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BRAGANÇA PAULISTA
2022
FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DE BRAGANÇA PAULISTA
BRAGANÇA PAULISTA
2022
1. INTRODUÇÃO
O esôfago leva o alimento para o estômago, que é dividido em: proventrículo (estômago
químico), e ventrículo (estômago mecânico, conhecido como moela), unidos por uma região
chamada Istmo.
O íleo leva o bolo alimentar para o cólon, possui a denominação de cólonreto e origina-se na
junção ileocecal, e termina em um ligeiro alargamento na cloaca. Possui como função a
reabsorção de água e eletrólitos por movimentos antiperistálticos, visto que a urina é movida
a partir da cloaca para o cólonreto por meio de ações anti peristálticas. Por fim, o bolo fecal
formado vai ser designado, e evacuado pela cloaca. É uma estrutura comum aos sistemas
reprodutivo, urinário e digestório, tendo em vista que o cólonreto, os ureteres e ductos
deferentes ou oviduto esquerdo abrem -se na cloaca em diferentes níveis, e a cloca se abre
para o exterior por meio do vento. Encontra -se dividida em coprodeu, urodeu e proctodeu
por meio de duas pregas anulares parcialmente completas. A bolsa cloacal, está localizada na
parede dorsal do proctodeu e é o local de produção e diferenciação dos linfócitos B.
Figuras 1,2,3, e 4:
Figuras 1,2; 1: Anatomia integral da ave. 2: Trânsito gastrointestinal com origem no esôfago,
até seu término na cloaca, e ovário, adrenal, e rim. Fonte: BENEZ, Stella. Livro: Aves. Novo
Conceito. 2005.
Figura 3: Sistema gastrointestinal de maritaca, com pâncreas
sinalizado com ponto/seta verde. Fonte: Autoria própria. 2022.
2. SECREÇÕES E ABSORÇÃO
A liberação de secreções do trato gastrointestinal inicia-se na orofaringe, que possui uma
camada de glândulas salivares distribuídas em sua superfície, e pequenos agregados de
glândulas maxilares e palatinas no teto da boca, e glândulas mandibulares e linguais no
assoalho. A saliva das aves é mais mucóide justamente para lubrificar o alimento, sua síntese
e liberação está sob controle de estimulação parassimpática.
Depois no esôfago, existem diversas glândulas mucosas com a função de produzir muco para
auxiliar a passagem do bolo alimentar. O inglúvio das espécies que o apresentam, possui o
mesmo epitélio do restante do esôfago, contudo é aglandular. Depois segue para o estômago.
O pâncreas atua tanto na função endócrina com insulina e glucagon quanto na exócrina com
as enzimas amilase, lipase, tripsina e quimiotripsina. Depois indo para o cólon, que tem a
função de absorver H20, e eletrólitos por meio do peristaltismo, e osmolaridade.
Os equinos são incapazes de vomitar, por conta de não possuírem o reflexo do vômito, e pela
região da cárdia ser bem desenvolvida (mostrada na figura 5).
O duodeno é a primeira região por onde o bolo alimentar passará. Onde desembocam as
secreções pancreáticas, e a bile (essa libera constantemente, já que a espécie não possui
vesícula). Depois segue para o jejuno, e íleo, onde os enterócitos atuam na digestão e
absorção, e os movimentos peristálticos mantém o fluxo do alimento uniforme.
Logo após vem o intestino grosso, que é uma das estruturas mais importantes do trato
digestivo onde há presença de microrganismos que realizam a fermentação das fibras e dos
nutrientes não absorvidos no intestino delgado, presentes no ceco. Mede em torno de 7
metros de comprimento, dividido em ceco, cólon (que se subdivide em cólon dorsal direito e
esquerdo, cólon ventral direito e esquerdo e cólon menor) e reto. Entre o ceco e o cólon existe
uma estrutura chamada válvula ceco-cólica.
A maior parte do cólon, tem a função de absorção de água, e produtos pós fermentação
ocorrida no ceco (este é a parte que o conteúdo do intestino delgado desemboca, para depois
seguir para o restante do cólon, e suas subdivisões), já cólon menor (última porção do cólon)
é responsável pela forma final das fezes, e por fim, desemboca no reto, por onde o bolo fecal
será eliminado.
4. SECREÇÕES E ABSORÇÃO
As secreções iniciam-se na cavidade oral, com as glândulas salivares liberando amilase,
iniciando a digestão do amido, e secreção mucosserosa, que possibilita a lubrificação, assim
passagem facilitada (com menos atrito), para o estômago. O bolo alimentar passa pelo
esfíncter da cárdia, e no estômago ocorrerá a digestão química por meio de secreções
excretadas pelos 3 tipos de glândulas: cardíacas (secretam muco), fúndicas próprias (secretam
ácido clorídrico, e pepsinogênio, por meio das células principais, e parietais), e pilórica
(secreta muco).
Após o íleo, o bolo segue para o ceco, onde ocorre uma espécie de 2º digestão química dos
elementos que o estômago não conseguiu quebrar, e síntese de produtos. O ceco é uma
câmara de fermentação, semelhante ao rúmen para os ruminantes, possui microrganismos
comensais necessários (bactérias) para a digestão da celulose, restante de amido, e algumas
proteínas. Além disso, realiza a produção de ácido propiônico que servirá como substrato
para a produção de glicose após absorção pelo animal e também lactato, e atua na absorção
dos ácidos graxos voláteis (AGVs), que ocorre de forma livre por gradiente de concentração e
sua absorção libera bicarbonato no intestino que auxilia na manutenção do pH. Os
microrganismos são capazes de sintetizar vitaminas do complexo B.
Depois do ceco, segue para o cólon, e suas subdivisões, com a função de abdorção de
produtos gerados pela fermentação, e água excedente. A absorção dos nutrientes ao longo do
cólon se dá por co-transporte principalmente de sódio. O potássio é absorvido por difusão
passiva, o magnésio e o fósforo são absorvidos por difusão facilitada através de gradiente de
concentração, o cálcio é mais absorvido no intestino delgado e o fósforo no intestino grosso,
pois o fósforo presente em maior quantidade na dieta está associado à parede celular na forma
de fitato. A água é absorvida em todo intestino por osmose.
Por fim, o bolo fecal é moldado no cólon menor, e excretado pelo reto.
5. REFERÊNCIAS
ARANZALEZ, JOSÉ. O estômago equino: agressão e mecanismos de defesa da mucosa.
Revisão de literatura: Ciência Rural, Santa Maria, v.43, n.2, p.305-313, fev, 2013. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/cr/a/4dhLdMrkdchTgPvFNgn4mKM/?lang=pt&format=pdf
DANTAS, DANAÊ; Anatomia, e fisiologia das Aves. Apresentação Fesb. 2022. Disponível
em:
file:///Users/suzanakatagiri/Downloads/20221028_2253_ANATOMIA+E+FISIOLOGIA+DE
+AVES+[Salvo+automaticamente].pdf