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FISIOLOGIA

DO
APARELHO
DIGESTÓRIO

RUMINANTES

Profa. Dra. Rosangela Maria Nunes da Silva


UFCG – CSTR – UAMV – Patos -PB
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

DIGESTÃO NOS ANIMAIS DE ESTÔMAGO COMPOSTO

ESTÔMAGO PLURICAVITÁRIO

Dividido em cavidades

RUMINANTES → remastigam o bolo alimentar (ruminação).


1) RÚMEN, RETÍCULO, OMASO = PRÉ-ESTÔMAGOS (não secretores)
Depositam alimentos ricos em fibras (MICRORGANISMOS)

PRODUTOS FINAIS: Ácidos Graxos Voláteis (AGV); Proteínas microbianas

2) ABOMASO: estômago glandular (verdadeiro estômago químico)


FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

ANIMAIS DE ESTÔMAGO COMPOSTO

CERVO
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

ANIMAIS DE ESTÔMAGO COMPOSTO

RENA

LHAMA

GIRAFA
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
ESTÔMAGO PLURICAVITÁRIO

Fonte: http://ciencias6ano.forumeiros.com/t5-sistema-digestivo-dos-animais-ruminantes
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
PERCURSO ALIMENTAR NOS RUMINANTES

Alimento deglutido chega ao rúmen (pança = digestão pelos


microrganismos. Posteriormente, vai para o reticulum (barrete), forma
bolos alimentares por compressão. Os bolos são regurgitados, voltam
para boca (mastigação). Bem mastigado, vai para o esôfago, omaso
(folhoso) e abomaso (coagulador = digestão química).
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PERCURSO ALIMENTAR NOS RUMINANTES
OMASO RETÍCULO

RÚMEN ABOMASO
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

CARACTERÍSTICAS DO APARELHO DIGESTÓRIO


(RUMINANTES)
a) BOCA: Dentição permanente:
I (0/4); C (0/0); P (3/3); M (3/3). 2 = 32 dentes
OBS: Ausência dos dentes incisivos superiores e caninos.

b) ESTÔMAGO COM 4 COMPARTIMENTOS:


- Mais espaço:
Vacas têm 9 vezes mais capacidade (%) G.I. em relação ao peso vivo do
que os humanos → armazenamento e digestão de alimento fibroso.
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- Maior população de microrganismos:

1010 Bactérias/mL do líquido de rúmen


106 Protozoários POPULAÇÃO MICROBIANA
104 Fungos MÉDIA

PROTOZOÁRIOS

Rumen protozoa, Entodiniomorph sp. of


swamp buffalo, Bar = 16 m
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MICRORGANISMOS DO RÚMEN

Attachment of rumen bacteria on rice Rumen fungus of swamp buffalo,


straw of swamp buffalo, Bar = 16 m Anaeromyces sp. With acuminate apex, Bar
= 16 m

Fonte: www. mekarn.org/procbuf/wanapat.htm Fonte: www. mekarn.org/procbuf/wanapat.htm


FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

FUNÇÕES DOS MICRORGANISMOS NO RÚMEN

1) Digestão da fibra e produção de AGV (representam 60 a 80% da energia


disponível ao animal);
2) Síntese de Aminoácidos (A.A.) → nitrogênio não-protéico (NNP);
3) Síntese de Vitaminas do complexo B e K.

DESVANTAGENS: 1) Perda de energia por fermentação e mastigação;


2) Perda de AMINOÁCIDOS por fermentação.

C) RUMINAÇÃO;

D) ERUCTAÇÃO;

E) PASSAGEM DA DIGESTA → lenta e contínua.

F) AUSÊNCIA DE ENZIMA GLICOLÍTICA (Intestino)

Ex: Sacarase e Glicosidade


FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
PERCURSO ALIMENTAR NOS RUMINANTES

Alimento deglutido chega ao rúmen (pança = digestão pelos


microrganismos. Posteriormente, vai para o reticulum (barrete), forma
bolos alimentares por compressão. Os bolos são regurgitados, voltam
para boca (mastigação). Bem mastigado, vai para o esôfago, omaso
(folhoso) e abomaso (coagulador = digestão química).
FATORES QUE INFLUENCIAM NO EQUILÍBRIO DOS MICRORGANISMOS
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ESTRESSE DE CALOR

Para se medir a severidade do


estresse por calor, utiliza-se
uma correlação entre a
temperatura e a umidade. A
zona de conforto térmico bovina
é entre -13ºC a +25ºC. Dentro
deste intervalo de temperatura,
o conforto animal está ótimo,
com uma temperatura corporal
entre 38.4ºC e 39.1ºC. Para
alguns autores, 25ºC e até
mesmo 20ºC a vaca sofre de
tensão de calor: seu estado de
saúde e desempenho
zootécnicos são afetados.

Fonte: http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/nutricao/o-tipo-de-dieta-afeta-o-desenvolvimento-ruminal-dos-bezerros-15882n.aspx
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
CONSIDERAÇÕES ANÁTOMO-HISTOLÓGICAS E FISIOLÓGICAS
SOBRE O ESTÔMAGO DOS RUMINANTES

APARELHO DIGESTÓRIO
CONSIDERAÇÕES ANÁTOMO-HISTOLÓGICAS
→ Primeiros estágios do desenvolvimento embrionário.

→ Formação, crescimento e desenvolvimento funcional:


Prossegue até que o animal se torne adulto.
→ Origem do rúmen, retículo, omaso, abomaso:
Dilatação em forma de fuso do intestino primitivo do embrião.

→ Diferenciação do estômago fetal:


• Bovinos: 28 dias
• Ovinos e Caprinos: Rúmen, retículo e abomaso: 20 a 24 dias;
Omaso: 43 dias de desenvolvimento embrionário.

→ Rúmen, retículo e abomaso: região aglandular (parte esofágica)

Revestimento: epitélio pavimentoso estratificado queratinizado


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Fonte: http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/nutricao/probioticos-ruminais-ganham-atencao-15943n.aspx
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A) RÚMEN
→ Órgão muscular, grande, que se estende do diafragma à entrada
da pelve, preenchendo quase totalmente a metade esquerda da
cavidade abdominal.

Fonte: http://babcock.wisc.edu/sites/default/files/de_images/en1_digestion1.gif
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RÚMEN (DIVISÃO)
→ Divisão do interior do rúmen: sacos dorsal e cranial (pilares cranial e
caudal, pilares longitudinal direito e esquerdo e pilares coronários dorsal e
ventral → importantes na contração dos sacos, bem como na passagem da
digesta do rúmen ao retículo)
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RÚMEN (DIVISÃO)
1 Retículo
2 Rumen (saco craneal)
3 Rumen (saco dorsal)
4 Rumen (saco ciego dorsal)
5 Rumen (saco ventral)
6 Rumen (saco ciego ventral)
7 Omaso
8 Abomaso
9 Orificio retículo-omasal
10 Cardias
11 Pliege retículo-omasal
12 Pilar craneal
13 Pilar longitudinal
14 Pilar caudal
15 Pilar coronario dorsal
16 Pilar coronario ventral
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Rumen

Rúmen de uma ovelha. 1 Atrium ruminis, 2 Saccus dorsalis, 3 Saccus ventralis,


4 Recessus ruminis, 5 Saccus cecus caudodorsalis, 6 Saccus cecus
caudoventralis, 7 Sulcus cranialis, 8 Sulcus longitudinalis sinister, 9 Sulcus
coronarius dorsalis, 10 Sulcus coronarius ventralis, 11 Sulcus caudalis, 12
Sulcus accessorius sinister, 13 Insula ruminis, 14 Sulcus ruminoreticularis, 15
Retículo, 16 Abomaso, 17 Esófago, 18 Baço.
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RÚMEN

Fonte: http://www.fmvz.unam.mx/fmvz/enlinea/Ruminal/PROTDIGE.GIF

O rúmen é caracterizado por um grande no de


PAPILAS CÔNICAS

 a área de superfície e facilita a absorção de determinados


produtos de degradação da digestão rumenal.
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Papilas bem desenvolvidas

Papilas mal desenvolvidas

Fonte: http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/nutricao/o-tipo-de-dieta-afeta-o-desenvolvimento-ruminal-dos-bezerros-15882n.aspx
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B) RETÍCULO
→ Relativamente esférico, o qual se localiza cranialmente ao rúmen,
próximo ao diafragma (quase justaposto ao coração).

→ É o menor dos 4 compartimentos


Não apresenta pilares nem divisões.

→ Goteira esofágica: depressão da mucosa que se inicia no orifício do


cárdia, corre ventralmente na parede medial do átrio do rúmen e na
curvatura menor do retículo e finalmente termina no orifício retículo
omasal.

TÚNICA
MUCOSA:
PREGAS
(FAVO DE MEL)

Fonte: http://www.fmvz.unam.mx/fmvz/enlinea/Ruminal/PROTDIGE.GIF
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C) OMASO
→ Estrutura arredondada no bovino e oval nos pequenos ruminantes.

→ Localização: à direita e dorsalmente ao retículo, entre o rúmen e o


fígado, com o qual sua superfície cranial direita entra em contato.

→ Corpo do omaso: preenchido por inúmeras pregas


→ (lâminas do omaso → folhas de livro).

Fonte: http://www.fmvz.unam.mx/fmvz/enli
nea/Ruminal/PROTDIGE.GIF

D) ABOMASO
→ Saco com formato de pera, que se localiza no assoalho da cavidade
abdominal. Por ser a porção glandular do estômago dos ruminantes, não
ocorre aí a digestão MICROBIANA, mas sim a ENZIMÁTICA.
ESTÔMAGO DOS RUMINANTES
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

CONSIDERAÇÕES FISIOLÓGICAS
ESTÔMAGO DOS RUMINANTES
→ RÚMEN: tanque de fermentação: população de microrganismos age na
ingesta, produzindo AGV, sendo então absorvidos através da mucosa para
o interior dos vasos sangüíneos.

→ RETÍCULO: ao exercer ação mecânica, a ingesta fermentativa se reduz


a uma massa de finas partículas.

→ OMASO: age na maceração e compressão do alimento.


OBS: Além das funções de fermentação e das atividades mecânicas nos
referidos compartimentos, há também uma considerável absorção de AGV,
água e sais minerais.

→ ABOMASO: digestão enzimática e término da redução física do


tamanho das partículas alimentares (pepsina e HCl-).
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METABOLISMO DE CARBOIDRATOS NO RÚMEN

DIETAS FORNECIDAS AOS RUMINANTES

5% lipídios;
5% minerais;
15 a 20% proteínas;
70 a 75% carboidratos PRINCIPAL FONTE DE ENERGIA

Átomos de C, H+, O2 (cadeias longas – açúcares simples)

PRINCIPAIS CARBOIDRATOS DA DIETA

Celulose, Hemicelulose, Pectina, Amido, Açúcares


simples
CARBOIDRATOS DA DIETA
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1) CELULOSE
→ Homopolissacarídeo linear, de 10 a 15 mil unidades de D-glicose
unidas por ligações glicosídicas  [1-4];
→ Principal componente estrutural das paredes celulares das plantas.
→ RUMINANTES = utilizam celulose como alimento

MICRORGANISMOS
(sistema enzimático para a hidrólise da CELULOSE)

BACTÉRIAS CELULOLÍTICAS

CELULASE

CELULOSE

D-GLICOSE PIRUVATO
(2 moléculas)
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MICRORGANISMOS (RUMINANTES)
(sistema enzimático para a hidrólise da CELULOSE)
BACTÉRIAS CELULOLÍTICAS

CELULASE

CELULOSE

D-GLICOSE PIRUVATO
(2 moléculas)

Obs: Metabolização pelos microrganismos:


1) AGV (ACETATO (C2), PROPIONATO (C3), BUTIRATO (C4)):
2) DIÓXIDO DE CARBONO
3) GAZ METANO (CH4) ERUCTAÇÃO

ABSORVIDOS
CORRENTE SANGUÍNEA (Rúmen)

Obs: Térmitas (cupins) → digerem celulose (Triconymha)


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2) HEMICELULOSE
→ Cadeia linear de xiloglucanos (unidades D-glicose com ligações
glicosídicas  [1-4]), e ramificações terminais de xilose (com
ligações  [1-6]).
→ Contém variadas quantidades de glicose, xilose, manose,
arabinose e galactose.
→ Carboidrato estrutural (responsável pela sustentabilidade da
planta);
→ Principal componente da parede celular dos vegetais.

HEMICELULOSE
XILOOLIGOSSACARÍDEOS

XILOBIOSE
XILOBIASE
XILOSE
(VIA DAS PENTOSES FOSFATADAS)

PIRUVATO
(AGV)
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3) PECTINA
→ Polímero endurecido de unidades de ácido D-galacturônico com
ligações  [1-4], intercaladas por unidades de ramnose com
ligações [1-2].

→ Polissacarídeo importante na estrutura da parede celular, sendo


também encontrado na lamela média (espaços) dessa parede.
→ Sob o ponto de vista nutricional é classificado como um
carboidrato não-estrutural, devido sua rápida solubilidade
rumenal.

A pectina é altamente digerível; estimula a fermentação; controla


a acidose rumenal; devido sua capacidade de reter água é usada
na cura de diarréia em bezerros.
Fonte: wissenschaft85.blogspot.com
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PECTINA
PECTINAS ESTERASES
(outras enzimas despolimerizantes)

ÁCIDO PÉCTICO

ÁCIDO GALACTURÔNICO
(Via das pentoses fosfatadas)

PIRUVATO
(AGV)
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4) AMIDO
→ Principal polissacarídeo de reserva energética natural das
plantas (70% nas sementes) e forma o principal nutriente
fornecedor de energia nas dietas dos animais que qualquer
outro carboidrato.

→ Presente nos tubérculos das raízes (batatas), rizomas e


sementes (milho, trigo, cevada).

→ COMPOSIÇÃO:

1) AMILOSE: cadeia reta e longa, formada por n moléculas de -


D-glicose em ligações do tipo  [1-4];
2) AMILOPECTINA: cadeia ramificada, composta de n moléculas
de -D-glicose nas ligações  [1-4] e  [1-6].
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COMPOSIÇÃO DO AMIDO

Fonte: flopesbio.blogspot.com
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AMIDO

(BACTÉRIAS AMILOLÍTICAS)

AMILASE
MALTOSE
MALTASE
GLICOSE
(2 moléculas)

PIRUVATO
(AGV)
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5) AÇÚCARES SIMPLES
→ Presentes nas gramíneas e em outros alimentos dos ruminantes.
Podem também ser oriundos da despolimerização de polissacarídeos
(Ex: amido, hemicelulose, frutosanas).
→ As bactérias GLICOLÍTICAS (principalmente Lactobacilos) são
facilmente adaptáveis em condições de baixo pH.

SACAROSE
(BACTÉRIAS GLICOLÍTICAS)

SACARASE

SACAROSE (Monos.) (Monos.)

1 MOLÉCULA DE GLICOSE
1 MOLÉCULAS DE FRUTOSE
Dissacarídeo
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A GLICOSE LIVRE e outros açúcares são então absorvidos pelas


células dos microrganismos

VIA METABÓLICA GLICOLÍTICA (Embden-Meyerhof)

2 moléculas de PIRUVATO
(para cada UMA de glicose)

Obs: Durante o processo de fermentação a energia é conservada sob a


forma de ATP: para CADA MOL de hexose fermentado, em média 4 MOLES
de ATP são produzidos ATP (microrganismos)

SÍNTESE DE A.A. e PROTEÍNA (Crescimento microbiano)


FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

METABÓLITOS FINAIS DA DIGESTÃO FERMENTATIVA


DOS CARBOIDRATOS

CELULOSE HEMICELULOSE PECTINA AMIDO MONO/DISSACARÍ

GLICOSE

PIRUVATO PROPIONATO

LACTATO
ACETATO BUTIRATO
FORMATO

Bactéria Metanogênica

METANO (CO2 + H2 = CH4)


FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
METABÓLITOS FINAIS DA DIGESTÃO FERMENTATIVA
DOS CARBOIDRATOS
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

A) AGV primários:
Ác.Acético
Propiônico Corrente sanguínea → FÍGADO
Butírico

B) Ác. Fórmico → passa diretamente para o FÍGADO ou


é utilizado na produção de metano.

C) Ác. Láctico

D) Ác. Succínico → CO2 (CH4) → ERUCTAÇÃO


AGV produzidos em quantidades inferiores:
VALERATO
CAPROATO
ISOBUTIRATO
ISOVALERATO
2-METILISOBUTIRATO
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS NO RÚMEN FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS NO RÚMEN FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

Fonte: http://www.fmvz.unam.mx/fmvz/enlinea/Ruminal/proteinas.htm
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METABOLISMO DE CARBOIDRATOS NO RÚMEN

Fonte: http://www.fmvz.unam.mx/fmvz/enlinea/Ruminal/proteinas.htm
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PRECURSORES PARA A SÍNTESE DO LEITE NO


RUMINANTE

Fonte: Schmidt & Van Vleck (1974)


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UTILIZAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS VOLÁTEIS


NA FORMAÇÃO DOS COMPONENTES ORGÂNICOS DO LEITE

Fonte: Mühlbach (2004)


FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

pH DO RÚMEN
E SUA RELAÇÃO COM AS PROPORÇÕES ENTRE OS
ÁCIDOS ACÉTICO, PROPIÔNICO E LÁCTICO

Fonte: Mühlbach (2004)

As bactérias ácido lácticas, inicialmente, estão presentes em número inferior aos principais
competidores, quando há predomínio de microrganismos produtores de acido láctico, ocorrem
queda do pH e máxima conservação (Mc Donald, 1991).
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FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

METABOLISMO DAS PROTEÍNAS NO RÚMEN

COMPOSTOS NITROGENADOS (N) NOS RUMINANTES

PROTÉICOS → PROTEÍNA VERDADEIRA;

NÃO-PROTÉICOS
→ PEPTÍDEOS, A.A., AMIDAS; ÁCIDOS NUCLÉICOS
(Purinas e Pirimidinas); URÉIA
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PROTEÍNAS E NNP
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

PROTEÍNAS E SUA UTILIZAÇÃO PELOS RUMINANTES

PROTEÍNAS
→ Fonte de AMINOÁCIDOS, componentes essenciais de todas as dietas.
Constitui  18% do peso corporal de muitos organismos.

- COMPOSIÇÃO: carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre.

FUNÇÕES
Reguladoras do metabolismo;
Funções estruturais (membranas, músculos, tecido conjuntivo);
Transporte de substâncias (sangue);
Defesa.
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- EXIGÊNCIAS PROTÉICAS DOS RUMINANTES

AMINOÁCIDOS INTESTINO DELGADO

PROTEÍNA MICROBIANA
PROTEÍNA DIETÉTICA NÃO DEGRADADA NO RÚMEN

Digestão e absorção de A.A. no aparelho digestório inferior

ATENDEM AS EXIGÊNCIAS DE MANTENÇA E PRODUÇÃO


FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS

Fonte: http://www.uco.es/zootecniaygestion/menu.php?tema=148
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

DEGRADAÇÃO E FERMENTAÇÃO
DE PROTEÍNAS NO RÚMEN

SISTEMA BRITÂNICO:

→ Proteínas degradáveis no rúmen (PDR);


→ Proteínas não degradáveis no rúmen (PNDR) ou de escape (“Bypass)”

FARELO DE SOJA = proteínas de alto valor são degradados do rúmen, antes de


serem plenamente absorvidas pela vacas leiteiras.

PRODUTOS COM PROTEÍNA BYPASS: superam o problema, protege a proteína


no rúmen = proteínas completamente digeridas (Intestino Delgado)

MELHORA APROVEITAMENTO DOS AMINOÁCIDOS


↑ PRODUÇAÕ DE LEITE
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PROTEÍNA BYPASS

Fonte: http://www.lignotechfeed.com.br/Proteina-Bypass
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
PROTEÓLISE
Determina a disponibilidade de amônia (NH3), A.A., peptídeos, ácidos
graxos de cadeia ramificada

BACTÉRIAS, PROTOZOÁRIOS, FUNGOS


(Microrganismos envolvidos no METABOLISMO das proteínas)
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PROTEÓLISE
1) PROTEÍNAS DIETÉTICAS → PROTEASES BACTERIANAS
(extracelulares)

Bactérias atuam tanto sobre proteínas solúveis quanto as de mais


reduzida solubilidade)

OLIGOPEPTÍDEOS

PEPTIDASES

PEPTÍDEOS e A.A. Interior da célula:

INCORPORADOS À PROTEÍNA MICROBIANA;


DEAMINADOS, ORIGINANDO AGV E NH3
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

DESAMINAÇÃO

DESAMINAÇÃO OXIDATIVA = remoção do grupo amino de um


aminoácido, sob a forma de amônia livre.
Reação catalizada pela enzima glutamato desidrogenase
(fígado e rim). As reações de desaminação fornecem alfa-
cetoácidos que podem entrar nas vias centrais do
metabolismo energético e amónia, para a sintese da ureia
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS NO RÚMEN FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

Fonte: http://www.uco.es/zootecniaygestion/menu.php?tema=148
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

2) URÉIA DIETÉTICA ou ENDÓGENA → UREASE BACTERIANA

Produto final = NH3

Inter-relação entre o metabolismo de CHO e de proteínas é estreita

CRESCIMENTO DAS
CÉLULAS MICROBIANAS

ATP
(FONTE DE ENERGIA NA
SÍNTESE DE PROTEÍNA
MICROBIANA)
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

AMÔNIA (NH3) RUMINAL:


Absorvida através da parede do rúmen → transportada através do sistema
vascular porta-hepático → FÍGADO

URÉIA (Ciclo da uréia)

RECICLADA PARA O RINS:


RÚMEN:

SALIVA URINA
DIFUSÃO
(epitélio
ruminal)
INTESTINO DELGADO:
Proteínas microbianas (endógenas) e dietéticas (alimentares) → ação
enzimática microbiana (ENDOPEPTIDASES/EXOPEPTIDASES) → A.A.

AMINOÁCIDOS TECIDOS (SÍNTESE)


FÍGADO (NH3) → URÉIA

INTESTINO GROSSO:
Proteínas endógenas e dietéticas (estas em menor quantidade) que não
foram degradadas no I.D. → ação enzimática microbiana no I.G. → A.A.

AMINOÁCIDOS NH3 e AGV

FÍGADO (CICLO DA URÉIA) e A.A.

FEZES:
N INDIGERÍVEL (proteína dietética) e N METABÓLICO (CNNP)
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS NO RÚMEN FISIOLOGIA DA DIGESTÃO

Fonte: http://www.infoagroisp.com/infocarne/bovino/images/metabo
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS NO RÚMEN

Fonte: http://www.fmvz.unam.mx/fmvz/enlinea/Ruminal/proteinas.htm
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS NO RÚMEN

Fonte: http://www.fmvz.unam.mx/fmvz/enlinea/Ruminal/proteinas.htm
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
Utilização de Uréia e outras fontes de Nitrogênio (Proteína) na Dieta do Ruminante

Fonte:http://pecuariaja.blogspot.com/2010/06/elevacao-da-proteina-da-dieta-na-seca.html
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS NO RÚMEN
Esquema do processo degradativo dos alimentos. Partindo dos
carbohidratos, lípideos e proteínas se sucedem distintas etapas até chegar
no ponto comum na formacão de "Acetilcoenzimo A" (Acetil CoA).

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