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Artur
SUTURAS E NÓS
CIRÚRGICOS
INSTITUTO SUPERIOR DE
CIÊNCIAS DE SAÚDE – ISCISA
EXTENSÃO DE QUELIMANE
INTRODUÇÃO
Dada à importância cirúrgica no âmbito das Técnicas básicas de
Cirurgia, é crucial conhecer o processo de cicatrização das
feridas e os tipos de sutura disponíveis para a sua correcção.
A escolha do tipo de sutura depende do tecido e da sua
localização anatómica. A aproximação dos bordos de uma ferida
pode ser feito por meio de uma sutura natural ou sintética, mono
ou multifilamento.
Três propriedades do material de sutura interferem com o seu
manuseamento: memória, elasticidade e tensão dos nós. A força
de tensão, reacção tecidual e capacidade para ser absorvido
são outras características importantes de um material de sutura.
SÍNTESE CIRÚRGICA
A síntese cirúrgica é uma operação fundamental que consiste
na aproximação das bordas de tecidos seccionados ou
ressecados.
Tem como objectivo manter a continuidade tecidual e facilitar
as fases iniciais do processo de cicatrização.
É um processo obrigatório na maioria dos procedimentos
cirúrgicos
Entende-se por síntese o conjunto de manobras manuais e
instrumentais, destinadas a unir os tecidos separados,
restituindo sua continuidade anatômica e funcional.
SUTURA
Sutura pode ser definida como o acto de aproximar estruturas
(tecidos histológicos), mediante a utilização de instrumental
cirúrgico.
Sutura ou pontos cirúrgicos são ligações em pele, mucosa,
musculo, vasos sanguíneos e órgãos com objectivos de manter
os unidos ou fechado dependendo do local suturado.
6. Segundo a visibilidade
a) Estéticas
b) Ocultas
SEGUNDO A CONTINUIDADE
PONTOS SEPARADOS OU
INTERROMPIDOS
Pontos Separados ou interrompidos é quando o fio é passado,
amarrado e cortado individualmente. A sutura interrompida
pode ser:
a) Simples: É uma sutura coaptante, contaminante ou não,
dependendo do numero de camadas inclusas.
É a mais usada nas unidades de emergência, muito fácil, pode
ser usada em qualquer lugar, e recomendada a lateralização
de nós evitando deixar sobre a linha de cicatriz.
A distância entre a borda e a entrada ou saída do fio deve
ser a mesma.
Deve incluir a derme e epiderme de forma homogênea entre
os lados.
PONTO SIMPLES
No ponto simples, a derme deve ser transposta pela agulha em sua totalidade. A
agulha penetra a pele à 90º e, na outra derme em sua totalidade, sai através
da pele. A distância entre a entrada da agulha e a incisão em uma borda e a
saída na outra deve ser a mesma.
Indicada principalmente para pele, redução dos espaços mortos, fechamento da
cavidade abdominal e vísceras ocas.
EM “U” VERTICAL OU DE DONATTI:
É uma sutura eversante ou evaginante, embora atravesse
todas as camadas da estrutura envolvida, não é indicada
para a sutura de órgãos ocos, dessa forma não pode ser
classificada como contaminante ou não, indicada
principalmente para pele.
EM “U” HORIZONTAL OU GILLIES:
É uma sutura eversante ou evaginante, contaminante, quando aplicada
em vísceras, indicada principalmente para pele, entero-anastomose,
término-terminal. A sutura em U horizontal, ou ponto de Gillies, a agulha
penetra a pele de forma intradérmica na fase inicial, em uma das
bordas.
SUTURA EM “X” OU DE SULTAN:
É uma sutura coaptante, atravessa as camadas das estruturas
envolvidas. Não e indicada para órgãos ocos, dessa forma não pode
ser classificada como sutura contaminante ou não, indicada
principalmente para o fechamento da cavidade abdominal.
SUTURA EM JAQUETÃO:
É uma sutura em sobreposição, atravessa todas as amadas de
estruturas envolvidas, no entanto, não e indicada para órgãos ocos,
dessa forma não pode ser classificada como contaminante ou não.
Indicada para redução de hérnias abdominais
SUTURA DE LEMBERT INTERROMPIDA
•Deslizamento do fio
•Numero de semi-nós
•Estabilidade
•Com a finalidade de promover a necessária segurança do nó
ESTRUTURA BÁSICA DO NÓ
•Primeiro semi-nó- contenção
•Segundo semi-nó- fixação
•Terceiro semi-nó- segurança
PRINCÍPIOS GERIAS:
1.Deve ser firme
2.Menor volume possível
3. A fricção entre extremidades do fio deve ser evitada
4.Após o 1seminoénecessário manter tracção numa das extremidades do fio para evitar perda da
lacada
5.Semi-nós mais que necessários o adicionam volume ao no, não aumentando a resistência.
6.Devem se empregar forcas iguais em ambos os braços do fio, sem deslocar o no
7.Os dedos indicadores acompanham o laco do no, dirigindo o e fixando-o no local apropriado e
com forca adequada
8.Na execução do 2º no, evita–se a tracção do primeiro já executado, pois, obviamente, qualquer
tracção mais intensa removera o primeiro no, principalmente se ocorrer na laqueação de um vaso
sanguíneo
9.O numero de nos variara de acordo com os tipos de fios empregados e com os tipos de tecidos,
os fios finos e monofilamentares, exigem a exigem a execução de mais de três nos.
LEIS DOS NÓS (LEIS DE LIVINGSTON)
5 6 7 8
9 10 11 12
13 14 15
NÓS MANUAIS
Princípios básicos para nós manuais
•O fio deve ter de 30 a 40 cm de comprimento e
ter duas extremidades de tamanhos iguais;
•Alguns nós são atados com uma mão enquanto a
outra mão mantém o fio traccionado;
•Um nó de sutura consiste em nó de cirurgião (nó
duplo), que e feito ao amarrar dois nós simples
(no plano)
PASSOS PARA CONFECÇÃO DE NÓS MANUAIS
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