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MEDICINA VETERINÁRIA
UBERLÂNDIA
2023
CAMILA FERREIRA BARBOSA
MARIA CLARA ALVES FERNANDES
RAIANY FERREIRA ARANTES
UBERLÂNDIA
2023
SUMÁRIO
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pilóricas. O quimo forma então, um líquido espesso e leitoso que, através do esfíncter piloro,
irá passar posteriormente no duodeno. (DYCE, 2010)
O estômago dos gatos é mais curvado internamente e a porção pilórica não se estende muito
além da metade direita do abdome. É menos frequente que os gatos apresentem uma grande
distensão do estômago, pois eles tendem a comer com mais calma e em menor quantidade do
que os cães. (DYCE, 2010)
Segundo NRC (2006) o importante e correto conhecimento das fases de vida do animal
ajudam a determinar, de maneira lógica, o manejo alimentar aplicado a estas fases visando um
ótimo estado de saúde e qualidade de vida. É importante a adição de ingredientes funcionais
na alimentação dos gatos como prebióticos, fibras especiais, auxiliadores da saúde articular,
entre outros, que promovem a saúde, bem-estar e contribuem para uma maior longevidade. A
falta ou excesso de nutrientes pode desequilibrar o sistema fisiológico do animal e predispor o
organismo ao mau desenvolvimento corporal e constituição óssea, obesidade, alterações
reprodutivas, dentre outros (CARCIOFI, 2005).
Vale ressaltar que os gatos não conseguem sintetizar o ácido araquidônico (um ácido
graxo da família ômega 6) e o aminoácido taurina, sendo fundamental que estejam presentes na
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dieta. A alimentação quando filhote é de suma importância, pois é o período em que acontece o
desenvolvimento de todos os tecidos e órgãos. Na fase adulta é necessário oferecer um alimento
que contenha todos os nutrientes necessários para o bom desenvolvimento e manutenção do
animal (CARCIOFI, 2005; CARCIOFI, 2008).
Os gatos possuem características peculiares em relação ao manejo e dieta, sendo de
extrema importância uma atenção especial quanto à alimentação para garantir uma melhor
saúde e bem-estar (CARCIOFI, 2008).
De acordo com Cappilli et al. (2016), devido ao metabolismo específico, estes animais
têm necessidades nutricionais diferentes dos cães, como: maior exigência proteica; assim como
do aminoácido arginina, da vitamina B6 e da niacina (respectivamente cerca de duas, três e
quatro vezes maiores em relação aos cães); ingestão de vitamina A pré-formada na dieta e
dificuldade em digerir carboidratos.
2.1.1 Filhote
Os gatos neonatos na primeira semana são imaturos fisiologicamente e neurologicamente,
senda essa uma fase crítica para a vida desses animais, eles possuem poucas gorduras corpórea,
um dos cuidados necessários é a alimentação desses pequenos. O principal alimento é o colostro
que no caso dos gatos estão disponíveis nas primeiras 24 a 72 horas após o parto, esse possui
anticorpos presentes e tem função de fornecer imunidade aos filhotes, além de ser rico em
proteína e gorduras que suprir as demandas nutricionais. Pode-se inserir alimentos sólidos na
3° e 4° semana, sendo este umidificado com água morna e gradativamente diminuindo a
quantidade de água para que na 5° semana esse animal consumo alimento completamente seco.
A primeira semana de vida é extremamente crítica e irá definir seu desenvolvimento ao
longo de sua vida. A fase em que mais se exige cuidados da parte nutricional é a de crescimento.
O período de filhote vai de 0 a 12 meses de idade, nas primeiras 24 às 72h o gatinho deve
receber apenas o colostro, que irá ajudar na imunidade dele devido os anticorpos presentes,
além de ser rico em proteína e gordura que iram suprir a demanda nutricional do animal
(WORTINGER, 2009).
Após o desmame, o organismo do filhote irá desenvolver por si só suas defesas naturais, e
com uma alimentação adequada terá o necessário para desenvolver essa proteção. Depois do
desmame deve-se iniciar a transição para a alimentação sólida. Na fase de crescimento os gatos
necessitam de no mínimo, 160 kcal de EM por kg de peso corporal durante todo o período de
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seu crescimento. O gatinho vai precisar em média do dobro das calorias na sua alimentação em
relação a um adulto, levando em conta o seu peso. Entre os micronutrientes há uma demanda
muito maior do filhote pelos minerais cálcio, fósforo e cobre, e pela vitamina A, vale ressaltar
que as proteínas devem ser em sua maioria de fontes de origem animal, respeitando a natureza
carnívora dos gatos.
Os alimentos para filhotes devem conter uma atenção especial nesse ponto, com a adição
de nutrientes de alta digestibilidade, além da inclusão de prebióticos - que são os “alimentos”
preferidos das bactérias benéficas que habitam o trato intestinal.
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• Ser suficientemente rica em nutrientes para permitir que o animal supra as suas
exigências nutricionais ao se alimentar e;
• Ser suficientemente saborosa para assegurar um consumo adequado.
Na fase adulta é importante se atentar para a quantidade de alimento fornecido. Gatos não
castrados e principalmente os que vivem soltos precisam ingerir uma quantidade maior de
macronutrientes (proteínas e gorduras) do que gatos castrados e/ou sedentários.
Para gatas gestantes e lactantes a necessidade de nutrientes também é maior. Nesse
momento é importante deixar a alimentação à vontade para a gata, que irá ajustar sozinha a
quantidade de consumo de acordo com as suas necessidades.
2.1.4. Idoso
Os gatos idosos têm exigência dos mesmos nutrientes das suas fases de vida anterior, porém
em quantidades e proporções diferentes, por exemplo a proteína e a energia metabolizável serão
em menor quantidade para esta fase, essas ainda devem ser de maior qualidade e digestibilidade.
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Os gatos idosos apresentam doenças muito comuns nessa fase como a falência renal crônica e
o hipertireoidismo, para que esses problemas não ocorram deve-se cuidar bem da higiene bucal
do animal e que o mesmo venha a ingerir apenas água de qualidade. Com o envelhecimento
gradativo, também perdem a eficiência digestiva, se tratando de felinos ocorre principalmente
para proteínas e lipídios. Desta forma recomenda-se aos tutores que continuem o fornecimento
normal de alimento com a mesma quantidade, porém específico para esta fase com maior
digestibilidade principalmente para proteínas e lipídios
A capacidade funcional dos órgãos dos gatos começa a cair logo depois que ele atinge a
idade adulta, nessa fase a alimentação do gato também deve ter a quantidade de calorias
controlada.
Devido a sua redução de atividades, o gato precisa de uma dieta mais equilibrada, com
baixos índices de carboidratos e rica em proteínas de alta qualidade. A gordura presente no
alimento também deve ser menor, porém não pode ser retirada totalmente. Os gatos não são
capazes de sintetizar o ácido araquidônico, que é um ácido graxo essencial (um tipo de gordura
indispensável para o metabolismo animal) proveniente da ingestão de gordura.
Um outro aspecto importante na dieta do gato idoso é a presença de antioxidantes, eles são
substâncias que retardam o processo de envelhecimento das células e podem ajudar a manter o
gato saudável ao neutralizar os radicais livres. Os radicais livres são produzidos pelo próprio
organismo, porém quando se apresentam em excesso são deletérios à saúde, causando morte
precoce das células e prejudicando as funções do organismo. Alimentos ricos em antioxidantes
são excelentes para gatos em processo de envelhecimento.
A falência renal crônica e o hipertiroidismo são as doenças mais comuns em gatos idosos.
Para amenizar o surgimento desses problemas da idade, deve se ter maior cuidado com a higiene
oral, assim como, a disponibilidade de água limpa (CAMILO et al., 2014).
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3. Composição nutricional e suplementação
3.1. Carboidratos
Não existe uma exigência mínima de carboidratos na dieta em gatos. As sacarose e a lactose,
que são tipos de dissacarídeos, não são bem toleradas pelo organismo de forma individual. A
capacidade de metabolizar esses açúcares é controlada pelas quantidades de enzimas
betafructofuronidase (sacarase) e beta-galactosidase (lactase) presentes nos intestinos. Em cães
e gatos adultos, as atividades da sacarase e da lactase estão presentes, porém, é sabido que essas
atividades são mais altas em animais jovens e diminuem com o passar dos anos.
Se forem fornecidas grandes quantidades de sacarose ou lactose eles podem apresentar
diarreia. Isso ocorre parcialmente devido à eliminação forçada dos açúcares de forma osmótica
e, em parte, devido à fermentação bacteriana no intestino grosso dos carboidratos que
escaparam da digestão. (EDNEY, 1987)
A ração extrusada para animais é formulada com o amido como principal fonte de energia.
Em muitas rações, o amido pode representar até 55% do peso seco do alimento. No entanto,
apenas uma fração do amido ingerido consegue resistir à hidrólise em animais monogástricos
devido às interações com as proteínas. Essas interações podem resultar em diversos fatores
antinutricionais. (CARCIOFI, 2008)
3.2.1. Taurina
Ao contrário da maioria dos demais mamíferos, os felinos enfrentam dificuldades em
sintetizar uma quantidade adequada de taurina a partir dos aminoácidos sulfurosos. Embora
possuam a enzima essencial para essa conversão, sua atividade não é suficiente para suprir todas
as suas exigências. Uma insuficiência de taurina normalmente resulta na deterioração da retina
e em uma resposta visual comprometida, apesar de que as modificações podem levar um
período considerável para se manifestarem e os sinais evidentes de problemas visuais podem
não ser perceptíveis até um ano ou mais de uma alimentação carente de taurina. (EDNEY, 1987)
3.3. Lipídeos
As gorduras possuem importante participação nos organismos pois constituem a maior
forma de armazenamento de energia e possui funções metabólicas e estruturais.
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Os gatos, assim como os demais mamíferos não têm a capacidade de produzir ácidos graxos
de cadeia longa com duas ou mais insaturações, o que os torna essenciais para essas espécies.
Geralmente, as plantas são a principal fonte desses ácidos graxos, que possuem mais de 18
carbonos e mais de uma insaturação. Entre esses ácidos graxos, destacam-se o ácido linoleico
e o ácido alfa-linolênico que são os precursores dos Ômegas 6 e 3. (NRC, 2006).
Com o avanço de métodos mais precisos para avaliar lipídios, foram descobertos e estudados
diversos compostos para enriquecer e aprimorar as dietas a fim de atender às necessidades dos animais.
O triglicerídeo é o principal componente lipídico da alimentação e uma fonte de ácidos graxos que são
usados na síntese de outros lipídios importantes, como os fosfolipídios.
Os ácidos graxos dos fosfolipídios desempenham um papel fundamental na sinalização celular e são
substratos de enzimas específicas durante a produção de mediadores das respostas imunológicas. Vários
estudos têm demonstrado que grupos de ácidos graxos das séries ômega 3 e 6 têm influência nas
respostas inflamatórias em cães e gatos. Por exemplo, a deficiência de ácido araquidônico em gatos pode
ser suprida pelo aumento do AA pré-formado ou pela inclusão de ácido g-linolênico na dieta, o qual
mostrou-se eficaz em manter os níveis de ácido araquidônico necessários para gatos adultos.
(TREVIZAN, 2009)
3.4.1. Vitamina A
Os gatos são incapazes de converter o beta-caroteno em vitamina A, enquanto outros
carnívoros como os cães podem efetivamente utilizar o caroteno para esse fim. Dessa forma, os
gatos necessitam de uma fonte de vitamina A pré-formada em sua dieta, sendo as formas mais
comuns derivadas do retinol, como o acetato de retinol e o palmitato de retinol. Como resultado
dessa particularidade, é necessário que os gatos tenham pelo menos algum componente cru de
origem animal em sua alimentação, uma vez que a vitamina A pré-formada não está presente
nas plantas. (EDNEY, 1987)
3.4.2. Vitamina D
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REFERÊNCIAS
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