta o catabolismo e resulta em condensados, paralelos
problemas. 2. Zona 2 (intermediária): condrócitos maiores,
arredondados.
COMPONENTES
3. Zona 3 (radiata): condrócitos arranjados em linhas
CONDRÓCITOS produzem colágeno (principalmente verticais, separadas por fibras colágenas.
tipo II).
4. Zona 4 (calcificada): próxima ao osso
PROTEOGLICANOS ajudam na rigidez cartilaginosa.
Glicoproteínas.
Minerais.
Alto teor de água.

PROTEOGLICANOS
São estruturas que ficam entre as fibrilas de colágeno.
Formados por um núcleo proteico central e cadeias
laterais de glicosaminoglicanos (GAG).
GAG: condroitina-6-sulfato, sulfato de queratan,
condroitina-4-sulfato.
Geralmente unido aos proteoglicanos tem o ácido
hialurônico, essa estrutura junta é chamada de agrecam.
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Articulação  esse líquido é importante por fazer a nutrição e


lubrificação da articulação.
Estabilidade da articulação: configuração da  a membrana sinovial ajuda na produção do líquido
articulação (algumas articulações como a coxofemoral é sinovial.
mais estável nos equinos, sua configuração dá uma
 o líquido sinovial é produzido por diálise plasmática,
estabilidade maior, entretanto, a articulação
como se a membrana sinovial filtrasse o plasma que
metacarpofalângica tem uma estabilidade menor),
passa pela articulação através de uma pressão
ligamentos, cápsula articular, unidades músculo-
hidrostática.
tendíneas.
Barreira permeável (partículas >10 kilodaltons).
 ligamentos colaterais (associados à cápsula).
Controle da pressão intra-articular.
 ligamentos intra-articulares (revestidos pela membrana
sinovial). Regeneração.
 ligamento redondo da cabeça do fêmur.

Cápsula articular Exame clínico (temperatura, aumento de volume,


Dividida em 2 partes: sensibilidade, crepitação, deformidade).
1. Camada fibrosa. Bloqueios anestésicos.
 perineurais e articulares.
2. Membrana sinovial.
Exame radiográfico.
CAMADA FIBROSA Tomografia.
Mais externa. Ressonância.
Composta por tecido fibroso vascularizado (conjuntivo Ultrassonografia.
denso). Análise do líquido sinovial.
Porção fibrosa estabilidade mecânica para a Artroscopia.
articulação.  utilizada principalmente para tratamento de algumas
afecções.
MEMBRANA SINOVIAL
Para colher o líquido sinovial tem que ser de forma
Mais interna. asséptica, com tricotomia e antissepsia do local.
2 camadas:
1. tem os sinoviócitos.

2. contém basicamente tecido conjuntivo


frouxo.
Sinoviócitos (tipo A e B).
 o tipo A tem a função semelhante ao do macrófago e
o tipo B semelhante a ação dos fibroblastos.
FUNÇÕES: fagocitose, regulação da quantidade de
proteínas e ácido hialurônico.
LÍQUIDO SINOVIAL: composto ácido hialurônico,
lubricina e procolagenase.
Coloração (amarelo-claro).
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Volume (depende da articulação). Em decorrência desse trauma podemos ter pequenas


Formação de coágulo (não coagula). fraturas, diretamente uma distensão da membrana
sinovial (sinovite) ou da cápsula articular (capsulite).
Proteína (2g/dL).
Se tiver a formação de pequenos fragmentos na
Viscosidade. articulação pode acarretar na distensão da membrana
 processos inflamatórios diminuem a viscosidade. sinovial e consequentemente uma sinovite.
Qualidade do precipitado da muscina.  tem uma injuria/trauma acontecendo na articulação o
Eritrócitos (ausentes). que leva a uma inflamação da membrana sinovial ou da
cápsula articular.
Leucócitos (200/mm3).
 além disso, essa inflamação da membrana sinovial pode
levar posteriormente a uma inflamação da cápsula
articular, isso ocorre porque se tiver uma inflamação
da membrana sinovial, essa inflamação começa a ter
uma produção de líquidos e de fatores inflamatórios, a
membrana vai desentendendo e pode acabar atingido
a cápsula fibrosa por estarem intimamente ligadas.
A consequência dessa inflamação é a liberação de enzimas
líticas (fatores da inflamação, radicais livres,
prostaglandinas e entre outros), com essa liberação
dessas enzimas ocorre a destruição da articulação, além
disso, aumenta a produção de líquido sinovial, resultando
Artrites traumáticas: em um líquido menos viscoso e uma distensão no local.
 tipo I (sinovite/capsulite).
 tipo IIA (entorse e luxação).
 tipo IIB (patologias do menisco).
 tipo IIC (fraturas intra-articulares).
Artrite séptica.
Artrite degenerativa (DAD – Doença Articular
Degenerativa).
Artrite serosa.
Sinovite idiopática.

SINAIS CLÍNICOS
Claudicação.
Tipo I
 a dor é sinalizada pela claudicação (avalia o animal em
Sinovite e capsulite. movimento).
Piora ao teste de flexão.
PATOGENIA Distensão articular (flutuante fibrosa).
Aparecem em decorrência de algum trauma, esse trauma  inicialmente é flutuante e depois se torna fibrosa, no
pode ser agudo (direto na articulação) ou repetitivo início da inflamação tem um aumento na produção do
(geralmente por conta de um defeito de aprumo, podendo líquido sinovial, se essa inflamação não for contida
causar pressão maior em alguns pontos da articulação). tende a ter uma fibrose na capsula articular.
Sinais inflamatórios.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 28

Líquido sinovial (aumento de neutrófilo, macrófago, TRATAMENTO


proteína).
Repouso (20-40 dias).
 se avaliar o líquido sinovial vai encontrar os sinais
inflamatórios, como aumento de neutrófilo, macrófagos  de preferência em baia ou piquete pequeno para
e proteínas. reduzir sua movimentação.
 a proteína aumenta porque como a membrana sinovial Caminhadas.
está comprometida ela permite a passagem de  após o repouso pode iniciar com caminhadas leves que
nutrientes que não deveriam, como as proteínas. funcionam como fisioterapia, impede uma fibrose da
cápsula.
DIAGNÓSTICO
Compressas com gelo (inicialmente).
Sinais clínicos.  crioterapia ajuda a reduzir essa inflamação articular
Radiografia*: aumento no volume de tecidos moles e com compressas com gelo.
aumento do espaço articular. AINEs (flunixim meglumine: 1,1mg/kg IV; fenilbutazona: 2,2-
 inicialmente na radiografia não vai ter um sinal clínico 4,4mg/kg IV).
muito evidente, podendo ter um aumento de volume de  inflamação intensa pode optar os corticoides no lugar
tecidos moles e um aumento do espaço articular pelo dos AINEs., mas geralmente usa fenilbutazona que
aumento da produção do líquido sinovial. pode ser IV ou VO.
 pode encontrar os entesófitos (o osteófito são DMSO tópico.
proliferações ósseas, os entesófitos são proliferações  é um anti-inflamatório e ajuda na captação dos radicais
ósseas em locais que ocorre o arrancamento de tecido livres.
mole, ou seja, locais que tem a inserção dos tecidos
Lavagem intra-articular.
moles).
 em casos mais leves não é comum ser feito porque se
Entesófitos.
lavar essa articulação precisaria entrar nela,
DIFERENCIAIS: fraturas intra-articulares; OCD aumentando o risco de causar uma infecção que leve
(osteocondrite dissecante), AO (osteoartrite). a uma artrite séptica que é mais grave que uma
sinosite, não valendo a pena correr esse risco.
Corticoides intra-articulares.
 para inflamações mais severas.
 se optar pela lavagem articular em inflamações mais
severas, pode aproveitar e administrar um corticoide
intra-articular para conter essa inflamação, usa
quando não está conseguindo controlar a inflamação
com anti-inflamatório tópico e sistêmico.
drogas duração
Hidrocortisona 8-12 hrs
Prednisolona 12-36 hrs
Metilprednisolona 12-36 hrs
Triancinolona 12-36 hrs
Dexametasona 32-48 hrs
Betametasona 32-48 hrs
Ácido Hialurônico 40mg IV ou IA ([] 10mg/ml).
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 29

 é um componente do líquido sinovial.


 durante esse processo inflamatório o líquido perde suas Luxação
características e diminui o ácido hialurônico, podendo
usar dessa forma para repor Entorse Subluxação
Sulfato de condroitina.
 ajuda na formação dos proteoglicanos e na
recuperação da cartilagem articular. TRAUMA
Glicosaminoglicanas polissulfatadas 500mg IM ([]
100mg/ml).
 ajudam a controlar a inflamação, diminui o consumo dos Elas serão decorrentes de traumas, durante o exercício
proteoglicanos, ajuda na recuperação da cartilagem ou de forma acidental.
articular.

Sinais
clínicos
Palpação

Raio-X

DIAGNÓSTICO

Se o osso que compõe a articulação sai do lugar irá causar


uma lesão na cápsula articular e na membrana sinovial,
causando uma lesão nos ligamentos colaterais, todas as
estruturas de estabilização articular sofrem um trauma,
em consequência disse tem sinais semelhantes a sinovite
e capsulite.
Na luxação e subluxação pode ter uma deformidade do
membro.
Aumento na produção do líquido sinovial, na palpação
Tipo II estará flutuante inicialmente.
Aumento de temperatura local.
Não são tão comuns na clínica de grandes.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE LUXAÇÃO:
ENTORSE: perda temporária de contato, ou seja, o fraturas.
osso sai do lugar e depois volta.
LUXAÇÃO: perda permanente de contato, o osso sai do
lugar e não volta, perde o contato das superfícies
articulares dos ossos.
SUBLUXAÇÃO: perda parcial de contato, o osso não
sai completamente do lugar.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 30

LUXAÇÕES

TRATAMENTO
AINEs.
Imobilização da articulação pode ser feita com talas ou
gessos.
DMSO tópico.
Crioterapia (primeiras 48h).
 ajuda a conter a inflamação.
Redução cirúrgica/artrodese.
 em alguns casos pode optar pela redução cirúrgica,
fazendo a anestesia no animal e recolocando o osso
no lugar, em luxações mais severas.
 a artrodese é como se fosse uma fixação da
articulação, destrói a cartilagem articular e gera uma
anquilose articular, ou seja, os ossos grudam um no
outro, o animal atleta perde seu desempenho.
LUXAÇÃO COXOFEMORAL
 para articulações que tem baixa movimentação não
Luxação coxofemoral em equinos não é comum. tem muito problema fazer a artrodese.
Assimetria, aumento de volume as vezes não é
perceptível, encurtamento do membro e um
deslocamento cranial do lado que foi acometido, às vezes,
pode ter uma rotação lateral do membro.
Em animais adultos o tratamento acaba sendo inviável,
podendo optar em alguns casos na eutanásia.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 31

Tipo IIC Essas fraturas podem ser apicais, mediais ou basais, além
disso pode ter fraturas abaxiais e axiais, além das
fraturas cominutivas.
FRATURAS INTRA-ARTICULARES
DIAGNÓSTICO: sinais clínicos e radiografia.
Se tem um fragmento intra-articular, tem que fazer a
 sinais clínicos: principalmente, claudicação moderada
remoção desse fragmento.
a grave, se for um fragmento pequeno é uma
Sesamoides proximais (articulação do boleto). claudicação mais leve que piora com o teste de flexão,
III metacarpo/metatarso. tem um inchaço da articulação e os sinais inflamatórios.
Carpo.  RX: é o meio de diagnóstico de eleição para
* Maior ocorrência em cavalos de corrida por ter um estruturas sesamoides.
esforço maior na região.  artroscopia: também é um meio de diagnóstico, mas
é um método utilizado já pensando no tratamento.
sesamoides proximais
Geralmente por uma tração excessiva ligamento
suspensor do boleto e ligamento sesamoideos.
O ligamento suspensor do boleto se insere na superfície
abaxial do sesamoides.
Quando está ocorrendo a movimentação da articulação
metacarpofalângica, os ligamentos tracionam em polos
diferentes, podendo resultar em fraturas intra-
articulares.

TRATAMENTO: controla a inflamação do local,


descanso e crioterapia + remoção.
 controle da inflamação – paliativo.
 AINES e pode usar corticoide intra-articular.
 DMSO tópico.
 além de estar acontecendo uma inflamação por conta
do fragmento, além do controle da inflamação tem que
remover esse fragmento ou fixa-lo de volta no lugar.
 animal em repouso.
 uso da crioterapia nas primeiras 48 hrs.
 artroscopia (remoção do fragmento).
 fixação com parafuso.
 cerclagem com fio de aço.
 artrodese (promover a anquilose da articulação.).
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 32

Quanto antes fizer a remoção do fragmento melhor é o


prognóstico com relação a função atlética, outra coisa que
influencia é a configuração da fratura, fraturas
cominutivas são mais difíceis tendo que promover a
anquilose da articulação, se for nos sesamoides a função
atlética ficará comprometida.
A vantagem da artroscopia é por fazer pequenas incisões.
carpo
Chip (lascas do osso). GRAVE rápida destruição articular, perda irreversível
Slab (pega o osso todo na transversal). da superfície articular quando em conjunto com a
Carpo radial, intermédio, terceiro carpiano são mais osteomielite.
comuns. É uma patologia importante por se tratar de uma doença
grave com uma rápida evolução.
Por envolver microrganismos e ter reações inflamatórias
mais intensas ocorre uma rápida destruição articular.
Pode levar a uma osteomielite.

Vias de infecção

Hematógena:
 infecções do ônfalo.
 pneumonias.
 enterite.
 infecções sistêmicas.
 Actinobacil us spp., Salmonela, Streptococcus, E. coli.
TRATAMENTO: artroscopia.
Mais comum em animais jovens, após quadros de
Dependendo da configuração da fratura e da utilidade do
infecções do ônfalo esses animais desenvolvem quadros
animal pode tentar o tratamento paliativo com repouso e
anti-inflamatório. de infecções articulares pela transmissão hematógena.
Fratura em slab pode fazer a fixação com parafuso ou Essa bactéria pode se instalar primeiro no osso
cerclagem. causando uma osteomielite, depois no osso subcondral e
entrar na articulação. Além disso, pode se instalar
direto no interior da articulação ou na membrana
sinovial causando uma sinovite.
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A partir da instalação dos microrganismos nesses Se tiver histórico de ferida é importante verificar o
lugares tem todo o quadro inflamatório ocorrendo, tratamento feito porque as vezes aconteceu uma ferida
liberando prostaglandinas causando o processo de próximo da articulação e não foi tratada, se tiver
sinovite e capsulite novamente. envolvimento articular em uma ferida as chances de
ter uma artrite séptica é grande.
Traumática:
Casos de ferida é importante checar se tem
 feridas perfurantes/lacerantes quando tem o
rompimento da cápsula articular. envolvimento articular, para checar esse envolvimento
pode na avaliação da ferida analisar se tem líquido
 mais comum em adultos.
sinovial sendo drenado pela ferida e através da
 Streptococcus, Staphylococcus, E. coli.
lavagem articular pode verificar esse acometimento.
Iatrogênica: ao usar bloqueios intra-articulares ou Faz a tricotomia e limpeza da ferida, além disso, em
injeção de corticoide intra-articular, sempre deve tomar um ponto mais longe da ferida faz a antissepsia,
cuidado para não levar o microrganismo na articulação com
a antissepsia. tricotomia e entra com uma agulha, nesse ponto que
entrou injeta solução fisiológica ou ringer, se a solução
 comum em adultos.
fisiológica estiver saindo pela ferida significa que tem
Cirúrgica: artroscopia. uma comunicação.

Sinais clínicos

Está ocorrendo uma inflamação da articulação junto com


a infecção, sendo os sinais clínicos normalmente mais
severo e mais agudo.
Claudicação intensa (graus variados).
 geralmente tem uma claudicação mais intensa.
Distensão articular (efusão)*.
 distensão articular por conta da efusão.
 tomar cuidado com potros, principalmente, quando tem
o acometimento de articulações mais proximais, ex.
articulação escapulo-umeral, as vezes por conta dos
tecidos adjacentes não consegue ver essa efusão tão
claramente.
Edema.
Espessamento.
 casos mais crônicos na palpação nota o espessamento
da cápsula articular pela fibrose que causa.
Dor à palpação.
 casos agudos.
POTROS
Quando a artrite séptica está associada a ferida e tem
uma inflamação articular, aquele líquido Em casos de poliartrite (mais de uma articulação
inflamatório que está se formando em decorrência da acometida).
inflamação, pode acabar sendo drenando pela ferida. Decúbito prolongado.
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Sinais de infecção do ônfalo, doenças respiratórias,


digestivas.
A via hematógena é mais comum, mas também pode
acontecer a via traumática, sempre que tiver
proximidade de articulação em uma ferida é
importante ver se tem o acometimento da articulação.

Diagnóstico

Exame clínico.
ANÁLISE/CULTURA DO LÍQUIDO SINOVIAL
 o exame clínico ajuda junto com a anamnese a ter essa
suspeita da artrite séptica, verificando a possibilidade Colheita em frasco com EDTA (técnica asséptica).
de trauma, entrada por via hematógena e iatrogênica. Colheita em frasco sem anticoagulante (cultura e
Radiografia**. antibiograma).
 radiografia em um quadro muito agudo não tem sinais
tão evidentes.
Análise/cultura do liquido sinovial.

RADIOGRAFIA
Descartar outras patologias (osteomielite séptica).
Aumento ou diminuição do espaço articular.
Faz a colheita de forma mais asséptica possível, pois se
Edema dos tecidos periarticulares.
não for uma artrite séptica não podemos levar
contaminação, dessa forma, faz a tricotomia,
antissepsia cirúrgica, uso de luvas.
Colheita do líquido pois será visualizado um líquido
alterado, podendo sair sanguinolento, sai mais turvo
pelo aumento da celularidade e pela alteração da
permeabilidade da membrana sinovial.
Artrite
Normal
infecciosa
amarelo claro amarelo opaco
transparente turvo
alta baixa
50-500 20-200x103
<10 >90
>90 <10
0,8-2.,5 g/dl 4,0-8,0

Tratamento
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OBJETIVOS: eliminar microrganismos e remover


produtos deteriorantes da inflamação.
 além de uma inflamação tem a presença do
microrganismo.
 além de tirar os produtos inflamatórios tem que
eliminar o microrganismo com antibioticoterapia.
Emergência!
 é considerado uma emergência porque é uma
destruição articular rápida.

DRENAGEM E LAVAGEM ARTICULAR


Artroscopia.
Througth and through.
 ringer.
 ringer lactato + antibiótico.
 solução fisiológica. ANTIBIOTICOTERAPIA SISTÊMICA
Entra na região medial e lateral da inflamação (2 ou Além da lavagem articular tem que eliminar o
3 pontos distantes da inflamação) e começa a irrigar microrganismo com antibiótico.
com ringer, ringer lactato + antibiótico ou soluções Leva em consideração a gravidade do caso, condições do
fisiológicas, o principal é lavar a articulação. proprietário e o manejo do animal.
Amplo espectro ou de acordo com antibiograma.
No mínimo 2 pontos, quando tem 2 pontos faz uma via
só para o fluxo da solução fisiológica, se colocar 3 Penicilina G potássica 22000UI/kg IV cada 6h.
pontos consegue fazer a solução fisiológica se espalhar Gentamicina 6,6 mg/kg IV.
melhor pela articulação. Cefalosporinas.
Amicacina.
Tem que fazer a lavagem com pressão, esse
procedimento ajuda a eliminar os fatores de Sulfa+trimetropin.
inflamação dentro da articulação e ajuda a eliminar Pode usar uma combinação de penicilina +
o microrganismo. gentamicina.
Geralmente associação de antibiótico beta lactâmico e
aminoglicosídeo.
Bactéria anaeróbica: metronidazol.

ANTIBIOTICOTERAPIA LOCAL

intra-articular
Depois de lavar a articulação.
Gentamicina 150mg/articulação/dia.
Amicacina 500mg/kg/dia.
Ceftiofur 150mg/kg/dia.
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perfusão regional (antibiose)  mais usada.


Ceftriaxona. Flunexim meglumine.
Ceftiofur. Meloxican.
.Amicacina ANTIÁCIDOS
 pode causar reações.
Potros.
Forma de conseguir concentrações maiores do  principalmente em potros usar protetores gástricos por
antibiótico na articulação, faz um garrote na região conta do uso contínuos de AINES para não desenvolver
mais proximal da articulação onde vai fazer a úlcera gástrica.
perfusão regional, canula um vaso (safena ou cefálica) Cimetidina, Ranitidina.
e faz a injeção de antibiótico intravenoso no vaso.
CONDOPROTETORES
Geralmente, usa o antibiótico junto com a lidocaína
por gerar desconforto no animal, para completar o PSGAG
volume pode usar solução fisiológica. Ácido hialurônico.

Deixar de 20 a 30 minutos fazendo a perfusão Prognóstico


regional. A intenção é atingir níveis maiores de
ADULTOS: reservado.
antibióticos na articulação.
POTROS: reservado-mau.

É causada por uma imobilidade da patela, é relativamente


comum.
Também conhecida como fixação dorsal da patela e
luxação de patela.
 a luxação de patela é um termo errado porque não
tem de fato uma luxação.
Aprisionamento do ligamento tibiopatelar medial sobre a
crista medial troclear do fêmur imobilidade da
patela.
Devido ao aprisionamento temos como sinais clínicos:
 hiperextensão caudal do membro pélvico.
 animal não flexiona o membro.
O ligamento medial se aprisiona na crista troclear
medial do fêmur, ao estender o membro a patela sobe e
ao flexionar o membro a patela desce.
Nessa patologia quando o animal estende o membro o
ligamento se aprisiona na crista e a patela não
consegue descer.
AINES
Fenilbutazona.
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Diagnóstico

Anamnese/Sinais clínicos.
Manobras para fixar a patela.
 para auxiliar no diagnóstico pode fazer o animal andar
para trás ou fazer círculos mais fechados para andar,
sendo algumas manobras utilizadas para fixar a patela.
Raio-X (descartar outras alterações).
 na grande maioria das vezes não faz o RX, a não ser
que o animal sinta dor ao palpar ou tenha uma efusão,
geralmente, os animais não sentem dor a palpação, a
claudicação é de origem mecânica.

Tratamento

Manobras para liberar a patela:


Fatores predisponentes
 andar para trás.
Defeitos de aprumos.  palpação.
 animal com jarrete de vaca, ou seja, mais juntos é
bastante comum apresentar.
 bovinos apresentam comumente essa patologia.
Tônus muscular deficiente.
Melhorar condicionamento físico.
Sinais clínicos
Fisioterapia.
Hiperextensão intermitente (mais comum) ou por longos
períodos.
Fixação do membro em extensão.
Injeção intraligamentar de substâncias irritantes:
Arrastamento da pinça.
Distensão da articulação fêmur-patelar.  iodo 5% (1-2ml).
 enrijecimento produção de fibrose.
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 riscos de entrar na articulação. Deterioração da cartilagem articular + alterações


ósseas e dos tecidos moles da articulação.
 caracterizada pela separação local e fragmentação da
cartilagem articular.

CIRÚRGICO

desmotomia do ligamento tíbio patelar medial


É a incisão do ligamento, sendo um procedimento
simples.
Animal em estação.
 mais fácil de palpar o ligamento em estação, mas pode
ser feito em decúbito também.
Faz uma anestesia local, tricotomia e antissepsia.
Secção do ligamento.
Sutura de pele e subcutâneo. Ao ter o quadro de osteoartrite tem a formação de
Realizar a secção o mais distal possível. cistos ósseos, esclerose do osso subcondral e
COMPLICAÇÕES: fratura de patela, infecção fragmentação da cartilagem articular, com a evolução
condromalácea. tem a formação dos osteófitos, calcificação da
 não é comum ter complicações em decorrência desse cartilagem articular e etc. Essa DAD pode levar a
tratamento cirúrgico por deixar os outros dois uma anquilose do osso.
ligamentos, os riscos maiores são por entrar na
articulação ou não tomar cuidados durante a Uma vez que tem esse desequilíbrio dentro da
antissepsia cirúrgica. articulação é difícil controlar.
Dentro da articulação temos um equilíbrio, ao mesmo
tempo que tem a renovação da cartilagem tem a sua
destruição, no caso da osteoartrite tem o catabolismo se
sobressaindo ao anabolismo, tem um desequilíbrio
grande na articulação acarretando diversos
problemas.

É uma das mais importantes por ser o estágio final das


patologias, se as patologias não forem tratadas uma das
consequências é a osteoartrite.
Osteoartrite.
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Trauma (cíclico/atlético) Trauma (cíclico/atlético)

Perda de estabilidade Perda de estabilidade

Alteração articular Alteração articular

Estresse anormal em Estresse anormal em


cartilagem normal. cartilagem anormal.

COLAPSO DA
CARTILAGEM
Diagnóstico

SINAIS CLÍNICOS
De uma forma mais resumida tem um trauma que
pode ser repetitivo o que leva a uma perda da agudo
estabilidade da articulação e uma alteração articular, Claudicação.
essas forças causam um dano na cartilagem articular Aumento de volume articular (efusão).
que começa a ter liberação de enzimas proteolíticas,
Dor à flexão.
radicais livres, prostaglandinas que leva a um colapso
 teste de flexão faz a claudicação aumentar, mas
da cartilagem articular, levando a um estresse depende do grau de inflamação da articulação.
anormal em uma cartilagem normal.
crônico
Traumas repetitivos levam a microfraturas, sinovites ou
Aumento de volume articular (tecido fibroso).
capsulites causando um estresse anormal em uma
Diminuição da movimentação.
cartilagem já comprometida pelas alterações
decorrentes, esse estresse leva ao colapso. Sem dor à palpação.

BLOQUEIOS ANESTÉSICOS
Bloqueios anestésicos são importantes, respondem aos
quadros agudos a esse bloqueio, nos casos agudos tem
uma melhora na claudicação depois do bloqueio,
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DIAGNÓSTICO

raio-x
Método mais importante para diagnosticar de fato.
Diminuição espaço articular.
Esclerose subcondral (radiopacidade do OS).
Osteófitos.
Proliferação periosteal.

artroscopia
É o meio de diagnóstico ouro pensando em avaliar o grau
de comprometimento da cartilagem articular.
O RX não revela o grau da lesão, então, pela artroscopia
vê diretamente a cartilagem articular e visualiza o dano
real que a cartilagem está sofrendo.
Aumenta a deposição de cálcio no osso subcondral, visível
na radiografia.

Tratamento

TRATAR CAUSA PRIMÁRIA


Modificar exercício.
Restringir movimentação, tratamento de fraturas.

BLOQUEAR A INFLAMAÇÃO
AINE.
AIE lavar articulação.
PSGAG.
Ácido hialurônico; repouso.
IRAP®.
PRP.
 plasma rico em plaquetas.

TRATAR PROCESSO DEGENERATIVO DE


CARTILAGEM
Debridamento.
Curetagem.
Artrodese.
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 pode ser cirúrgica ou química (usando substâncias  traumáticas (mais comuns)/patológicas.


irritantes, iodo ou álcool intra-articular).
 insuflação da articulação é com gás, tendo uma Obstáculos para tratamento de
visualização melhor das estruturas. fraturas em ossos longos

Peso do animal.
LOCAL: gelo; duchas; compressas quentes; Natureza da fratura (cominutivas).
antiflogísticos; anti-inflamatório; shock wave.  em alguns casos, as farturas cominutivas apresentam
SISTÊMICOS: AINE; ATB; antioxidantes; PSGAG; um prognóstico ruim.
INTRA-ARTICULAR: processos degenerativos que Retorno anestésico.
não respondem a outros tratamentos; fármacos com mais Sobrecarga no membro contralateral.
de 10kilodaltons; fármacos que não necessitam de  se o animal não apoia direito no membro fraturado
metabolização. mesmo após a cirurgia tem grandes chances de
 AINE; antibiótico, PSGAG; hiauluronato; lavagem desenvolver uma laminite por sobrecarga do membro
articular. contralateral.
Manejo do animal.

Artrotomia. Mecanismos das fraturas


Artroscopia.
Estresse muscular.
Lavados articulares.
Preparo físico inadequado.
Conformação.
PSGAG- Adequan. Desequilíbrio dos cascos.
Sulfato de condroitina. Trauma direto.
Hiauluronidase. Fatores predisponentes:
 calcificação inadequada.
 tipo de atividade.
Ultrassom.  idade.
Acupuntura.  realização de neurectomia.
Massagem. Fatores determinantes:
Ferrageamento especial.
 trauma direto: coice, pancadas.
Estímulos elétricos/eletromagnéticos.
 trauma indireto: flexão, torção, tração.

Classificação

LINHA DE FRATURA: reta, oblíqua, transversal,


longitudinal, bisel.
Geralmente de origem traumática, além disso, temos
NÚMERO DE FRAGMENTOS: simples, composta,
fraturas patológicas em decorrência de alguma patologia,
cominutiva.
como por ex. osteoporose.
FRATURA perda da continuidade óssea e
impedimento da função em algum grau.
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COMPLETA/INCOMPLETA. Diagnóstico
LOCALIZAÇÃO.
Exame clínico.
RESISTÊNCIA DA PELE: aberta, fechada.
 inspeção e palpação.
Sinais clínicos Radiografia.
 consegue avaliar e classificar a fratura que influencia
Claudicação perda da função. no tratamento definitivo depois.
 a claudicação é em graus variados, podendo ter uma Ultrassonografia.
perda da função pelo animal não apoiar o membro.
 para avaliação de tecidos adjacentes.
Deformidade.
Termografia.
Dor, inchaço.
Artroscopia (fraturas intra-articulares).
Crepitação.
Prognóstico

Tipo e localização.
Temperamento do animal.
Dano adicional.
 se tem acometimento de outras estruturas, como
tendão, articulação, bainha sinovial e etc.
Características do animal.
Mobilidade anormal. Eficácia dos primeiros socorros!!
Movimentação anormal.
Primeiros socorros
Lesão em outros tecidos.
 no caso das fraturas expostas, tendo
comprometimento da integridade da pele e de Importante saber realizar o atendimento de forma
estruturas adjacentes ao osso correta, é um atendimento emergencial.
Pode atender?
Gravidade?
 perguntar para o tutor se é uma fratura exposta, se
o animal está em estação ou em decúbito, se alterou o
formato do membro, se o animal está muito agitado e
etc.
Distância até o local
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Local? (condições de trabalho? Material? Desembarque? IMOBILIZAÇÃO.


Transporte? HV?). Sedação, analgesia, AINE, ATB.
Uso do animal? Transporte (encaminhamento).
Perfil do proprietário?
Os animais estarão agitados durante o atendimento
Possibilidade de tratamento? inicial por conta da dor, sendo necessário fazer
Custos? alguma sedação nesse animal, geralmente usa xilazina
Recuperação. ou detomidina, caso use esses medicamentos, por serem
 como será a recuperação anestésica do animal, como alfa agonistas podem fazer o animal se inclinar
será no pós-operatório. cranialmente, se for uma fratura em membro torácico
PRIMEIROS SOCORROS pode acabar tornando uma fratura exposta ou
completa, usa a dose mínima de sedativo, além disso,
Proteção do local. tomar cuidado com a quantidade de aplicação.
Minimizar movimento.
Os bloqueios locais/perineurais não são feitos por
Limpeza.
tirarem parcialmente a dor do animal no local da
 fratura exposta fazer uma limpeza da ferida e se tem
fratura, dessa forma, pode fazer o animal apoiar no
necessidade de fazer hemostasia.
membro e resultar no agravamento da fratura.
Orientar o proprietário como deve ser feito os primeiros
Geralmente, não é comum precisar fazer hidratação.
cuidados até que o veterinário chegue no local,
Se tiver uma fratura exposta é interessante entrar com
proteção do local principalmente se for exposta,
um ATB de amplo espectro.
minimizar o movimento do animal (de preferência
deixar o animal como está, se estiver em decúbito é
melhor deixar ele em decúbito, não tentar movimentar
o animal porque se não estiver corretamente
imobilizado o membro pode acarretar em uma piora
do quadro de fratura), limpeza se o animal for mais
calmo, cobrir o local da ferida até que chegue no
local.

Imobilização

Articulação proximal e distal.


Limpeza do local.
Hemostasia.
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 importante imobilizar uma articulação proximal e distal Tala dorsal com animal apoiando em pinça.
e não terminar essa bandagem perto do foco de
fratura
OBJETIVO: evitar lesões adicionais, facilitar transporte,
alívio da dor, evitar que uma fratura fechada se torne
aberta.

MEMBRO pélvico

Tala plantar com apoio em pinça.

FRATURA DE NÍVEL II
MEMBRO TORÁCICO
FRATURA DE NÍVEL I
MEMBRO TORÁCICO

Envolve região de 3 metacarpo para baixo


Animal apoiando normal, faz duas talas, uma lateral e uma
caudal.
MEMBRO pélvico
Da região do boleto para baixo.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 45

Tala lateral e plantar.

FRATURA DE NÍVEL III


MEMBRO TORÁCICO

Fraturas de nível 4 não precisam de imobilização porque


não é bem sucedida e já tem bastante cobertura muscular
nessa região.
Fraturas de cabeça não imobiliza também.

Transporte
Fratura de rádio e ulna.
FRATURA EM MT: animal com a cabeça para trás.
Usa a tala lateral estendida e pode usar uma tala caudal
 o animal embarca de ré com a cabeça para trás.
dependendo da configuração da fratura.
FRATURA EM MP: animal com cabeça pra frente.
TALA LATERAL ESTENDIDA: as talas sempre tem
o objetivo de neutralizar as forças que o membro sofre
durante a movimentação e apoio, no caso da fratura de
rádio tem a questão de adução e abdução do membro que
pode agravar a fratura.
 limita os movimentos de adução e abdução do animal.
MEMBRO pélvico
Bandagem até a altura mais proximal possível e tala lateral
estendida.

A intenção desse posicionamento no transporte é


neutralizar as forças de aceleração e desaceleração.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 46

REDUÇÃO FECHADA
Não opta pelo tratamento cirúrgico.
Imobilização com gesso, talas.
Uma das suas vantagens é o fato de preservar tecidos
moles e aporte sanguíneo.
 apenas realoca o osso no lugar e faz a imobilização
externa.
Diminui o tempo de recuperação e chance de infecção**
 depende da situação.
Mais fácil realizar nas regiões abaixo do rádio e tíbia.
Fixação externa (cavilhas de transfixação, fixadores
externos, dispositivos de FE).
Considerações

Diagnóstico.
 para pensar no tratamento definitivo tem que
considerar o diagnóstico.
Tratamento X Eutanásia.
 dependendo do osso envolvido e configuração da
fratura acaba tendo que optar por eutanásia.
Idade.
 potros e bezerros apresentam uma recuperação
melhor.
Sexo. REDUÇÃO ABERTA
Valor econômico. Trauma a tecidos moles.
Pós-cirúrgico. desvantagem
Aumenta riscos de infecção.
Complicações. Visualização direta da fratura. vantagem
 complicações por infecção em feridas abertas, como Materiais: pino intramedular; fio de aço; placa e parafuso
osteomielite secundária.
 parafuso cortical.
Tratamento definitivo  parafuso esponjoso.
 placas metálicas: compressão estática, dinâmica,
REDUÇÃO E FIXAÇÃO neutralização das forças;
OBJETIVOS:
 estabilizar fragmentos.
 prevenir deslocamento, rotação, angulação.
 estimular reparação.
 restaurar função.
 restaurar aparência.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 47

 placa e parafuso: diminui irrigação e material caro. Pós-operatório

Repouso (6-8 semanas).


Após período de repouso caminhadas/fisioterapia.
Hidroterapia.
Após 12-15 semanas volta gradual à atividade.

Complicações
Pinos intramedulares podem ser utilizados junto com a Recuperação anestésica.
cerclagem.
Infecções (osteomielite).
Isquemia devido a imobilização.
União atrasada.
Não união.

Prognósticos

 pino: fraturas sem tendência de rotação ou Bom (função atlética):


encurtamento.  carpo e tarso.
 fraturas diafisária de úmero, fêmur, tíbia em animais  sesamoides. pequenos
jovens.  patela. fragmentos
FIO DE AÇO: combinados com outros implantes  falange proximal.
ortopédicos.
 olecrano.
 fraturas de sesamóides proximais.
 falange distal.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 48

Se tem um esforço acima de 8% pode ter a ruptura


tendíneas com danos irreversíveis.

Estruturas relacionadas
Tecido conectivo fibroso (conjuntivo denso).
Bainha.
 os tendões e ligamentos são formados por tecido
 a bainha tendínea está presente principalmente nos
conjuntivo denso.
locais que tem mudança de direção dos tendões ou
Intermediário entre músculo e osso. onde tem muita fixação, como próximo a articulação do
 um tendão liga um músculo ao osso. boleto.
Paratendão.
Funções Retináculo.
Sustentação (manutenção estática e dinâmica).  tecido conjuntivo que ajuda a manter o tendão no seu
Transmissão da força biomecânica do músculo para o osso curso.
(movimentação). Ligamentos anulares.
 faz o estímulo de contração muscular para ter a  também ajudam a manter o tendão no seu curso.
movimentação do sistema esquelético. BAINHA TENDÍNEA/BAINHA SINOVIAL: reveste o
 a característica biomecânica dos tendões dá aos tendão, tem uma parte mais interna que circunda o tendão
equinos essa capacidade de andar a longas distâncias
e uma porção mais externa, dentro dessa bainha tem um
e correr com certa velocidade.
líquido, presente em áreas que tem uma grande
Tendões movimentação e atrito entre os tendões.

Suporta até 3% de esforço.


MAIS QUE 3% alterações estruturais.
MAIS QUE 8% ruptura.

O gráfico mostra que microscopicamente as fibras


tendíneas apresentam uma certa ondulação, essas
ondulações permitem uma elasticidade de até 3% do tendão,
quando tem um esforço acima de 5% começa a ter o
estiramento dessas fibras tendíneas, perdendo o seu aspecto
ondulado.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 49

 tenoblastos: células mais ativa do tecido tendíneo, a


sua principal função é a sintetização das glicoproteínas
e proteoglicanas.
 tenócitos: células quiescentes.
Água.

Tecido conectivo denso.


Conectam ossos ou tendões ao osso.
 conecta osso ao osso ou, como por exemplo, os
ligamentos carpianos que ligam os tendões aos ossos.

Funções

Estabilização e limitação das ações musculares.

A porção distal do membro (de carpo/tarso para mais


distal), são os mais acometidos.
O tendão geralmente recebe o nome do músculo que está
Composição
ligado.
Fibras colágenas tipo I (principalmente). Tendões extensores e flexores.
Proteoglicanas/glicoproteínas.  tendões extensores estarão na porção dorsal do
Fibras elásticas. membro, os tendões flexores na porção
 algumas. palmar/plantar do membro.
Tenócitos/tenoblastos.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 50

Tendão flexor digital superficial (TFDS).


Tendão flexor digital profundo (TFDP).
Ligamento carpiano superior (LCS) – ligado ao TFDS.
Ligamento carpiano inferior (LCI) – ligado ao TFDP.
Ligamento suspensor do boleto.

Tendões extensores:
Queda no desempenho.
 extensor digital comum – membro anterior.
Impacto econômico.
 extensor digital longo – membro posterior.
Essas patologias também causam uma grande queda no
 extensor digital lateral.
desempenho, as lesões podem começar a aparecer no
 presente no membro anterior e membro pélvico, pois treinamento e se agravar no momento da competição, além
se insere nos outros dois tendões.
disso, pelo impacto econômico que essas enfermidades
podem levar, principalmente devido ao período de repouso
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longo que o animal tem que ficar e o impacto econômico FISIOPATOLOGIA


em relação aos custos de tratamento.

Um dos seus problemas é a recidiva porque o proprietário


muitas vezes não cumpre o tempo de repouso certo.

TENDINITE: inflamação do tendão.


TENOSSINOVITE: inflamação da bainha.
TENDOSSINOVITE: inflamação do tendão e bainha.
DESMITE: inflamação do ligamento

Inicialmente tem uma distensão que pode levar a um


Tendinite
estiramento ou ruptura das fibras tendíneas, nesse local da
Acomete principalmente tendões flexores. lesão tem a presença de hemorragia pela presença dos
Mais comum em membros anteriores. vasos que fazem a irrigação tendínea e tem também um
TFDS. edema intratendíneo, a partir disso, se instala um processo
 é o tendão mais acometido. inflamatório, caso não seja controlada a inflamação,
causará uma isquemia e posteriormente necrose.
ETIOLOGIA
Fatores intrínsecos (estiramentos) e extrínsecos
(perfurações e lacerações).
Excesso de uso:
 esforço suprafisiológico: uma lesão tendínea ou um
estiramento do tendão pode ser causado por um
esforço suprafisiológico, ocorre quando o esforço do
tendão supera a força que ele consegue aguentar.
 episódios repetitivos: o tendão em cavalos atletas
trabalham próximo do limite fisiológico, buscando
sempre um equilíbrio.
 existe um dano no tendão, mas tem um reparo pela
matriz extracelular, se tem o dano da matriz SINAIS CLÍNICOS
extracelular e o dano no tendão irá superar sua taxa
de reparo, apresentando os sinais clínicos, ou seja, tem fase aguda
pequenos danos no tendão e essa taxa de dano é Claudicação.
maior que a de reparo.
 grau variável.
 carga excessiva.
Aumento de volume (variável).
Trauma: lacerações tendíneas e traumas direto no Dor à palpação.
tendão.
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 as vezes em lesões menores consegue diferenciar qual DIAGNÓSTICO


tendão o animal está sentindo dor.
Sinais inflamatórios. Exame físico.
 ajuda a dar uma noção da onde está essa lesão, pela
palpação consegue sentir esse aumento de volume,
pela inspeção visual e o exame de movimento consegue
verificar o membro que está acometido.
Ultrassonografia: localização, tamanho da lesão,
evolução.
 é o exame complementar de eleição.
 acompanha a lesão de acordo com o tratamento, além
TENDINITE EM TENDÃO FLEXOR DIGITAL disso, ajuda a definir quando o animal vai voltar a
SUPERFICIAL.
competir.
O ligamento anular palmar funciona como se fosse uma
 consegue determinar a extensão da lesão, faz a
cinta e não é elástico, ou seja, não cede a pressão, um dos ultrassom no aspecto longitudinal e no corte
sinais clínicos da tendinite do flexor digital superficial é transversal para mensurar o tamanho da lesão e
uma tendinite mais abaulada porque o tendão aumenta de identificar qual tendão e ligamento está acometido.
volume, mas por ter o ligamento anular palmar  tendinite aguda se manifesta na lesão uma área
pressionando, não tem o aumento de volume na região do hipoecóica pela hemorragia e edema intratendíneo.
boleto.

fase crônica
Aumento de volume firme.
Restrição da movimentação dos tendões.
Se o organismo não consegue controlar a inflamação,
começa a ter a formação de uma fibrose, nessa fase tem um
aumento de volume firme porque geralmente tem uma Termografia.
fibrose nessa lesão, pode ter presença de calcificações  útil na fase aguda, nas primeiras 72 horas da lesão
também. pelo aumento de temperatura que tem.
O animal claudica pela aderência entre os tendões. Radiografia: presença de calcificações, fraturas.

TRATAMENTO
fase aguda
OBJETIVO: minimizar com a inflamação.
 não pode acabar com a inflamação porque é um
processo importante.
FISIOPATOLOGIA:
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 evitar corticoides: os corticoides geralmente


atrasam o remodelamento tendíneo.
DMSO tópico.
Liga de descanso.
fase fibroblástica
OBJETIVO: estimular formação tecidual.

Existe um processo inflamatório instalado na  se sobrepõe a fase inflamatória.


fisiopatologia, se não for controlado pode levar a isquemia Tem a angiogênese e a atração de fibroblastos para o local
e necrose, mas é importante minimizar esse processo porque da lesão para promover o tecido cicatricial, inicialmente tem
leva a uma proliferação de fibroblastos e a angiogênese o colágeno do tipo 3 e do tipo 1 de uma forma mais
que contribui para a produção de colágeno, sendo um desorganizada, depois tem a organização do colágeno tipo
processo importante para a correção da tendinite. 1 e a substituição do colágeno tipo 3.

O tecido cicatricial formado após a inflamação, é um tecido Alternar entre calor e frio.
desorganizado e tem um predomínio de fibras de colágeno Ultrassom terapêutico.
do tipo 3. No tendão, fisiologicamente, tem principalmente Glicosaminoglicanos.
as fibras colágeno do tipo 1, esse colágeno do tipo 3 são  inibem a ação das enzimas proteolíticas liberadas
fibras mais desorganizadas e consequentemente, irão durante o processo inflamatório.
formar uma cicatriz mais desorganizada. Bandagens.
No tratamento, busca-se melhorar essa cicatrização, com o Fisioterapia.
passar do tempo com o tratamento, tem a substituição das Baptan.
fibras de colágeno do tipo 3 para a do tipo 1, o tratamento CIRÚRGICO: Spliting e Desmotomia do ligamento
busca acelerar esse processo de reparo tendíneo. Se deixar anular.
esse tecido desorganizado, o tendão perde a sua função. Siting
Quando o animal começa o processo cicatricial, com um A técnica de Spliting foi primeiramente pensada no
tecido desorganizado mais frágil, o proprietário acha que tratamento da tendinite crônica pensando em estimular a
pode fazer o animal voltar a treinar resultando nas vascularização, na fase aguda tem como função a
recidivas da patologia. drenagem do líquido inflamatório e estimular a
vascularização tecidual.
Repouso.
 principalmente, 30 a 60 dias de repouso, dependendo Os tratamentos cirúrgicos não são realizados em todas as
da extensão da lesão esse repouso é maior. ocasiões, apenas é usado em quadros mais graves. Pode
Gelo/hidroterapia (20min – 3-4x/dia). ser feito com o animal em decúbito ou estação, podendo

 ajudam a controlar o processo inflamatório. usar bisturi ou uma agulha.

AINES (flunexim meglumine, fenilbutazona, meloxican). TÉCNICA: faz a tricotomia do local da lesão, pode fazer
 fenilbutazona mais comum de usar pelo efeito que tem guiado pelo ultrassom, com o bisturi ou agulha faz
no sistema locomotor. pequenas perfurações/incisões percutâneas para ter a
Corticóides* drenagem e estimular a vascularização.

Desmotomia
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O ligamento anular exerce uma pressão sob o tendão flexor  ativam a vascularização local, melhorando a circulação
superficial digital, ao fazer a desmotomia do ligamento no local de remodelamento.
anular palmar consegue aliviar a pressão que é feita, é um Pode fazer a desmotomia do ligamento acessório superior,
tratamento paliativo que visa aliviar a pressão. esse ligamento está ligado ao TFDS, os ligamentos
ajudam a limitar as ações do músculo e tendão, essa
desmotomia gera um alivio da tensão do TFDS
aumentando a elasticidade musculo tendíneo.

Aplicação de plasma rico em plaquetas intralesional.

REABILITAÇÃO:
 exercício controlado.
 fisioterapia.
 caminhadas diárias.
 caminhadas montadas.
Ultrassom terapêutico, ajuda no realinhamento das fibras
Inicialmente tem um tecido cicatricial desorganizado,
tendíneas, mas alguns animais não respondem tão bem.
principalmente composto por fibras de colágeno tipo 3 que
são mais finas e desorganizadas. O animal volta Importante manter o animal em repouso durante todo o
gradualmente a rotina.
tratamento.
Se necessário utilizar ferraduras com rampões.
fase crônica  ferradura com rampões: serve para aliviar a pressão
Fase de remodelamento tendíneo. dos tendões flexores.
 não tem mais os sinais inflamatórios.
Ultrassom terapêutico.
Shock wave.
Terapia celular.
 pode usar o plasma rico em plaquetas.
Pomadas revulsivas (cânfora).
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COMPLICAÇÕES
Recidivas.
 é a principal por não respeitar o período de repouso
que o animal tem que ficar.
Aderências.
 formação de aderências, sendo importante a
fisioterapia, fazendo exercícios controlados evitando
aderências entre os tendões. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
PROGNÓSTICO Tenossinovite séptica.
Variável. Distensão articular (artrite serosa).
Severidade da lesão; tratamento; função do animal. Pode diferenciar pela palpação ou pelo ultrassom, quando
tem uma distensão da bainha acontece sob o tendão pela
Tenossinovite idiopática bainha estar relacionado com o tendão.

Distensão da bainha tendínea. A distensão articular geralmente se percebe o aumento de


Conhecida como “ovas”. volume entre o metacarpo e o ligamento suspensor do
boleto.

TRATAMENTO
Diminuir exercício.
Repouso.
AINEs.
Infiltração de corticoides.
ETIOLOGIA É parecido com a artrite serosa, diminuindo a carga de
Idiopática. exercício por diminuir a produção de líquido e o aumento
 não tem uma causa específica. de volume.
Defeito de aprumo. Repouso por um tempo, mas ao voltar com o treinamento
Esforço excessivo. pode voltar o aumento de volume também, pode ser feito a
 ao começar um treinamento mais pesado ou um defeito drenagem do líquido.
de aprumo, aumenta a produção do líquido.
em que tomar os mesmos cuidados de quando entra numa
SINAIS CLÍNICOS/DIAGNÓSTICO articulação.

Parecido com a artrite serosa/idiopática.


Tenossinovite aguda
Aumento de volume flutuante.
Sem claudicação. Associada à tendinite ou traumas.
Líquido sinovial sem alterações significativas. Aumento de temperatura e dor local.
Pode apresentar claudicação.
Tem todos os sinais inflamatórios.
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Tenossinovite crônica  antibioticoterapia local: perfusão regional é a


mais comum, a outra opção é fazer a infiltração direto
Efusão sinovial persistente mais engrossamento da bainha na bainha, com amicacina.
(fibrose).
 antibioticoterapia sistêmica: penicilina +
Percebe o aumento de volume na bainha tendínea pelo gentamicina.
aumento de produção de líquido sinovial. O tratamento de AINEs.
ambas é igual ao da tendinite. Bandagens compressivas.
 pensando em aliviar a pressão sob o tendão e bainha
Tenossinovite séptica tendínea.
Bastante semelhante com a artrite séptica. Tenoscopia.
Infecção hematógena, iatrogênica, trauma.  endoscopia para avaliar a bainha tendínea e fazer a
irrigação/lavagem da bainha.
 via hematógena: mais comum em animais neonatos
e se instala na bainha tendínea.
 iatrogênica: decorrente de uma infiltração da bainha
tendínea.
 trauma: por arame liso ou ferida perfurante que
atinge a bainha. Bastante comum de ocorrer, principalmente relacionado a
ferida por arame liso.
Efusão sinovial, sinais inflamatórios, claudicação.
Geralmente quando o equino fica preso e tem um instinto
 apresenta sinais inflamatórios, animal sente dor, de tentar se livrar, ao se enroscar no arame liso, além de
claudicação em graus mais acentuados, aumento de comprometer a pele, também pode comprometer os
temperatura local, efusão sinovial. tendões e ligamentos.
Alterações em liquido sinovial.  é mais comum em regiões de metatarso e metacarpo
 ao coletar o líquido apresenta alterações, sendo por não ter uma cobertura muscular tão boa.
semelhante ao da artrite séptica, pode ter um líquido Laceração de tendão extensor acabam sendo mais graves
com coloração mais âmbar e amarelo mais intenso, podendo comprometer o futuro desse animal como atleta.
diminui viscosidade e turbidez.
Total.
influencia no tratamento.
DIAGNÓSTICO Parcial.
Análise do líquido.
Sinais clínicos
Radiografia (outras patologias).
 radiografia para descartar uma artrite séptica ou para Tendão acometido.
avaliar se não teve um grau de evolução maior com
comprometimento articular resultando também em uma
artrite séptica.
Ultrassom – envolvimento do tendão, aderências. 1 2 3
 envolvimento do tendão (tendinite séptica), é um
processo mais rápido e causa danos maiores podendo
formar aderências.

TRATAMENTO
Antibioticoterapia (local/sistêmica).
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Primeira imagem: ruptura de tendão flexor digital  se for uma ruptura fechada, iremos ver a continuação
superficial, nesse caso, apresenta um abaixamento do dos tendões, conforme faz a palpação do tendão
boleto, pois esse tendão faz parte do aparato de percebe essa perda de continuidade.
sustentação do boleto, caso seja lacerado o boleto irá  se tiver uma ferida relacionada tem que palpar o
abaixar. interior da ferida, primeiro faz o atendimento da ferida
Segunda imagem: laceração do tendão flexor digital (faz a limpeza do local) e depois palpa o interior da
superficial e profundo, o tendão profundo está inserido ferida
na terceira falange, então, além do abaixamento do boleto Raio-X (presença de fratura).
tem uma elevação da pinça. Ultrassom.
Terceira imagem: ruptura das três estruturas de  avalia a integridade do tendão, usada em suspeitas de
sustentação do boleto, ou seja, superficial, profundo e rupturas parciais.
ligamento suspensor do boleto, com o comprometimento
de todas o boleto geralmente encosta no solo e a pinça se Tratamento
eleva mais.
Essas lacerações acontecem mais comumente de origem INICIAL
traumática.
Curativo da ferida.
É mais comum de tendão flexor no membro anterior.
IMOBILIZAÇÃO EXTERNA! (Robert Jones + tala)
Pode também ocorrer sem ter o comprometimento da
HV.
pele, como um esforço suprafisiológico ou decorrente e
algum processo patológico no tendão no qual tem que  apoio em pinça.
suportar uma carga muito grande, podendo ter a ruptura  tala: para laceração de tendão flexor é a mesma
total ou parcial. mobilização para fratura de nível 1.
Relacionados com a estrutura acometida. AINEs.
Antibiótico.
 iniciar com penicilina ou gentamicina.
Profilaxia tétano.

DEFINITIVO
Referir para HV.
HV – tenorrafia.
Se baseia nas condições do proprietário e no tipo de
laceração que tem, para lacerações parciais que atingem
menos de 50% do tendão pode tentar o tratamento com
imobilização, imobilização com o apoio em pinça para ter
Diagnóstico a aproximação dos cotos tendíneos.
Inspeção. Em casos de ferida contaminada não é indicado que seja
 os sinais clínicos são evidentes junto com a história feita a sutura, os problemas dessas feridas é que não sabe o
clínica do animal. tempo que vai demorar para cicatrizar e não sabe as
Palpação (palpar interior da ferida). condições que esse tendão vai se cicatrizar, podendo formar
um tecido cicatricial mais frágil.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 58

Um comprometimento maior, ou seja, mais de 50% é Relativamente comum também e com um prognóstico
indicado que faça a tenorrafia e encaminhe o animal para melhor, mais comum a laceração em membro posterior e
em tendão extensor digital longo e tendão extensor digital
o HV, pois esse animal também vai precisar de um
lateral.
tratamento de suporte, é indicado em casos de
comprometimento maior do tendão e em casos que tem o Sinais clínicos
envolvimento de bainha tendínea.
Claudicação.
Quando faz a tenorrafia, depois da sutura tendíneas, o
 em grau leve geralmente, nem sempre é tão evidente.
pós-operatório é inicialmente com a imobilização com gesso
Emboletamento.
ou tala de PVC, depois bandagem, poder fazer uma
 no momento que o animal pisa o boleto se projeta para
ferradura com saltinho no talão também e faz o frente porque os tendões extensores tem como
acompanhamento ultrassonográfico da lesão. função manter o membro em extensão (função
estática).
Tomar cuidado com o tratamento conservativo para não
fazer uma contratura tendíneas por deixar o animal com Movimento de pêndulo durante a elevação.
apoio em pinça, se não ir acompanhando a evolução do  durante a elevação do membro (tirando-o do solo), por
não conseguir manter o membro em extensão faz o
caso e não fazendo uma fisioterapia, pode ter a formação
movimento de pêndulo.
de aderências, cicatrização e uma hiperflexão do membro,
O boleto também pode encostar no solo (hiperflexão da
ou seja, ele fica contraído. articulação metacarpofalângea).

Diagnóstico

Exame físico – inspeção e palpação.


Prognóstico  avaliar se está emboletando, se tem o movimento de
pêndulo, se apresenta ferida.
Tendões envolvidos.
Atividade atlética?
 avaliar se é um animal que possui função atlética,
porque tem dificuldade no reparo tendíneo podendo
demorar para recuperar sua função ou até mesmo
recidivas.
Bainha tendínea envolvida – recuperação mais lenta.

Tratamento
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Imobilização externa (tala na face dorsal). Os sinais clínicos já ajudam a ter o diagnóstico, ao palpar
AINEs. sente uma flacidez entre os tendões flexores também.
 por causa do processo inflamatório instalado.
Antibiótico.
 se tiver ferida.
Profilaxia tétano.
Debridamento + tenorrafia.
Na maioria das vezes é feito o tratamento conservativo,
Complicações
mais comum fazer apenas a imobilização externa (tala na
face dorsal com bandagem de Robert Jones, também pode Ferimentos em quartela.
ser chamada de tala dorsal forjada porque coloca a tala Subluxação interfalangeana distal.
na face dorsal do membro só que deixa o animal apoiando Em casos mais graves acaba apoiando o bulbo, quartela ou
normal, com a sola do casco no chão, assim, promove a até o boleto no chão.
aproximação dos cotos tendíneos).

A tenorrafia, as vezes, quando é ferida por arame liso, os


cotos tendíneos estão retilíneos, mas se tiver essa ruptura
por esforço suprafisiológico, não tem os cotos retilíneos e
não consegue fazer a tenorrafia.

Prognóstico

Bom.
60-70% retornam à função atlética.

Tratamento

Ocorrência maior em potros neonatos. Ferradura com extensão caudal proporciona um suporte
maior para o casco, aumenta a superfície de contato do
Prematuridade/dismaturidade.
membro e ajuda a melhorar o aprumo.
 principal fator.
Mais comum em membro pélvico. FORMAS LEVES
Acomete tendões flexores. Boleto não encosta no solo
Repouso em baia com cama alta para não ter risco de
Sinais clínicos/Diagnóstico
lesão em quartela/talão.
Hiperextensão/dorsoflexão das falanges. Correção espontânea.
Apoio nos bulbos.
 tem o abaixamento do boleto, o animal pode apoiar no
bulbo do talão e tem uma elevação da pinça.
Elevação da pinça.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 60

FORMAS GRAVES
Quando já tem apoio no bulbo com lesão ou quando tem o
boleto encostando no solo
Casqueamento* + tala com extensão.
 casqueamento: por ser um potro, primeiro tenta a
tala com extensão caudal, se for fazer o
casqueamento, retira um pouco do talão para tentar
incentivar o animal a apoiar a pinça.
 a tala pode ser feita com cano de PVC, resina de
acrílico, placas de metal e etc, o importante é fazer a Imobilização externa?? NÃO!
extensão caudal por aumentar a superfície de contato  não é indicado porque, conforme o animal vai se
e estimula que o animal apoie a pinça. desenvolvendo ele começa a fortalecer a musculatura,
nesse caso, queremos que o animal trabalhe a
musculatura e o membro, se fizer a imobilização não
vai trabalhar isso e não corrige o aprumo.

Prognóstico

Bom.

Equinos jovens em desenvolvimento.


Entre nascimento e 18 meses*.
 algumas ficam mais evidentes quando o animal entra
na fase de treinamento ou doma.
Provoca alterações na maturação da cartilagem. PSI, QM, Lusitano crescimento rápido.
 de uma forma geral, temos as doenças que alteram a  psi: puro sangue inglês.
maturação da cartilagem e outras que alteram a
 QM: quarto de milha.
estrutura óssea e músculo tendínea.
Anormalidades de conformação estresse no
18 MESES* fechamento das epífises (variável). sistema esquelético crescimento desigual.
até 18 meses porque tem o encerramento do crescimento Anormalidades metabólicas e hormonais.
fisário, fechando as epífises.

Estresse ou trauma exercício


 tipo de solo.
 casqueamento.
 excesso de peso.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 61

Qualquer estresse ou trauma em alguma porção do sistema cartilaginoso, consequentemente, esse osso fica mais
locomotor, podendo ser decorrente do exercício, tipo de solo vulnerável.
ou qualquer coisa que interfira na carga/pressão que o
sistema musculoesquelético está recebendo. Microminerais

COBRE
Estabilização de colágeno.
Carboidratos
Síntese de elastina.
CARBOIDRATO energia. Importante para desenvolvimento normal do esqueleto.
 os carboidratos são utilizados pensando em fornecer Zn e Fe inibem sua absorção.
energia para os animais.
ZINCO
Fator primário na taxa de desenvolvimento dos animais.
Rápido crescimento energia + concentração elevada Componente de enzimas (fosfatase alcalina, anidrose
de nutrientes. carbônica, carboxil peptidase).
Alta concentração de energia alteração da O excesso de zinco diminui a absorção de Ca (cálcio) e Cu
secreção de hormônios (insulina, T3, T4 - influenciam no (cobre) que são importantes para o desenvolvimento do
crescimento celular e maturação da cartilagem). esqueleto.
Animais que estão entrando em treinamento ou potros MANGANÊS
acabam sendo suplementados de uma forma excessiva ou
Estabilização do colágeno.
incorreta, por conta dessa energia fornecida pelos
carboidratos e uma alta concentração de nutrientes,
podemos ter um crescimento mais acelerado nesses animais,
dessa forma, a estrutura óssea ou tendínea não consegue
acompanhar. Além disso, essa alta concentração de
Relacionadas aos eixos ósseos.
energia pode acarretar em uma alteração dos hormônios
Desalinhamento do eixo ósseo longitudinal do membro.
que influenciam no crescimento do animal e na maturação
da cartilagem.
Articulação sofre desvio no seu eixo medial ou lateral.
Normal em animais ao nascimento em graus leves.
Proteína Correção espontânea.
As deformidades flexoras estão relacionadas a um
Influencia no aproveitamento de macro e microminerais. problema musculo tendíneo.
Excesso de proteína pode aumentar excreção renal de
As deformidades angulares são causadas por um
cálcio.
desalinhamento do eixo ósseo.
Macrominerais (cálcio e fósforo) É normal ter esse desvio nos animais quando nascem, o
normal é que se corrija em poucos dias conforme o animal
Sem disponibilidade ou disponibilidade inadequada retardo vai se fortalecendo e mamando, o anormal é quando o
na mineralização óssea vulnerabilidade. desvio não se corrige com o passar dos dias ou desvios
Se não tem esses macrominerais ou tem de forma
muito severos, não é normal perdurar por muito tempo.
insuficiente, teremos um retardo na ossificação do modelo
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 62

Multifatorial

FATORES CONGÊNITOS
Mal posicionamento intrauterino: articulações
crescem desviadas.
 égua muito pequena e garanhão muito grande dará
como produto um potro muito grande que não tem
espaço no útero e fica mal posicionado.
Valgus: desvio medial (cresce mais medial e o aspecto Contratura de tendões.
distal do membro sofre desvio lateral).
FATORES PERINATAIS
 se for pensar no eixo ósseo tem um desvio para medial,
se for pensar no aspecto distal do membro sofre um Defeitos de ossificação (ossificação incompleta):
desvio lateral. inicialmente modelo cartilaginoso.
Varus: desvio lateral (o aspecto distal do membro sofre  inicialmente temos o modelo cartilaginoso na vida
desvio medial). intrauterina e aos poucos começa a ter a ossificação.
 desvio do eixo ósseo no sentido lateral, o lado lateral  seja por patologias ou porque a égua sofreu ou em
do membro cresce mais, mas o aspecto distal do gestação gemelar, fazem com que tenha essa
membro sofre um desvio medial. ossificação incompleta, sendo mais frágil que o osso
normal podendo fazer com que a articulação tenha
Comum aparecer em carpo, tarso e boleto os desvios. algum desvio quando exerce uma pressão.
Flacidez articular: estruturas flácidas desvio da
articulação.
 flacidez das estruturas periarticulares e se essa
articulação sofrer alguma pressão pode acarretar em
um desvio.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 63

Crescimento metafisário assincrônico.

Anamnese/exame físico

É importante saber dos fatores envolvidos na etiologia


porque são importantes na anamnese.
INSPEÇÃO: posicionamento 90° em relação à
articulação comprometida.
 é importante se posicionar em relação a articulação
comprometida, pois se ver o animal de frente pode
parecer que o animal tenha um desvio mais severo do
que de fato ele tem.
FATORES ADQUIRIDOS
 vista cranial e caudal.
Desequilíbrios nutricionais: alta energia e alto ganho  movimento.
de peso.
 animal que recebe alimento muito concentrado nessa
fase de crescimento, crescendo rápido ou ganhando
peso rápido.
Sobrecarga articular: excesso de exercício e lesão
no membro contralateral.
 excesso de exercício: potro que está com a mãe no
piquete e a égua não tem muita habilidade materna e
acaba se movimentando muito no piquete, isso faz com
que o potro sobrecarregue a articulação.
 potros mais novos soltos com potros maiores que tenta
acompanhar eles e acaba sobrecarregando.
 lesão no membro: como por exemplo, se a égua pisar
no membro, o potro começa a sobrecarregar um PALPAÇÃO: verificar flacidez articular.
membro podendo desviar a articulação.
 pela palpação avalia se consegue corrigir manualmente
Trauma no disco metafisário de crescimento: essa deformidade angular, quando tem a flacidez das
trauma pequeno resposta do organismo ossificação estruturas periarticulares consegue realinhar o membro
precoce do DMC. e influencia no tipo de tratamento.
 o disco metafisário faz com que tenha o crescimento
do sistema esquelético dos animais.
 se tiver um trauma focal nesse disco irá responder
fazendo a ossificação no local que tem o trauma e
para de crescer.
 ex. medial sofre esse trauma e para de crescer, mas
a parte lateral continua crescendo causando o desvio
angular.
Conformação anormal dos cascos.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 64

Radiografia

Muito importante!!
Não é difícil identificar o desvio, o RX é importante para
avaliar o grau de desvio e avaliar se tem alguma alteração
morfológica dos ossos da articulação.
Posição DP (dorso palmar). A gravidade do processo pode ser estabelecida de acordo
Cuidado para não rotacionar a imagem. como grau da angulação.
Permite o traçado geométrico das linhas para determinar LEVE: â inferior a 5°.
â de desvio (linha de intersecção). MODERADO: 5-15°.
Avaliar alterações morfológicas do carpo. ACENTUADO: 15-30°.

TRAÇADO GEOMÉTRICO Grau influencia no tratamento.

Linhas longitudinais em duas metades dos ossos que


compõe a articulação.
Considerar:
Na interseção (ponto pivô) são feitas duas observações (â
de desvio; intersecção dos pontos local ou adjacências  idade porque alguns estão relacionados com o
da lesão). crescimento e fechamento das fises.
Faz uma linha longitudinal nas metades dos ossos que  ângulo de desvio.
compõem as articulações e identifica o ponto pivô, com isso CONSERVATIVO X CIRÚRGICO
consegue identificar o ângulo de desvio e identificar o
possível local que está o problema que é na intersecção das
linhas.

A intersecção das linhas é o ponto pivô, a radiografia faz a


avaliação da ossificação dos ossos.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 65

Às vezes o tratamento pode ser apenas deixar o animal em Não incorpora o casco na bandagem e tomar cuidado na
repouso na baia com a mãe e com pequenas caminhadas bandagem em potros por conta das lesões, pois a pele de
diárias, o animal apresenta um desvio varus tarsiano e potro é muito sensível.
valgus tarsiano.

Conservativo

Repouso em baia.
Imobilização externa.
Casqueamento corretivo.
Ferrageamento corretivo.

REPOUSO EM BAIA
Casos de ossificação incompleta OC, flacidez de
estruturas periarticulares.
Graus leves.
Não ultrapassar 4-6 semanas.
Objetivos: evitar forças compressivas não fisiológicas. CASQUEAMENTO CORRETIVO

 o objetivo com o repouso em baia é limitar ou anular Restaurar posição normal.


qualquer carga excessiva que o animal pode sofrer no Balanceamento do casco.
membro. EX: valgus carpiano desgastar região lateral.
 conforme o animal vai mamando, se desenvolvendo e
fazendo pequenos exercícios começa a ossificação dos “O lado que vira, tira!”
OC. O objetivo é restaurar a posição normal do casco, quando
o animal tem essa deformidade angular um lado do casco
IMOBILIZAÇÃO EXTERNA
acaba ficando mais alto, o lado que tem o desvio fica mais
Casos de ossificação incompleta OC. baixo e o lado que não tem fica mais alto, então o objetivo é
Flacidez de superfícies articulares. balancear o casco restaurando a posição normal.
Passível de redução manual.
ROBERT JONES + PVC sem o casco.
Cuidados.
Para evitar forças não fisiológicas na articulação
comprometida, é importante que essa deformidade angular
seja passível de redução manual para fazer a imobilização,
se não conseguir reduzir manualmente a flacidez vai
imobilizar torto.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 66

FERRAGEAMENTO CORRETIVO  metacarpo/metatarso falangeana: até 2


meses.
Ferraduras com extensão medial ou lateral.
Incisão do periósteo em T invertido.
Não utiliza cravos!
 faz uma incisão no periósteo, ao incisar acaba
EX: varus carpiano ferradura extensão lateral. liberando a tensão na fise e estimula o crescimento
Pode fazer o casqueamento junto com o ferrageamento perto do periósteo no local que fez a incisão.
corretivo, coloca uma ferradura com extensão, utiliza Curetagem do periósteo do lado côncavo do membro
aquelas ferraduras com PVC ou chapa metálica e para
afetado ( crescimento).
fixar essa ferradura no animal usa resina ou durepoxi, não Sua principal vantagem é que pode repetir depois de 3 a
4 semanas se não atingir o efeito esperado e não causa
usa cravo porque o casco do potro é mais sensível, coloca
uma super correção, pois a partir do momento que atingi
no lado mais desgastado. o alinhamento do eixo ósseo o efeito da cirurgia cessa.
Realizada do lado côncavo, lado que está crescendo menos.
Cirúrgico É uma cirurgia relativamente simples.
São indicados quando o animal não responde ao tratamento
conservativo ou em desvios mais severos.
Não responsivos ao conservativo.
Graus mais severos.
Periosteotomia Hemicircunferencial.
Cerclagem transfisária (ponte peiosteal).
Osteotomia*

CERCLAGEM TRANSFISÁRIA (PONTE


PERIOSTEAL)
Tratamento que atua retardando o crescimento ósseo,
faz do lado que está crescendo mais, para que pare de
crescer para que o outro lado acompanhe.
Restrição do crescimento fisário.
PERIOSTEOTOMIA HEMICIRCUNFERENCIAL
Retardo no crescimento ósseo.
Atua acelerando o crescimento ósseo, faz do lado que Deformidades severas.
está crescendo menos para alcançar o que está
crescendo mais. Aplicado no lado convexo.
Antes do fechamento fisário. Aplicação de implantes metálicos.
Pode ser usado em conjunto com a cerclagem ou apenas  parafusos.
ela, depende do grau de desvio angular e da idade do animal.  parafuso + cerclagem em 8 (fio de aço).
Período para realização:  parafuso + placa.
 carpo e tarso: até 5 meses.  grampos ortopédicos.
Pode causar super correção.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 67

Necessário remoção dos implantes.


Realização:
 carpo/tarso: até 9-14 meses.
 boleto: 3-4 meses.
Risco de infecção.
A fisiodese faz a fixação e imobilização da fise, ou faz
uma cerclagem na fise ou faz uma ponte periosteal, são
todas formas de restringir o crescimento fisário, essa é
mais comum fazer quando tem deformidades severas.
 é mais comum porque dentre todas acaba tendo um
resultado melhor.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 68

OSTEOTOMIA Animais 4-8 meses ou no início de treinamento.


Ingestão de ração de alto nível proteico e energético.
É um procedimento mais agressivo, promove uma fratura
no osso. Desequilíbrio da relação Ca:P.
Quando já ocorreu fechamento do DMC. Crescimento rápido/traumas.
Produzir fratura/retirada de cunha do osso para
reposicionamento.
Osteossíntese: placa + parafuso. Aumento de volume na região das fises.
Aumento de volume metafisário.
Imobilização.
Claudicação.
Apresenta várias complicações.
Sinais inflamatórios.
Tem que promover uma fratura, corrigir a fratura com
placa e parafuso e deixar o animal imobilizado para
consolidar a fratura, sendo pouco realizado e mais Sinais clínicos.
invasivo.
Radiografia: verificar problemas na placa de cresc.

Avaliar alimentação.
Suspender treinamento.
AINES.
PSGAG.
Repouso mínimo 3 semanas.

Falha na ossificação endocondral (distúrbio na


diferenciação celular).
 acontece por uma falha na ossificação endocondral,
acontece algum distúrbio na diferenciação celular que
causa um processo de necrose na cartilagem.
Retenção da cartilagem.
Pode levar à OCD.
Esse pedaço de cartilagem que sofreu o distúrbio, ao
Bom para tratamentos precoces. começar a treinar pode começar a ter fissuras.
Esse distúrbio pode afetar a cartilagem metafisária ou
cartilagem articular.
Durante o processo de ossificação ocorre algum defeito
nessa ossificação endocondral, esses fragmentos/lesões
podem levar a uma osteocondrite dissecante, causando
Aumento das placas de crescimento de determinados
ossos longos. uma necrose isquêmica do osso subcondral, além disso,

Interrupção da ossificação endocondral. também pode ter a formação de cistos.


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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 69

Como principais sinais clínicos temos os sinais


inflamatórios, por isso precisa remover esses fragmentos
formados.

Formação de cisto no osso subcondral.


Animais jovens.
Lesão da cartilagem articular fragmentação e
destacamento.

Artroscopia + curetagem.
GAG.
 glicosaminoglicanos.
AINES.
Repouso.
O diagnóstico é através do exame físico e o RX ajuda a
fechar o diagnóstico.

Congênita ou adquirida.
É mais comum em animais em crescimento.
Alteração de aprumo decorrente de alteração músculo-
tendínea.
Provoca posicionamento anormal das articulações.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 70

 o que sofre a alteração é a unidade musculo-tendínea


que está ligado ao osso, por conta disso, acaba
provocando um posicionamento anormal das
articulações.

Carpo/ tarso.
Metacarpo/metatarso falangeana.
Interfalângica/distal.

Todos os fatores anteriores irão influenciar.

Multifatorial

CONGÊNITOS
CONTRATURA DO TFDS se reflete na
Genética, fatores tóxicos, insultos teratogênicos, mal articulação metacarpo/metatarso falangeana
posicionamento intrauterino.
 TFDS: tendão flexor digital superficial.
 genética: como as raças que crescem muito rápido.
 casco em posição normal.
ADDQUIRIDOS  boleto contraído.
Superalimentação, desequilíbrios nutricionais, trauma  o tendão se insere na primeira e segunda falange.
(osteocondrose, atitudes antiálgicas), falta de exercício.
 superalimentação: esse animal cresce muito rápido
sendo fornecido para ele um alto nível de energia, o
sistema esquelético cresce muito, mas o músculo-
tendíneo não o acompanha e o membro fica desviado.
 atitudes antiálgicas: é aquela atitude que o
animal faz poupando o membro, se o animal teve uma
tendinite o animal fica as vezes poupando o membro
que sofreu a tendinite, com isso, o animal fica com o
membro contraído até sua recuperação, fazendo com
que o membro fique encurtado.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 71

CONTRATURA TFDP interfalângica distal.


 TFDP: tendão flexor digital profundo.
 o tendão se insere na falange distal.
 projeção da coroa.
 apoio em pinça.
 grau 1 ≤ 90°.
 grau 2 > 90°.

Sinais clínicos.
Inspeção, palpação.
 inspeção e palpação são importantes para avaliar o
grau de contratura tendínea.
 se não tiver nenhum problema secundário a contratura
o animal não sente dor.
Raio-X.
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 para descartar problemas articulares ou suspeitas de Tomar cuidado com a bandagem, é uma bandagem que tem
problemas articulares concomitantes. que ser trocada todo o dia ou duas vezes ao dia, além
disso, tem que ser bem acolchoada.

Oxitetraciclina

Existe uma certa discussão sobre a sua utilização no


tratamento por conta da sua ação.
2-3g/250-500ml NaCl 0,9% IV.
1-2x a cada 24-48h.
Retarda remodelamento tendíneo alongamento
 inibe a capacidade dos miofibroblastos de expressar
MMP da matriz, inibindo a estruturação tradicional do
colágeno.
A oxitetraciclina é um antibiótico e é usado nesse caso
pensando na propriedade de retardar o remodelamento
tendíneo, acaba inibindo as capacidades dos Ferrageamento corretivo
miofibroblastos, temos uma liberação normal de MMP
Contratura de TFDP- If distal (grau I).
que busca um adequadamente no crescimento de tendão e
Ferradura com extensão na pinça.
casco.
Utilizado pensando na contratura que o animal está tendo
A sua função é dose dependente, é importante frisar que a
na articulação, a ferradura é indicada em contraturas em
dose não é de acordo com o peso, a oxitetraciclina é
TFDP porque o animal apoia na pinça e projeta a coroa,
administrada diluída na solução fisiológica e é feita IV em
ao colocar a ferradura com extensão na pinça previne o
dose lenta.
desgaste da mesma, pois ela fica desgastada pela posição,
induzindo o reflexo miotático e o relaxamento dos músculos
Robert Jones + tala PVC
flexores.
Carpo e metacarpo/metatarso falangeana – contratura
TFDS.
Sua utilização é semelhante à da parte de deformidades
angulares, mas utiliza-se nesse caso pensando em corrigir
o alongamento do membro, normalmente associa a tala
com a oxitetraciclina.
Faz para contraturas de TFDS e para contraturas mais
proximais, faz de acordo com a articulação envolvida.
Pode fazer uma tala dorsal que favorece a posição
ortostática do membro, força o membro do animal a ficar
em uma posição normal.
Não pode colocar uma tala palmar e dorsal juntas, porque
as forças dessas talas se anulam.
Mais comum fazer a tala dorsal.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 73

Fisioterapia Esses procedimentos são relativamente simples, as vezes


consegue fazer a campo por envolver a incisão de pele e
Extensão passiva.
subcutâneo.
Pode ser feita em conjunto com os outros tratamentos.
Desmotomia do LCI
interfalangica dist al
AINEs Tenotomia do TFDP
Se persistir o uso tem que usar um protetor gástrico.
Fenilbutazona 1-2mg/kg.
Flunexim meglumine.

Deformidades flexoras adquiridas

Correção nutricional.
Exercício moderado.
Casqueamento corretivo retirar talão.

Casos severos/não responsivos ao


tratamento

CIRÚRGICO
Utilizada em casos muito graves e que não respondem ao
tratamento clínico.
Depende do tendão que está envolvido.
Desmotomia do LCS metacarpo/metatars
Desmotomia do LCI o falangeana
Tenotomia do TFDS
LCS: ligamento carpiano superior.
LCI: ligamento carpiano inferior.

Tenotomia ulnar lateral e flexor carpo ulnar carpo.


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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 74

Deformidades severas de carpo e


metacarpo/metatarso falangeana: ruim.
Desmotomia: bom.
Tenotomia: reservado.

Lâmina do casco é uma região sensitiva que faz a


conexão do casco com a terceira falange.

LINHA BRANCA: separa a parte sensitiva da não


sensitiva do casco.

Tendão flexor digital profundo se insere na superfície


palmar/plantar da terceira falange.
PULVINO UNGULAR: fica sobre a ranilha, ajuda a
dar o retorno venoso do casco em direção ao membro.
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Nutricional.
 relação com os nutrientes que o animal recebe que
ajuda a dar estabilidade ao casco, ou fatores
relacionados ao alto consumo de carboidrato.
Higiene.
Manejo.
Trabalho.
Casqueamento e ferrageamento corretos ajudam a
Maioria das afecções nas porções mais distais. prevenir problemas no casco.
60% do peso. Ambiente.
40% Genéticos.
“No hoof, no horse”.
Grande parte dos problemas acabam sendo resolvidos no
campo. Como hoje em dia tem mais animais que ficam em
baia e as vezes não tem cuidado em relação a higiene e
cama da baia acaba resultando em problemas no casco. CASCO VERTICALIZADO: largura menor e altura
maior.
Em relação a distribuição do peso, nos equinos o membro
 um casco encastelado é um casco mais vertical, mais
torácico suporta 60% do peso do animal. alto, ou seja, sua largura é menor e a altura é maior.
Talão alto.

Anamnese. Excesso de pinça.


Exame físico. Talão baixo.
 pinçamento do casco: é como se fosse uma
palpação do casco.
 fazer o exame em estação e movimento.
 problemas no casco tem claudicação de apoio, ao
apoiar o membro irá doer.
 quando a claudicação é de origem no casco, a
claudicação se exacerba em pisos duros.
Exames complementares.
 radiografia e ultrassom são um dos principais métodos.
Essas alterações de aprumo causam uma quebra no eixo
podofalangeo, sendo a relação entre a margem dorsal da
terceira falange com a primeira falange que está na
quartela, sempre que tem essa quebra no eixo podofalangeo
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 76

pode ter problemas articulares/tendíneos como problemas ferradura pode fixar na linha branca abrindo uma porta
relacionados as porções do casco, como síndrome do de entrada.
navicular, laminite e etc. Se bater o cravo em cima da linha branca o animal vai
reclamar só que já vai ter aberto uma porta de entrada
mesmo sem ter feito a fixação, as vezes próximo a linha
branca também é uma porta de entrada.

Tem uma infecção/inflamação na região do casco. Terreno com muita pedra também pode favorecer lesões
na linha branca.
Necrobacilose podal, broca.
Como complicação podemos ter um abscesso crônico.
Contaminação primária. O abscesso agudo por ser na região que faz a divisão da
 Fusobacterium. muralha do casco com a sola, se a infecção for
 Spirochaetas. ascendendo pode resultar no deslocamento da muralha do
casco.
Tem uma contaminação pelas bactérias, principalmente
pela Fusobacterium e Spirochaetas, presentes nos casos de
pododermatite séptica e abscesso agudo do casco, esses
microrganismos já estão normalmente em locais com
infecção da acúmulo de
matéria orgânica, então, locais muito úmidos e com higiene contaminação
lâmina material
bacteriana
sensistiva purulento
da baia comprometida pode ter a broca.

Fatores predisponentes:
 umidade: deixa o casco mais sensível ficando mais dor
(claudicação)
pressão
susceptível.
 rachaduras: solo muito úmido prejudica porque o
casco ficará mais sensível/mole, mas solo muito seco
predispõe o animal a ter rachaduras no casco. Tem uma contaminação bacteriana que causa uma
infecção do casco, por rachaduras ou pedrinhas que
 traumas: ex. animal pisou numa pedra ou prego. entraram no casco, as bactérias começam a se proliferar
causando infecções nas regiões mais sensitivas do casco,
consequentemente, começa a acumular material
Infecção sobre a linha branca descolamento da purulento, isso causará uma pressão dentro do casco e o
animal vai ter como sinal clínico a claudicação pela dor.
muralha do casco.
O casco não consegue se expandir, com essa entrada de
bactérias e sua proliferação, pela infecção tem produção
de pus e exsudato, eventualmente pode ter necrose do
local.
Com isso, o casco não consegue expandir, se não tiver
drenando esse conteúdo vai se acumular causando
pressão na região sensitiva do casco, o animal ao apoiar o
casco no chão sentirá dor.

É a infecção que acontece sobre a linha branca.


A linha branca é a região mais “macia” do casco, é mais Claudicação de apoio súbita.
comum ter quadros de pododermatite séptica na região  claudicação pode variar, depende do grau de infecção.
de linha branca porque na hora de fixar o cravo da
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 77

Dor localizada.  permanganato de potássio 0,1-1%.


 no ponto onde está a broca, conforme pinça o casco  sulfato de magnésio.
percebe que o animal reclama em um determinado Deixar o animal por uns 20 a 30 minutos no pedilúvio
ponto, além de poder ver drenando pela rachadura o
conteúdo ao pinçar. pode conseguir as vezes resolver o problema dependendo de
como a broca está.
Aumento de temperatura da muralha.
Pulso digital. Se é um caso que casqueou, saiu a região mais escura do
casco e já conseguiu chegar no tecido saudável, lavou com
Edema de membro*.
antisséptico e manteve no pedilúvio, mantém esse cuidado
 não é comum ter.
na propriedade por mais 3 ou 4 vezes, se o animal
Raio-X.
apresentar melhora o problema foi resolvido.
 no caso de abscesso agudo pode não visualizar nada
significativo, não é comum fazer.

Retirada da ferradura.
 se possível, faz a sua retirada no momento da
avaliação do animal.
Limpeza meticulosa.
 limpeza com a rineta, que serve para fazer o
casqueamento também.
 começa a debridar a região com a rineta para remover
a infecção.
Casqueamento para drenagem do pus (bloqueio anestésico
- se necessário).
 dependendo do grau de infecção vai precisar fazer
bloqueio.
 no início da infecção já percebe esse ponto mais escuro
no casco e nesse momento já começar a debridar e
casquear para remover esse tecido infeccionado.
 se o abscesso for mais profundo vai começar a ter um ferimentos perfurantes
sangramento e o animal reclamará mais por ter Y Perfuração por corpos estranhos.
chegado na parte sensitiva do casco, para facilitar o
trabalho e para dar um conforto maior para o mesmo, Y Mais comum em sola.
faz o bloqueio anestésico.
Y Complicações
 se o animal não estiver acostumado, como os potros,
pode fazer a sedação com a xilazina e adicionalmente - 3ª falange.
faz o bloqueio local. - cápsula articular.
 o debridamento é para deixar drenar o pus, se tiver só - bainha do tendão.
o tecido necrosado irá remover, visa limpar o casco.
Lavagem com solução fisiológica + PVPI.
Pedilúvio:
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 78

Em casos que teve que ir muito fundo para chegar no


tecido saudável ou mesmo fazendo os tratamentos
anteriores o animal não teve melhora, começa a tentar
outros tratamentos.

Alguns casos que atingem regiões mais sensíveis é


interessante fazer o curativo local, colocando junto um
antibiótico ou antisséptico na região que fez a abertura.

A linhaça ajuda a puxar toda a secreção, ferve a linhaça,


deixa com aquela papa que forma e coloca em contato com
o casco, usada principalmente nos casos que vê que tem
bastante secreção para sair.

Deve-se fazer antibioticoterapia sistêmica e se for muito


grave também usa a perfusão regional. Administra anti-
inflamatório porque o animal sente dor.
O tratamento se não tiver complicação é o mesmo que
o da pododermatite séptica, pois a pododermatite
séptica é uma complicação do ferimento perfurante. Diagnóstico e tratamento precoce bom.
A complicação é quando atinge estruturas
importantes, como a terceira falange, cápsula
articular da interfalângica distal, bainha tendínea,
Abscessos agudos não diagnosticados/tratados
Bursa do navicular, dependendo do tamanho do
incorretamente comprometimento de outras
material.
estruturas (muralha; bulbo; 3º falange).
Faz a radiografia para identificar onde o objeto está e
onde perfurou, isso se o proprietário não tiver retirado
ainda. Se o proprietário tiver retirado, pode injetar
contraste na região que houve a perfuração e faz a
radiografia.
E m todos os casos deve-se lembrar da vacina
antitetânica, sempre perguntar se o animal é
vacinado, se não for vacinado deve vacinar e fazer o O abscesso começa na linha branca na sola e por não ser
soro antitetânico. tratada pode ascender supurando na coroa do casco.
curativo local sulfato de cobre, licor de Vilatte. A infecção na linha branca também pode caminhar sentido
palmar atingindo o bulbo do talão.
Lavar diariamente com iodo e água oxigenada.
 também pode caminhar em sentido central atingindo a
Botinha com linhaça. terceira falange.
Bandagem protetora (botinha).
Antibiótico (sistêmico, perfusão).
AINEs. Exame clínico.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 79

Raio-X. o acúmulo de matéria orgânica e sujeira, então, esses


Abscesso crônico ao casquear pode não
animais que ficam em baias muito úmidas e com muitas
perceber nenhum ponto de infecção ou pus fezes acaba tendo um fator predisponente.
drenando porque na região já está ocorrendo Etiopatogenia:
a cicatrização, enquanto que a infecção vai
ascendendo, sendo importante fazer o RX.  matéria orgânica, sujeira.
No RX podemos ver áreas mais radioluscentes  Fusobacterium necrophorum.
porque a bactéria pode produzir gás que fica
entre a muralha do casco e 3ª falange, pode ter  Spherophorus necrophorus.
uma desmineralização da terceira falange  casco contraído (dificulta eliminação de
com sinais de osteíte séptica, por já ter uma
sujidades): o bulbo do talão é mais junto e é mais
infecção na terceira falange. O RX ajuda a
avaliar a gravidade do caso. fácil acumular matéria orgânica nos sulcos laterais da
ranilha.
O exercício ajuda a tirar a matéria orgânica acumulada.
Drenagem/debridamento do abscesso/tecidos
acometidos.
Anestesia + curetagem da falange distal. Claudicação.
Se baseia na drenagem e debridamento do  geralmente em graus leves, não é uma queixa principal
abscesso e tecidos que estiverem acometidos, se porque muitas vezes não é nem vista.
a terceira falange estiver acometida e tiver Tecido da ranilha fétido, mudança na consistência.
uma osteíte séptica precisa ir no centro
cirúrgico para fazer a curetagem. Progressão .

Estruturas acometidas.
Osteíte séptica.
reservado
Acometimento da coroa.
 é reservado porque é nessa região que tem o
crescimento do casco.

Remoção do tecido acometido.


Higiene do casco.
Antisséptico (iodo 2-5%; formalina 5%, licor de Villate).
 formalina ajuda a endurecer o casco dando mais
resistência para a ranilha.
Higiene da baia.
Pedilúvio*
Dermovilite, podridão de ranilha. Bandagem com antibiótico*
Infecção e necrose da ranilha.  pedilúvio e bandagem com antibiótico é usado nas
Animais estabulados. situações que removeu muito ou toda da ranilha por
estar comprometida, o tecido sangra e tem que fazer
 é uma infecção comum de animais que ficam
a proteção por ser uma porta de entrada.
estabulados, o principal fator para seu aparecimento é
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 80

3 teorias.

Doença do navicular, podotrocleose. Teoria da Bursite


Enfermidade degenerativa e crônica. Ação biomecânica (tendão e osso).
 é uma das enfermidades mais importantes por ter uma
relativa frequência e pelo seu caráter degenerativo e
crônico.
Origem aguda ou insidiosa.
 claudicação de forma aguda mas é comum aparecer
de forma insidiosa (claudicação que vai e volta).
Acomete sesamoide distal (navicular); bolsa do navicular e
TFDP.

ETIOPATOGENIA
Conformação do casco.
 casco encastelado ou achinelado pode predispor o
aparecimento da síndrome do navicular por ter relação
com a pressão do TFDP está fazendo no navicular.
 esse tendão passa na superfície palmar (flexora) do
osso navicular.
 no momento que o animal pisa o navicular é
pressionado em direção palmar e ajuda na distribuição
do peso do animal. Existe uma relação do osso navicular com a
articulação interfalângica distal, sendo a
 casco achinelado ou encastelado aumentam essa troclea podal, o TFDP faz a pressão no
pressão. navicular.
Osso navicular fraco. Acredita-se que por uma ação biomecânica
entre o tendão e o osso navicular leva a uma
 pode ter consequências maiores em decorrência do bursite e isso pode acabar levando a uma
peso que tem que suportar. inflamação e degeneração do osso navicular
depois. Causa alterações na superfície flexora,
Chão duro.
no RX percebe essa alteração na superfície
Animal pesado. flexora do osso navicular.
Cascos pequenos.
Isquemia e trombose
 animais grandes com cascos pequenos também podem
predispor. Artérias digitais palmares necrose isquêmica do osso
 esse casco menor tem uma área menor para distribuir osteoporose.
esse peso que está sofrendo. As artérias digitais palmares são os vasos que chegam no
Ferrageamento e casqueamento inadequado. navicular para fazer a irrigação.
 ferrageamento: porque se tiver a quebra do eixo Na histopatologia foi visto a trombose dessas artérias que
podofalângico também ocorre o risco de aumentar a leva a uma isquemia do osso e faz com que o número de
pressão do TFDP no navicular. anastomose vascular aumente, consequentemente tem a
osteoporose.
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No RX vê lesões em formato de pirulito, que são os sente dor no navicular não vai ficar ou não fica por
canalículos vasculares dilatados. muito tempo com o casco nessa posição.
Bloqueio nervo digital palmar.
Remodelamento ósseo
 são importantes nesse diagnóstico.
Pressão excessiva do TFDP no osso e aumento da carga  no caso da síndrome do navicular faz o bloqueio do
na face palmar. nervo digital palmar, acima do bulbo do talão, faz medial
 acredita-se que essa pressão excessiva leva a um e lateral.
remodelamento da superfície flexora do osso navicular  a região que dessensibiliza é a região palmar do casco
e leva ao processo de degeneração do osso. onde está o osso navicular.
Raio-X.
 principal exame complementar.
Claudicação intermitente.
 animal apresenta a queixa de claudicação, ao ficar em
repouso ou administrar AINEs melhora, ao voltar a
treinar piora a claudicação.
Troca constante de apoio.
 mais relacionada quando tem o problema bilateral,
geralmente é comum ter dos dois lados e nos membros
posteriores. Prova da rampa/taco
Pouso com a pinça (desgaste).
 o navicular está mais na região palmar, então, percebe
que a pinça está desgastada porque o animal da
preferência ao pousar o membro jogar o peso mais na
pinça.
Dor na região central da ranilha.
Alteração conformação do casco (encastelamento).
 naquelas situações de cascos mais pequenos, mais
contraídos, cascos encastelados ou achinelados com
defeito de aprumo.

Bloqueio do nervo digital palmar


Anamnese.
 quando se iniciou a claudicação? teve piora?
Sinais clínicos.
Exame com a pinça de casco.
 sempre pinçar a ranilha, ao fazer esse exame e mexer
na região da ranilha, pelo navicular está acima o animal
tende a reagir.
Prova da rampa/taco.
 coloca o animal em uma rampa, a intenção é aumentar FALHA NO BLOQUEIO: lesões fibrosas (claudicação
a pressão que o TFDP faz no navicular, o animal que mecânica – o animal não claudica porque dói, ele claudica
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pela formação de uma aderência/fibrose), artrite IFD


(interfalângica distal), Mc falangeana, intensa sensibilidade,
inervação acessória, técnica inadequada.
 intensa sensibilidade e inervação acessória não são
comuns.

Raio-X

Mais difícil devido ao caráter degenerativo.

Conservativo

REDUZIR DOR/INFLAMAÇÃO
Repouso em baia (cama alta e macia) – 15 dias.
 dessa forma não irá forçar a região do osso navicular.
AINEs.
Corticoides + ác. hialurônico (infiltração na bursa).

CASQUEAMENTO/FERRAGEAMENTO
CORRETIVO
Balanceamento, melhora de apoio, reestabelecer relação
talão/pinça.
Alívio da tensão sobre o TFDP.
Não colocar último cravo (expansão).
 permite a expansão do casco e a dissipação de energia
quando o animal apoiar.
Ferraduras ovaladas (maior área dissipar energia).
Palmilha de silicone.

ÁCIDO TILUDRÔNICO*
São bifosfonatos que inibem a ação dos osteoclastos, ou
seja, inibem a reabsorção óssea e a desmineralização do
osso, serve como um coadjuvante do tratamento.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 83

PSGAG Ressecção de parte do nervo.


É como se tivesse fazendo um bloqueio nesse animal, essa
Apresenta um potencial anti-inflamatório.
cirurgia anula a sensibilidade nesse animal, se esse animal
tiver uma broca não vai claudicar também ou se tiver outro
problema será difícil perceber e tratar.

Faz a incisão na região de quartela, identifica a veia


digital palmar, artéria digital palmar e nervo. Nessa
região tem o ligamento de Ergot que se parece bastante
com o nervo na aparência, sendo importante isolar o plexo
e retirar o nervo.

Ao isolar esse nervo existem algumas técnicas, uma das


técnicas é a Guilhotina, nessa técnica faz a incisão do nervo
na região mais distal, depois com uma pinça hemostática
traciona o nervo para baixo e corta na região mais
MELHORAR IRRIGAÇÃO/CIRCULAÇÃO
proximal, ao fazer essa incisão, o restante do nervo sobe e
Isoxsuprime – 0,6mg/kg BID VO (6-14 sem.). impede que os cotos dos nervos fiquem muito próximo e
 0,4-1,2mg/kg BID IM (6-14 dias). forme um processo de fibrose. Deve-se lembrar de fazer
Pentoxifilina 8-10mg/kg SID/BID (2-3 meses). medial e lateral.
 reológico, ou seja, trabalha nas hemácias.

Cirúrgico

São tratamentos paliativos, não resolvem o problema da


síndrome do navicular.
Neurectomia digital palmar.
 é a mais comum de ser feita.
 retira o nervo digital palmar.
Desmotomia ligamento sesamoideo colateral distal.
 é um ligamento que está relacionado ao navicular e a
intenção da cirurgia é diminuir a tração que esse
ligamento faz no navicular.
Simpatectomia perivascular e fasciolise.
 promove uma vasodilatação a partir da destruição dos
gânglios simpáticos.

NEURECTOMIA DIGITAL PALMAR


Retira a dor (paliativa).
Sobrevida de 5 anos.
Neurectomia baixa.
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Osteossíntese (2-3 fragmentos).


 se for fragmentos grandes através de cerclagem ou
fixação com parafuso
Ferrageamento (barras travar ferradura).
 pode ser feito o tratamento só com o ferrageamento
quando é uma fratura incompleta ou quando tem
vários fragmentos.
FAVORÁVEL: estágio inicial, claudicação grau I.
Repouso em baia.
RESERVADO: todos os outros casos.
 deixar o animal na baia em uma cama alta para ter o
conforto.

Etiologia: trauma.
Sinais clínicos:
 claudicação (graus 3-4).
 dor ao pinçamento.
 aumento de temperatura focal (no local que teve a
fratura).
 bloqueio NDP +

Exame clínico.
Raio X.
Geralmente essas fraturas são por arrancamento do
músculo extensor que se insere na terceira falange. Inflamação crônica podal.
Inflamações podais recorrentes.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 85

Traumas. Palmilha.
Enfermidade pregressas. Analgesia (AINEs).
Pode ter a osteíte séptica que é quando tem uma infecção Reológicos, vasodilatadores.
ou apenas a osteíte podal que é uma inflamação da terceira Calcitonina.
falange. Cloreto de Ca na ração.
Na osteíte séptica tem que usar a antibioticoterapia e Feito pensando no conforto do animal, com
AINEs, ferrageamento, palmilha para
curetagem.
promover o conforto do animal, agentes
vasodilatarores e reológicos para melhorar a
irrigação e calcitonina para favorecer a
mineralização da terceira falange.
Claudicação de apoio.
Dor ao pinçamento.
Cronicidade/recorrência de afecções.
Se caracteriza por alterações inflamatórias e vasculares
que se instalam nos tecidos laminares do casco.
É a laminite.
Exame clínico.
Raio X.
 consegue perceber os sinais de desmineralização da
terceira falange.
Bloqueio regional da região do casco.

No tecido laminar tem as interdigitações.


Tem as lâminas dérmicas (interna) e epidérmicas
(externa), entre as lâminas tem as interdigitações
primárias e secundárias, isso promove a resistência ao
tecido laminar.]
Essas lâminas estão intimamente relacionadas.

Ferrageamento.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 86

membro passa por uma sobrecarga e pode levar a uma


laminite.
MANEJO.
 exercício intenso em piso duro.
 sobrepeso.
Nessa sobrecarga que o membro sofre pode ter uma lesão
laminar e faz um processo inflamatório que piora o quadro
de lesão, ou, pela sobrecarga, desenvolve o processo
inflamatório e causa a lesão laminar.

USO DE CORTICOIDE.
 contínuo.
SÍNDROME METABÓLICA.
 em equinos, relacionada a animais obesos.
HIPOTIREOIDISMO.
ESTRO PERSISTENTE.
REAÇÕES ALÉRGICAS.
 acredita-se que por conta da liberação de histamina.

Processos inflamatórios

PROCESSOS INFLAMATÓRIOS: Os sistemas mais comuns são sistema digestório,


 sistema digestório. respiratório e reprodutivo.
 respiratório. No processo inflamatório ocorre a morte das bactérias
 reprodutivos. gram negativas que fazem a liberação de endotoxinas na
circulação e consequentemente a liberação de mediadores
MÚSCULO ESQUELÉTICO. inflamatórios na corrente sanguínea.
INGESTÃO DE CHO.
SOBRECARGA DO MEMBRO.
Ingestão de carboidrato
 situação em que o animal teve uma laceração tendínea
e começa a apoiar mais no membro contralateral, esse GRANDE QUANTIDADE DE CHO
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 87

Com essa vasoconstrição tem um aumento da pressão


hidrostática do capilar e da resistência capilar, em
consequência disso temos a saída do líquido para o
interstício em decorrência do aumento da pressão do
capilar e ocorre a abertura dos shunts também.
 o shunt são as junções arteriovenosa, animais que
ficam em regiões muito frias esse shunt ficam abertos
normalmente, sua função é que chegue o mínimo de
sangue possível no casco, faz com que chegue apenas
à quantidade que o casco precisa.
Em consequência disso tem um impedimento do fluxo
sanguíneo para as lâminas do casco resultando em
isquemia.

Equinos: os animais que ingerem grande quantidade de Tóxico/metabólico


carboidrato ao ir no ceco para ser fermentado, esse
amido no ceco leva a um desequilíbrio da microbiota e isso Ação de toxinas na microcirculação:
faz com que desenvolva mais o Streoptococus e  ativação de plaquetas agregados plaquetários.
Lactobacilus.
Acredita-se que a presença das endotoxinas liberadas na
 os Lactobacilus são produtores de ácido lático e
aumenta esse ácido lático que faz cair ainda mais o circulação, na microcirculação leva a ativação das
pH no ceco, com isso, morrem as bactérias gram plaquetas que formam pequenos agregados plaquetários, e
negativa, que faz a liberação de endotoxinas e fatores consequentemente, trombos que impedem o fluxo sanguíneo
inflamatórios.
no casco.

Enzimática
Teoria vascular

catecolaminas microcirculação vasoconstrição

aumenta aumenta
abertura dos
resistência pressão
shunts
capilar hidrostática;

Relacionada com a liberação de metaloproteinases.


As metaloproteinases estão sendo liberadas de forma
saída de impede fuxo isquemia/
líquido para sanguíneo para necrose das controlada no casco normalmente, porque elas promovem
interstício as lâminas lâminas
o crescimento do casco, ou seja, do estojo córnea.
Para ocorrer o crescimento do casco precisa do
Está relacionada a liberação de catecolaminas, acredita-se deslizamento dessas lâminas, as metaloproteinases são
que essas catecolaminas estão sendo liberadas por conta liberadas de uma forma controlada em um casco sadio
do processo inflamatório, isso tudo na microcirculação do para fazer a dissolução da membrana basal e permitir o
casco causa uma vasoconstrição. crescimento do casco.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 88

Em casos de laminite aguda começa a ter uma liberação 24-72h.


descontrolada das metaloproteinases, com essa liberação
descontrolada acaba levando a uma lesão dos Subaguda
componentes da membrana basal e faz o deslocamento
das lâminas. Claudicação.
Sem rotação da 3ª falange.
72h após fase aguda – 3 meses.
Alguns autores consideram a fase subaguda e outros
consideram sendo aguda ainda, a subaguda é como a fase
aguda, alguns autores definem como subaguda porque
pode perdurar por até 3 meses.

Crônica
Como resultado disso tudo tem uma hipoperfusão do dígito
e tem uma necrose das lâminas. Evidências radiográficas/físicas deslocamento da 3ª
falange.
Por conta do processo metabólico pode ter o
deslocamento das lâminas. Já tem evidência de rotação de terceira falange.
Acontece porque a resistência das lâminas do casco não
está sendo suficientes para resistir as forças que estão
Desenvolvimento. sendo aplicadas pelo TFDP, pelo peso do animal e pelo
próprio solo.
Aguda.
Pode se manifestar por deformações do casco ou por
Subaguda. afundamento da sola do casco, ou até mesmo, a sola
perfurada.
Crônica.

Desenvolvimento

Fator determinante primeiras manifestações clínicas.


16-60h.
É quando tem a possibilidade de se desenvolver uma
laminite, é a partir do momento que teve os fatores
determinantes até os primeiros sinais clínicos de laminite.

Aguda

Primeiros sinais de claudicação.


Claudicação segundo Obel.
 vai até o grau 4, o grau 1 é uma forma mais leve, mais
de um membro acometido no grau 1 tem a
característica de trocar o membro de apoio.
temperatura do casco.
pulso.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 89

Perda paralelismo casco/margem dorsal da 3ª falange.

Anamnese

Fatores predisponentes.
na fase aguda também deve ser realizado, para visualizar se
Sinais clínicos tem alguma outra rotação e confirmar se é um quadro agudo e
não rotacionou.
LAMINITE AGUDA
Claudicação (apoio) - piora em piso duro.
Troca constante de apoio/decúbito.
 se acometer todos os membros o animal pode ficar em
decúbito.
Linha radioluscente entre lâmina dérmica e epidérmica.
“pisar em ovos”.
 pelo deslocamento.
Posição de defesa dos membros afetados.
Reabsorção óssea.

Pulso das artérias digitais presente.


Aumenta temperatura dos cascos.
Sensibilidade difusa ao pinçamento.

LAMINITE CRÔNICA
Deformação do casco.
Presença de anéis.
Sola estufada/perfuração da sola (rotação 3a falange).

Raio X
Com a radiografia conseguimos determinar vários
LAMINITE CRÔNICA ângulos, determinar o afundamento da terceira falange,
consegue avaliar o ângulo palmar que a terceira falange
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 90

está fazendo com o solo, consegue avaliar o eixo Prevenir.


podofalângico.
FASE AGUDA
Faz o grau de rotação da terceira falange pela diferença
do o ângulo da muralha do casco com a margem dorsal
Direcionar para fase subaguda.
da terceira falange. FASE SUBAGUDA
Proteção do dígito.
Venografia
FASE CRÔNICA
Comprometimento da circulação.
Estabilizar falange distal.

Causa primária

Na fase de desenvolvimento fazer tratamento para


combater a toxemia.
Fluidoterapia/reposição de eletrólitos – endotoxemia.
Antibioticoterapia – processos infecciosos.
Lavagem uterina – endometrites/retenção de placenta.
Óleo mineral – impede absorção de toxinas (4L-4x/dia).
Venografia para avaliar como está a circulação do casco,
que ajuda no prognóstico e no tratamento. Carvão ativado.
Uma circulação comprometida já tem que pensar que as
vezes o medicamento utilizado não irá chegar na terceira Crioterapia
falange.
Fase de desenvolvimento.
Nas primeiras 48-72h – inibe produção e atuação das
metaloproteinases.
EMERGÊNCIA!
Diminui quantidade de mediadores que chegam no casco
É considerado uma emergência porque se está na fase de (formação de shunts).
desenvolvimento não quer que desenvolva, se está na fase
aguda não quer que vá para a crônica, e se está na crônica Diminui necessidade de oxigênio e glicose nos tecidos.
tem que agir o mais rápido possível para não ocorrer a Interessante usar para prevenir a laminite, o gelo atua
perfuração. inibindo a produção das metaloproteinases, ajuda a
diminuir a quantidade quem chegam no casco por fazer
Objetivos
uma vasoconstrição.
Impedir o desenvolvimento.
Na corrente sanguínea está liberando vários mediadores
Reduzir a dor. inflamatórios, catecolaminas, endotoxinas, e entre outros, a
Melhorar perfusão digital. crioterapia na fase de desenvolvimento é usada para
Prevenir rotação da falange distal. prevenir que chegue no casco. Também diminui a
necessidade de oxigênio e glicose nos tecidos por diminuir o
FASE DE DESENVOLVIMENTO
metabolismo.
Identificar fatores predisponentes.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 91

Não é uma água gelada porque se for usada não vai dar Atuam inibindo os osteoclastos.
o efeito, usada água entre 0 a 4º C e coloca junto com o
gelo. A altura colocada é importante se atentar, o ideal é Controle da dor crônica
que coloque até pelo menos a metade do Amtriptilina.
metacarpo/metatarso.
Gabapentina
O gelo é principalmente na fase de desenvolvimento, na fase
aguda é utilizado mais pensando em um efeito anti- Restrição de movimento
inflamatório.
Suporte mecânico 3ª falange
AINEs
Isopor/EVA + botinha.
Flunexim meglumine 1,1mg/kg BID ou 0,25mg/kg TID. Casqueamento.
Fenilbutazona 4,4mg/kg BID-2,2mg/kg BID. Ferrageamento.
Firocoxibe 0,1mg/kg VO. Pode ser feito com as botinhas ou EVA/isopor,
para que o animal tenha conforto, o melhor é
DMSO usar EVA. Rolinho de gaze ou algodão para dar
o suporte para a ranilha.
0,1-1mg/kg em NaCl 20% BID/TID IV.

Vasodilatadores

Acepromazina 0,03,0,06mk/kg IM TID.


 tem um efeito de vasodilatação periférica.
Isoxisuprime – 1,2mg/kg BID VO.
Nitroglicerina 2% - 20-60mg/kg/dia.
não recomendados na fase de desenvolvimento.
Vasodilatadores na fase aguda e crônica porque o
processo de laminite já está instalado, então precisa
melhorar a irrigação do casco para conter o processo
inflamatório e melhorar as condições do tecido laminar.

Pentoxifilina

4,4mg/kg VO.

Anticoagulantes
Usado quando tiver uma fase crônica ativa para controlar
Aspirina – 10-20mg/kg VO. a rotação de terceira falange.
Heparina – 40-80 UI/kg IV ou SC.
Fase crônica ativa
Bifosfonatos Desmotomia check inferior.
Tildren/Osphos. Tenotomia TFDP.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 92

Ressecção da muralha do casco.


 na fase que já teve a rotação de 3ª falange e a
mesma se estabilizou e parou de rotacionar, demora
em torno de um ano e corre o risco de ter uma
infecção cirúrgica grande.
Grooving da banda coronariana.
Desmotomia e tenotomia pensando em limitar
a ação que o TFDP está fazendo na terceira
falange, faz a incisão do tendão para parar
com a ação de puxar a terceira falange.
Em rotação progressiva da terceira falange
acaba tendo que optar pelo tratamento Variável.
cirúrgico ou quando o animal está com um Diagnóstico precoce.
desconforto muito grande pela rotação.
Grau de claudicação; achados radiográficos; venografia.
Resposta ao tratamento.

RUMINANTES:
 3 pré-estômagos (rúmen, retículo e omaso).
 1 estômago verdadeiro.
ABOMASO: lado direito ventral.
 o abomaso secreta o ácido clorídrico e está ligado ao
duodeno (intestino).

DAE: deslocamento de abomaso à esquerda

deslocamento total ou parcial do abomaso

abomaso entre rúmen e parede abdominal


esquerda
O abomaso se desloca totalmente ou parcialmente.
O abomaso se dilata e vai parar entre o rúmen e a parede
abdominal esquerda.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 93

DAD: deslocamento de abomaso à direita uma maior profundidade, fazendo com que tenha mais
espaço na cavidade abdominal.
abomaso entre omento maior e parede abdominal  por conta da distância do abomaso com o duodeno
direita acaba dificultando a passagem do conteúdo que se
acumula no abomaso.
Idade.
pode evoluir para vólvulo (torção) abomasal
 principalmente em fêmeas de 4 a 7 anos, não é tão
Pode evoluir para torção abomasal, agravando o quadro comum em novilhas.
pelo comprometimento vascular
Produção leiteira/fase de lactação.
 queda na produção leiteira e queda de peso no pós-
parto.
 o animal no terço final de gestação terá o útero
ocupando boa parte da cavidade abdominal, ao ocorrer
o parto esse feto irá sair e sobrará espaço na
cavidade abdominal, com isso, esse espaço que fica, as
vezes o abomaso que já está dilatado por gases se
desloca.
Parto.
Nutrição.
Gado leiteiro de alta produção.  nutrição desse animal também, o grau de repleção do
rúmen influencia.
 mais comum acontecer em gado leiteiro, principalmente
nas propriedades mais tecnificadas, justamente por  rúmen mais vazio, se o abomaso tiver uma dilatação
conta da maior exigência dessas fêmeas, pelo tipo de fica mais fácil do abomaso deslocar.
alimentação e confinamento. Estresse, doenças metabólicas, infecciosas, neuronais.
Confinamento.  qualquer fator que altere a motilidade do TGI e que
Mais comum em fêmeas adultas. faz acumular AGV no abomaso, esse acúmulo acaba
diminuindo ainda mais a motilidade, tem a produção dos
Perdas econômicas (tratamentos, queda na produção, gases e o abomaso se desloca.
intervalo entre partos, descarte).
 a cetose é uma doença metabólica relacionada ao
deslocamento de abomaso.
 a hipocalcemia é uma outra enfermidade metabólica
Fatores de risco endógenos que pode culminar no deslocamento de abomaso.

Relacionados aos animais. Fatores de risco exógenos


Sexo. Relacionados ao meio que o animal vive.
 mais comum em fêmeas principalmente no pós-parto.
Manejo (pré-parto, mudanças, alto teor energético, pouca
Raça. fibra, privação de alimento, falta de movimentação).
 animais de raças de alta produção leiteira e com uma  o manejo é o principal fator que influencia.
maior profundidade corporal.
 vacas em BEN (balanço energético negativo) no pré-
 por conta da seleção que selecionou animais com uma parto tendem a diminuir a ingestão de alimento no pós-
boa capacidade pulmonar e de sistema digestório com parto, se essa vaca não se alimentar teremos a
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 94

repleção do rúmen podendo resultar no deslocamento O omento é repuxado no momento de deslocamento.


de abomaso.

 outro cenário possível são vacas que estão em BEN
no pré-parto também, mas ao parir o produtor tenta
compensar esse balanço, ou seja, fornece uma Patogenia e sinais clínicos
quantidade grande de concentrado e o sistema
digestório não está adaptado a essa alimentação de Não ocorre torção.
pós-parto, acumulando AGV no abomaso que pode  porque que o rúmen segura o abomaso para não
levar a diminuição da motilidade e acúmulo de gases. torcer, dessa forma, todos os sinais clínicos acabam
 mudança brusca na dieta ou muito carboidrato na dieta sendo mais leves e é difícil para o proprietário perceber
faz com que a taxa de passagem desse alimento no esse deslocamento de abomaso.
trato gastrointestinal seja rápida, passando Sintomatologia mais branda.
rapidamente pelos pré-estômagos e com isso, se
Trânsito abomasal alterado.
acumula no abomaso.
 alteração no trânsito abomasal e consequentemente
 pouca fibra na dieta ou fibras curtas fazem com que temos os sinais clínicos mais leves.
passe rapidamente nos pré-estômagos e se acumule
no abomaso. Desidratação*.
 falta de movimentação do animal, relacionado a  a desidratação nem sempre estará presente, depende
instalação, nesses casos podemos ter uma doença de principalmente do tempo de evolução do problema,
sistema locomotor que faz o animal ficar mais tempo vários dias com o abomaso deslocado pode ter uma
deitado, com isso, acaba diminuindo o trânsito pelo trato desidratação de leve a moderado.
digestório. Alcalose leve a moderada, hipocloremia.
Estação do ano. Valores hepáticos aumentados.

ALCALOSE HIPOCLORÊMICA

Fatores de risco endógenos e exógenos Alcalose leve a moderada com hipocloremia: o


abomaso estará deslocado e o trânsito estará
comprometido.
Hipomotilidade ou atonia abomasal
 o abomaso continua secretando HCl do mesmo jeito,
como esse trânsito está comprometido, esse HCl não
Acúmulo de gás (dilatação) estará indo para o duodeno para ser absorvido.
 dessa forma, o HCl fica em excesso no abomaso e gera
Migração pela parede abdominal um quadro de alcalose hipoclorêmica.
DAE
DESLOCAMENTO!
Abomaso secretando HCl
Os fatores irão levar a uma hipomotilidade ou atonia
abomasal, isso culmina em um acúmulo de gás que o dilata,
esse abomaso dilatado migra pela parede abdominal Absorção diminuída
causando o deslocamento.
A região central se desloca inicialmente porque a região
cranial está ligada ao omaso que é bastante pesado e SEQUESTRO DE HCl
caudalmente ligado ao duodeno, sendo a região mais fácil
de se deslocar a região central. HIPOCALEMIA
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 95

Hipocalemia é a deficiência de potássio.  temperatura estará normal.


Por conta da alcalose acaba tendo uma troca dos íons H+ Inspeção:
por K+, do meio extra para o intracelular.  manifestação de dor.
Tem um quadro de alcalose e o organismo tenta tirar o H+  ruminação.
do meio intracelular para colocar no extracelular e o K+ é  desidratação.
jogado para o meio intracelular, diminuindo os níveis de
potássio no sangue.  flanco.
Além disso, o animal não está ingerindo potássio pela Percebe que a vaca está apática e relutando em se
alimentação por estar com hiporexia e o potássio continua movimentar, dependendo do grau de dilatação do
sendo excretado via urina. abomaso irá comprimir outros órgãos na cavidade
DAE abdominal, manifestando dor e a vaca apresenta um dorso
arqueado.
Alcalose Redução na alimentação
O flanco pode estar abaulado ou retraído dependendo do
grau.
Troca de H+ por K+ Excreção renal
PALPAÇÃO
Sinais clínicos
Abomaso muito distendido difícil interpretação.
Hiporexia/apetite seletivo recusa concentrado.  geralmente não é feito a palpação externa por ser
 geralmente da preferência pelo volumoso. pouco conclusiva.
Queda na produção de leite.
AUSCULTAÇÃO
Perda de peso.
 queda na produção leiteira e perda de peso são os Ruídos ruminais pouco ou não audíveis.
principais, geralmente são as únicas queixas do Contrações diminuídas.
produtor. Ao auscultar os movimentos ruminais busca avaliar os
Apatia leve. números de contrações e característica da ingesta, ao ter
Lado esquerdo abaulado. esse deslocamento teremos os ruídos ruminais longe,
 o flanco fica mais côncavo em algumas vezes pela estando diminuídos ou ausentes, além disso, as contrações
diminuição de alimento no rúmen, nas regiões média e estarão diminuídas pela repleção.
ventral percebe uma dilatação.
Fezes escuras mucoides, aspecto de “graxa”. PERCUSSÃO
 fezes escuras ou quadros de diarreia.
Abomaso dilatado por gás som timpânico.
Diagnóstico Sonoridade diferente da percussão do rúmen.

Geralmente é feito eliminando algumas suspeitas. O rúmen apresenta as estratificações ruminais quando

Anamnese. normal, sendo assim, mais dorsal terá gás, na região média
som de gás com conteúdo e na região ventral é a ingesta
Exame físico geral.
mais concentrada sendo o som submaciço ou maciço.
 normalmente está normal.
Nessa percussão temos a perda da estratificação ruminal,
 FR e FC não se alteram.
 as vezes pode ter um grau leve de desidratação.
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tem o som predominantemente timpânico, podendo ser Consegue visualizar o abomaso na cavidade esquerda, pelo
confundido com um timpanismo ruminal. ultrassom identifica o abomaso com bastante gás e líquido
do lado esquerdo.
PERCUSSÃO + AUSCULTAÇÃO
Som timpânico, metálico + ‘pings’. HEMOGRAMA/BIOQUÍMICOS
9º EIC – 13 costela. Hemograma e bioquímicos são solicitados se tiver no HV.
Ao colocar o estetoscópio e realizar a percussão ao redor Consegue avaliar melhor a desidratação, alcalose,
do estetoscópio onde notou alteração teremos o som hipocalemia e hipocloremia que ajuda no tratamento
complementar, mas na grande maioria das vezes esse
conhecido como “pings metálicos”.
quadro consegue ser resolvido a campo.
Se tiver esse som junto com as outras alterações vistas, pode Esses exames mostram alterações, mas não ajudam a
partir para uma laparotomia porque tem grandes chances fechar o diagnóstico porque outros problemas no sistema
de estar deslocado digestório podem levar a esses quadros, não são exames
essenciais.
BALOTAMENTO/BALOTAMENTO + PUNÇÃO
AUSCULTAÇÃO
Punção do lado esquerdo na região do abomaso é uma
Som de ‘onda’, ‘cachoeira’. opção porque se tiver uma distensão do flanco esquerdo
e for um rúmen teremos na punção um pH ruminal, no
O abomaso estará do lado esquerdo dilatado por gás e
abomaso o pH será mais ácido, sendo 2 ou 3.
conteúdo líquido pelas secreções.
No momento que faz essa movimentação da câmara verá Diagnóstico diferenciais
um ruído de deslocamento de líquido, sendo um som
semelhante a onda. Doenças que causam sinais clínicos semelhantes,
diminuição ou atonia dos pré-estômagos.
Reticulo peritonite traumática.
Indigestões, timpanismos.
Pneumoperitôneo.

Tratamento
PALPAÇÃO RETAL
Reposicionar o órgão.
Rúmen deslocado medialmente.
Fixar o órgão.
Palpação do abomaso grande distensão. Corrigir alterações eletrolíticas.
Identifica o rúmen deslocado medialmente, consegue Tratar problemas concomitantes.
palpar o saco dorsal do rúmen e identifica sua localização, Economicamente viável.
vendo que está deslocado. A palpação do abomaso é  o tratamento tem que pensar em uma
difícil, consegue só em grandes distensões. economicamente viável e que o veterinário tenha os
materiais necessários
ULTRASSONOGRAFIA O principal é reposicionar o órgão e se possível fixar para
Complementar* achados anteriores inconclusivos. não deslocar mais, outras coisas adicionais que são

Identificação de ingesta fluida. importantes fazer é corrigir as alterações eletrolíticas e


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tratar os problemas concomitantes que podem ter sido pegar alça intestinal ou o omento, apresentando riscos,
causados pelo deslocamento. é uma técnica mais antiga que não é mais tão comum
ser utilizada.
CONSERVATIVO: rolamento.
Contraindicações: prenhez, depressão respiratória.
SEMI-CIRÚRGICO: abomasopexia com bastão;
Coloca a vaca em decúbito lateral direito, depois em
sutura cega.
decúbito dorsal e faz movimentos de vai e vem, a intenção
CIRÚRGICO: abomasopexia; omentopexia. desse tratamento é que o abomaso dilatado por gás vá
para a direção ventral.
CONSERVATIVO
O animal em decúbito dorsal faz a percussão auscultatória,
rolamento identificou o abomaso nessa região, coloca a vaca
novamente em decúbito lateral esquerdo e faz o
tratamento.

Decúbito lateral direito decúbito dorsal decúbito


lateral esquerdo.
 rola a vaca, não precisa fazer sedação, a não ser que
seja uma vaca que não está acostumada com o
manejo.
SEMI-CIRÚRGICO
Movimentos de vai-e-vem, massagear o abdômen.
Abomaso repleto de ar se desloca para posição mais abomasopexia com bastão e placa
dorsal. Grymer-Sterner (Sutura com barras).
Jejum prévio (36-48h) diminuir rúmen. Boa relação custo-benefício.
 anterior ao rolamento, deixa a vaca em jejum para  tem uma boa relação custo-benefício por não submeter
diminuir o tamanho do rúmen e possibilitar essa o animal a cirurgia, mas precisa fazer rolar a vaca para
movimentação do abomaso. conseguir.
 além disso, pode estimular a motilidade com o Betanecol Rolamento + fixação do abomaso.
junto com a Metoclopramida melhorando essa
 consegue fixar o abomaso e drenar o gás acumulado.
motilidade e diminuindo os riscos de recidivas.
Abomaso com gás.
Auscultação para confirmar reposicionamento.
Animal em decúbito dorsal.
Recidiva: 70-80%
Localização do abomaso.
 o risco de recidiva para esse tratamento é grande, não
é comum ser feito a não ser que seja a primeira vez Trocaterização do abomaso (aproximadamente 1 palmo
que a vaca deslocou e o proprietário não quer ter caudal à xifoide, à direita).
custo com cirurgia.  coloca o animal em decúbito dorsal, identifica o
 o risco de deslocar novamente é grande porque não abomaso e faz a trocaterização.
fixou o abomaso e ele ainda está repleto de gás, com Avaliar odor saindo da cânula.
isso, se a vaca não voltar a se alimentar para causar Introdução de bastão específico (fio inabsorvível no
a repleção ruminal, pode ter recidivas. centro).
 por conta disso, foi criado uma sutura cega, mas não Trocaterização e introdução de outro bastão em outro
sabe se de fato suturou o abomaso, tendo riscos de ponto cranial ou caudalmente.
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 os bastões irão sair nas fezes do animal, sedação se Incisão 6-8 cm abaixo dos processos transversos; 4-6 cm
o animal for muito agitado. após última costela (~ 20cm).
Permitir saída de todo o gás do abomaso. Localização do abomaso (entre rumem e parede
Unir os dois fios ligados aos bastões deixando espaço entre abdominal).
os nós e parede abdominal.

Drenar o gás do abomaso com agulha (14-16G) ligada à


mangueira.
Retirada dos pontos em 3 semanas.
 do lado esquerdo do animal começa a drenar o gás do
Sedação. abomaso, dessa forma consegue tracionar o omento e
Tricotomia/Antissepsia? reposicionar o abomaso.
 é importante fazer a antissepsia, alguns veterinários Reposicionar o órgão.
não fazem para promover uma reação tecidual e fixar Identificar o omento maior e tracionar.
o abomaso, mas é interessante fazer.
Aproximadamente 1 palmo do piloro (porção mais espessa-
Complicações: estenose pilórica, perfuração da veia ‘orelha de porco’) faz a fixação.
mamária.
Fixar o omento com fio inabsorvível ou utilizar o botão e
 a perfuração da veia mamária não é comum porque é placa abaixo dessa inserção (~10cm) ou abomasopexia.
bem evidente em vaca leiteira.
 pode ter deiscência da sutura ou o omento ir se
 o problema é que não se sabe a porção do abomaso, esgarçando, por isso pode utilizar placas.
se estiver perto do piloro pode levar a uma estenose
Necessário uma higiene no pós-operatório, ATB e AINES.
pilórica.

CIRÚRGICO

omentopexia paralombar direita


Alternativa: botão e placa.
Animal em estação.
 essas técnicas fazem com o animal em estação a do
lado direito e esquerdo, consegue fazer uma fixação
eficiente por ver as estruturas que estão sendo
fixadas. abomasopexia paralombar esquerda
Os métodos cirúrgicos são os mais comuns de serem
Animal em estação.
feitos.
Acesso pela fossa paralombar esquerda.
Anestesia local (L invertido, linear, paravertebral).
 abordagem pelo flanco esquerdo, o início da cirúrgica
Acesso por laparotomia no flanco direito.
é uma laparotomia que atua do lado esquerdo.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 99

 ao acessar pelo lado esquerdo já visualiza o abomaso


deslocado.
Descompressão do abomaso para drenar o gás e
reposicionamento.
Fixação através do omento (próximo à inserção na
curvatura maior, próximo ao piloro, na região ventral) ou
fixação do abomaso.
Sutura contínua no abomaso deixando fios longos no início
e final.
Localizar ponto de fixação (cranial à cicatriz umbilical, à
direita).
Transfixação da parede abdominal com os fios.
Sutura na parede. OUTRAS TÉCNICAS
Fixa com rolos de gaze. Christiansen.
A vantagem é fixar o abomaso diminuindo os riscos de
recidivas, mas o proprietário tem que tomar cuidado com –
o pós-operatório, sendo ATB e curativo da região da O abomaso se dilata por gás e se pronuncia para o flanco
ferida cirúrgica. direito, podendo torcer também e apresentando um
comprometimento circulatório.
DAD com dilatação sem torção.
DAD com torção.

DAD com dilatação sem torção

Abomaso se posiciona entre o fígado e parede abdominal


direita.
Inserção pilórica deslocada ventralmente.
Sem comprometimento vascular,

SINAIS CLÍNICOS
Semelhantes aos encontrados no DAE.
Anorexia e queda na produção mais evidentes.
Desidratação leve.
Não é comum acontecer o deslocamento a direita.

DIAGNÓSTICO
Anamnese com fatores predisponentes, a
diferença é que é mais comum ocorrer em
bezerros pelo abomaso ser o compartimento
que ocupa a maior parte da cavidade
abdominal.
Em bovino macho, principalmente, animal de
corte não tem tanta diferença de DAE ou o DAD,
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 100

o DAE tem a característica de ser pós-parto Úlcera de abomaso subaguda.


poque o útero empurra o rúmen mais
dorsalmente e ocupa o lugar na cavidade Torção cecal.
abdominal, o bezerro ao sair o espaço que Dilatação cecal.
estava sendo ocupado pelo útero fica livre e
acaba ocorrendo o deslocamento. Vólvulo abomasal.
Problemas cecais darão sinais clínicos
Sinais clínicos. parecidos com o DAD, mas na percussão e na
Percussão: falta de sonoridade do fígado. percussão auscultatória se tiver uma
dilatação cecal terá os sinais clínicos mais
 percussão do lado direito invés de ter nos 9º e 10º caudais.
espaço intercostal tem o som timpânico pelo abomaso,
não maciço pelo fígado. DAD com dilatação com torção (vólvulo)
Auscultação + percussão: som metálico ‘ping’ 9º EIC
Abomaso dilata e torce 180° - 270°.
direito.
Piloro desloca cranialmente.
Refluxo abomasal.
Comprometimento vascular.
EMERGÊNCIA!!!
É um quadro mais grave porque esse abomaso pode torcer
180 até 270 graus, o piloro se desloca cranialmente,
consequentemente invés de ter só uma diminuição do
trânsito, nesse caso, o trânsito fica impedido podendo ter
um refluxo abomasal, esse conteúdo é direcionado para os
pré-estômagos e pelo vólvulo tem o comprometimento
vascular.
Palpação retal: abomaso palpável só em casos de
grande distensão, não é possível diferenciar presença ou Quadros vólvulo abomasal são emergenciais, ao
não de torção. diagnosticar já tem que partir para o tratamento cirúrgico.
 pela palpação retal em diagnósticos diferenciais, se tem
uma dilatação de ceco ou torção intestinal consegue SINAIS CLÍNICOS
notar.
Grande desconforto abdominal pela torção.
Alcalose metabólica hipoclorêmica hipocalêmica
Sinais mais graves.
leve a moderada porque o trânsito do abomaso está
diminuído.  reações de dor, como inquietude, arquear o dorso e
evitar se movimentar.
 o ácido clorídrico está sendo sequestrado no interior
do abomaso, o H+ não vai tamponar o bicarbonato Abdômen distendido.
sanguíneo e o cloro não estará sendo absorvido. Desidratação.
 hipocalemia pela diminuição da alimentação e excreção FR e FC aumentadas.
renal de potássio pela urina, e as trocas de íons H+
pelo íon K+. DIAGNÓSTICO

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAIS Sinais clínicos.


 estarão mais evidentes.
Impactação abomasal.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 101

Alcalose metabólica hipoclorêmica e hipocalêmica  principalmente se o animal estiver com uma


no início. hipocalcemia.
Evolução - acidose metabólica (respiração anaeróbia). Selênio.
 alcalose metabólica inicialmente, mas depois se não for Vitamina E.
resolvido o quadro e pelo vólvulo terá uma diminuição  vitamina E e selênio auxiliam na motilidade do TGI.
da perfusão dos tecidos, então terá o início de uma Antibioticoterapia.
respiração anaeróbica, produção de lactato e evolui
 pelo procedimento cirúrgico.
para uma acidose metabólica.
Transfaunação.
Palpação retal: maior facilidade de palpar o órgão
distendido tanto em quadrante superior como inferior  ajuda a repor a flora ruminal do animal que estava com
direito. o problema.
Reposição.
Tratamento  11 L + 99g NaCl: 0,9% NaCl.
DAD: 500ml borogluconato de Ca 25% IV.  2l + 23g KCl: 1,14% KCl.
Feno de boa qualidade. Prognóstico
Sem concentrado.
DAE: bom.
Óleo mineral; hidróxido de Mg evacuação.
DAD COM DILATAÇÃO: bom.
DAD nunca realizar rolamento torção.
DAD COM TORÇÃO: reservado.
Omentopexia paralombar direita.
Abomasopexia paramediana direita. Prevenção
Casos de mais de 2h de evolução**
Controle e adaptação da ração para não ter um excesso
 mais de 2h de evolução nas situações de vólvulo de AGV.
abomasal tem que avaliar a viabilidade do abomaso. Manejo.
Pode tentar apenas o tratamento conservativo,  manejo de animal no pré-parto, vacas gordas ou muito
com o borogluconato de cálcio estimulando a
magras no pré-parto tendem a diminuir a ingestão de
motilidade do trato gastrointestinal, além
disso, feno e volumoso de boa qualidade para alimento no pós-parto.
incentivar essa motilidade e sem concentrado.  manejo de fibras na dieta.
Apenas DAD o abomaso está do lado que tem Controle das condições das vacas no pré-parto.
que estar, mas pelo acúmulo de gás ele se
pronuncia mais, se conseguir expulsar esse gás
e conteúdo que está provocando a distensão,
esse abomaso pode voltar ao normal.
Caso o tratamento conservativo não funcione,
entra com o tratamento cirúrgico, nunca faz o
rolamento porque pode resultar na torção.

Tratamentos adicionais

Reposição eletrolítica Na, Cl, K, glicose.


Cálcio 500ml boroglocunato de Ca.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 102

 também é um tipo de ferida, quando tem as pancadas.


Y Abrasão/erosão.
Y Incisa.
FERIDA Y Perfurante.
Y Lacerante.
solução de continuidade na pele
Y Queimaduras.
 não são tão comuns em grandes animais, as vezes com
Y Acometimento de estruturas adjacentes.
o uso de DMSO ou agente cáustico utilizado no casco
 como musculatura, tendão, ligamento, nervos e etc. pode ter uma queimadura, mas geralmente são mais
Y Sinais de inflamação. superficiais.
Y Contaminação.
FERIDAS LACERANTES
Y São as mais graves, geralmente tem bordos irregulares,
Y Podem ser causadas por diferentes fatores, os mais bastante perca tecidual, acomete outras estruturas, não
comuns são agentes mecânicos. somente a pele e subcutâneo.

Mecânicos

Y EQUINOS: arame, transporte, baia.


Y BOVINOS: troncos, chifres.
Y PEQUENOS RUMINANTES: ataques de cães,
contenção.
 em ovinos é comum feridas por ataques de cães,
sendo feridas graves.
Y Cirurgias.
FERIDAS PERFURANTES
Químicos Y Externamente não parecem muito graves por serem
pequenas, mas podem ter uma profundidade maior e
Y Substâncias cáusticas, irritantes. atingir outras estruturas.
Y Iodo, soda. Y É importante avaliar a profundidade que ela atingiu.
Y Pode ser causada por galhos, madeiras, pregos e outros
Térmicos
materiais.
Y Choques, DMSO, fogo.

Etiologia

Y Contusão.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 103

FERIDAS ABRASIVAS Y CICATRIZAÇÃO: tecido perdido foi substituído por um


tecido cicatricial.
Y Podem ser causadas por selas, equipamentos, barrigueira,
silha, na hora de conter o animal com corda e entre
outras.
Y São feridas mais superficiais atingindo a epiderme e Fase inflamatória
derme.
Y Primária.
Y Tem uma vasoconstrição primeiramente e depois uma
vasodilatação para chegar as células necessárias para a
próxima fase.
Y Tem dor, calor, rubor e tumor.

FERIDAS INCISAS
Y São as feridas que tem na cirurgia, elas apresentam
bordos regulares.

Y A partir do momento que teve a ferida terá uma resposta


vascular.
Grau de contaminação Y A intensidade dessa resposta depende do tipo de ferida e
da quantidade de tecido que foi lesado, inicialmente tem
Y LIMPA: ferida cirúrgica. uma vasoconstrição que dura de segundos a minutos, toda
 feita de forma asséptica. essa fase é importante para ter a formação do coágulo
Y LIMPA-CONTAMINADA: mínima contaminação (0-6 e ter a hemostasia da ferida.
horas). Y A dor fará com que libere as catecolaminas que ajudam
Y CONTAMINADA: geralmente causada por objeto na vasoconstrição, além disso, a lesão do endotélio libera
contaminado (6-12 horas). metabólitos que altera o tônus e a permeabilidade capilar,
ou seja, ajuda a fazer a vasoconstrição.
Y INFECTADA: mais de 12 horas, contaminação maciça.
Y Com isso, faz com que o tecido entre em hipóxia e em um
 a chance de ter uma infecção depois é muito grande. estado de glicólise, essa hipóxia e glicólise que ocorre leva
a mudança do pH, ativa as plaquetas e começa a formação
do coágulo que ajuda a fazer a hemostasia.
Y REGENERAÇÃO: quando o tecido que for perdido é
substituído por um tecido de igual natureza.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 104

Resposta vascular

1ª vasoconstrição (segundos a
minutos)
Dor, ação de compostos
vasoativos

Hemostasia

RESPOSTA VASCULAR

Y Organização e limpeza.
2ª vasodilatação Invasão de  tem a limpeza e organização da ferida, a fase
+ aumento da Aumento do fluxo elementos
celulares e não inflamatória é extremamente importante para que a
permeabilidade sanguíneo
vascular celulares (células, segunda fase ocorra.
proteínas, fluido)
 se aborda a ferida na fase inflamatória é importante
saber o que usar nesse momento para entrar na fase
de debridamento e seguir com as fases de cicatrização.
Y Migração de neutrófilos e monócitos.
Y Remoção de debris celulares e bactérias.
Y Começa a ocorrer uma vasodilatação e um aumento da
permeabilidade vascular, justamente para que aumente o  o primeiro leucócito a chegar na linha de defesa é o
fluxo sanguíneo na ferida para que as células da fase de neutrófilo, essas células atuam removendo os debris
debridamento chegue no local. celulares e bactérias.
Y Depois disso, tem a invasão dos elementos celulares e não  nessa fase pode atuar, com isso, acelera essa fase de
celulares, como neutrófilos, macrófagos e entre outros, debridamento que ajuda as células.
ou seja, elementos necessários para iniciar a segunda Y Fagocitose e liberação de enzimas lisossômicas (são
fase. importantes para a fase seguinte).
Y MACRÓFAGOS: fagocitose de tecido necrótico e
Fase de debridamento atração de fibroblastos.
Y Secundária.  os macrófagos fazem a fagocitose do tecido necrótico
que cessa a partir do momento que não tem mais
Y Através dos capilares sanguíneos começa a chegar as
tecido para eliminar.
células inflamatórias, chega os neutrófilos, depois os
monócitos que se diferenciam em macrófagos para  os macrófagos são monócitos que se diferenciam em
fagocitar e, após isso, chega os mediadores inflamatórios macrófagos, tem um papel importante por fazer a
para realizar a limpeza. atração dos fibroblastos que é o tipo celular que dá
continuidade a cicatrização.
Y GRANULAÇÃO: toda a contaminação foi eliminada!!
 a granulação ocorre nos pontos da ferida quando a
contaminação for eliminada.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 105

Fase de granulação  presença de miofibroblastos.


 taxa de contração variável (flanco maior que a região
Y Terciária. distal do membro).
Y Forma o tecido de granulação que preenche o interior da  concomitante com a epitelização.
ferida com a chegada dos fibroblastos.
Depois que tem a formação do tecido de granulação passa
Y Também chamada de FASE DE REPARAÇÃO
a ter a contração da ferida, diminuindo de tamanho.
(fase regenerativa/proliferativa).
Vai ter a migração centrípeta da ferida, ou seja, os
elementos celulares e a contração vai sendo direcionado
para o centro da ferida. Os fibroblastos se modificam em
miofibroblastos para fazer a contração da ferida.

A taxa de contração é variável, geralmente em flanco tem a


contração maior que na região distal do membro. Essa
fase está ocorrendo concomitante com a epitelização.

Y EPITELIZAÇÃO: migração mais multiplicação de células


epiteliais basais.
 migração ao longo do tecido de granulação.
Y 3 fases:
 taxa de epitelização variável (flanco maior que
1. Formação do tecido de granulação. membros).
 ajuda a proteger a ferida. A epitelização é a migração das células epiteliais basais, ou
2. Epitelização. seja, o epitélio começa a ser formado. Se o tecido de
3. Contração da ferida. granulação não tiver sido formado corretamente a
Y FIBROPLASIA (formação do tecido de granulação): epitelização não acontece, se esse tecido estiver exuberante a
invasão de fibroblastos e síntese de colágeno. epitelização não ocorre idem.
 os macrófagos terão atraído os fibroblastos para o Se visualizar que o epitélio está migrando de uma forma
local da ferida, esses fibroblastos vão produzir os
componentes da matriz extracelular, então passa a ter contínua e a ferida está fechando, o tratamento está
a síntese de colágeno para formar o tecido de funcionando e pode continuar.
granulação
Y ANGIOGÊNESE: tecido altamente vascularizado.
 oxigênio e nutrientes: crescimento celular.
Nessa fase também tem a angiogênese, ou seja, formação
de vasos sanguíneos.

Ocorre essa formação porque as células que estão atuando


precisam de oxigênio e nutrientes, esse tecido de granulação
é altamente vascularizado e é necessário para fornecer
oxigênio e nutrientes para o crescimento celular.

Y CONTRAÇÃO DA FERIDA (diminuição): migração


centrípeta (contração máxima).
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 106

Fase de maturação e remodelamento

Y Quaternária.
Y Tem a formação do tecido cicatricial.

Y Exame físico.
Y Primeiros socorros.
Y Diminuição do número de fibroblastos. Y Conduta clínica.
Y Equilíbrio entre síntese e degradação de colágeno. Y Manejo inicial.
 se tiver uma síntese de colágeno muito grande
resultará em queloides.
Y Orientação das fibras colágenas (linha de tensão, aumento Y Objetivos:
da força tênsil).  controle da hemorragia.
 melhor orientação das fibras de colágeno que ajudam  pode usar pinça hemostática, gaze ou compressa,
a dar mais tensão para o local da ferida. torniquetes e etc.
 o tecido cicatricial é mais frágil que o tecido normal,  se é uma ferida que tem pouca lesão no endotélio
mas durante a recuperação aumenta a força tênsil no vascular, geralmente ao chegar já tem o coágulo na
local da ferida. ferida e ela está contida.
Y Tecido cicatricial é mais frágil que tecido normal.  se tiver uma alta lesão no endotélio vascular pode
precisar usar pinças hemostáticas, fazer compressas
e etc.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 107

 evitar traumas. Às vezes potros e em lesões mais extensas é melhor


 de preferência cobrir a ferida para o animal não ficar anestesiar. Se for uma ferida pequena as vezes não
se debatendo e colocar ele em uma área restrita. compensa anestesiar o animal para que em 5 a 10
 minimizar contaminação deixando o animal em um minutos faça a sutura.
ambiente limpo.
Animal em decúbito

Y Regiões de difícil acesso.
Anamnese  feito quando tem regiões com acesso mais difícil, como
feridas em região de virilha.
Y Tempo, vacina antitetânica, causa.
Y Temperamento difícil.
 quanto tempo que ocorreu a ferida? foi realizado a
vacina antitetânica? o que causou a ferida? Y Feridas extensas.
 os equinos e caprinos são mais susceptíveis ao tétano.  feridas muito extensas onde o tempo cirúrgico com o
animal é maior.
Exame clínico Y Comprometimento de órgãos.
 sempre que tiver comprometimento de órgãos, como
Y Gravidade, estado geral, exame físico, hemorragia, em casos que tem uma evisceração.
choque?
Y Riscos de acidentes.
 se atingiu outras estruturas, extensão da lesão..
 qualquer outro risco de acidente que tiver, como
 se o animal está em choque hipovolêmico por conta da propriedades que não tem condição de trabalhar ou
ferida, se tem uma contaminação mais grave. animais que são difíceis de manejar, como touro nelore.
Exames auxiliares

Y Raio-X, ultrassonografia, hemograma. Y Contenção/sedação.


Y Anestesia local*
Y Tricotomia.
Animal em estação Y Avaliação da ferida.
Y Limpeza/antissepsia.
Y Região de fácil acesso?
contenção/ Y Exploração da ferida.
Y Disponibilidade de tronco?
sedação Y Outros procedimentos necessários.
Y Temperamento do animal.
Y Tempo cirúrgico. Contenção/sedação
Y Custos. Y Xilazina (0,5mg/kg IV) - ~20min.
Se for uma região de fácil acesso, como porção distal do Y Detomidina (5-40μg/kg IV) - ~30-60’.
membro, região peitoral, cernelha, pode trabalhar com o Y Acepromazina (0,02-0,1mg/kg).
animal em estação.
Y Butorfanol (0,004-0,1mg/kg IV.
Se tiver disponibilidade de tronco é melhor trabalhar com o Lembrar do tempo de ação dos fármacos, vai depender do
animal em estação. Sempre pensar no temperamento do tempo que vai demorar na ferida e do que tem disponível.
animal, tempo de cirurgia e os custos.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 108

Em machos tem que tomar cuidado com a acepromazina Y Clorexidine.


pelo risco de priapismo. Y PVPI degermante.
Y Álcool 70%
Tricotomia Feito a tricotomia, pode fazer depois a anestesia local ou
Y Ampla. sedação, podendo apenas conter o animal e fazer a

 sempre lembrar de fazer uma tricotomia ampla, essa anestesia local, caso o animal esteja muito agitado pode
tricotomia ajuda a prevenir a contaminação quando fazer a sedação.
estiver fazendo o tratamento e ajuda na exploração
Externamente na ferida faz a limpeza para evitar a
da ferida.
contaminação, para limpar pode usar água e sabão
 faz uma tricotomia ampla, se for uma ferida que faz
muito tempo que aconteceu as chances de ter (clorexidina ou degermante, usando um antisséptico), pode
secreção e debris é muito grande, isso gruda no pelo fazer um álcool 70% para diminuir a contaminação.
dificultando a limpeza. Pode fazer a solução conhaque, se usar 1 ml de iodo usa
Y Prevenir contaminação. 100 ml de solução fisiológica ou ringer lactato ou 2,5ml
Y Cobrir a ferida!! de clorexidine. O iodo é bastante eficaz, se tiver muita
 é interessante cobrir a ferida, podendo ser com gaze matéria orgânica e uma ferida com muito pus, esse iodo
para não deixar que o pelo caia e para evitar
pode perder seu efeito.
contaminação.
Y Anestesia local?
Y Bloqueios perineurais.
A anestesia e bloqueios podem ser feitos porque é
interessante que o animal pare de sentir dor para conseguir
manipulá-lo, pode ser feito a anestesia infiltrativa local ou
os bloqueios, faz lidocaína a 2% com ou sem vasoconstritor,
se for uma ferida com uma hemorragia controlada não
precisa do vasoconstritor. Higienização/lavagem da ferida

Y Solução fisiológica.
Y Solução fisiológica + PVPI (0,1%) – feridas contaminadas
(10ml em 1L de sol fisiológica).
No interior da ferida tem as células chegando, então não
pode usar nada que seja tóxico ao tecido ou aos elementos
celulares e, também não se deve usar nada que atrapalhe a
atividade desses elementos celulares porque irá prejudicar
as fases seguintes da cicatrização.

Se não tiver muita contaminação pode usar apenas a


solução fisiológica ou ringer com lactato, caso não tenha
essa opção, pode ferver a água, esperar esfriar e usar ela,
Limpeza/antissepsia externa
sendo usado nas fases iniciais da ferida, onde não ocorreu
Y Água e sabão. a formação do tecido de granulação.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 109

Pode usar o antisséptico junto com a solução fisiológica DEBRIDAMENTO HIDRODINÂMICO


desde que tome cuidado com a concentração do
Y Tempo da ferida.
antisséptico, pode usar clorexidine que tem ação contra
Y Mais eficaz.
várias bactérias, principalmente Staphylococcus que está
Y Não é tão seletivo assim por fazer o debridamento
presente na maioria das feridas, podendo ser usado na
apontando por algumas regiões da ferida, pode pegar
concentração de 0,05%, a solução conhaque pode ser tecidos saudáveis, mas tem um poder interessante para
usada tomando cuidado com a concentração. penetrar nas feridas.
O uso de iodo e antissépticos mais concentrados são feitos Y Pega uma seringa grande e faz a irrigação da ferida com
a pressão da solução fisiológica.
em casos que tem uma grande contaminação da ferida. Se
não tiver uma contaminação grande e usar um antisséptico
Y Pode usar a combinação do bisturi removendo o tecido
mais grosseiro e depois usa o hidrodinâmico.
concentrado pode prejudicar as células que fazem o papel
Y Essa fase de debridamento ajuda a acelerar a fase de
de debridamento e promovem a limpeza da ferida.
debridamento que o organismo está fazendo.

Debridamento

Y Reduz contaminação.
Y Remoção de tecidos desvitalizados.
Y Remoção de corpos estranhos.
Y Hemostasia.
Y Ao realizar o debridamento irá acelerar a cicatrização.

Avaliação da ferida

Depois que faz o debridamento avalia a ferida de acordo


com os planos, o tipo da ferida e o grau de contaminação.
Y Planos.
 superficial.
 profunda: comprometimento de outras estruturas.
Y Autolítico: é aquele que está acontecendo por parte dos Y Tipo.
elementos celulares, é seletivo e só remove as porções Y Contaminação.
desvitalizadas e contaminadas, o animal praticamente não
sente esse debridamento. Exploração da ferida
Y Enzimático: o uso da papaína por exemplo, é uma
Y Extensão/profundidade.
enzima que pode ser usada para o debridamento.
Y Comunicação com cavidades.
Y Gaze, compressa: não é muito seletivo.
Y Estruturas nobres.
Y Cirúrgico: usa o bisturi para remover, é mais preciso, Y Fratura, corpo estranho.
mas tem que tomar cuidado para não remover tecidos
É importante avaliar a extensão e profundidade que
saudáveis.
influenciará no tratamento, comunicação com cavidades
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 110

porque a abordagem é diferente, se atingiu estruturas


nobres, como comprometimento de tendão, articular e entre
outras estruturas e, identificar se tem algum corpo estranho FECHAMENTO PRIMÁRIO: primeira intenção.
na ferida. FECHAMENTO SECUNDÁRIO: segunda intenção.

Sempre que tem exposição óssea e for possível fazer a FECHAMENTO RETARDADO: terceira intenção.

sutura da ferida, é interessante fazer para não deixar esse


osso exposto. Lesão por decúbito, dependendo da região
pode ter o comprometimento articular ou de outras
Vantagens
cavidades.
Y Redução da contaminação pelo fechamento da ferida.
Outros procedimentos Y Promover cobertura.
Y Reduzir ressecamento da ferida.
Y Artrocentese/lavagem articular:
Y Evitar cicatrização exuberante.
 casos graves. Y Reduzir tempo de cicatrização.
 certificar se há envolvimento articular. Y Reduzir custos.
 prognóstico.
Sempre que tem uma ferida próxima da articulação é Indicações
importante avaliar se tem o comprometimento da Y Feridas 6-8 horas.
articulação, para isso, em um ponto mais distal da ferida  indicado para feridas de 6 a 8 horas, mas isso é muito
injeta a solução fisiológica para ver se tem o relativo, pode tentar fechar feridas com mais algumas
comprometimento ou não. horas de duração se conseguir fazer a limpeza correta
da região.
 se tiver uma ferida com 10 horas de evolução, mas que
conseguiu limpar bem e conseguiu fazer um bom
debridamento pode conseguir suturar ela.
Y Mínima perda tecidual – sutura.
 para ter essa ferida tem que ter mínima perda tecidual
para conseguir suturar.
Y Mínima contaminação (limpas/limpas-contaminadas).

OBJETIVOS
cicatrização com restauração funcional

menor tempo

menor custo Indicações

Y Tempo de evolução > 6-8h*


Y Grandes perdas teciduais.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 111

Y Grande contaminação e infecção


* feridas acima de 10-12 horas podem ser suturadas
dependendo da situação.
Sutura

Y Subcutâneo: fios absorvíveis, sintéticos,


monofilamentares.
Y Pele: fio não absorvível, sintético, monofilamentar.
Y Para musculatura pode usar os fios absorvíveis, sintéticos
e monofilamentares (também pode usar multifilamentar,
mas sempre dá preferência para os fios
monofilamentares pelo risco de contaminação).
Y Não é recomendado usar algodão em uma ferida
contaminada porque causa uma reação tecidual grande, é
multifilamentar, alta capilaridade e facilita o transporte de
bactérias para o interior da ferida.

PADRÃO DE SUTURA

Na primária aproxima os bordos da ferida e faz a sutura, Y Subcutâneo: minimizar espaço morto.
então o tecido cicatricial é menor.  opta pelo Cushing.
Na secundária pela perda tecidual ser maior, espera o Y Pele: simples separado, wolf, suturas captonadas, Sultan,
tecido de granulação preencher o espaço e depois tem a suturas de aposição para unir os bordos ou evaginante que
os bordos se voltam pra fora.
retração para formar a cicatriz.

Indicações

Y Tempo de evolução > 6-8h


Y Presença de infecção, porém passível de sutura.
Y Contaminação excessiva:
 debridamento + limpeza.
 curativos.
 sutura 1-2 semanas após.
Nesse caso é quando tem uma ferida contaminada ou com
um tempo de evolução maior, mas que consegue suturar.

Faz a limpeza da ferida, uma semana fazendo essa


limpeza e debridamento e tratando como segunda intenção,
depois faz a sutura.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 112

um abscesso, prejudicando a cicatrização, o dreno é usado


para que o exsudato formado seja eliminado.
Y Usa drenos para a secreção sair, pode usar sonda uretral
de gato ou cão para fazer a lavagem da região, pode usar
gaze também dependendo se não tem outro material.
Y Coloca o dreno fora da ferida e termina fora da ferida
idem, faz um ou dois pontos simples pegando o dreno e a
pele, passa o dreno pela ferida, outra incisão e sutura o
dreno na pele.
Y Remove o dreno quando ele parar de fazer sua função,
se não tem mais secreção ou se a ferida começou a
inchar e ao mexer no dreno sai secreção, mostra que o
dreno não está fazendo seu papel.

Pós-operatório

Y Bandagens estéreis.
 se for no membro pode fazer uma bandagem para
proteger melhor o local, pode usar um antisséptico ou
antibiótico em cima da ferida e em volta repelente
(alantol ou unguento).
Y Terapia antitetânica.
Y Pomadas (repelente/antisséptico).
Y AINEs é importante, na maioria das vezes usa o flunixin
Y Na região do peitoral faz pontos de relaxamento pela meglumine.
movimentação do animal, esses pontos aliviam a tensão na
Y Antibioticoterapia de amplo espectro, como penicilina,
sutura.
penicilina + gentamicina, ceftiofur se já foi usado outro
Uso de drenos antibiótico que não teve efeito.
Y Curativo diário até a cicatrização.

TERAPIA ANTITETÂNICA
Y Soro.
Y Vacina.
Y Ajuda a drenar as secreções que aparecem na ferida, se Y Soro + vacina.
suturar sem dreno essa secreção pode acumular e forma Importante perguntar para o proprietário se o animal é
vacinado, se for vacinado pode usar apenas o soro, se não
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 113

for vacinado pode oferecer o soro + vacina. O soro fornece Y O que for usar irá depender do que tem disponível, da
a imunidade pronta e a vacina a imunidade para daqui fase da cicatrização da ferida e outros fatores.
15 dias, isso para caprinos e equinos que são mais Y Pode usar antibiótico em pó ou diluído na ferida.
susceptíveis, se for fazer procedimento cirúrgico também Y Pomadas, repelentes, medicamentos naturais.
deve se lembrar disso.  barbatimão.
 ótimo para cicatrização, pode ferver a casca e usar
esse chá na ferida ou fazer com álcool.
 glicerina iodada (promove a cobertura e o iodo tem
Objetivos função antisséptica).
 açúcar.
Y Dar condição e acelerar a cicatrização.
 açúcar na ferida também tem função antimicrobiana e
Y Fibroplasia.
estimula o tecido de granulação.
Y Contração e epitelização da ferida.
 se formou o tecido de granulação deve tirar o açúcar
O objetivo é dar condição e acelerar a cicatrização, para para não formar tecido de granulação exuberante.
chegar a esse objetivo precisa promover a fibroplasia e  laser.
consequentemente tem a contração e epitelização da ferida.  mel (função antimicrobiana).
Y Tratamento de acordo com a evolução do caso.  babosa (função calmante e ajuda na cicatrização).
 na segunda intenção tem que acompanhar como a  antibiótico.
ferida está evoluindo, dependendo da fase que tiver irá  própolis (função antimicrobiana).
atuar e modificar o tratamento.
Y Controle da exsudação, estimulação da granulação e Bandagens
epitelização.
Y Gaze ou compressa estéril: contato com a ferida
Y Evitar tecido de granulação exuberante!! (locais de
(debridamento).
muita movimentação).
Y Trocas diárias (1-2x/dia).
 evitar tecido de granulação exuberante, sendo uma das
principais complicações de feridas. Y Tipo de curativo – localização.
Usa uma gaze ou compressa estéril que entra em contato
Debridamento e limpeza diária com a ferida, se colocar a gaze em contato com a ferida irá

Y Solução fisiológica, ringer lactato, PVPI 0,1% promover o debridamento mecânico, se está com tecido de

Y Tem que avaliar a ferida, se for uma ferida contaminada granulação tem que umedecer a gaze com solução
e não conseguir suturar pelas chances de deiscência e, fisiológica para não deixar a gaze em contato direto no
por conta disso, opta em realizar por segunda intenção, tecido de granulação porque pode agredir.
faz diariamente a limpeza e debridamento da ferida,
podendo ser com solução fisiológica, ringer lactato e entre Pode colocar a gaze seca ou com açúcar para ajudar a
outros. fazer o debridamento da lesão, lembrando que não é
Y É importante limpar e se precisar, pode usar um seletivo. Depois coloca o algodão e as ataduras.
antisséptico para realizar essa limpeza se tiver uma
Essa bandagem é trocada diariamente ou duas vezes ao
contaminação maciça.
dia, se tiver com muita secreção, essa própria secreção
Medicamentos tópicos macera o tecido saudável prejudicando-o, se tiver muita
secreção troca 2 vezes ao dia.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 114

Antibioticoterapia sistêmica

Y Envolvimento de cavidades/articulações.
Y Feridas extensas.
Y Associação à fraturas.
Y Potros*
 possui a imunidade mais baixa;
Y Ataque de cão também é importante fazer a
antibioticoterapia.

Objetivos

Y INICIALMENTE: ferida aberta.


Y POSTERIORMENTE: fechamento.
Y Inicialmente trata como aberta e depois faz o
fechamento.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 115

Fases do fechamento Y Anemia, hemorragia.


Y Má nutrição.
1. Debridamento + limpeza.
Y Deficiências de vitaminas, minerais, proteínas.
2. Curativos: 4-7 dias. Y Traumatismos/corpo estranho.
3. Sutura. Y Infecções.
Primeiro faz o debridamento e a limpeza da ferida e depois
faz a sutura usando os princípios que usa na cicatrização
por primeira intenção.
Y Normalmente bom.
Y Reservado/mau - presença de complicações.
Y Uso de drenos - após a sutura da ferida.
 também é indicado o uso de drenos, mesmo após a
limpeza da ferida ainda tem o risco de ter exsudato.
Y ≠ cicatrização primária atrasada.
 casos que faz a sutura, tem a deiscência de alguns
pontos e espera a cicatrização total da ferida por
segunda intenção.

Y Componente do processo cicatricial!!


 é um componente importante da cicatrização, tem a
coloração avermelhada pela quantidade de vasos
sanguíneos.
Y Tecido de aspecto granular.
Y Coloração vermelho brilhante.
Y Feridas abertas 3-6 dias.
Y Estado físico do animal.
Y CRESCIMENTO: 0,4-10mm/dia.
 como o estado nutricional porque precisa ter uma boa
condição circulatória para que as células cheguem no
local.
Y Tipo da lesão. Y Preencher espaço morto.
Y Perfusão tecidual. Y Barreira protetora diminuindo os riscos de contaminação.
Y Hemostasia e formação de coágulo. Y Fornecimento de miofibroblastos para contração da
ferida.
Y Qualidade do debridamento.
Y Permite migração do epitélio.
Y Terapia tópica/medicamentos.
 conhecer quais substâncias podem ser usadas em cada
fase da cicatrização.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 116

Manejo

Para esse tecido de granulação tem que remover esse


tecido para permitir a contração centrípeta, se possível
Y Se o tecido de granulação ultrapassar os bordos da ferida preparar a ferida para enxertos e promover a epitelização.
é um tecido de granulação exuberante, que obstrui a
migração do epitélio e a ferida não consegue cicatrizar. Y Ressecção cirúrgica.
Y Deve restringir a imobilização do animal.
Y Corticosteroides.
Y Obstrui migração epitelial centrípeta. Y Agentes cáusticos.
Y Impede contração e epitelização da ferida.
RESSECÇÃO CIRÚRGICA
Y É uma das utilizadas, remove o tecido em excesso.
Y Animal em estação.
Y Sedação*
 de preferência faz a sedação do animal para que não
se mexa durante o procedimento.
Y Preparação da ferida.
Fatores predisponentes Y Garrote.
Y Localização de feridas: membros.  faz um garrote mais proximal.
 comum nos membros pela movimentação.  é interessante ser feito porque sangra muito por ser
muito vascularizado o tecido.
 os membros dos equinos acabam tendo uma dificuldade
na cicatrização, por fatores como a perfusão dos Y Ressecção ventro-dorsal.
membros, movimentação e oxigenação do tecido, por  por sangrar bastante, é importante tirar apenas o
conta disso acabam tendo mais complicações na suficiente do tecido de granulação.
cicatrização.
Y Bandagem compressiva - manter por 48h.
Y Cuidados com a ferida. Y Quando realizar?
Y Quantas vezes realizar?
Y Anestesia local?
 não precisa necessariamente da anestesia local
porque nesse tecido não tem inervação e não é
sensível, mas se correr o risco de atingir a pele do
animal pode ser feito uma anestesia local ou um
(THEORET; SCHUMACHER, 2012) bloqueio perineural.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 117

 realiza sempre que for necessário, a anestesia local no


tecido em si não precisa.
Y Antibióticos? Y Fragmento ósseo desvitalizado que se separa do osso
 não tem necessidade de ser feito por conta do viável.
procedimento.  ocorre o processo de necrose, pode estar presente
Y Local do pós-operatório? em contusões e em feridas, o osso se destaca do osso
saudável.
Y Pós-operatório.
Y Etiologia.
 de preferência que no pós-operatório esse animal
esteja em um ambiente que restrinja a movimentação. Y TRAUMAS: feridas perfurantes, lacerações e
contusões.
 não usar coisas que estimulem o tecido de granulação,
no pós-operatório tem que mudar a abordagem.

CORTICOSTEROIDES Y O diagnóstico é com base no histórico, é mais comum o


animal ter uma ferida que não cicatriza ou tem um corpo
Y Inibe a cicatrização.
estranho externo, além disso, também pode ter o
Y Diminui a epitelização e contração. sequestro ósseo que é um corpo estranho que o próprio
Y Sobre a ferida. organismo produziu.
Os corticoides atuam inibindo a cicatrização, é comum
Histórico e sinais clínicos
fazer o corticoide tópico nesse tecido, entretanto, pode afetar
a cicatrização interferindo negativamente, ou seja, pode Y Trauma.
atrasa-la um pouco. Y Claudicação.
Usado nos tecidos que estão pouco exuberantes para não Y Ferida que não cicatriza.
submeter a uma cirurgia. Y Trajeto fistuloso.

AGENTES CÁUSTICOS
Y Iodo 20%.
Y Albolcresil.
Y Sulfato de cobre*
 cuidado com o sulfato de cobre porque realmente
corrói o tecido.
 depois de deixar um tempo com esse sulfato de cobre,
retira a bandagem com esse sulfato, limpa e depois faz
uma bandagem sem ele para não corroer tecidos Radiografia
saudáveis.
Y Os sinais clínicos são bastante sugestivos, no caso, se
Queimam o tecido de granulação, mais comum usar em
quiser fazer uma radiografia para confirmar, irá
feridas em pequenos animais, minimiza o tecido de encontrar como sinal radiográfico o fragmento
granulação exuberante e é usado em casos que esse tecido desvitalizado.
não cresceu muito. Y Sinais presentes após 10-12 dias após lesão.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 118

Y FRAGMENTOS PEQUENOS: expulsão pelo próprio


organismo.
Y SEQUESTRECTOMIA: remoção do fragmento +
curetagem óssea.
Y LAVAGEM DA FERIDA + SUTURA E
BANDAGEM.
Y ANTIBIOTICOTERAPIA.

Tem um aspecto semelhante entre elas e se parece com Tumor maligno.


um tecido de granulação exuberante. Sem predileção por raça, sexo ou idade.
 eventualmente estarão cobertas pela pele.  mais comum aparecer em animais mais velhos, com
Diagnósticos diferenciais. mais de 7 anos.
 o tecido de granulação exuberante é diagnóstico FATORES PREDISPONENTES luz solar,
diferencial das lesões granulomatosas e vice-versa. traumas, esmegma.
 traumas principalmente recorrentes.
 esmegma pode ter relação por ser comum em região
de prepúcio e pênis.
Áreas despigmentadas.
 animais com pele mais clara.
Potencial de metástase lento.
Maior ocorrência: olhos, pênis, prepúcio, vulva, períneo.

Massa sólida (aspecto de couve-flor).


 massa sólida envolvendo toda a região.
Nódulos ou placas (ulcerados ou não).
Lesões erosivas infectadas.

CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS.


SARCÓIDE.
PITIOSE.
HABRONEMOSE.
GRANULOMA.
Apresentação clínica.
PAPILOMATOSE.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 119

 a apresentação clínica pode se confundir com outras  é uma neoplasia benigna, mas localmente invasiva e
lesões, tendo algumas semelhanças, mas as vezes com tem grande risco de recidiva
o histórico do animal conduz a uma suspeita maior para Não metastático.
o carcinoma.
Recidivas.
Biópsia.
 diagnóstico definitivo através da biópsia, sendo o de
eleição.
Papilomavirus bovino BPV-1 BPV-2.
Aspiração por agulha fina.
 acredita que esteja associado com um papilomavirus
bovinos, por isso é comum em equino que é usado pra
trabalho com gado pela etiologia comum.
Ressecção cirúrgica. Acontece de forma isolada ou em grupos.
 se tiver uma região muito grande atingida pode ficar Na orelha é muito comum ter.
complicado a ressecção cirúrgica devido a margem de
segurança de 2 cm, podendo associar com outras
técnicas.
 nódulo pequeno pode fazer a ressecção cirúrgica a
campo.
 não é uma cirurgia que sangra muito, mas tem que ter
um cuidado para que o animal esteja bem anestesiado
para não se mexer e acabar acometendo outra
estrutura, além disso, para conseguir tirar com uma boa
margem de segurança.
Criocirurgia.
 comum associar com a ressecção cirúrgica, com o
nitrogênio líquido queima as regiões que está com o
carcinoma. Forma oculta.
Quimioterapia.
Forma nodular.
Radioterapia.
Forma verrucosa.
tratamento complicados
Forma fibroblástica.
Forma mista.
Forma maligna.

Forma oculta

Forma mais suave e superficial.


Geralmente circular.
Epiderme espessada.
Neoplasia cutânea benigna fibroblástica.
Lesões hiperqueratóticas, elevadas, alopécicas.
Mais comum em equinos, muares e asininos.
Geralmente atinge a epiderme e derme, se apresenta em
Sem predileção por raça, sexo, idade.
formas circulares e percebe um espessamento da epiderme.
Localmente invasivo.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 120

Aspecto nodular.
Consistência firme.
Geralmente exsudativa e infectada.
Invasivo.
Pedunculados / base larga.
Forma nodular  pode apresentar em extensas placas ou pedunculados,
geralmente está associado a feridas.
Sólida, geralmente esférico.
Para diferenciar do tecido de granulação exuberante é
Variam em tamanho e número.
através de exames complementares, mas a base do
Alguns envolvem a derme outros subcutâneo.
tratamento é basicamente o mesmo.
É uma das mais comuns de encontrar, tem o formato mais
É feito ressecção cirúrgica e avalia a cicatrização, tecido de
esférico, podendo envolver a derme e subcutâneo.
granulação exuberante tende a cicatrizar corretamente, se
Pode apresentar vários no corpo do animal ou apenas um. for um sarcoide as chances de não cicatrizar e o tecido
continuar se proliferando, apresentando recidivas é grande.

Forma verrucosa

Geralmente mal definidos.


Zonas limitadas / placas extensas.
Superfície seca. Forma mista
Aspecto papilomatoso / verrucoso. Relativamente comuns.
Se parece com o papiloma e tem o aspecto de uma verruga. Combinação das outras formas.
É observada em zonas limitadas e podem ser desde meio Espontâneo ou associado à feridas.
pediculado ou extensas placas com superfície seca e aspecto
Forma de associação das outras formas, como por
verrucoso.
exemplo, o animal pode ter a forma fibroblastica e nodular.

Forma maligna

Raro.
Muito invasivo.
Espontâneo ou formas leves submetidas à traumas.
Forma fibroblástica É muito invasiva e pode surgir de forma espontânea, mas é
comum ter de formas leves submetidas à traumas, como por
Parece com o tecido de granulação exuberante, tem esse exemplo, forma oculta ou forma nodular que pensa em
aspecto exsudativo e é mais invasivo, além disso, não tem
cobertura de pele e é irregular. fazer uma biopsia, faz esse trauma e pode virar maligna,
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 121

por isso, o recomendado é tirar todo o nódulo e se achar


necessário manda para fazer o exame.

Histórico do animal.
 avaliar se tem relação com bovino na propriedade, se
apresenta em várias regiões do corpo, se tem um
aspecto de recidiva e entre outras.
Apresentação clínica.
Biópsia*
 é importante fazer, mas como geralmente são
pequenos nódulos e lesões limitadas, invés de recolher Criocirurgia
um pedaço só de amostra, é melhor remover o tecido
todo e mandar para a histopatologia para fechar o Nitrogênio líquido (-40°C).
diagnóstico. Várias sessões.
Pode fazer a ressecção cirúrgica e no lugar que fez a
ressecção usa nitrogênio líquido ao redor da incisão para
Tecido de granulação exuberante, carcinoma de células
diminuir os riscos de recidivas.
escamosas (CCE), pitiose, papilomatose, habronemose.

Imunoterapia
Ressecção cirúrgica. BCG 1ml/cm3 intralesional.
Laser. Intervalo de aplicações 2-3 semanas.
Criocirurgia. Várias aplicações.
Imunoterapia com BCG. Estimulação inespecífica do sistema imune.
Quimioterapia (cisplatina).
Com BCG, já foi muito abordado no caso de sarcoide, esse
Autovacina.
tratamento é usado baseado na tentaiva que o organismo

Ressecção cirúrgica lute contra o sarcoide, faz uma injeção intralesional do


BCG fazendo intervalo entre as aplicações e precisa de
É a mais comum em ser realizada. várias aplicações.
Recidivas.
LIMITAÇÕES: anatomia, margem de segurança, risco
de recidiva.
 nessa ressecção tem riscos de recidivas, tem que FORMAS DA HABRONEMOSE: gástrica,
pensar na margem de segurança para diminuir o risco cutânea, conjuntival e pulmonar.
de recidiva e no carcinoma podemos ter a limitação
Lesão proliferativa, ulcerativa e granulomatosa.
anatômica.
Larva depositada em ferida cutânea ou locais úmidos.
Associação com outros tratamentos.
OCORRÊNCIA: pênis, prepúcio, membros, canto
 comum associar com outros tratamentos, como o uso
medial do olho, canto da boca.
de quimioterápicos.
Maior ocorrência em meses quentes.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 122

 devido o vetor do Habronema serem as moscas que Presença de larvas e debris.


estão mais presentes em períodos mais quentes. FORMA OCULAR: epífora, fotofobia, quemose.
 quando está na região de canto medial de olho
também tem sinais relacionados a forma ocular.
Habronema muscae, H. microstoma, Draschia megastoma.

Vetores

Musca domestica e Stomoxys calcitrans.

Na forma cutânea tem o parasita nas fezes do animal,


acaba que com a progressão do ciclo esse parasita se
aloja no aparelho bucal das moscas.
No momento que as moscas vão se alimentar, elas acabam
inserindo a larva do Habronema na ferida do animal. Histórico e Sinais clínicos.
O animal também pode ingerir a mosca e se contaminar  histórico: pode acometer todas as idades, por ser
novamente. uma doença causada por um parasita é importante
No caso da Habronemose cutânea, a mosca deposita a perguntar se o animal é vermifugado, se participou de
larva nas feridas ou em regiões com mais secreção ao se algum evento e ficou perto de animais não
alimentar. vermifugados.
 histórico de ferida que não cicatriza, só que invés da
ferida melhorar ela fica com um aspecto mais
exsudativo e com formação de debris.
Citologia do raspado.
 diagnóstico definitivo através da citologia do raspado,
vê um infiltrado inflamatório com a presença de larvas.
Biópsia.

Grânulos amarelados. HISTOPATOLOGIA: presença de eosinófilos,


mastócitos e eventualmente larvas.
 lesão ulcerativa geralmente exsudativa, presença de
grânulos amarelados.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 123

Pode penetrar pelos poros, animais que vivem em áreas


alagadiças por muito tempo tem a dilatação do poro
favorecendo a entrada do fungo.

Sinais clínicos

Predileção pela pele e pelo do animal.


Lesão com áreas de necrose, com trajetos fistulosos e
Ressecção cirúrgica. exsudação abundante.
 é o de eleição. Presença de Kunkers.
 tem que avaliar o local e a margem que vai ter que Prurido, automutilição.
remover. *Kunkers: massas necróticas branco-amareladas, hifas,
 lesões em canto de olho e na boca não tem como exsudato e restos celulares.
fazer a ressecção cirúrgica porque são lesões que  são pequenas calcificações branco amareladas que
estão pegando a superfície toda da pele. são debris celulares.
 feridas em membros é mais fácil fazer a ressecção. O fungo fica nas áreas alagadiças, geralmente com
Larvicidas (ivermectina 0,2mg/kg VO): faz a temperaturas mais altas (acima dos 30ºC) e em plantas
vermifugação do animal se ele não foi vermifugado. aquáticas, quando o animal está na água acaba sendo
 triclorfon. atraído podendo penetrar pelo poro ou entrar pela ferida se
Corticosteróides para conter a inflamação. tiver. Os equinos são os mais acometidos.
Pomadas tópicas (90ml DMSO+15ml dexametazona; 40ml
Animal com pitiose coloca em um piquete sozinho ou
Furanil+30g Neguvon).
coloca em uma baia que não tem outros animais, além
Bandagem.
disso, não coloca outro animal naquela baia. O
 se for necessária em membros.
equipamento utilizado só pode ser usado para aquele
Tem risco de recidiva se o manejo da propriedade não for
animal, tomar cuidado com o manejo.
mudado.

Lesão proliferativa, invasiva, animal apresenta prurido.

Phytium insidiosum
Comum em áreas alagadiças.
Não precisa ter ferida para ter infecção.
MAIOR OCORRÊNCIA: abdômen, membros, focinho.
Causado por um fungo sendo o Phytium, é comum em
áreas alagadiças ou após um período de chuva por ficar HISTOPATOLOGIA: HE ou GMS.

com uma região mais úmida.


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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 124

 na histopatologia visualiza o infiltrado de célula


inflamatória e os Kunkers.
Tamanho da lesão.
 na GMS consegue identificar as hifas do fungo.
Local da lesão.
 biópsia: limpa a lesão, com o punch coleta uns
pedaços e encaminha para a histopatologia. Estado do animal.
ELISA/PCR.
Ressecção cirúrgica

Remoção da área afetada com ampla margem.


Recidivas.
 apenas a ressecção cirúrgica tem relatos de recidivas.
Associação com outros tratamentos.
CULTURA E ISOLAMENTO DO AGENTE. A ozonioterapia pode usar associada a ressecção
RAIO-X: não é comum fazer. cirúrgica, tem os benefícios antimicrobianos e a
 é utilizado para ver alterações em outras estruturas cicatrização, além disso, tem um potencial antifúngico e
quando for no membro e os Kunkers. por isso está sendo utilizado.
Tem que avaliar o estado do animal, as vezes o
prognóstico da pitiose é ruim se tiver em uma área extensa
de lesão.

Antifúngico

Associado a ressecção cirúrgica tem uma boa taxa de


sucesso.
A pitiose é muito invasiva, podendo acometer tendão, osso, Apenas a administração de antifúngico não tem uma boa
animal começa a ficar muito debilitado e pode progredir taxa de sucesso porque esse “fungo” não é considerado
um fungo verdadeiro devido a composição da sua
para a morte se não fizer o tratamento.
membrana, com isso, os antifúngicos não possuem um
efeito muito bom sobre eles.
Anfotericina B: 0,3mg/kg diluído em 1l glicose 5% IV.
 anfotericina B + DMSO (tópico).
 é a mais comum de ser utilizada.
 em membro pode optar pela via de perfusão regional
o antifúngico.
Cetoconazole/ Miconazole.
Iodeto de potássio: 67mg/kg/dia VO por 30-45 dias.

Vacina

Pitium-vac: subcutâneo
 intervalo entre aplicações: 14 dias.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 125

É uma das principais formas de se tratar a pitiose, é uma  de um animal para o outro ou pela cerca, pela mão do
vacina para tratamento. ordenhador, fômites, carrapatos e etc.
Não é usado para prevenir a pitiose, é usado para tratar DIAGNÓSTICO – feito pelo aspecto da lesão
o animal.  imunoflorescência direta (não é comum ser feita).
Associada ao tratamento cirúrgico apresenta bons
resultados.

Excisão cirúrgica + cauterização.


A excisão cirúrgica e cauterização apresenta bons
resultados.

Pequenos papilomas e bem distribuídos conseguimos fazer


a ressecção de todos e cauteriza com ferro quente ou
Eutanásia
nitrogênio líquido no local da lesão, se for um animal com
vários não consegue remover todos, mas removendo alguns
já causa uma resposta imune no animal e ele acaba
Bastante parecido com o sarcoide, mas é mais comum em diminuindo esse restante.
rebanho bovino, principalmente em rebanho leiteiro e
acaba desvalorizando o animal. Autovacina.
Origem viral (papilomavírus). Faz a vacina com o próprio papiloma do animal, colhe

Caráter tumoral benigno. alguns papilomas desse animal, limpa esse papiloma e faz
todo o processo para a autovacina, aplica no animal de
Relacionada à imunidade do animal.
forma subcutânea, algumas propriedades respondem bem e
Desvalorização.
outras não.
 predispõe o aparecimento de ferida, na bovinocultura
leiteira é comum ter em teto sendo difícil fazer a Auto-hemoterapia.
ordenha e em animal de corte desvaloriza o couro.
Associada a excisão cirúrgica e cauterização tem bons
Traz muitos prejuízos na propriedade.
resultados. Se for pouco papiloma no animal, pode tentar
só a auto-hemoterapia, coleta o sangue da jugular e aplica
intramuscular, com um intervalo a cada 7 dias.

Outros: verrutrat, levomisol (imunoestimulante), tem o


tratamento usando a homeopatia, suplementação com
cobre ou fio de cobre.
 fio de cobre na orelha do animal alguns acreditam que
é um imunoestimulante por conta do cobre, mas na
Transmissão direta ou indireta. verdade, por ter colocado um corpo estranho no animal
esse organismo irá reagir.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 126

 em resumo, o tratamento é com base na resposta


imune do animal.

Não adquirir animais que apresentem papilomas.


Controle de vetores.
Manejo dos animais.

ADERENTES
DRY-TO-DRY: necrose, grande quantidade de
exsudato.
Proteção da ferida.  ex: gazes secas.
Debridamento.  cuidados na retirada.
Absorção de exsudatos. WET- TO-DRY: necrose, exsudato viscoso.
Ação terapêutica local.  ex: compressa/gaze + sol. Fisiológica, RL, Clorexidine
Compressão (diminuição hemorragia, espaço morto). 0,05%
Conforto. 2ª e 3ª camadas devem permitir evaporação.
remoção cuidadosa.

Manejo do animal

Mantidos em áreas limpa e seca.


Monitoração.
Trocas regulares.

3 camadas.

1ª camada (primária)

Contato direto com a ferida. NÃO ADERENTES


De acordo com a necessidade da ferida (debridamento,
Obrigatórias na presença de tecido de granulação.
manter umidade, permitir passagem de oxigênio ou
exsudato e epitelização). INICIAL: capaz de absorver exsudato.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 127

TARDIOS: não aderem e promovem formação do


tecido de granulação (perfurados, esponjosos, hidroativos).
OUTROS: biológicos, filmes, silicone, antibióticos.
Aplicação uniforme das camadas.
3ª camada distoproximal.
2ª camada (secundária) Não cobrir totalmente a 2ª camada.
Terminar a bandagem alguns cm acima da coroa do casco
Materiais mais espessos.
ou após a coroa.
 ex: algodão.
Absorver exsudato.
Preenchimento.
Limitar movimento.

3ª camada (terciária)

Proteção e fixação das camadas anteriores.


Compressão.
Ligas, ataduras, materiais auto-adesivos.
Difícil manter no local.
Bandagem de ancoragem.
Maior chance de causar feridas.

Carpo
Uso de calços especiais.
Evitar muita pressão na 3ª camada. Carpo: gaze em sentido de ‘8’.
Uso de fraldas.  incisão das 2ª e 3ª camada no carpo acessório.

Tarso
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 128

Tarso: padrão em 8. Bandagens comerciais.


 menor pressão na 3ª camada. Tie-over.
Aplicação de uma atadura mais distal.
Imobilização p.e: robert jones, talas.

Áreas axilar e inguinal não são indicadas bandagens.


3ª elástica, em torno do tronco.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 129

São animais biungulados, ou seja, apresentam dois dígitos.


A muralha por ter dois dígitos tem a região abaxial e axial
do digito.

4 sesamoides proximais, o número de sesamoides dobram


por ser dois dígitos.

São lesões importantes e comuns em bovinos de leite.


Animais em confinamento acabam tendo um grande índice
de problemas podais
DOR stress queda na produção.
 gera um quadro de dor no animal, consequentemente
tem estresse e liberação de catecolaminas resultando
Tem o ligamento cruzado, vem de um digito para o outro. em queda na produção.
Tendão flexor digital profundo se insere na terceira USO DE ANTIBIÓTICOS descarte do leite.
falange.
 maioria dos problemas tem origem infecciosa,
Tendão flexor digital superficial se insere na falange precisando usar antibiótico, algumas vezes de forma
média e proximal. sistêmica precisando descartar o leite.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 130

60-90% dos problemas de claudicação.

Hiperplasia interdigital.
Variações do clima/sistema de criação. Dermatite interdigital.
Erosão dos talões.
Pododermatite circunscrita.
Peso maior nos membros pélvicos. Dermatite digital papilomatosa.
MEMBRO PÉLVICO dígito lateral maior carga Flegmão interdigital.
(stress). Doença da linha branca.
 a maior parte do peso está sendo suportado pelo Laminite.
membro pélvico, em torno de 60 a 70% do peso dos
bovinos.
MEMBRO ANTERIOR dígito medial.
Geralmente os problemas aparecem no digito lateral do Gabarro, tiloma, calo interdigital, limax.
membro pélvico e medial do membro torácico. Hiperplasia da pele e tecido subcutâneo da região
interdigital.
Neoformação de consistência firme.

Condições ambientais (higiene, umidade, tipo de piso,


sistema de criação).
 comprometem barreira física do casco e predisponha
a entrada de microrganismos contribui para o
aparecimento das doenças.
Sujidades e umidade irritação crônica.
Crescimento excessivo da parede axial do casco.
Acidose ruminal pode acarretar em uma laminite.  crescimento da parede axial também pode irritar o
espaço interdigital
Conformação anormal unhas abertas.
Conformação do casco.  geralmente relacionada com bovinos que tem um dígito
Casco escuro é mais resistente que cascos de coloração muito aberto e essa própria conformação do animal
clara. facilita a entrada de pedrinhas e acúmulos de sujidades
no espaço interdigital, acarretando em uma irritação
crônica e sofrendo uma hiperplasia.
Peso do animal irá influenciar no aparecimento das Acúmulo do tecido adiposo no espaço interdigital.
doenças. Fator genético.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 131

 algumas raças, como Gir é comum apresentar esses


quadros de hiperplasia interdigital.
Depende da gravidade do quadro.

Casos leves
Neoformação tecidual no espaço interdigital.
Claudicação. Sem ferimentos/infecções.
 as vezes pode causar uma claudicação. Retirar causas e fatores predisponentes.
 o espaço interdigital aumentado de tamanho sofrerá  mudança do solo; casqueamento.
uma pressão, com isso, o animal ao pisar sente dor e O ideal é retirar os fatores predisponentes, deixar o animal
pode claudicar.
em um piquete mais limpo, sem muitas pedras, galhos e
 alguns animais com hiperplasia interdigital pequena não
sujidades e de preferência o casqueamento do animal, pois
causa uma claudicação por não estar causando um
incomodo no dígito, nesses animais pensa em apenas pode ter sido causado pela própria conformação do casco
remover os fatores predisponentes. desse animal.
 animal com uma hiperplasia grande, as vezes o próprio
casco está causando uma compressão ou devido ao Casos graves
terreno que pode entrar pedrinhas irá lesionar a
região, dessa forma, o animal pode sentir dor e Dor, lesões extensas, ferimentos.
claudicar.
Retirada de fatores predisponentes.
Acúmulo de sujidades.
Ressecção do tecido.
EXSUDATO FÉTIDO problemas secundários.
 hiperplasia grande ou com lesão no espaço interdigital
 se tiver uma infecção devido a lesão nessa formação tem o tratamento cirúrgico fazendo a ressecção do
terá o exsudato fétido, sendo um problema secundário. tecido acometido.

RESSECÇÃO DO TECIDO
Visual. Cauterização com ferro quente.
 percebe a neoformação no espaço interdigital.  queima o tecido hiperplásico.
 as vezes a neoformação está acompanhada por uma  se é um tecido pequeno faz apenas a cauterização.
lesão.
 a cauterização atrasa a cicatrização.
Remoção cirúrgica.
Ressecção cirúrgica + cauterização também é feito e atua
diminuindo o sangramento.

remoção cirúrgica
Sedação.
 caso deite o animal no chão.
Anestesia local (bier).
 é uma anestesia regional que é comumente feita em
bovinos.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 132

 cânula uma veia e injeta lidocaína, para isso faz um


garrote mais proximal, por trabalhar no dígito pode ser
feito na região de metatarso/metacarpo, tirando de Troca de bandagens após 48-72h.
10 a 20ml de sangue e injetando de 10 a 20ml de Se o tecido hiperplásico for pequeno e não tiver uma
lidocaína.
grande abertura pode fazer apenas a bandagem. Deixa a
Decúbito lateral/estação.
bandagem por 48 a 72 horas, essa bandagem é feita com
bastante gaze ou com uma compressa em contato com a
região interdigital, pode usar antibiótico junto, nesse caso,
pode optar pela oxitetraciclina ou penicilina em pó que
permanece em contato com a ferida cirúrgica, depois
algodão para acolchoar e finaliza com a atadura.

Também pode passar repelentes e pastas de alcatrão que


ajudará a impermeabilizar a região da atadura. Faz a
Incisão em forma elíptica na neoformação. bandagem e deixa por 48 a 72 horas, a troca pode ser
feita a cada 48 a 72 horas também. Depois que terminar
a bandagem, tira o garrote da anestesia de Bier.

Antibioticoterapia.
Anti-inflamatório.
O antibiótico e anti-inflamatório é mais para a prevenção,
alguns antibióticos vem com o anti-inflamatório junto.

Pode remover o excesso de tecido gorduroso também, não O antibiótico é importante por conta da cirurgia a campo

pode aprofundar muito a incisão porque pode acabar para não ter risco de infecção e o anti-inflamatório é

rompendo o ligamento cruzado. interessante nos primeiros 2 a 3 dias por conta da dor que
o animal vai estar sentindo devido a cirurgia, podendo ser
Oxido de zinco + sulfa (1:1) + Bandagem. administrado o Flunixin meglumine.
União das pinças com arame.

Em casos de hiperplasia grande que faz com que tenha


uma abertura maior dos dois dígitos pode fazer a
perfuração com uma broca apenas a região de pinça, com
um arame liso faz a junção do digito para não ficar muito
separado. Dermatite interdigital contagiosa bovina.
Inflamação de origem bacteriana.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 133

Etiologia Perda do tecido epidérmico dos talões (destruição).


Dichelobacter nodosus (gram - ; anaeróbia). Comum em rebanhos leiteiros.
Fusobacterium necrophorum. Acomete geralmente animais mais velhos.
São microrganismos que estão presente nas fezes dos
 principalmente porque conforme a dermatite vai
avançado acaba chegando no talão.
animais, geralmente devido a umidade e grande
Considerada um estágio avançado da dermatite interdigital.
quantidade de matéria orgânica irá favorecer a
proliferação desses microrganismos.
Provoca sulcos e fissuras acúmulo de umidade e
matéria orgânica.
Fatores predisponentes  visualiza presença de fissura e erosão de toda a
queratina dependendo do grau, se não for corrigido
Manutenção da umidade na cama. pode atingir estruturas mais profundas como falange e
tendão, dessa forma, a claudicação vai ficando cada
Sujeira. vez mais severa.
Calor.
 sistemas de criação que dificultam a limpeza ou que
concentram muito o calor por não favorecerem muito
a ventilação.
 ex. compost barn se construído de forma inadequada
pode causar mais prejuízos em relação a problemas
podais do que vantagens ao produtor.
Alta concentração de animais.
 presença de muitos animais que aumentam a
quantidade de matéria orgânica. Etiologia
Acúmulo de matéria orgânica.
Dichelobacter nodosus.
Sinais clínicos Fusobacterium necrophorum.
Lesões nas comissuras dorsal, palmar/plantar do espaço Fatores predisponentes
interdigital.
EROSÃO DOS TALÕES destruição da queratina Umidade, sujeira, calor, acúmulo de fezes e urina, agentes
do bulbo do casco. infecciosos.
 a dermatite pode evoluir para a erosão dos talões, a Alta concentração de animais.
erosão dos talões tem um acometimento do bulbo. Má formação, alteração no crescimento.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 134

Patogenia LIMPEZA DIÁRIA dos locais da ferida.


BANDAGEM lesões profundas.
 dependendo do tanto que removeu dessas lesões é
feito as bandagens.
Utilização de TACO DE MADEIRA no dígito não
afetado.
 o dígito não afetado sofre uma carga maior porque o
animal fica apoiando nele, sendo que a utilização de
taco de madeira visa dar um suporte para esse digito.

*Estresse metabólico (final gestação/início da lactação).

Sinais clínicos Necrobacilose interdigital; pododermatite infecciosa;


Profundidade das lesões variável. footroot; podridão dos cascos; frieira; panarício.
Infecção necrótica da pele do espaço interdigital.
Evolução da lesão tecidos mais internos.
ACOMETE BOVINOS E OVINOS geralmente
Dor, claudicação. surtos.
 comum em criação de ovinos.
Distribuição mundial.
Grande perda na produção.

Fusobacterium necrophorum (anaeróbio; gram -)


 celulite necrótica da pele interdigital.
Bacteroides melaninogenicus.
Dermatite interdigital/Erosão dos talões
Dichelobacter nodosus (endêmico).
CASQUEAMENTO remoção do tecido lesionado.
Arcanobacterium pyogenes.
PEDILÚVIO:
 sulfa + sulfato de cobre (1:1).
 cloridrato de oxitetraciclina + sulfato de cobre.
Solução que coloca com antisséptico ou antibiótico
dependendo do problema, deixa o animal com o casco
imerso até a região um pouco antes da coroa do casco.

Também tem o pedilúvio para a prevenção que todos os


animais passam e o pedilúvio para tratamento que só os
animais que estão com o problema passam por ele, Porta de entrada
justamente para não contaminar outros animais.
Acúmulo de sujidades.
A intenção é promover a limpeza do talão ou da região Umidade (favorece amolecimento do casco).
interdigital, tentando remover a causa bacteriana.
Traumas.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 135

Deficiência de zinco.
 enfraquece o casco dos animais.
Conformação do casco.

A gravidade é um pouco maior do que a gravidade da


dermatite interdigital. Geralmente o flegmão tem um caráter mais agudo e a
claudicação vai se intensificando gradualmente. Por ter
Até 12 horas
uma evolução mais aguda já entra com o tratamento,
Dor (claudicação) usando antibiótico sistêmico e pode ter complicações se não
Calor. for resolvido o problema, atingindo estruturas mais
Tumefação da pele intergidital. internas.
Eritema (vermelhidão)

24 – 36 horas
Por geralmente atingir um rebanho pode ter variados
Aumento na claudicação/dor. graus de lesão nos animais.
Animal evita apoiar no membro. Casos iniciais
Febre.
ANTIBIOTICOTERAPIA SISTÊMICA: animal
Aumento de volume na região do boleto.
leiteiro pode ter que descartar o leite dependendo do
 inflamação pode se estender até região de quartela e antibiótico escolhido.
boleto.
 oxitetracilcina L.A (10-20mg/kg IM).
Queda na produção.
 ceftiofur (2,2mg/kg por 5 dias): não precisa descartar
 pela severidade dos sinais clínicos e por acometer o leite.
vários animais do rebanho.
 sulfa+trimetropin (25-44mg/kg BID).
CASQUEAMENTO para fazer a limpeza do espaço
interdigital.

Casos avançados

Já tem a presença de exsudato e tem o acometimento


mais severo do espaço interdigital.
Debridamento da lesão e casqueamento.
48 – 72 horas Antisséptico/antibiótico tópico.
Bandagem.
Fissuras e necrose do espaço interdigital.
 bandagem com antisséptico ou antibiótico tópico com
Exsudato fétido. sulfato de cobre ou oxitetraciclina de forma tópica no
COMPLICAÇÕES: artrite séptica; tenossinovite, local da lesão.
destruição do estojo córneo. Antibiótico sistêmico.
AINEs dependendo do grau de claudicação do animal.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 136

Dermatite digital papilomatosa.


Afecção comum.
Distribuição mundial.
Alta prevalência.
Rápida disseminação (contagiosa).
 altamente contagiosa, se o animal tem a doença é
importante não compartilhar o mesmo pedilúvio com
outros animais. Ulcerativa/erosiva
Geralmente associada a sistemas intensivo.
Lesões planas circulares dolorosas nos bulbos.
QUEDA NA PRODUÇÃO dor.
Animal evita pisar na região pela dor.
Histórico de surto de claudicação na propriedade.
Fácil sangramento.
Circunscritas por bordo avermelhado.
Spirochaetas (gram -; anaerobica) presentes no solo
úmido, possui toxina queratolítica.
 essa toxina irá quebrar a queratina do casco e se
instalar.
Dichelobacter nodosus.
oportunistas Podem aparecer no bulbo do talão, no espaço interdigital
Papilomavírus associado.
ou na comissura do casco.
 alguns estudos identificaram o papilomavírus, mas não
se sabe ao certo seu potencial da dermatite digital.

Introdução de animais no rebanho sem quarentena.


 se o animal durante a quarentena apresentar algum
tipo de problema já é tratado antes de ser introduzido
no rebanho.
Ambiente úmido.
 favorece a proliferação da Spirochaetas.
Alta concentração de animais.
 favorece a proliferação da Spirochaetas.
Estresse.
 debilita o sistema imune dos animais.
Status imunológico.
Más condições de higiene.
Proliferativa

Continuação da fase ulcerativa.


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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 137

Aspecto verrucoso. apresenta a lesão, é com a intenção curativa e não


Tecido de granulação circunscrito por borda com a de prevenção.
esbranquiçada. CASOS GRAVES: antibiótico sistêmico (oxitetraciclina
Melhora na claudicação, mas o sinal da inspeção ainda está 10- 20mg/kg; penicilina 22000UI/kg).
evidente.
Forma proliferativa/crônica
Às vezes o animal claudica pelo tamanho da lesão ou por
ao pisar no chão começa a causar mais lesões. Sem resposta ao tratamento tópico excisão
cirúrgica.
Bandagem.
Nesses casos tem que fazer a excisão cirúrgica, faz com a
anestesia de Bier e remove o tecido comprometido com
uma incisão ao redor, depois é feito a bandagem da mesma
forma que na hiperplasia interdigital.
Hiperplásica

Tecido cicatricial fibroso.


 já tem a cicatrização do ferimento. Úlcera de sola, broca.
Insensível. Mais comum em membro pélvico.
Pode apresentar fenda profunda. Dígito lateral.
 mais comum aparecer no digito lateral do membro
pélvico, pois esse digito sofre maior pressão quando
comparado aos outros e a maior carga dos bovinos é
suportada pelo membro pélvico.
Comum em animais pesados.
Associada à laminite subclínica por deixar esse casco mais
susceptível a lesões.
Comum em locais de confinamento.
Limpeza e avaliação de todos os cascos. Comum em locais que o piso é mais áspero e deixa o casco
 ao identificar as formas faz uma boa inspeção e mais sensível.
limpeza do casco para iniciar o tratamento.
Importante identificar o tipo de lesão para orientar o
produtor onde tem que melhorar o manejo. INICIALMENTE: pouco ou nenhum desconforto
3 estágios: mais comum é o estágio 1 e 2.
Forma ulcerativa/erosiva
pontos hemorrágicos, sola ainda coberta por
OXITETRACICLINA EM PÓ. tecido queratinizado.
PEDILÚVIO: oxitetraciclina (8-10g/L) – 2 semanas destruição da queratina, exposição da derme,
 oxitetraciclina + sulfato de cobre. presença da úlcera.
 tomar cuidado na hora de orientar sobre o pedilúvio, lesões tendíneas, ligamentares, articular.
por ser usado no animal que está doente e que  lesões mais profundas.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 138

Tratamento longo (~30-40 dias).


 dependendo da gravidade do quadro pode ser um
tratamento mais longo, quanto mais tirar o tecido da
sola mais tempo demorará para formar novamente o
tecido saudável.

A linha branca é uma região sensitiva do casco, sendo uma


região mais macia e mais susceptível a lesão por pedrinhas
e lesões dependendo do tipo de piso.
DESGASTE DA LINHA BRANCA erosões;
acúmulo de material.
 tem um desgaste na linha branca que começa a
cumular material causando uma degeneração nessa
região.
DEGENERAÇÃO FIBROSA penetração de
Anestesia de Bier (se necessário). dejetos e corpo estranho.
Limpeza e debridamento da lesão Pode estar associada à abscessos.
Casqueamento. Causa claudicação severa.
Oxitetraciclina pó/sulfato de cobre.  começa a formar pus no interior da linha branca que
causa uma pressão no interior do casco e por isso o
 pode usar apenas um antisséptico por não ter animal começa a claudicar.
microrganismo envolvido, a lesão é decorrente da
pressão que o casco está sofrendo.
Bandagem.
Taco de madeira no dígito sadio.
 no digito saudável como o animal apoia mais nele coloca
o taco de madeira, pode colar com durepoxi ou resina.
 no outro digito se tiver necessidade faz a bandagem.

ATB/AINEs casos graves.


Amputação do dígito em casos mais graves.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 139

Mais comum.
O principal fator que leva ao desenvolvimento da laminite
Casqueamento.
é a nutrição, ou seja, a laminite em bovinos é decorrente
 remove o tecido comprometido, deixando uma abertura do manejo alimentar.
para fazer a drenagem desse conteúdo.
Alto consumo de [ ], redução de volumoso, fibras
Drenagem e limpeza do local.
pequenas, micotoxinas.
CASOS GRAVES ATB sistêmico; AINEs.
Geralmente, só o fato de fazer a limpeza, casqueamento e
debridamento da região acometida com o espaço para a
ACIDOSE LÁCTICA RUMINAL.
drenagem já resolve o caso, entretanto em casos graves
entra com antibiótico e avalia se precisa de bandagem.

Pododermatite asséptica difusa.


Distúrbio na microcirculação do dígito isquemia
e degeneração das lâminas dérmicas.
Em bovinos a área de aderência da terceira falange com Se tem um alto consumo de carboidratos, baixo consumo de
o estojo córneo é menor, dessa forma a estabilidade será
volumoso, volumoso com fibras pequenas ou presença de
menor quando comparado com a do equino.
micotoxinas o animal desenvolve um quadro de acidose
A estabilidade é através das lâminas, do aparato
suspensório e pelo coxim digital e retináculo digital. lática ruminal.

A acidose láctica ruminal acarretará em uma morte das


bactérias gram negativas e começa a produção das
endotoxinas, ocorre a liberação de mediadores
inflamatórios que caem na corrente sanguínea e param no
casco.

No casco tem uma vasoconstrição, diminui a perfusão


local e ocorre a abertura dos shunts (são desvios que não
deixam o sangue chegar no casco), além disso, tem a
formação de microtrombos pela agregação plaquetária.
Nutrição
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Todo esse processo irá acarretar em uma hipóxia celular e Alteração postural.
isquemia no casco, que faz uma inibição da síntese do  alteração postural em bovinos se reflete com o
casco e a degeneração laminar. arqueamento do dorso no animal e posição antiálgica
dos membros.
Ambientais Sinais inflamatórios.
Aumento de temperatura na muralha do casco.
Estabulação.
Pulso digital.
Piso muito duro.
Tipo de cama.
Higiene.
Temperatura.

Hiperemia da borda coronariana.


Alterações sistêmicas.
 pode ter os parâmetros vitais alterados, com aumento
da FC e FR.
Anorexia.
Decúbito.

Forma subclínica

Uma das principais formas de apresentação,


Individuais principalmente em bovinos leiteiros.

Conformação de casco. Acredita que esteja relacionada a acidose láctica ruminal,


mas outros fatores podem ajudar a ter o seu
Problemas durante o parto. aparecimento.
 distocias ou pós-partos terão uma liberação maior de
Sem sinais evidentes.
metaloproteinases que associada a outros fatores
pode ser um fator de risco para o desenvolvimento da Lesões podais secundárias.
laminite, devido a dissolução da matriz extracelular e Acometimento de vários animais do rebanho.
das fibras colágenas.
Estará acontecendo os processos no casco só que de uma
Doenças sistêmicas.
forma que estará fragilizando o estojo córneo, acarretando
em lesões podais secundárias, como úlcera de solo, doença
da linha branca e entre outros.
Forma aguda Não tem nenhum sinal patognomônico para laminite
subclínica, mas alguns fatores irão direcionar esse
Geralmente nos casos agudos de ácidos láctica
ruminal ou decorrente dos outros fatores. diagnóstico, tendo que observar a nutrição do animal e se

Claudicação.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 141

a mesma se encontra balanceada e, avaliar quantos  minerais e vitaminas que favoreçam a formação do
animais estão acometidos também. estojo córneo para promover a rigidez necessária.

Laminite crônica
Forma crônica
Tratar lesões associadas e deformação do estojo córneo.
Fissuras, rachaduras, deformidade do estojo córneo.
O casqueamento é visando a correção do estojo córneo,
Acometimento de vários animais do rebanho. faz esse casqueamento periodicamente até
Formação de anéis e linhas de estresse, além do reestabelecer o balanço do casco e retira os fatores
crescimento alterado do casco. predisponentes.
Biotina 10g/dia VO.
 favorece o crescimento do casco.

Hemorragia de sola.
Corpo estranho.
Laminite aguda
Abscesso de sola.
Combater causa primária. Fissuras.
AINEs (flunexim meglumine 1,1mg/kg IM/IV; fenilbutazona
4,4-8,8mg/kg IV cada 72h).
Anti-histamínicos (prometazina 1,1mg/kg IV-início).
Não interfere na longevidade do animal.
 não são comuns serem administrados.
 os tratamentos conservativos são importantes por não
Cama macia. interferirem na longevidade do animal.
Manejo do ambiente. Preserva o dígito apoio.
Não administra antibiótico pensando apenas na laminite, se Elevada mão de obra (“desvantagem”).
tiver algum fator predisponente que precisa de antibiótica
será feito a sua aplicação. Prolongado (3-4 meses).

Deixar o animal no gelo pensando na questão anti- Custo variável.


inflamatória. Valorização profissional (“vantagem”).
Diagnóstico preciso estruturas acometidas.
Laminite subclínica
Tecidos acometidos devem ser retirados.
Geralmente o principal fator predisponente é a Pedilúvio (já citados, NaCl, água morna).
nutrição. Antibioticoterapia.
Correção de fatores predisponentes.
Tratar lesões associada.
PARENTERAL: Ceftiofur 1-3mg/kg, Gentamicina 2,2-
Casqueamento periódico.
6,6 mg/kg, Enrofloxacina, Florfenicol.
Molibidênio.
REGIONAL: Amicacina 125-2500mg, Gentamicina 125-
Ca, Zn, Se. 1000mg.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 142

TEMPO: profundidade, presença de artrites e  permanganato de potássio.


monitorar evolução.  sulfato de cobre + cal 1:20 (pedilúvio seco).
Dependendo da região que estiver não costuma ser feito,
como por exemplo no Paraná não tem muito problema
Animal de baixo valor zootécnico faz a amputação. podal, então não vê muito sua utilização.

Alto valor proprietário busca manter o dígito. O pedilúvio é usado como uma forma de prevenção e

Tratamento precoce apresenta um melhor resultado, utiliza os antissépticos para manter a limpeza do casco, tem
podendo manter o dígito do animal. que tomar cuidado com o estado do pedilúvio, pois a

Animal de descarte, instalações inadequadas, sem mão-de- matéria orgânica irá desativar o antisséptico.
obra; lesões profundas a amputação. Tem que orientar a respeito das dimensões e a
Diminui vida produtiva. profundidade para atingir apenas a região do casco
Descarte precoce. porque dependendo do antisséptico pode irritar a pele do

Membro pélvico em touros não consegue saltar. animal, tomar cuidado com a concentração do antisséptico

 touro pode ter problema na reprodução por não para não lesionar a coroa do casco ou o espaço
conseguir fazer o salto para a cópula. interdigital, além disso, avaliar se realmente é necessário a

Baixo valor zootécnico. utilização do pedilúvio.

Fácil execução.
Recuperação rápida.
Baixo custo.

CASQUEAMENTO preventivo é importante.


 uma deformidade do casco pode predispor o
aparecimento de alguma lesão.

PEDILÚVIO:
INSPEÇÃO FREQUENTE.
 formalina 3-5%
INSTALAÇÕES ADEQUADAS.
 sulfato de cobre 5-10%
HIGIENE.
 sulfato de zinco 10% (2-3x/semana).
QUARENTENA.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 143

Não correção de alterações encontradas na palpação


retal (compactações).

Decidir a terapêutica.
Estabelecer prognóstico.
Conscientizar o proprietário.
Sinais Vitais
FR (caráter da respiração).

Tratamento cirúrgico imediato. TEMPERATURA.

Tratamento medicamentoso temporário com possibilidade FC: estado sistêmico e prognóstico.


de intervenção cirúrgica.  frequência cardíaca mantida alta: progressão
Tratamento medicamentoso permanente. do problema, deterioração cardiovascular.
 frequência cardíaca de 60-7bpm em 6h após
início do quadro: motivo de preocupação.
Ausência de borborigmos.

Dores severas, não responsivas a analgésicos.


Anormalidades anatômicas (localização).
Episódios de dores moderadas a severa.
Textura e conteúdo.
Dor recorrente ou crônica com tratamento médico
apropriado. Distensão do intestino delgado sem febre.
Magnitude da distensão e timpanismo.
Tênia muito tensa.
Animal não responsivo à terapia. Ingesta impactada no ceco, a intervenção cirúrgica
Dor recorrente, grave precoce deve ser fortemente considerada.
Administração repetitiva e frequente de AINEs - confunde
a avaliação.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 144

Parede intestinal espessada, ocasionalmente com padrões


de gás na submucosa.
Aprisionamento nefroesplênico.
Massas intra-abdominais.
Intussuscepções.

1 litro de refluxo gástrico.


pH aumentado (> 5).
Considerar duração, persistência e severidade dos
sinais clínicos!

LAPAROTOMIA: deslocamento dorsal à direita do


cólon maior; laceração da serosa do cólon ventral
esquerdo; edema em parede de intestino delgado.
SUTURA DA LACERAÇÃO E ENTEROTOMIA
(facilitar o reposicionamento do cólon).

Coloração amarela clara muda para opaco e escuro; para


laranja ou marrom/verde = COMPROMETIMENTO
INTESTINAL!! Estabilizar a hipovolemia.
Proteínas elevadas. Fornecer analgesia adequada.
Neutralizar endotoxemia.
Fornecer descompressão gástrica.
Cateterização

Fluidoterapia

Controle da dor (xilazina, detomidina,


flunexim meglumine)

Antitoxêmicos

Sondagem nasogástrica
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 145

Limpeza dos cascos/remoção das ferraduras.


Lavagem da cavidade oral.
Sonda nasogástrica?
Anestesia geral.
Decúbito dorsal.
Tricotomia do campo cirúrgico.
Antissepsia.

Acesso pela linha alba (incisão pré-retroumbilical de 30-


40cm).
Localização do ceco.
Localização de cólon e intestino delgado.
tênia dorsal, íleo e dilatação da válvula
íleo cecal.

DIFERENCIAÇÃO DE ÍLEO E JEJUNO: jejuno


(mesentério).
Exteriorização do cólon.
Exame do anel inguinal em garanhões.
Exame do baço e ligamento nefroesplênico.
Exame do fígado e diafragma.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 146

Incisão na borda antimesentérica.


Sutura com fio absorvível (2-0, 1-0), Invaginante +
aproximação (sem envolver a mucosa) ou Lembert
interrompido.
Lavagem; troca de luvas e avental; troca de material
cirúrgico.

Avaliação da viabilidade intestinal

Coloração:
 rósea-avermelhada = normal.
 tom enegrecido = inviável.
PULSAÇÃO ARTERIAL.
PERISTALTISMO.
Se algum dos fatores estiverem comprometidos
considera-se inviável. Enterectomia + enteroanastomose

Ligadura dos vasos mesentéricos.


Incisão (transversal/inclinada).
Sutura da alça e sutura do mesentério.

Síntese abdominal

Fio absorvível resistente (poliglicoico 2 ou 3) ou


inabsorvível.
Enterotomia
Sultan separado + pontos simples separados para reforço.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 147

Pele (nylon 1-3) com simples separado. Diminuição da quantidade de fezes/síbalas.


Dor abdominal moderada a severa.
Desidratação.
Assistida.
PALPAÇÃO RETAL: ingesta seca, cólon esquerdo,
Evitar neuropatias, miopatias. cólon menor vazios.

Enterolitíase
Fluidoterapia.
Perda de peso.
Analgesia e terapia anti-inflamatória.
Dor abdominal recorrente.
Antibióticoterapia.
Distensão abdominal.
Lidocaína + metroclopramida (íleo adinâmico).
DMSO.
Curativos.
Vólvulo (mesentério em torno do eixo)
Alimentação.
Dor aguda progressiva.
Analgesia se torna pouco efetiva.
Hipovolemia/hemoconcentração.
Refluxo;
PALPAÇÃO RETAL: distensão de intestino delgado.
LAPAROCENTESE: normal.
 serosanguinolenta, proteína, células nucleadas.

Íleo adinâmico. Intussuscepção


Infecção. Sinais semelhantes ao vólvulo.
CID. Mais comum em animais jovens.
Posicionamento inadequado das alças. FATORES PREDISPONENTES: enterite,
Tromboflebite. mudanças na dieta, parasitas, anti-helmínticos.
Aderências.
Hérnias
Laminite.
Peritonite. Forame epiplóico.
Inguinal.
Diafragmática.
Umbilical.
Incisional.

Compactação Torções
Anorexia.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 148

GUBERNÁCULO TESTIS ligamento entre


testículo e parede abdominal.
INICIALMENTE testículo no interior da cavidade
abdominal medial ao rim.
Modificação da posição conforme o desenvolvimento
(retração do gubernáculo).

Migração caudalmente até o anel inguinal interno.


 atravessa a parede abdominal até o anel inguinal
externo.
GARANHÕES epidídimo geralmente entra primeiro
no canal inguinal.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 149

ABDOMINAL PARCIAL: testículo e parte do


epidídimo se encontram na cavidade abdominal.
 ducto deferente e cauda do epidídimo no canal
inguinal.

Anomalia do desenvolvimento.
DEFINIÇÃO: falha na descida de um ou ambos os
testículos para a bolsa escrotal.
CLASSIFICAÇÃO: abdominal total; abdominal parcial;
inguinal.
IMPORTÂNCIA CLÍNICA: testículo retido.
 sem produção de espermatozoide.
 células de Leydig produzem testosterona.
Relativamente comum.
Todas as raças.
Mais comum unilateral. INGUINAL: testículo e epidídimo se encontram no canal
Caráter hereditário. inguinal.

ABDOMINAL TOTAL: testículo e epidídimo se


encontram completamente em cavidade abdominal.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 150

Falha no gubernáculo (resquício do ligamento testicular).


Tamanho do testículo.
Canal inguinal subdesenvolvido.
Persistência do ligamento suspensor.
Onfalopatias.

Comportamento de garanhão.
Libido.
CRIPTORQUIDAS BILATERAIS: ausência do
testículo na bolsa escrotal e animais mais velhos indolentes.
CRIPTORQUIDAS UNILATERAIS: férteis.

Anamnese*
Palpação inguinal nem sempre conclusiva.
Palpação retal.
Ultrassonografia.
Exame andrológico.

Exame andrológico

Dosagem hormonal.
Testosterona sérica:

 castrados: < 50pg/100ml.


 garanhão e criptorquida: > 100pg/ml.
 administração HCG 6000-12000UI- colheita após
30’-60’.
 castrados: <40pg/ml.
 garanhão e criptorquida: >100pg/ml.

Acesso inguinal

Criptorquida inguinal. Acesso parainguinal


Abordagem como na orquiectomia.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 151

Acesso pela linha paramediana

Anestesia geral.
Decúbito dorsal.

Laparoscopia

Animal em estação ou decúbito dorsal.


Menor tempo de recuperação.
Menor possibilidade de evisceração.
Custo do equipamento.

Funiculite.
Evisceração.
Peritonite.
Edema.
Aderências.

Ausência do testículo.
ETIOLOGIA: degeneração testicular; agenesia.
DIAGNÓSTICO: exploração inguinal e abdominal;
presença das demais estruturas.

Inflamação envolvendo o fúniculo espermático (aguda ou


crônica).
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FUNÍCULO ESPERMÁTICO: cordão espermático, Crônicos


artéria, veia e nervo espermático, ducto deferente
envoltos pela túnica vaginal comum. Semanas/ meses/ anos.
Engrossamento do funículo.
Presença de fístulas.
Pode chegar à cavidade abdominal.

Funiculites agudas

ANTIBIOTICOTERAPIA: penicilina 30.000UI/Kg*


gentamicina 6,6mg/kg SID
AINES: Flunixim meglumine.
Castração. AMPLIAÇÃO DA FERIDA.
Cicatrização precoce. DUCHA.
Cordão muito longo.
Cirúrgico
Infecção ascendente.
Material inadequado; falha na antissepsia; técnica utilizada. INDICAÇÕES: formação de granuloma; presença de
fístulas.
Remoção da porção inflamada/infectada.

Agudos

Infecção purulenta do funículo. INGUINAL: alça intestinal no canal inguinal.


Escroto e prepúcio com sinais inflamatórios. ESCROTAL: alça atinge o interior da bolsa escrotal.
“Andar atado”. Congênitas*/Adquiridas.
Uni/bilateral.
Indireta/direta.

Cólica.
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Aumento de volume na bolsa testicular. SINAIS CLÍNICOS: aumento de volume na região


Edema da bolsa/ prepúcio. escrotal, semelhante a testículo, macio e flutuante.
Degeneração testicular.

Sinais clínicos.
Palpação retal.
Ultrassonografia.

DIAGNÓSTICO: punção do fluido e ultrassonografia.

CASOS BRANDOS: Exercitar o animal (drenagem),


ducha.
 aspiração do conteúdo.
CIRÚRGICO: casos persistentes.
 castração.
 animais castrados: divulsão até o ânulo externo e
ligadura da túnica vaginal.

Orquiectomia.
Avaliação das alças intestinais. TECIDO GERMINATIVO: seminoma, teratoma,
teratocarcinoma.
TECIDO NÃO-GERMINATIVO: sertolioma, tumor
das células de Leydig.
Acúmulo de exsudato seroso em cavalos castrados.
Aderência do omento com a ferida de castração na
cavidade vaginal. Envoltórios testiculares.
ETIOLOGIA: castração, trauma, idiopática, orquite, Lipoma.
torção do cordão espermático.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 154

Fibroma.
Leiomioma.
Raras.

Assimetria escrotal.
Frequência unilateral.
Subfertilidade.

Hematoma peniano: ruptura de vasos no corpo


Inspeção. cavernoso.
Palpação (endurecimento).  sinais clínicos: pênis inchado, não retorna.
Biópsia.  tratamento: repouso, ducha, cirúrgico.
Parafimose: espessamento crônico da membrana
prepucial, impede retração do pênis.
Hematomas; hérnia; abscesso; orquite.

Orquiectomia.

Torção do cordão espermático.


Neoplasias de pênis: papiloma, carcinoma, sarcoide,
hemangioma.
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Fimose/parafimose.
Hematoma peniano.
Laceração de prepúcio/acropostite ou acrobustite.
Urolitíase.

FIMOSE: impossibilidade de expor o pênis.


PARAFIMOSE: pênis não retorna para a bainha
prepucial.
Temporário ou permanente.
Congênita ou adquirida.

Origem traumática - “fratura peniana”.


Ruptura da túnica albugínea.
DIAGNÓSTICO: sinais clínicos (dor, exposição do pênis,
aumento de volume).

Lesões pequenas, recentes.


Gelo/hidroterapia (72h).
AINEs.
Água morna (após 72h).
Exposição manual do pênis.
Repouso sexual.

Lesões maiores, tempo do ocorrido maior.


Sedação + anestesia local (epidural baixa + infiltração local).
Decúbito.
Incisão sobre o aumento de volume.
Divulsão do subcutâneo e drenagem do conteúdo.
Remoção de aderências.
Debridamento das bordas da lesão na túnica albugínea.
Sutura da túnica albugínea (absorvível, 2 ou 3). Antibioticoterapia.
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AINEs.
Curativo.
Exposição diária do pênis.
Repouso sexual por 6 meses.
Seroma*

Lesão no óstio prepucial e lâmina interna.


Raças de prepúcio penduloso.
Inflamação, edema, fimose.
Complicações.

Hidroterapia.
Limpeza com solução fisiológica + PVPI 0,1%
AINEs.
Bandagem (lanolina + atb tópico).
Tubo de silicone no óstio prepucial.

Decúbito lateral.
Anestesia (epidural baixa/ infilrativa/ bloqueio do nervo
pudendo).
Fixação da mucosa na pele (4 pontos de ancoragem).
Dobra a mucosa sadia e sutura na pele.
Excisão da mucosa seguida de sutura.
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 157

Antibioticoterapia.
AINEs.
Exposição e limpeza diária do pênis.

Deiscência, fimose, infecção.

DESORDEM METABÓLICA: dieta, consumo de


água, pH urina, castração precoce.
UROLITÍASE OBSTRUTIVA: mortalidade, prejuízos.

Taquicardia/taquipneia.
Anorexia.
Depressão.
Dor abdominal/pênis.
Estrangúria/oligúria/anúria/hematúria.
Tenesmo.
Distensão da bexiga.
Edema prepúcio/bolsa escrotal.
Alteração postural.
Cianose mucosa glande/processo uretral.
Vocalização (caprinos).

Anamnese, sinais clínicos.


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DEFINITIVO: raio-X, ultrassonografia, exames


laboratoriais.

MÉDICO: na maioria das vezes ineficaz.


CIRÚRGICO: remoção do urólito; intervenção em
segmento do trato urinário.
CONSIDERAR: finalidade zootécnica, custo-benefício,
grau de comprometimento do sistema urinário, tempo de Marsupialização da bexiga.
obstrução.

Hemograma.
Correção desequilíbrios (fluidoterapia, cistocentese).
AINEs, ATB, Acidificantes da urina.
Anestesia.
TÉCNICAS: Salvar a curto prazo X Longo prazo.
Uretrostomia: perineal/isquiática.

Excisão do apêndice vermiforme.


Cistostomia com colocação de catéter (tubo).
Cistotomia.
Marsupialização da bexiga.
Uretrostomia: perineal/isquiática.
Uretrotomia.
Penectomia.

Retropulsão (conservativo).
Uretrostomia isqueal.
Uretrostomia baixa.
Penectomia.
Cistostomia com colocação de cateter (tubo).
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Maria Eduarda Cabral @apostilavet P á g i n a | 159

Penectomia.

Água fresca e limpa.


Dieta (Ca:P= 2:1).
3 – 5% NaCl.
0,5 – 1% cloreto de amônio.
1,5% PV em grãos.
Evitar o consumo excessivo de proteína.
Adiar castração.

Pênis duplo ou bífido.


Hipospadia.
Persistência do frênulo peniano.
Fibropapiloma de pênis.

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