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ANATOMIA E FISIOLOGIA

REVISÃO
EXTERIOR

 Selecção contínua para carne e ovos


determinou conformação corporal
diferenciada:
quadrada nas linhas de carne – coxa,
perna e músculos peitorais desenvol-
vidos.
triangular nas linhas de ovos – cloaca
desenvolvida.
 Pele - fina com poucos vasos san-
guíneos e sem glândulas (com excep-
ção da uropígia na cauda). Côr da pele
determinada por pigmentos caro-
tenóides dos alimentos.
 Cabeça - tem estruturas especia-lizadas
(crista, barbilhões) afectadas pelas
hormonas sexuais.
Tipos de crista

 Simples: relativamente fina, firmemente ligada


ao bico, denteada com 5 ou 6 dentes, maior e
mais grossa nos machos.

 Ervilha: pequena e baixa, com o topo marcado


por sulcos longitudinais definindo três cristas.
A crista do meio é mais alta que as exteriores
e pode ser ligeiramente denteada.

 Rosa: sólida, com terminação caudal


pontiaguda. Tem pequenas protuberâncias na
parte principal. A forma desta crista varia
bastante entre as raças que a possuem.

Penas

 Penas – ao nascimento plumagem fina e macia (penugem) depois subs-


tituída por penas grossas e longas. Penas de contorno - cobrem o corpo e
auxiliam o vôo; plumas – mais finas situam-se debaixo das penas de con-
torno; filoplumas – têm barbas e bárbulas apenas na ponta, têm funções
sensoriais, auxiliam no controlo do movimento das penas.
Penas (cont)

 Cores e padrões:
barrada - determinada por
um gene ligado ao sexo (B).
 Textura e estrutura:
frizada - determinada por um
gene ligado ao sexo (F).
 Distribuição:
pescoço nú – determinado
por um gene incompleta-
mente dominante (Na).
plilodopia (penas nas patas)
– característica em algumas
raças como o Cochin.
Esqueleto – aspectos mais importantes

 Esqueleto está ligado ao aparelho


respiratório – ossos do crâneo, húmero,
quilha, clavícula, vértebras lombares e
sagradas são ocas (ossos pneumáticos)
servindo como reservatório de ar e
reduzindo peso da ave para o vôo.
 Nas fêmeas alguns ossos – fémur, tíbia,
externo, costelas, ulna, escápula, púbico
e dedos (ossos medulares) que actuam
como reservatório temporário de cálcio
necessário para a formação da casca do
ovo.
APARELHO RESPIRATÓRIO

 Foi desenvolvido para permitir


maior troca de oxigénio por
unidade de tempo por causa da
grande exigência de energia
durante o voo.
 Pulmões – não têm diafragma,
não se expandem e contraem,
servem apenas para as trocas
gasosas.
 Sacos aéreos – nove sacos que
armazenam o ar, espalhados pelo
corpo. São finos e delicados,
colapsam quando se abre o exter-
no, por isso muitas vezes não se
notam.
APARELHO DIGESTIVO

 Boca – duas mandíbulas (bico)


 Esófago
 Papo – saco que serve para armazenar o
alimento.
esófago
 Proventrículo (estômago glandular) onde são
segregados alguns sucos digestivos. Na
moela (estômago muscular) são
papo
desintegrados por acção de contracções proventrículo

musculares fortes. moela


(ventrículo)
 Intestino delgado: jejuno, ileo, ansa duodenal jejuno

e dois cecos. duodeno

 Intestino grosso que desemboca na cloaca. ileo

 Ânus – abertura exterior da cloaca. pâncreas


2 cecos

intestino grosso
Órgãos digestivos suplementares:
 Pâncreas (situado no meio da ansa cloaca

duodenal), fígado e vesícula biliar.


APARELHO URINÁRIO

 Dois rins localizados atrás dos pulmões. Cada rim ligado


directamente à cloaca por meio de ureter.
 Urina constituída por ácido úrico, que é misturada com as fezes na
cloaca e evacuada com a aparência de material pastoso.
APARELHO REPRODUTOR MASCULINO

 Testículos
 Epididimos
 Canais deferentes
 Pénis – muito pequeno, situado na parede
ventral do orifício cloacal. testículo

 Durante a cópula este orifício inverte-se, o


pénis faz pressão sobre a mucosa cloacal da rim
fêmea sem penetrar.
 A fêmea expõe a terminação do oviducto, o ureter
sémen é depositado nesta abertura e sobe.
canal deferente
 Os pintos-de-dia de ambos sexos apresentam
uma pequena protuberância genital no local cloaca

do pénis, sendo redonda a dos machos e


cónica a das fêmeas, que permite fazer a
sexagem por pessoas altamemte
especializadas.
APARELHO REPRODUTOR FEMININO

 Formam-se dois ovários e dois oviductos mas Pedúnculo

quando pinto nasce, só o par direito se Folículo vazio

desenvolve.
Ovocito
 Ovário contém milhares de folículos, mas maduro

apenas um certo número amadurecerá e Infundíbulo


Magno
constituirá gema dos ovos produzidos.
 Oviducto conduz ovocito até à cloaca,
agregando-lhe diferentes substâncias,
membranas e uma casca (ovo).
Partes do oviducto:
 Infundíbulo
 Magno Istmo

 Istmo
 Útero Útero

Vagina
 Vagina
Cloaca
FORMAÇÃO DO OVO (1)

 Gema não é verdadeira célula reprodutiva, apenas material


nutritivo necessário desenvolvimento do blastoderme (célula
germinativa) e do embrião resultante.
 Quando a fêmea atinge maturidade sexual, desencadeia-se
actividade hormonal. A FSH faz ovário aumentar de tamanho. O
ovário produz hormonas esteróides, que fazem aumentar o
oviducto.
 Quando o ovocito está maduro, progestrona estimula hipotálamo
a libertar LH da pituitária, que induz a ovulação.
 O ovocito liberta-se do ovário e cai no infundíbulo.
FORMAÇÃO DO OVO (2)

Infundíbulo - é depositada primeira camada de 15-20 m


albumina.

Magno – é produzida a maior parte da albumina. 3h

Istmo – é formada a restante albumina e as membranas 1 – 1 ¼ h


que separam a albumina da casca.

Útero ou glândula da casca – forma-se a albumina 18-20 h


aquosa e a casca, com pigmentos (cor) e verniz.

Vagina – em trânsito para ser expulso. segundos

O processo dura 24-26h. Se a galinha não for


perturbada, ovo rodará 180º antes de sair.
TERMOREGULAÇÃO (1)
 Aves são homeotérmicas (conseguem manter temperatura
profunda corpo relativamente constante) e endotérmicas (geram
calor nos seus tecidos). Contudo, até aos 21 dias são
heterotérmicos e necessitam de calor externo para regular a sua
temperatura corporal.
 A ave produz calor em resultado do metabolismo (manutenção,
crescimento e produção). Calor produzido depende de vários
factores (peso corporal, raça, nível consumo, nível produção,
qualidade da ração, actividade física).
 Perde calor por 4 vias:
 Radiação
 Convecção
 Condução
 Evaporação

 Homeotermia é mantida através do equilíbrio entre a produção e a


dissipação de calor.
ZONA DE CONFORTO TÉRMICO

 Existe um intervalo de temperaturas no qual a ave está


termicamente confortável, ajustando a produção e perda de calor
sem dispêndio de energia  zona termoneutra (18-26°C ave
adulta).
 Quando a temperatura é superior ou inferior a estes limites,
aumenta a produção calórica.
Temperatura Temperatura Máxima perda
crítica crítica de calor Morte
inferior superior

Zona Início Respiração A ave não


termoneutra respiração rápida consegue
perda de calor rápida acelerada controlar a
regulada Fadiga física temperatura
normalmente corporal

Temperatura ambiente

 Quando se excede temperatura crítica superior, porque não têm


glândulas sudoríparas, as aves iniciam a perda evaporativa
através da respiração rápida ou ofegante.
 Se a temperatura continua a aumentar, o ritmo respiratório
acelera e ocorre fadiga física.
 Se a produção de calor for superior à capacidade máxima de o
libertar, a ave não consegue controlar a temperatura corporal e
morre.
1) Adaptação ao frio

 Estão relativamente bem adaptadas, devido à cobertura de penas.


 Quando expostas a stress de frio, têm vários mecanismos
compensatórios:
 Mantêm as penas junto ao corpo para aumentar insulação
 Tremem para aumentar taxa metabólica e produzir calor adicional.
2) Adaptação ao calor

 Se as aves sofrem stress térmico e a capacidade de dissipar o


calor diminui, sofrem desidratação e exaustão, comprometendo o
bem-estar e o desempenho produtivo e reprodutivo.
 O aumento do ritmo respiratório resulta em perda de CO2 e
aumento do pH do sangue (alcalose). O equilíbrio ácido-base é
afectado e níveis de potássio e fosfato diminuem e aumentam os
de sódio e cloro.
 Mais sangue é canalizado para a superfície do corpo e para as
extremidades, para dissipar o calor (crista e barbilhões ficam mais
escuros).
 As aves fazem o seguinte:
 Eriçam as penas para diminuir insulação.
 Levantam e baixam as asas para expôr áreas de pele sem pena.
INFLUÊNCIA DA LUZ

 A luz tem efeito sobre o crescimento e desempenho das aves:

 Estimula a ave a manter-se activa, a comer e beber.


 Afecta o desenvolvimento durante o crescimento.
 Estimula o sistema reprodutor de ambos os sexos, influenciando a
maturidade sexual.
 Estimula o sistema endócrino e uma série de acontecimentos
relacionados com a produção de ovos.

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