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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES

CAMPUS SANTO ÂNGELO

MEDICINA VETERINÁRIA

ANNA LUISA REY DE SANTIS

CAROLINE LUISA HEINZMANN

JÉSSICA DA CONCEIÇÃO SANTOS

NADINE FOLLMANN

ANÁLISE COMPARATIVA DA FISIOLOGIA DIGESTIVA DE MONOGÁSTRICOS

SANTO ÂNGELO

2023
RESUMO

O presente artigo aborda as características do sistema digestivo de duas espécies


de monogástricos: suínos e felinos, destacando suas diferenças anatômicas e
fisiológicas, que irão refletir na sua adaptação na natureza e em sua dieta.

1. INTRODUÇÃO

O sistema digestivo dos animais possui particularidades conforme a espécie,


possuindo diferenças anatômicas e fisiológicas, que consequentemente, irão refletir
na dieta. O trato gastrointestinal é composto por: boca, esôfago, estômago, intestino
delgado, intestino grosso, reto e ânus, além dos órgãos acessórios: fígado, pâncreas
e glândulas salivares. Através dele é realizada a ingestão dos alimentos, sua digestão,
absorção de nutrientes e a eliminação de produtos residuais. Ao comparar suínos e
felinos, a principal diferença observada é em sua dieta, sendo eles onívoros e
carnívoros, respectivamente.

2. DESENVOLVIMENTO

O processo digestivo dos mamíferos se inicia pela apreensão feita pela boca, onde
acontece a ação mecânica dos dentes que trituram e moem os alimentos, e pela ação
química da saliva que é produzida pelas glândulas salivares que contém mucina,
responsável por umedecer e lubrificar os alimentos. Esse processo resulta na
formação do bolo alimentar, que é deglutido para a faringe e chega ao esôfago que
tem como função conduzir esse bolo alimentar da cavidade oral até o estômago. O
estômago, um órgão muscular oco, caracterizado por seu pH ácido (pH 2), estoca por
algum tempo o alimento ingerido, realiza digestão química pelo suco gástrico: ácido
clorídrico, pepsina, lipase e renina, fragmentando proteínas e lipídeos, transformando
o bolo alimentar em quimo. No intestino delgado, dividido em duodeno, jejuno e íleo,
acontece a maior parte da digestão e absorção de nutrientes dos alimentos. Ele
recebe o quimo e libera suco gastrointestinal e suco pancreático, contendo enzimas
digestivas como amilase, tripsina e lipase, que ajudam a quebrar as proteínas,
carboidratos e gorduras em moléculas menores que possam ser absorvidas pelo
corpo. Intestino grosso, composto por ceco, cólon e reto, acontece a absorção de água
do quilo, ocorrendo a formação e eliminação de fezes. Nele também se proliferam
diversos tipos de bactérias, muitas sendo benéficas ao animal, constituindo a flora
intestinal, evitando a proliferação de bactérias patogênicas que poderiam causar
doenças.

Embora suínos e felinos sejam monogástricos, suas dietas diferem bastante, sendo
os suínos caracterizados como onívoros e os felinos como carnívoros obrigatórios. Tal
fato se deve bastante pelo objetivo da espécie, uma vez que suínos são animais de
produção, e felinos são animais com instinto de caça, atualmente domésticos de
companhia.

2.1 FELINOS

Felinos têm como principal fonte de alimento a carne, isso faz com que sua mandíbula,
aparelho digestivo e o seu comportamento sejam adaptados a este tipo de dieta.
Embora tenha sido domesticado a mais de 3600 anos, estas diferenças refletem o
estilo de vida naturalmente predatório do gato e sua habilidade para viver com uma
dieta exclusivamente de origem animal. Inclusive, os gatos realmente precisam de
alguns nutrientes provenientes de animais em sua dieta e devem, portanto, ser
considerados carnívoros obrigatórios. Eles possuem deficiências de alguns sistemas
enzimáticos possuídos por outros mamíferos, que os tornam incapazes de utilizar as
vias metabólicas normais para sintetizar determinados nutrientes no organismo. Estes
têm de ser fornecidos pré-formados na dieta. Gatos precisam de ácidos graxos
essenciais para manter a saúde da pele, pelo, do seu sistema reprodutivo e do
metabolismo em geral. Gorduras e ácidos graxos essenciais são uma grande fonte de
energia na dieta e têm também importante papel no paladar de uma dieta. Gorduras
ajudam ainda na absorção das vitaminas lipossolúveis - A, D, E e K. Em rações para
animais de estimação, boas fontes de gorduras e ácidos graxos essenciais incluem
gorduras animais, óleos vegetais, derivados de carne e derivados de aves.
Carboidratos e fibras são importantes para a produção de energia e uma boa digestão
nos gatos. Fibras suportam uma boa digestão e a consistência apropriada das fezes.
Proteína é essencial para o crescimento e o tônus muscular saudável de gatos. Todas
as proteínas são feitas de unidades menores, chamadas aminoácidos. Alguns
aminoácidos podem ser fabricados no corpo, enquanto outros devem ser fornecidos
na dieta. Boas fontes de proteínas incluem carnes, ovos, peixe, grãos, lácteos e
levedura. Enquanto existem 10 aminoácidos essenciais para humanos, para os gatos
o número de aminoácidos essenciais é de 13, incluindo a Taurina que deve ser
complementada na dieta.
2.2 SUÍNOS

A dieta de suínos varia conforme a fase de criação em que o animal se encontra. Na


fase inicial, após o desmame, lhes é fornecido ração várias vezes ao dia, em
quantidades diárias gradativas e água fresca, e na fase de crescimento e terminação
a oferta de rações com milho e farelo de soja são à vontade.

3. CONCLUSÃO

Em conclusão, o sistema digestivo dos animais estudados é adaptado de acordo com


suas necessidades nutricionais. As diferenças anatômicas e fisiológicas refletem em
processos de digestão distintos, além de uma espécie ser onívora e a outra carnívora.
As particularidades do sistema digestivo dos animais refletem suas adaptações
evolutivas e necessidades nutricionais, sendo importante compreender essas
diferenças para fornecer uma dieta adequada e garantir a saúde e o bem-estar de
cada espécie.
REFERÊNCIAS

https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/clinicacv/AULUSCAVALIERICARCI
OFI/fisiologia-digestiva-caes-e-gatos-2017-resumido.pdf
https://www.unicruz.edu.br/seminario/anais/anais-
2011/saude/NUTRIÇÃO%20DE%20GATOS%20.pdf

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