CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLOGICAS - CCAAB
HILTON FERREIRA SIMÕES
RESENHA CRÍTICA
RESENHA CRÍTICA AO MINICURSO DE NUTRIÇÃO
DE BOVINOS DE CORTE, MINISTRADO DURANTE O ZIMBAZOO 2023.
CRUZ DAS ALMAS
2023 NUTRIÇÃO DE BOVINOS DE CORTE
Na pecuária de corte, alimentar os bovinos, não se restringe a fornecer comida
aos animais, mas garantir uma nutrição correta aos mesmos de acordo com suas necessidades, para que atinjam maior produtividade (Ferreira, G., 2023). Para se saber mais sobre a nutrição dos bovinos de corte, é imprescindível conhecer o sistema digestivo desses animais (Ferreira, G., 2023). O sistema digestivo dos bovinos é formado por boca, faringe, esôfago, os pré- estomagos (rúmen, retículo e omaso), o abomaso (estômago verdadeiro ou glandular), os intestinos delgado e grosso, o reto e o ânus. O sistema digestivo desses animais se assemelham ao dos humanos, porém possui características que o tornam único. Além desses órgãos temos também, os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas, que são chamados de acessórios (Ferreira, G., 2023). Os bovinos são conhecidos como animais ruminantes, devido a sua estrutura pré-estomacal, e a sua capacidade de ruminar os alimentos, ou seja, regurgitar o que já foi engolido para que esse alimento seja novamente mastigado e engolido outra vez. A mastigação dos ruminantes, tem como função principal, tornar o alimento consumido em partículas pequenas que facilitem a ação dos microrganismos do rúmen em relação aos carboidratos estruturais (Ferreira, G., 2023). Os bovinos possuem compartimentos digestíveis próprios, que convertem os alimentos em componentes químicos. Segundo Ferreira, G. (2023, pagina única) todo o trato digestivo apresenta essa funcionalidade para que, depois da conversão, todos esses componentes possam ser absorvidos pela corrente sanguínea, utilizados como nutrientes que atuam em uma série de processos vitais para os bovinos – a exemplo do crescimento, da engorda. O rúmen é o maior órgão no estômago dos bovinos, ocupando a maior parte do lado esquerdo da cavidade abdominal. Subdividido em quatro partes, é responsável pela divisão e a mistura das forragens e partículas ingeridas. Porém os bovinos não nascem com o rúmen completamente desenvolvido (Ferreira, G.,2023). Dentro do rúmen existe vários microrganismos, como, bactérias, protozoários e fungos, que desempenham diversas funções. Eles fermentam o alimento ingerido que são digeridos ou degradados. Para que esses organismos se desenvolvam no órgão, é necessário condições especificas como: ausência quase total de oxigênio; pH entre 5,5 a 7,0; temperatura entre 39°C e 40°C; oferta constante de substrato; movimento contínuo do retículo e do rúmen; alta umidade; e retirada contínua dos produtos finais da fermentação (Ferreira, G., 2023). O reticulo é um órgão que depende do rúmen, ele não está totalmente separado e suas funções se assemelham a do rúmen. Já o omaso, com formato esférico, fica situado do lado direito dos dois outros órgãos, e tem a função de absorver agua, minerais, ácidos graxos e etc. (Ferreira, G., 2023). O abomaso, também chamado de estomago verdadeiro, possui glândulas que secretam o suco gástrico ou abomasal, assim como, enzimas, hormônios, ácidos e água (Ferreira, G., 2023). Na parte final do sistema digestivo dos bovinos, temos os intestinos, o reto, e o anus. Os intestinos grosso e delgado, completam a digestão das enzimas dos alimentos e absorve os nutrientes, e o reto e anus têm a função de eliminar tudo que não foi aproveitado no processo digestivo (Ferreira, G., 2023). No Zimbazoo, evento de zootecnia realizado na UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), Campus de Cruz Das Almas, no período de 17/10/2023 a 20/10/2023, durante um minicurso sobre nutrição de bovinos de corte, ministrado pela Professora Drª Fabiana Lana de Araújo, o assunto em questão foi explicado com uma linguagem popular, onde foram usados termos e palavras de fácil entendimento, tornando um assunto tão complexo, em um assunto de fácil compreensão. A comparação sempre feita com a nutrição humana e os exemplos dados de forma a comparar o sistema digestivo humano com o dos bovinos, com toda certeza foi um ponto essencial para a fácil compreensão do assunto abordado. Percebeu-se durante a aula, a ênfase dada a alguns aditivos utilizados na nutrição dos bovinos, tais como: Ionóforos (substâncias naturais produzidas por fermentação de microrganismos), são moléculas solúveis em lipídios que transportam íons através da membrana celular. Durante esse processo há gasto de energia (ATP); Antibiótico não- ionóforo (inibem as formações das ligações peptídicas levando a diminuição do crescimento e/ou morte celular); Probióticos (produtos baseados em culturas de organismos vivos não patogênicos que se estabelecem naturalmente no trato digestivo, especialmente no intestino); Inoculantes ruminais (conteúdo de fluido ruminal coletado em abatedouros e liofilizado, que não acrescenta nada de novo ao rúmen do animal); Leveduras (não têm importante papel na fermentação ruminal e são incapazes de competir e crescerem no rúmen, sendo necessário repô-las frequentemente para manter sua atividade); Tamponantes (são substâncias utilizadas com o intuito de diminuir as variações no pH do trato digestivo, especialmente do rúmen, e mantê-lo em níveis normais) (Araújo, A. L.,2023). Assuntos como ciclo de Krebs e sinalização celular foram citados de forma sucinta, assim como divisão celular e morte celular foram colocadas durante a explicação do funcionamento do sistema digestivo dos bovinos. Degradação de enzimas e proteínas, também foram explicados rapidamente durante a aula. A importância da microbiota presente no intestino dos animais também foi abordada e explicada. Na explicação sobre aditivos alimentares pode-se notar a existência de transplante de membrana celular, morte celular, gasto de energia (ATP). Todos assuntos dados em sala de aula na disciplina Biologia Celular e Molecular do Curso de Zootecnia da UFRB, aulas ministradas pelo Professor Drº Ciro Filadelfo durante o semestre 2023.1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, G. CPT Nutrição de Bovinos de Corte, acesso em 23/10/2023, disponível em: