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Grandes Animais
Maria Eduarda Cabral
Licenciado para - Júlia Maria Moreira - 11328564932 - Protegido por Eduzz.com
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SUMÁRIO
Cálculo de Medicamentos p.1
Introdução p.2
Neonatologia p.2
Principais Enfermidades Clínicas dos Neonatos.........................................................p.8
Diarreia em Grandes Animais p.15
Enfermidades do Sistema Respiratório de Grandes Animais p.25
Enfermidades Metabólicas de Ruminantes p.42
Exame Neurológico em Grandes Animais p.54
Enfermidades Neurológicas em Grandes Animais p.59
Anatomia, Fisiologia e Semiologia do Sistema Digestório de Ruminantes p.77
Indigestão em Ruminantes p.81
Abordagem Clínica da Síndrome Cólica em Equinos p.95
Síndrome Cólica em Equinos p.102
Enfermidades Dermatológicas em Grandes Animais p.116
Enfermidades Metabólicas dos Equinos p.124
Página 1 de 130 @apostilavet Maria Eduarda Cabral
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OBTENÇÃO DE AMOSTRAS: para a obtenção é preservamos a veia jugular que tem um alto índice de
necessário realizar a punção, que pode ser feita através flebite) e veia epigástrica/torácica externa.
de uma seringa + agulha ou pelo sistema de vácuo. bovinos: veia coccígea (mais utilizada), a veia jugular
o sistema de vácuo diminui os riscos de flebite. do boi precisa de mais agilidade, quando é infusão opta
TUBOS:
pela jugular ou auricular.
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS:
1. Estado de hidratação: TPC, coloração de mucosa, turgor
de pele...
em neonatos esses parâmetros tem que tomar
cuidado ao avaliar, por conta disso pode utilizar o VG
e PTP para ver a desidratação.
o VG (volume globular) e o PTP em animais desidratados
estarão altos.
2. Presença de anemia e classificação:
classifica em regenerativa e arregenerativa.
1. Citrato de sódio: utilizado para testes de coagulação. os equinos NÃO liberam reticulócitos, os bovinos liberam
em baixas concentrações, por isso, equinos e bovinos
2. Soro: exames bioquímicos, reação cruzado. É conhecido vê a anemia regenerativa pela presença do pontilhado
como tubo seco por não ter anticoagulante. basófilo, em bovinos pode levar em consideração o
o tubo amarelo tem uma substância ativadora de corpúsculo de Howell Jolly também.
coágulo, que promove a formação do coágulo mais regenerativa pode ser por perda de sangue e hemólise.
rapidamente.
arregenerativa por doenças na medula.
3. Heparina: utilizada para alguns exames bioquímicos e
3. Leucograma: bovino tem mais linfócito do que neutrófilo,
para exames de gasometria.
ao apresentar uma inversão nesse predomínio é um
4. EDTA: contém o anticoagulante, utilizada para análises de quadro sugestivo de inflamação.
eritrograma. equinos apresentam mais neutrófilos do que linfócitos
5. Fluoreto + EDTA: contém o anticoagulante e o fluoreto (praticamente, 50/50).
que estabiliza a célula, impede o consumo de glicose, 4. Fibrinogênio: é uma proteína plasmática liberada em
utilizado para dosar glicose e lactato. processos inflamatórios agudos.
LOCAIS DE PUNÇÃO:
em equinos adultos, o normal é até 400.
equinos: jugular externa, veia facial (abaixo da crista em bovinos o normal é até 600.
facial tem uma dilatação, ao puncionar da veia facial,
o potro e o bezerro nascem com uma imunidade nula por nascerem sem, dependem do colostro.
devido ao tipo de placenta, que é a epiteliocorial, ou
seja, não há a transferência de anticorpos da mãe
para o feto, com isso, os anticorpos são passados via PASSAGEM PELO CANAL DO PARTO:
colostro e as fêmeas ao chegarem com antecedência, compressão torácica.
consegue produzir anticorpos e passa-los via colostro.
eliminação de líquidos das vias aéreas.
Baias: limpas e desinfetadas a cada parto.
é um pulmão que nunca se expandiu e precisa se
Piquetes: limpos e bem drenados. expandir, ao nascer de parto normal ocorre uma
Éguas: geralmente ocorre no período noturno compressão torácica que elimina líquidos, depois dessa
compressão ocorre a primeira expansão.
80% dos partos ocorrem no período noturno, éguas
via cesárea o veterinário tem que retirar esse líquido
de maior valor zootécnico em estação de parição
que não é eliminado por não haver a compressão
devem ser monitoradas.
torácica.
em vacas o parto é mais lento, na égua sua própria EXPANSÃO PULMONAR.
anatomia favorece que o parto seja realizado de
forma mais rápido.
FORAME OVAL.
passagem do sangue do átrio direito para o átrio
1. CONTRAÇÕES UTERINAS E RUPTURA DAS esquerdo.
MEMBRANAS DO ALANTOCÓRION.
perde sua função: fechamento, devido ao aumento
alantocórion é a primeira bolsa a romper. da pressão do lado esquerdo e redução do lado direito.
2. EXPULSÃO DO FETO. DUCTO ARTERIOSO.
3. EXPULSÃO DAS MEMBRANAS FETAIS. artéria pulmonar artéria aorta.
48 – 72h: fechamento → faixa fibrosa.
cesáreas e distocias: patência (persistência) de
É o período de adaptação. ducto arterioso.
artéria pulmonar, só que como não precisa ir iodopovidona 10% vai ter 1% de iodo, efeito
para o pulmão para ser oxigenado, esse antisséptico nulo.
sangue volta para a aorta pelo ducto arterioso
(comunicação entre artéria pulmonar e ABRIGO EM LOCAL SECO E LIMPO: por demorar
artéria aorta), o sangue que restou passa mais para se adaptar na termorregulação.
para o átrio esquerdo e depois para o
ventrículo esquerdo.
O animal ao nascer temos a compressão
torácica e a expansão pulmonar, ao ter essa
expansão, o ducto arterioso começa a regredir
e o forame oval involui até o seu fechamento, 1. POTRO NORMAL.
pois ao normalizar a pressão do lado
esquerdo, essa válvula cicatriza com o tempo. 2. POTRO DE RISCO.
3. PREMATURIDADE.
Vida extrauterina 4. DISMATURIDADE.
• Retração rápida
Parâmetros neonatais
• Ligamentos redondos da bexiga
> 60 bpm
• Não contrai para o interior do
abdômen normal arritmias: 15 – 30 min.
• Ligamento redondo do fígado
35 – 40 mpm.
• Perda da função - atrofia primeiros minutos: 75 mpm / rítmica: 1 – 10 min.
• Vértice da bexiga
normal taquipneia devido as adaptações.
37,5 – 39,0°C.
O CORDÃO UMBILICAL É COMPOSTO POR:
2 artérias que fazem uma retração rápida ao se até 10 minutos.
romperem e formam os ligamentos redondos da bexiga; ganhando tônus muscular para conseguir ficar em pé
1 veia (veia umbilical) que possui o papel na vida e mamar, tem que ter reflexo de sucção.
intrauterina de receber sangue oxigenado e levar até 1 – 2 horas.
o feto, passa pelo fígado e vai para veia cava, ao
romper o cordão forma o ligamento redondo do fígado;
1 úraco que forma o vértice da bexiga, a persistência
do úraco faz com que o umbigo comece a gotejar
urina, podendo evoluir para peritonite.
DESINFECÇÃO/MUMIFICAÇÃO DO COTO
UMBILICAL.
iodo 10% ou clorexidine. até 20 minutos.
pode ser feito com um iodo que apresenta uma 2 – 3 horas.
concentração menor.
checa se o animal realmente está mamando, as vezes
faz uma contenção com o animal em estação, ele não consegue mamar.
mergulha o iodo.
checa se a fêmea está produzindo leite.
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BANCO DE COLOSTRO
Quantidade e hora da colheita.
Qualidade sempre avaliada.
Armazenamento/descongelamento.
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4 Fatores predisponentes
eleva em ± 200 mg/dl IgG plasmática no potro sadio.
Fatores que facilitam a ocorrência da doença.
eleva em ± 100 mg/dl IgG plasmática em potros
enfermos. Incidência dos fatores que determinam:
Colheita de 2 L para mais de sangue para potro de risco
conseguir 1 L de plasma, a quantidade depende FTIP (> 4h para realizar a 1ª mamada).
do volume globular/hematócrito, ex. 1L de
sangue tem mais ou menos 500 ml de plasma *não responsivos ao tratamento.
(se o volume globular estiver em 50%).
Potros enfermos tem que repetir o tratamento Fatores determinantes
com o plasma, pois, 1L de plasma eleva mais ou
menos 100 mg/dl de IgG, não sendo o suficiente Fatores que determinam a doença, como microrganismos
porque esses animais podem estar com um (mais comum são bactérias gram negativas).
nível de 400 mg/dl de IgG, ao aumentar 100
mg/dl de IgG, chegará a 500 mg/dl de IgG, não Bactérias gram negativas → ± 70%
sendo o suficiente. E. coli → ± 30 %
Pode repetir o tratamento em outros dias
casos seja necessário se for um potro, pois Streptococcus sp (gram +): frequentemente associado.
potros não tem um sistema imune totalmente normalmente associado com a E. coli.
formado. Animais adultos não é recomendado
repetir pelo sistema imune já estar
desenvolvido.
Sangue do equino sedimenta com facilidade o plasma com
as hemácias. Vias de infecção
Administra de 10 a 15 minutos lentamente para ver se INFECÇÃO INTRAUTERINA → 0 – 24 h.
tem alguma reação adversa, depois aumenta a velocidade
caso comece nas primeiras 24 horas suspeita que a
de administração.
infecção foi durante a vida intrauterina.
as reações adversas é um animal mais agitado,
INFECÇÃO EXTRAUTERINA → 48 – 96 h.
aumenta temperatura, urticária, pelos eriçados e etc.
porta de entrada mais comum em bezerros:
onfalo.
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Uveíte (comum).
Hipotermia.
Oligúria . . . CHOQUE.
Morte!
Sinais clínicos
INICIALMENTE
Apatia e prostração.
Taquicardia e taquipneia.
↓ apetite e reflexo de sucção
menor frequência de mamadas.
úbere repleto, gotejando. Identificação de potros de risco
Desidratação. observação por 24 a 48 horas.
Dificuldade ou incapacidade de levantar-se sozinho e/ou qualquer alteração TRATAMENTO.
manter-se em estação.
Ao pedir um hemograma, temos que lembrar
Febre (41-42ºC) ou hipotermia discreta. que nessa fase temos um hormônio elevado em
neonatos que pode alterar o resultado do
a hipotermia não é comum. hemograma, esse hormônio é o cortisol que faz
com que o hemograma seja um hemograma de
POSTERIORMENTE estresse, ao fazer esse exame deve-se usar uma
tabela com os valores de referência específico
Decúbito lateral permanente. para potros.
Icterícia. Primeiro, deve colher o sangue para a
a icterícia é comum em equinos dessa idade. hemocultura e já começar a administrar um
antibiótico de amplo espectro, depois que sair
o resultado do antibiograma, irá analisar o
resultado para saber se continua ou não com o
antibiótico.
O diagnóstico, em muitos casos é com base nos
sinais clínicos.
Sistemas acometidos
Oxigenioterapia.
Lavagem articular.
Controle das convulsões:
Antibioticoterapia benzodiazepínicos (0,1mg/kg, IV QID).
1. Amplo espectro → . fenobarbital.
infecções mistas.
sulpa + trimpetoprima, penicilina e gentamicina
(geralmente começa com penicilina e gentamicina) e, Quanto à vida: taxa de sobrevivência 40 – 60%
cefalosoporinas. Quanto à função: em relação a função do animal,
2. Indicado pelo antibiograma: como por exemplo, um equino atleta terá uma
doses e frequência de aplicação. interferência no seu desempenho se tiver tido septicemia
neonatal.
Duração:
*DIAGNÓSTICO/TRATAMENTO PRECOCES: chance
7 – 10 dias. de vida normal.
3, 4, mais semanas . . . fibrinogênio!
Imunidade
Fase final: convulsões (por hipóxia do sistema que os mesmos não percam o vínculo materno, o ideal
nervoso) e dispneia. é utilizar algo que impeça o potro de mamar.
Evolução depende da quantidade e da atividade dos Maioria dos sinais clínicos não se manifestam
até 24h, quando há depleção de Ac no colostro
aloanticorpos absorvidos.
e mínimo absorção intestinal de Ig depois
desse período, o benefício é mínimo.
CLOSTRIDIUM PERFRINGES – A E C
Clostridium perfringes C
Diarreia não é a doença, é o sinal clínico apresentado pelo
animal. O C. perfringes C causa um quadro grave de diarreia que
evolui rapidamente para a morte do animal.
Existem inúmeras causas que podem levar a um quadro de
diarreia, mas a maioria das vezes não chega no diagnóstico Cólica, desidratação rápida, diarreia hemorrágica.
etiológico. Potros de até 10 dias (comum nas primeiras 36h de vida).
Afecção comum em potros e bezerros de qualquer idade. Morte rápida.
em bezerros tem um impacto econômico maior. Enterotoxinas.
Fatores importantes a serem considerados: Casos esporádicos (mais comum) ou surtos.
transferência de imunidade passiva. Clostridium perfringes A
nutrição (animal bem nutrido tem uma resposta imune Mortalidade levemente menor que “C”.
melhor, além disso, um excesso de leite pode levar a Maior chance de resposta ao tratamento.
diarreia por um aumento na concentração de substrato
no intestino que atrairá mais água). É feito o tratamento suporte, sendo importante reidratar
o animal, pois, se o animal ficar desidratado pode entrar
ambiente (exposição a patógenos).
em choque hipovolêmico.
estado sanitários das vacas e éguas.
Diarreia com ou sem sangue.
Diagnóstico etiológico definitivo é difícil chegar.
protozoários e helmintos conseguimos ver a sua CLOSTRIDIUM DIFFICILE
presença. Clínica pode ser idêntica à do C. perfringens.
principais bactérias envolvidas são Salmonella e Clostridium perfringes e Clostridium difficile
Clostridium.
FATORES DE RISCO: parto em local sujo e dieta pré-
natal rica em grãos (tende a abaixar o pH e favorecer a
multiplicação desse agente).
HEMATOLOGIA: inicialmente leucopenia (neutro- e
linfopenia) e leucocitose nos crônicos.
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: clínica + detecção das
Bactérias
toxinas nas fezes; gram+ nas fezes aumenta a suspeita.
DIAGNÓSTICO: microscopia das fezes (Ziehl-Neelsen - VÍRUS: BVD, Coronavírus, Febre Catarral Maligna.
> oocistos). PARASITAS: Estrongiloides, Cripto, Eimeria, outros
Geralmente é autolimitante e faz o tratamento suporte. helmintos.
Mais comum ter associação de agentes. INDIGESTÃO: Indigestão simples, ALRA, DAE, Sablose.
SISTÊMICAS: Endotoxemia, Peritonite, IR, IC, IH.
GIARDIA
NUTRICIONAL: deficiência de Co e Cu.
É mais importante em pequenos animais.
Nutricional
Equinos
Ruminantes
Fezes claras, muito liquefeitas, sem odor Fezes de odor fétido; fragmentos de mucosa,
fétido. fibrina; varia de cor e consistência.
Causada por agentes que fazem uma hiperplasia das Ocorre por uma inflamação do tecido, a secreção e
criptas. absorção estão normais, mas perde para o lúmen o
Tem uma secreção aumenta e absorção diminuída. exsudato da inflamação (enterite ou colite).
Um dos agentes causadores é o coronavírus que faz
hiperplasia das células da cripta.
Rotavírus também causa essa hipersecreção. Neonatos: é o recém nascido até o segundo mês de idade.
Nessa patogenia, ocorre a desregulação da secreção,
antes era menor que a absorção, nesse caso, ela se
sobressai a absorção.
Segunda via
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Está relacionado a hipoperfusão renal, que causará uma A acidose é identificada de forma objetiva pela
oligúria e diminuirá a filtração glomerular. hemogasometria que dosa a quantidade de gás (O2 e CO2)
no sangue.
O rim começa a liberar ácido para tentar corrigir e entra em
Quando o animal tem uma alteração respiratória, fazemos
oligúria, ou seja, mantém a acidose metabólica, no início,
o exame pelo sangue arterial.
tenta lançar os mecanismos de compensação da acidose.
Espera-se em um individuo com diarreia uma redução do
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE: temos a acidose e pH, pCO2 e do BE.
alcalose, ambas podendo ser respiratória ou metabólica. A BE é o excesso de base, o contrário é o BD, que é o déficit
metabólica está relacionada ao sangue, a via de
de base. O BE geralmente é neutro (de 0 a 5), se estiver
compensação da metabólica é através do rim e pulmão de
forma fisiológica. aumentado, significa que tem um excesso de base
(principalmente bicarbonato), sendo a alcalose; se estiver
Quarta via negativo mostra que tem acidose. Se for usado o sangue
venoso para fazer a gasometria é um distúrbio metabólico.
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BD aumentado é acidose e diminuído é alcalose. ativa, causando a via de produção de lactato pelas
bactérias.
O pH normal do sangue é de 7,34 a 7,42, um pH
aumentado é alcalemia e diminuído é acidemia.
Individuo que tem acidose e o pH está normal mostra que
os mecanismos compensatórios estão funcionando, sendo
uma acidose compensada.
Se tem acidose mais acidemia, o animal tem uma acidose
não compensada.
A gasometria é uma avaliação objetiva do estado ácido-
base do paciente.
O problema de realizar a estimativa pelo pH da urina é que
na maioria dos casos o animal está com oligúria, sendo difícil
ter urina para realizar esse teste.
Serve apenas para bezerros diarreicos essa estimativa.
Só pode ser feito em bezerros diarreicos.
Objetivos
Fluidoterapia
QUANTO USAR?
Volume de reposição
Está relacionado a desidratação, o resultado é obtido em
litros.
= %
*Taxa: 10 a 20 mL/kg/h.
40 mL/kg/h no choque hipovolêmico.
EX: 10 X 50 / 100 = 5 L
Um bezerro com mais de 8 dias tende com os mesmos No grau de desidratação pode-se usar o valor em
sinais clínicos do bezerro jovem ter um BD pior, um animal porcentagem ou dividi-lo por 100, como por exemplo:
com mais de uma semana de vida está com a microbiota 0,1 X 5 = 5 L.
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1º DIA
V. Reposição: 6L (infusão IV). Reduzir o volume de leite pela metade (5%PV).
2L Solução NaHCO3 1,3% completa com solução.
4L Solução RL. Fornecer parceladamente (3-4 vezes ao dia).
V. Manutenção: 7,5L (oral). Solução eletrolítica oral 5%PV + restante do volume de
4L leite (1L/vez). manutenção.
4L solução eletrolítica oral (2L/vez). 2º DIA
HIPOPROTEINEMIA Aumentar o volume de leite para 7% PV.
Solução cristaloide é ineficaz. Fornecer parceladamente (3-4 vezes ao dia).
usa para corrigir a desidratação. Solução eletrolítica oral 3% PV + restante do volume da
manutenção.
Opções: coloides, plasma e sangue total.
Quando tem hipoproteinemia, precisa repor usando as 3º DIA
soluções coloides, plasma ou sangue total.
Fornecer o volume total de leite (10%PV).
Terapia antimicrobiana Fornecer parceladamente (3-4 vezes ao dia).
Solução eletrolítica oral completando o volume de
CRITÉRIOS INDICATIVOS manutenção.
LARINGE
TRAQUEIA
BRÔNQUIOS
BRONQUÍOLOS
O lobo cranial direito também é dividido em duas porções, Surfactante: ↓ tensão superficial
apresenta o lobo médio, caudal e o acessório.
pressão se iguala entre os alvéolos.
O brônquio traqueal em ruminantes é um brônquio que
ocorre antes da carina, sendo um lugar importante para a essa substância diminui a tensão superficial dos alvéolos.
pneumonia, por ocorrer antes e o agente vier através da se não tivesse a substância surfactante o ar ao entrar
via respiratória chegará no brônquio traqueal primeiro e no alvéolo iria com mais facilidade para o alvéolo maior
consequentemente no lobo cranial direito. por ter uma menor resistência, o alvéolo menor iria
além disso, o ar ao passar nessa região faz uma colabar por conta disso.
turbulência aumentando a velocidade do ar no lobo a substância surfactante é importante, pois iguala as
cranial direito e isso atrapalha os mecanismos de defesa pressões entre os alvéolos e dessa forma o ar vai
desse lobo. ocupando todos os espaços e não tem uma preferência
por um alvéolo, ou seja, não fica desviado apenas para
Equinos
os alvéolos maiores.
o surfactante iguala as pressões entre os alvéolos
independente do seu tamanho.
*NEONATO PREMATURO:
sistema surfactante imaturo.
dispneia.
Apresenta apenas dois lobos (apical e caudal), do lado direito alvéolos com quantidades diferentes de oxigênio.
ainda tem o lado acessório.
O lado direito é maior e mais volumoso do que o lado
esquerdo por conta do coração que é levemente deslocado
para a esquerda.
ÁCINO PULMONAR: é a unidade funcional do sistema
respiratório, sendo a união bronquíolo + ductos
alveolares + alvéolos.
Principalmente os potros tem um sistema
Pneumócitos tipo I: é uma célula mais fina e achatada, surfactante imaturo, sendo comum nesses
sendo sua principal função a troca gasosa. animais a dispneia por um tempo maior após o
nascimento, pois os alvéolos não tem a
Pneumócitos tipo II: tem como função principal a
substância surfactante ativa e faz com que os
produção da substância surfactante que mantém a tensão alvéolos carreiam quantidades diferentes de
igualada entre os alvéolos. oxigênio.
surfactante. No humano existe a forma de fazer a prevenção.
Elasticidade pulmonar
Resistência à passagem do ar: problema crônica (baia que não é limpa com uma
frequência correta).
o ar ao entrar e passar pela bifurcação será dividido, a
fórmula da resistência diz que o diâmetro “A” é menor Deposição + sistema mucociliar.
que a soma dos dois “a”, isso indica que à medida que Macrófagos alveolares + surfactante.
o sistema respiratório vai se bifurcando o espaço vai Leucócitos + imunidade humoral.
aumentando mais.
em alguns casos temos que trabalhar com essa Sistema mucociliar
resistência.
Deposição de partículas (> 2 μm).
as partículas que são maiores sofrem uma deposição
na mucosa (pode ser na traqueia ou no brônquio).
esse sistema é composto pelos cílios e tem duas fases
de secreção.
CÍLIOS: presentes em quase todas as vias aéreas.
*Exercício → broncodilatação.
os cílios tem um movimento de onda e vai levando as
durante o exercício o animal dilata a narina e além de partículas depositadas em um único sentido, sendo no
tudo sofrem uma broncodilatação para reduzir a sentido oral.
resistência, pois quanto mais dilatado mais espaço terá
e menor será a resistência do ar. FASE SOL → mais fluida (perto dos cílios).
a oxigenação do indivíduo fica mais fácil, sendo fase sol precisa ser mais fluida para facilitar o
importante para um animal atleta. deslizamento, consequentemente a fase gel vai sendo
deslocada até a laringe.
Inervação FASE GEL → mais viscosa (acima da fase sol).
a fase gel é em cima por ser mais viscosa, dessa forma,
parassimpático: broncoconstrição. as partículas que vão chegando ficarão aderidas nessa
inervado pelo nervo vago. fase gel.
simpático: broncodilatação. Sentido oral (até a laringe).
não existe um nervo simpático específico, existem quando esse conteúdo chega na laringe ele tem dois
receptores beta 2 simpáticos e o estímulo desses caminhos, podendo ser espirrado ou deglutido, dessa
receptores que causam essa broncodilatação. forma, elimina essas partículas maiores.
Espirro/tosse.
o espirro serve para fazer a limpeza da cavidade nasal
e eventualmente limpeza da faringe.
a tosse é para fazer a limpeza da laringe e da
traqueia, se tiver algo na traqueia ativará a tosse. Macrófagos alveolares
Apneia/broncoconstrição.
por exemplo, as vias respiratórias vão diminuindo de
diâmetro quando existe algum mau odor, com isso, faz
apneia e um dos mecanismos de defesa ativados é a
broncoconstrição, isso se torna um problema quando
permanece por muito tempo ou quando se torna um
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Partícula que chega ao alvéolo: macrófagos ➔ ASMA (2018) - alguns pesquisadores tem usado o termo
alveolares + surfactante ASMA (termo genérico para as duas afecções).
reciclagem do surfactante. ORVA é obstrução recorrente das vias aéreas que é um
fagocitose e digestão de partículas < 2 μm. quadro de bronquite, assim como a DIVA que é a doença
inflamatória das vias aéreas.
As partículas menores que chegam até o alvéolo
sofrerão a ação dos macrófagos, tendo uma resposta Apresentação
celular e faz a fagocitose das partículas.
São bronquites que se confundem em muitos aspectos e
Também atuam junto com a substância surfactante, tem uma relação direta com animais estabulados.
além de fazer a fagocitose e digestão dessas partículas, não atende um caso de ORVA ou DIVA em animais que
ele também recicla a substância. surfactante. ficam no pasto.
não é uma pneumonia porque a pneumonia é a
Imunoglobulinas inflamação do pulmão, as bronquites são inflamações de
vias aéreas.
Distribuídas no trato respiratório, é uma resposta humoral.
esses processos são assépticos e na maioria das vezes
IgA: mucosas nasal, faringeana e traqueal. a pneumonia é séptica.
IgG: sintetizada localmente (superior e inferior). Idade/tempo de estabulação:
Etiologia
*DPOC: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (até 1995). Agentes causadores de reações de hipersensibilodade.
ORVA: Obstrução Recorrente das Vias Aéreas. ex: esporos de fungos presentes no feno.
RAO: Recurrent Airway Disease. Agentes irritantes às vias respiratórias.
DIVA: Doença Inflamatória das Vias Aéreas. ex: amônia, poeira.
IAD: Inflamatory Airway Disease. Agentes infecciosos (?)
vírus.
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não precisam estar presentes para o quadro ocorrer. Hipercrinia (maior secreção de muco)/discrinia.
os agentes infecciosos, principalmente em animais Edema de mucosa.
jovens é mais comum em infecções virais, principalmente colaborando para a redução do lúmen da via
pela nova adaptação do ambiente onde tem animais respiratória.
que levam outros agentes, ao começar o treinamento
a imunidade diminui. A principal consequência é a hipoventilação, o animal tem
um desempenho atlético comprometido.
a causa disso não é uma infecção viral, mas pode estar
associado principalmente a animais mais jovens.
Patogenia
ORVA AUSCULTAÇÃO:
fazer no repouso, após exercício e após apneia de 1
Temperatura normal ou hipertermia. minuto.
tanto a ORVA quanto na DIVA geralmente não ocorre ruídos fisiológicos mais evidentes.
alteração de temperatura, em casos graves de ORVA
que tem hiper excitação pode aumentar um pouco. sibilos de tom grave e agudos + crepitação fina.
Tosse → queixa mais frequente. Fazer com o animal em repouso, pode ser feito após o
Secreção nasal. exercício para tentar exacerbar alguma alteração ou
secreção nasal aumenta principalmente após o ruído patológica.
exercício, é serosa a mucosa e sua quantidade é Também pode fazer após a apneia de um minuto, mas
variável. pode optar por fazer o teste do saco, nesse teste oclui a
DISPNEIA:
narina e a boca com um saco e deixa o animal
expiratória, em contragolpe: inicialmente (processo respirando um minuto o ar e durante esse tempo já vai
ativo: músculos abdominais). auscultando o tórax porque começa a aumentar a
expiratória em contragolpe: animal está respirando amplitude da respiração, ao retirar esse saco após 1
e interrompe a respiração, ou seja, tem uma quebra no minuto faz uns 2 ou 3 movimentos respiratórios
ato de respirar, parece que o animal precisa forçar a
profundos, nesses primeiros movimentos até os ruídos
musculatura abdominal para essa expiração.
fisiológicos ficam mais evidentes e os patológicos
mista.
também, espera sibilos de tom grave e agudo, e
com a evolução da doença.
crepitação fina que indica um pouco de
“heave line”: casos crônicos (hipertrofia da aprisionamento de ar.
musculatura abdominal).
PERCUSSÃO:
ocorre nos casos crônicos e é uma hipertrofia da
musculatura abdominal, indica que o animal está em aumento da área pulmonar ventrocaudal.
dispneia crônica, fazendo força para expirar. tem que delimitar a área pulmonar, na ORVA mais grave
posição ortopneica → crises. observa um aumento da área pulmonar ventrocaudal,
isso é devido a hipertrofia da musculatura ao redor dos
eventualmente, em casos mais graves pode adotar a brônquios.
posição ortopneica.
som “relativa macicez” → aprisionamento de ar/
gira o membro para aliviar a pressão sob a caixa enfisema.
torácica, estica o pescoço e dilata as narinas para
facilitar a expiração. devido a hipertrofia e aprisionamento de ar pode ter
um som relativamente maciço em comparação ao som
Dispneia inspiratória pensa mais em trato respiratório claro que está presente normalmente.
superior quanto tem dispneia expiratória tende mais a
procurar causas em trato respiratório inferior, mas não Diagnóstico
é uma regra. Anamnese:
manejo: estabulação, baia, ventilação, feno..
busca as possíveis causas da enfermidade, como
condições do manejo.
verificar a estabulação, como é oferecido o feno e suas
características, como é a ventilação do galpão e entre
outras.
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AVALIAÇÃO ENDOSCÓPICA
Etiopatogenia
Classificação do grau de hemorragia.
Hipertensão pulmonar. GRAU 1: traços de sangue na traqueia.
Edema na parede dos alvéolos. GRAU 2: filete de sangue na traqueia.
Rompimento de capilares alveolares. GRAU 3: sangue na traqueia em > quantidade.
Hemorragia intra-alveolar. GRAU 4: sangue abundante na traqueia.
Presença de sangue nas vias respiratórias. GRAU 5: hemorragia nasal + sangue abundante na
Apenas alguns animais desenvolvem sangramento traqueia.
nasal, mais comum em vias respiratórias. Pode revelar a presença de sangue na região da carina.
Sinais clínicos
Epistaxe.
menos de 10% apresentam → endoscopia.
tem que fazer endoscopia para ver da onde está vindo
o sangramento.
Tosse.
Dispneia.
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Diagnóstico diferencial
Epistaxe: trauma na região nasal, corpo estranho, Incidência anual de 9% em potros → letalidade de 12%.
hematoma etmoidal, micose de bolsa gutural e neoplasias. Incidência anual de 50% em bovinos confinados nos EUA.
Hemorragia de trato respiratório posterior: abscesso O principal agente em equinos no Brasil é o Rodococose
pulmonar / corpo estranho / neoplasias. (Rhodococcus equi).
Depois de um processo inflamatório desses instalados o
Tratamento
pulmão sofrerá uma lesão e não irá se regenerar, a
Não existe tratamento considerado totalmente eficaz. parte acometida fica afuncional, é difícil quantificar o
Repouso: 3 – 6 meses. prejuízo, mas uma vaca leiteira com uma menor troca
difícil porque esses animais já tem uma vida atleta curta. gasosa irá produzir menos leite.
Furosemida Geralmente acomete animais jovens ou mais velhos pela
é um diurético, mas tem que tomar cuidado com o imunidade mais frágil.
doping.
0,3 – 0,6 mg/kg, IV, até 4h antes do exercício.
autorização.
Definição
eficaz em 50% dos casos.
Complexo de doenças respiratórias de ruminantes.
Prevenção
É uma afecção multifatorial complexa, pode ser causada por
Redução dos fatores causadores de inflamação das vias diversos agentes e por inúmeras associações dos mesmos que
aéreas. acarretam no quadro de pneumonia.
Profilaxia das doenças respiratórias.
Programas de exercícios controlados. Inúmeras associações de agentes infecciosos.
Comprometimento das defesas do hospedeiro.
Prognóstico Condições ambientais desfavoráveis.
Para o esporte: MAU. Epidemiologia
AUSCULTAÇÃO
Crepitação grossa.
(DIVERS; PEEK, 2008) Sibilo agudo ou grave.
roce pleural (raro em bovinos).
quando tem pequenas formações entre as pleuras,
sendo microabscessos ou pequenos pontos de
aderência.
quando tem roce pleural tem esses pontos e começa a
raspar, é considerado raro em bovinos porque o bovino
exsuda muito entre as pleuras ou faz uma aderência
muito forte entre elas, não deixando ocorrer esse
deslizamento.
(DIVERS; PEEK, 2008) silêncio auscultatório.
Bovino com boca aberta indica dispneia ou estresse tem que delimitar a área dele, se for em uma área focal
térmico. pode pensar em uma possível massa, podendo ser
abscesso, neoplasia ou coágulo.
Diagnóstico diferencial
NECROPSIA
Broncopneumonia fibrinopurulenta.
Áreas ventrais dos pulmões intumescidas, avermelhadas,
firmes e pesadas.
Consolidação pulmonar. AINES
Flunixin meglumine: 2,2 mg/kg IV, IM, SID ou BID.
Corticoides: não usar em broncopneumonias!
não indicado por conta do risco de imunossupressão.
MUCOLÍTICOS
Bromexina.
HIDRATAÇÃO!
Tratamento
Sinais clínicos
Tosse.
Secreção nasal (pode haver odor fétido).
Perda de peso.
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Coleta de amostras
RODOCOCOSE
Tratamento
Repouso.
Etiologia
repouso se é um animal atleta, principalmente, porque
não consegue desempenhar sua atividade com êxito. Complicação de pneumonia fibrinosa.
AINES. Disseminação hematógena → pleurite.
Nebulização. Espontaneamente ou associada a fator estressante.
Broncodilatadores + Mucolíticos. Tem sido questionada, acredita-se que pode ser devido
Hidratação. a complicação de pneumonia fibrinosa ou uma
disseminação hematógena que causou uma pleurite,
alguns casos são difíceis de determinar a causa por isso
pode ser uma pleuropneumonia de forma espontânea.
Sinais clínicos
Auscultação Antibioticoterapia.
AINEs.
Campo pulmonar dorsal: ruídos normais.
Repouso.
Campo pulmonar ventral: silêncio.
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Período de adaptação em torno de 48 horas após o parto, A doença clínica aparentemente mostra um prejuízo maior
tendo a ação dos mecanismos compensatórios com relação pelos custos, entretanto, a incidência da doença subclínica é
ao início da lactação, nesse período vai haver o estímulo maio, apresentando um impacto econômico maior.
para liberar o PTH e formar a vitamina D3 na forma
ativa, se isso acontecer de uma maneira lenta o animal vai
ficar doente.
Hipocalcemia clínica
- 60kg na produção
- 15kg PV Quanto maior a idade do animal menor é o número de
Vida produtiva menor receptores nos enterócitos e nos ossos, ou seja, animal mais
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abaixo do que é recomendado irá fazer uma prevenção Dependendo do que estiverem se sobressaindo teremos uma
porque o animal está em balanço de cálcio negativo e está maior alcalinização do meio ou uma maior acidificação do
com o PTH sendo liberado em maiores concentrações, meio, sendo que preferimos uma acidificação porque
estimulando esse balanço negativo. Eleva PTH e aquela aumenta a resposta tecidual ao PTH, os receptores nos
adaptação que tem que ocorrer dentro de 48 horas ocorre tecidos periféricos ficam mais sensíveis ao PTH e
de uma maneira mais rápida, o desafio é formar uma dieta conseguem reter o cálcio intestinal e fazer a reabsorção
com esse pouco cálcio, óssea com maior facilidade. Uma dieta mais alcalina tem
Administra imediatamente antes e logo após o parto uma um efeito direto na enzima renal que tem uma atividade
solução que contenha cálcio para ajudar a prevenir ou menor, essa enzima converte a vitamina D menos ativa em
minimizar o impacto da hipocalcemia. um metabólito mais potente, a maioria das forrageiras é
muito rica em potássio, sendo mais catiônica e tende a ser
POTÁSSIO DA DIETA mais alcalinizante, o desafio é formular a dieta que consiga
acidificar o meio.
Altas concentrações (> 2% da matéria seca ingerida).
No fim da gestação é o principal fator de risco. Mais importante que o nível de Ca da dieta
Cátions tendem a alcalinizar o organismo → eleva a
(Na + K) – (Cl + S)
incidência da hipocalcemia puerperal.
*mEq/kgMS
Altas concentrações de potássio eleva a incidência de
hipocalcemia porque o potássio funciona como um cátion, FÓSFORO DA DIETA
quando esses cátions estão se sobressaindo na dieta irão
Fósforo maior que 80g/dia no pré parto aumenta a
alcalinizar o meio, o meio alcalino reduz a capacidade de incidência.
adaptação.
Fósforo é inibidor da 1-α-hidroxilase
Fatores determinantes
DIETA CATIÔNICA-ANIÔNICA
Na, K, Cl, S.
existe uma fórmula que calcula a diferença catiônica-
aniônica da dieta, Na e K são os cátions mais
importantes e Cl e S são os ânions mais importantes.
Ca, P, Mg.
Ca, Mg e P entram em algumas fórmulas, mas como sua
quantidade em comparação com os outros são
pequenas, eles apresentam uma influência menor sobre
o equilíbrio ácido-básico.
ALCALINIZAÇÃO X ACIDIFICAÇÃO.
alcalinização: menor atividade da 1-α-hidroxilase.
Estabilidade da membrana celular.
acidificação: aumenta a resposta tecidual ao PTH.
↓ Ca = maior permeabilidade = células mais excitáveis.
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Estágio 1
4 –
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Estágio 3
A dieta de vacas secas não pode conter tampões porque não A demanda energética de uma vaca seca é em torno de
consegue o efeito de acidificação para melhorar a resposta 50g e uma vaca lactante 1700 g de glicose por dia porque
ao PTH. precisa formar a lactose, se ela não consegue gerar tudo isso
ela entra em metabolismo energético negativo e mobiliza a
Sal comum à vontade: quantidades iguais de cátions e
gordura.
ânions.
Cálcio oral ao parto e após 24h.
já tem muita propriedade que faz só que a limitação é
que onera. Tratamento.
Descartar vacas que tenham recidivas. - 60 a 300 L leite/lactação.
por conta da linhagem. Infertilidade temporária.
Outras enfermidades do puerpério:
mastite (35% maior).
Cetose. O tratamento é baseado no fornecimento de glicose por
sofrer de hipoglicemia, sendo um tratamento que gera
Acetonemia.
prejuízo, custos com o veterinário e custos afetando a
Acetonúria.
produção.
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Assim como a hipocalcemia, ela aumenta o risco de Tem uma incidência maior nos extremos, ou seja, vacas
aparecer outras enfermidades do puerpério, como a mastite. muito magras ou vacas muito gordas, é mais comum que as
vacas nos fins de gestação fiquem gordas, sendo um
problema porque pode estar recebendo uma dieta pré-parto
inadequada e esse escore elevado nessa fase tende a ter um
menor apetite no pós parto, fazendo a mobilização de
gordura e o risco de ficar doente é maior.
Maior déficit energético nesse período. Produção leiteira e Ingestão de alimentos pós parto:
quanto maior a idade tem uma queda do apetite 60 pico de produção: 3 - 4 semanas de lactação.
dias após parto.
apetite: pico na 7ª – 8ª semana.
o pico de lactação não coincide com o pico de ingestão
de alimentos, sendo pior nas vacas mais velhas.
sofre com um déficit energético maior que as outras BEN
nesse período.
Número de lactações: A relação entre o pico de produção e o apetite estão em
3ª a 6ª → pico de produção leiteira. momentos diferentes, resultando no balanço energético
animais nessa fase apresentam uma maior demanda negativo (BEN).
energética.
Importante perguntar a categoria da vaca (alta, média e
baixa produção), fase da lactação que ela está e o número
de lactações que ela já teve, perguntar se é um problema
individual ou se está afetando o rebanho.
Produção leiteira:
alta produção é mais comum pela demanda energética
ser maior.
Vacas gordas (ECC>3) ao fim da gestação: ingerem ALIMENTAR OU PRIMÁRIA: tem relação com o
menos alimento após o parto. estado de nutrição dos animais, podendo ser decorrente
Vacas gordas e estabuladas: de:
inatividade física = neoglicogênese menos eficiente. subalimentação: anorexia pós parto.
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superalimentação: mais relacionado a sinais neurológicos, e uma possível explicação seria essa
superalimentação pré-parto, como vacas com alto transformação em isopropilálcool que atua diretamente no
escore de condição corporal no pré-parto tendem a sistema nervoso central.
apresentar hiporexia no pós-parto.
ESPONTÂNEO OU SECUNDÁRIO: são animais que
recebem dietas balanceadas, porém adquirem outras
doenças que a deixam debilitadas e com isso, ficam com Forma subclínica
hiporexia/anorexia entrando no quadro de subalimentação
e fazendo a mobilização de gordura. Aumento de corpos cetônicos no sangue.
Baixos níveis de glicose sanguínea (10-30mg/dl).
Em comum entre a patogenia da doença é a lipólise que
Sem sinais clínicos aparentes.
ocorre.
Complicações.
infertilidade temporária, maior risco de ocorrência de
mastite.. .
Forma clínica
CONSULTIVA/CAQUETIZANTE
Hiporexia a anorexia, apetite seletivo ou Parorexia.
Perda de peso.
Fezes secas e endurecidas.
Tudo se inicia com o BEN, vacas que tem uma produção
elevada não conseguem fugir do balanço energético devido a hipomotilidade.
negativo, conseguem apenas minimizá-lo. Depressão moderada.
Depois do BEN começa a fazer a mobilização de gordura Hipomotilidade.
para disponibilizar glicose, ao mobilizar essa gordura
começa a produzir muitos NEFA (ácidos graxos não Hipogalaxia (~20%).
esterificados) e aumenta consequentemente a Acetil-CoA. Se assemelha com a hipocalcemia.
O Acetil-CoA entra no ciclo de Krebs e continua a
glicogênese, entretanto, nesse caso, precisa de
oxaloacetato para entrar no ciclo de Krebs (isso tudo
acontece no fígado).
Pela capacidade de metabolização do fígado estar no limite,
ele não está dando conta de metabolizar todo o NEFA
disponível, essa quantidade acaba ficando pequena, se não
tem oxaloacetato para fazer a Acetil-CoA entrar no ciclo NERVOSA
de Krebs, começa a acumular o Acetil-CoA e com isso, Quadro agudo; episódios recorrentes.
começa a cetogênese, fazendo a formação dos corpos
cetônicos. Andar em círculos.
Inicialmente, começa a formar acetoacetato, uma parte Head tilt.
dele depois faz a formação da acetona e do - Agressividade.
hidroxibutirato (mais utilizado para fazer o exame). Hiperestesia.
O -hidroxibutirato pode ser transformado em
isopropilálcool, algumas vacas com cetose desenvolvem
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Forma consultiva
–
S = SENSITIVO. ponte.
M = MOTOR. sua função sensitiva está relacionada a sensibilidade
S/M = MISTOS (SENSITIVO E MOTOR). da face, principalmente da pálpebra e da córnea.
– a parte motora envolve os músculos da mastigação.
o nervo olfatório se origina na região do bulbo olfatório –
função sensitiva de olfação. se origina na medula oblonga ou bulbo.
– –
origina do diencéfalo. se origina na medula oblonga ou bulbo.
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OBSERVAÇÃO!
repouso e movimento.
atitude, interação com o meio, posição, simetria muscular.
atitude: se está em estação, decúbito lateral,
decúbito esternal, se interage com o meio.
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Em que local?
Ofertando alimento
Função encefálica
Avaliando a simetria facial
Estado mental ➔ resposta aos estímulos ambientais. VII PAR.
excitação, letargia e depressão, estupor e coma.
Sensibilidade facial
doença encefálica ou cerebral difusa.
Comportamento (normal vs anormal) ➔ Simétricos? V PAR.
Resposta à ameaça
Posição do globo ocular e presença de
II PAR. estrabismo
III, IV E VI PARES.
O estrabismo pode ser uni ou bilateral, lesão no oculomotor
tem estrabismo lateral, no quarto par é um estrabismo
dorsomedial e no abducente (sexto par) é um estrabismo
medial.
XII PAR.
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Ataxia
Déficit de propriocepção. Só membro pélvico em lesão cervical (C1 – C5) se for leve
porque os tratos motores são mais superficiais, em uma
Sinais: cambaleios, abdução exagerada ao caminhar, compressão mais leve só tem sinal em membro pélvico.
membros cruzados..
Muitas vezes indica lesão em ME, mas também pode ser
nos centros superiores (ex: cerebelo).
Espasticidade
Dismetria
Os sinais clínicos do sistema nervoso nos dizem mais sobre acometida, as vezes se inicia com uma lesão focal e vai
o local da afecção do que o diagnóstico em si, costuma ser evoluindo.
dividido em síndromes para dividir a lista em diagnósticos
diferenciais.
Síndrome cerebelar
Síndrome pontinobulbar
Tremores de intenção da cabeça.
Depressão ou coma.
Anormalidades locomotoras. quando o animal ao ser estimulado de alguma forma
apresenta esse tremor de intenção, ex. quando vai
Tetraparesia com decúbito permanente. oferecer comida ao animal.
Disfunções de vários nervos cranianos. Anormalidades locomotoras.
Ataxia.
Síndrome vestibular
Hipermetria.
Tem o sistema vestibular envolvido pela continuidade com a Espasticidade.
cóclea e sistema auditivo. Base ampla de apoio.
Rotação da cabeça. pelo déficit de equilíbrio.
Perda de equilíbrio. Nistagmo.
Quedas. Visão normal.
Andar em círculo. Resposta à ameaça pode estar ausente.
Nistagmo.
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Paresia espástica.
SÓ OCORREM NA SÍNDROME CEREBELAR E
Síndrome cerebral. NÃO SÃO DEFINITIVOS
Síndrome hipotalâmica.
Síndrome mesencefálica.
Síndrome pontinobulbar.
Síndrome vestibular.
Síndrome cerebelar.
MULTIFOCAL: sinais refletem mais de uma
síndrome.
inflamatória, irá gerar um edema vasogênico (intersticial) Para chegar ao diagnóstico de trauma craniano temos que
que resulta em um quadro de hipóxia porque é um sistema analisar a evolução, sendo que seu início é súbito, o animal
era normal antes do trauma e depois inicia os sinais que
que não tem muito espaço e qualquer aumento de volume
podem ir piorando.
comprime a região, causando dessa forma quadros de
Para diagnóstico, em animal jovem conseguimos fazer o RX
hipóxia. de cabeça e das primeiras vértebras cervicais, também
A partir desse momento temos a formação de um edema pode analisar o líquor tendo geralmente sinais de
hemorragia.
citotóxico, isso ocorre porque com a hipóxia (diminuição de
oxigênio) tem a redução da bomba de sódio-potássio-
hemorragia aguda: acidente no momento da punção
por pegar algum vaso terá hemácias, precisando
ATPase, com isso, acumula mais sódio dentro da célula
diferenciar de uma hemorragia intracraniana.
fazendo a água entrar na célula.
hemorragias intracranianas: alteração no formato
A célula fica edemaciada e causa um quadro de hipóxia da hemácia, suspeitando de um trauma craniano.
ficando em um ciclo vicioso, podendo chegar em anóxia, a O histórico é importante, o proprietário pode ter visto a
manutenção desse ciclo se não quebrar esse processo queda ou o atropelamento.
inflamatório evolui para um edema cerebral difuso, por
Mochação à ferro quente
conta disso, a maioria dos sinais clínicos refletem a sinais
multifocais pela evolução. Decorrente de um procedimento de mochação mal
realizado.
Na imagem mostra que a pessoa forçou muito e ficou muito
tempo no botão córneo causando uma lesão, se deixar essa
alta temperatura por muito tempo tem a passagem da
temperatura para o encéfalo.
1. Físicas.
2. Metabólicas.
3. Infecciosas (inflamatórias).
vírus, bactérias, protozoários, cestoides, príons.
4. Tóxicas.
Um dos sinais é o head pressing, tem uma evolução aguda.
5. Nutricionais.
6. Neoplásicas. Trauma vertebral + compressão
7. Idiopáticas. medular
8. Congênitas e hereditárias.
Mais comum em equinos, tem que ter um histórico de início
súbito.
Animal jovem consegue ser feito o RX.
Trauma craniano.
Mochação à ferro quente.
Trauma vertebral + compressão medular. Hipoglicemia.
mais frequente em cordeiros, geralmente associado a
Trauma craniano hipotermia e inanição.
Pode ocorrer de diversas formas, seja por queda, normalmente a inanição é a principal alteração
atropelamento e afins. encontrada.
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sendo a hipoglicemia uma causa secundária gerando vive se existir a planta dá indícios de uma possível
quadros neurológicos. ingestão, associado a isso os sinais clínicos mais os sinais
Hipocalcemia: devido ao decúbito com alteração no encontrados na necropsia (característica de doença
hepática aguda).
estado mental.
Acetonemia: tem principalmente a forma nervosa. DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA
toxemia da prenhez: é um tipo de acetonemia, as
ovelhas e cabras geralmente gordas em final de
gestação começam a mobilizar muita gordura, a maior
demanda energética nesses animais ocorre no final da
gestação, normalmente em prenhez gemelar.
é uma doença metabólica que pode gerar sinal
neurológico
Encefalopatia hepática: muitas doenças levam a essa
encefalopatia hepática.
O Senecio brasiliensis causa uma doença hepática crônica
a principal é uma hepatopatia que gera e é comum na região.
secundariamente uma encefalopatia.
É uma planta tóxica para os animais, vê áreas de fibrose
(cirrose hepática) como consequência do dano celular de
Encefalopatia hepática
forma repetitiva, essas áreas sofrem atrofia e ficam mais
endurecidas, nos quadros finais da hepatopatia tem os
DOENÇA HEPÁTICA AGUDA sinais neurológicos.
Não existe tratamento porque não consegue regenerar,
se diagnosticar tem que tirar da crise neurológica e coloca
medidas para não ingerir mais, sendo um prognóstico mau.
agentes virais
Raiva. todas as especies
BoHV-5.
ESTRATÉGIAS
SINAIS CLÍNICOS
DIAGNÓSTICO
Histórico + sinais clínicos.
precisa do histórico bem documentado com questão de
evolução, número de animais acometidos, idade e origem
dos animais, mais se os sinais clínicos cursam com
síndrome cerebral.
Patologia clínica: LCR.
grande pleocitose (é o aumento de leucócitos) –
predomínio de MN (mononucleares).
Não é uma doença de interesse do MAPA, por conta disso, mononucleares: linfócitos.
os dados de distribuição acabam sendo mascarados.
hiperproteinorraquia.
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Babesiose cerebral
babesia bovis
Babesia bovis é o principal agente causador, a Babesia
bigemina não causa a forma nervosa.
DIAGNÓSTICO Capilares cerebrais obstruídos por aglomerados de
hemácias parasitadas.
Dá para fazer exame de imagem, entretanto tem que ver
a disponibilidade e custo. a obstrução causa uma estase sanguínea, sendo um
processo de hipóxia de certa forma rápida pela
Isolamento bacteriano (LCR ou encéfalo). evolução, podendo evoluir para o óbito também.
Hemograma e fibrinogênio. Outros sinais de TPB (tristeza parasitária bovina).
sinais de inflamação. hipertermia.
LCR. anemia.
pleocitose – predomínio de PMN. icterícia.
hiperproteinorraquia. hemoglobinúria (está presente apenas na Babesiose, na
Anaplasmose não tem).
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PATOGENIA
DIAGNÓSTICO
Histopatologia.
Impressões do encéfalo em lâminas coradas*.
Parasitemia.
não é o mais específico.
TRATAMENTO
Diaceturato de diminazeno: 3,5 mg/kg, dose única. O gambá ao eliminar e contaminar o alimento e água com
Dipropionato de imidocarb: 1,2 mg/kg dose única. os esporocistos, o cavalo pode ingerir esse alimento e água
muitas vezes quando o proprietário tem restrição grande ao mercado externo, sendo doenças de
financeiro faz o diagnóstico terapêutico, ou seja, entra notificação obrigatória. É uma doença
genética, envolve a produção de proteínas
com o tratamento e se o animal responder considera-
alteradas (príons) e a EEB no Brasil nunca teve
se positivo. um quadro clássico.
Histopatologia. São doenças neurodegenerativas que
pode ser feito, mas pelo tamanho da medula do equino acometem a estrutura do sistema nervoso
central, devido ao acúmulo de uma proteína
acaba precisando de uma grande amostragem.
anormal a partir de uma alteração de uma
Para coletar o líquido é de preferência em decúbito com o proteína normal no hospedeiro.
equino anestesiado, dependendo do grau de incoordenação A vCJD é uma variante da doença e é
considerada uma zoonose pela ingestão de
é um grande risco deitar esse animal porque será difícil para alimentos que apresentam o agente da EEB.
o mesmo levantar. Causa lesões neurodegenerativas no encéfalo
com um longo período de incubação, média de
TRATAMENTO 4 a 5 anos acometendo animais mais velhos,
geralmente, ausência de reações inflamatórias
PROTOCOLO 1 (3-6 MESES): é um protocolo longo. e reações imunológicas, é chamada de
espongiforme porque forma poros, o principal
sulfa/trimetoprima (Tridiazin): 15 – 20 fator de risco associado é a utilização de
mg/kg, VO, SID. farinha de carnes e ossos na alimentação
desses bovinos.
primetamina (Daraprim): 1 mg/kg, VO, SID.
Bovinos com sinal neurológico com mais de 24
PROTOCOLO 2 (28-45 DIAS): mais utilizado, meses tem que coletar material para raiva e
principalmente por conta da sua duração que é menor. EEB, abaixo de 24 meses é só para raiva. É uma
doença que não tem tratamento.
diclazuril (Hiprosil): 5 - 10 mg/kg, VO, SID.
AINES e/ou DMSO nos primeiros 4 dias.
Exercícios forçados continuamente por semanas a meses. Leucoencefalomalácia.
colocar o animal para caminhar, se o grau de Tétano.
incoordenação for leve coloca ele para trotar para
melhorar a força muscular. Botulismo.
Suplementação com vitamina E (3.000 – 6.000 UI/dia). Ureia.
não é obrigatório, mas se for utilizar faz por todo o Chumbo.
tratamento, uma vez por dia. Organofosforados.
príons Carbamatos.
Paraplexia Enzoótica dos Ovinos – Scrapie. ovinos Tétano
começa com incoordenação motora e manias de se
automutilar. C. tetani – Tetanoespasmina.
Encefalopatia Espongiforme Bovina. bovinos paralisia espástica + hiperestesia.
O tétano é causado por toxinas que são liberadas e
sintetizadas pelo C. tetani, a principal delas é a
tetanoespasmina que causa um quadro de espasticidade
com hiperestesia, gerando o quadro clínico clássico do
tétano.
São doenças que são focos de atuação dos
veterinários oficiais e geram impacto negativo
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TRATAMENTO: pode usar ácidos fracos para acidificar vascular. É uma das possíveis causas de morte súbita, não
o pH ruminal. acomete ruminantes.
o principal ácido é o vinagre de cozinha, animal adulto
mais ou menos 5 litros a cada 6 a 8 horas, isso diminui SINAIS CLÍNICOS
o pH do rúmen, forma menos ureia (diminui a hidrólise da
Quadro agudo.
ureia) e uma ruminotomia para retirar o conteúdo com
amônia, o problema da ruminotomia é o tempo. Casos isolados ou surtos.
água gelada via intraruminal de 20 a 40 litros por Disfunções multifocais.
animal porque diminui a temperatura ruminal e a hidrólise apresentando um envolvimento difuso na maioria das
da ureia. vezes.
PREVENÇÃO: fazer uma adaptação lenta, Fígado → icterícia e bilirrubinúria.
homogeneizar bem a ureia antes de fornecer. Morte súbita ou em até 48h.
não usar ureia diluída em água, tem que tirar o alimento Depende da quantidade de micotoxina ingerida, casos
do cocho quando chove porque a ureia decanta e perde isolados ocorre geralmente quando o animal é dominante e
a homogeneidade. come mais.
Organofosforados DIAGNÓSTICO
Inseticidas tópicos (ex.: Neguvon®). Não tem um diagnóstico clínico devido a essas alterações
Alta capacidade de absorção (lipossolubilidade). difusas.
ANTÍDOTO: sulfato de atropina. Anatomia patológica.
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Polioencefalomalácia.
frequente em ruminantes.
Ataxia enzoótica dos cordeiros (def. Cu).
Naturalmente os indivíduos ingerem o enxofre
não é comum no Paraná, normalmente na região tem ou sulfato e normalmente acontece a ação de
intoxicação por cobre. bactérias assimilatórias que forma alguns
aminoácidos.
Mielopatia degenerativa dos equinos (def. Vit E).
Quando tem uma grande quantidade de
também é uma causa de incoordenação motora, ingestão de enxofre (sal mineral ou capim
causada pela deficiência de vitamina E. recém adubado) acaba formando gás
sulfídrico que é eructado, boa parte do gás
Polioencefalomalácia (PEM) eructado é inspirado e vai para a circulação,
também forma o sulfito que reduz a respiração
É o amolecimento da substância cinzenta do encéfalo, celular e consequentemente diminui a
formação de ATP e causa uma destruição de
nesse caso acomete ruminantes. membrana celular, isso nas células nervosas.
Metabolismo alterado de tiamina.
EPIDEMIOLOGIA
Ingestão elevada de enxofre.
Intoxicação por NaCl (privação de água). Ruminantes.
Intoxicação por chumbo. Distribuição mundial.
Encefalite por BoHV-5. Casos individuais ou surtos.
Animais jovens (bovinos até 18 meses).
METABOLISMO ALTERADO DE TIAMINA
LESÕES
B1 é cofator do metabolismo energético.
Córtex cerebral.
< atividade metabólica neuronal (< produção de ATP).
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acometem o córtex cerebral, por isso os animais acomete animais jovens, geralmente os sinais começam
desenvolvem síndrome cerebral. com 6 meses de idade e vai até os 3 anos.
SINAIS CLÍNICOS: Machos (tem apresentado uma maior frequência).
quadro agudo, geralmente simétrico. Raças de crescimento rápido (PSI, QM, MM).
disfunções multifocais. principais raças acometidas são grandes ou com
síndrome cerebral e cerebelar. crescimento rápido.
amaurose: cegueira de origem central, também costuma
ser observada.
DIAGNÓSTICO
Lesão macroscópica e histopatologia.
Terapêutico.
Na região cervical tem a estenose que gera o quadro de
TRATAMENTO síndrome medular.
Tiamina: 10-20 mg/kg, IM, BID-TID, 3-5 dias. FATORES DE RISCO
Dexametasona: 1-2 mg/kg, IV, dose única. Superalimentação (↑ energia): ↓Cu e ↑Zn.
dieta muito rica em energia associado com deficiência
de cobre e excesso de zinco.
As neoplasias de sistema nervoso são raras para grandes Predisposição familiar (provável).
animais.
Leucose. TIPOS
acomete principalmente os linfonodos e comprime deformações de ossos e articulações com estenose do canal
alguns nervos causando quadros neurológicos.
medular e compressão medular.
1. COMPRESSÃO DINÂMICA (INSTABILIDADE
VERTEBRAL):
Encefalopatia Hipóxica Isquêmica.
C3 – C4 e C4 – C5.
é a síndrome do mal ajustamento neonatal, sua causa é
compressão intermitente + ventroflexão.
uma incógnita.
Vai ter uma instabilidade vertebral, dependendo da posição
do pescoço causa essa compressão e o animal desenvolve os
Má formação Occipito-atlanto-axial. sinais clínicos.
acomete especialmente animais da raça árabe ou que 2. COMPRESSÃO ESTÁTICA (ESTENOSE
tenha na sua genética algum indivíduo da raça árabe, é ABSOLUTA):
uma má formação do occipital até a segunda vértebra C5 – C6 e C6 – C7.
cervical que pode gerar compressões medulares.
compressão permanente (independe da posição do
Mielopatia estenótica cervical.
pescoço).
Mielopatia estenótica cervical O animal a partir do momento que atinge um determinado
tamanho começa os sinais clínicos.
Cavalos jovens em crescimento (6m – 3a).
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SINAIS CLÍNICOS
Membros pélvicos principalmente.
Aparecimento súbito (aparentemente).
Evolução: agravamento progressivo inicial e curso
estacionário posteriormente.
Ataxia → tetraparesia.
Disfunções simétricas.
DIAGNÓSTICO
LCR: leve hiperproteinorraquia.
Sempre faz tiamina, DMSO faz em equinos e anti-
o líquor em si nesse caso não contribui para o inflamatório que pode ser o flunixin meglumine e se tiver
diagnóstico.
segurança que não se trata de uma doença infecciosa pode
Exame radiográfico simples.
fazer a dexametasona.
Mielografia contrastada.
as radiografias simples e com contraste facilitam se Trauma crânio encefálico
forem feitas com o pescoço flexionado para visualizar
os pontos de estenose.
TRATAMENTO
Cirurgias: fusão de corpos vertebrais (estabilização
ventral) ou laminectomia dorsal.
compressão estática: laminectomia dorsal.
Pode fazer uma solução hipertônica, faz manitol 20%
compressão dinâmica: estabilização ventral.
podendo associar com NaCL ou fazer um dos dois.
Eutanásia (casos graves).
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IMAGEM A
1. Cárdia.
As doenças que acometem o sistema digestório de chegada do esôfago.
ruminantes usamos o termo genérico de indigestão. 2. Saco dorsal. R
3. Saco cego cranial. Ú
4. Saco ventral do rúmen. M
5. Saco cego caudal dorsal. E
6. Saco cego caudal ventral. N
7. Retículo.
8. Abomaso.
IMAGEM B
O omaso é visto na imagem B do lado direito sendo o
número 7.
Na vista esquerda é visualizado o rúmen, sacos ruminais e
o retículo. Nos pré-estômagos temos a digestão mecânica e no
abomaso temos a digestão química.
O retículo é a porção mais cranial dos pré-estômagos dos
ruminantes e estão em íntimo contato com o diafragma.
Ciclo primário
Abomaso: estômago glandular dos ruminantes. É chamado de ciclo misturador.
Otimiza a fermentação.
é responsável por misturar a ingesta favorecendo o
processo de fermentação.
se não há a mistura, uma certa porção dessa ingesta
sofrerá muita fermentação e a outra parte não.
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além disso, depende da dieta, mas quando se alimenta Estímulo excitatório quando o animal está se alimentando,
de fibras muito longas esse processo de quebra também pH baixo mostra que a fermentação está ocorrendo de
é importante.
forma produtiva e que esse produto precisa seguir o fluxo
Aproximadamente 1x/min.
aboral, pH mais elevado significa que precisa fermentar
Início com contração bifásica do retículo.
mais.
tende a aumentar nos períodos que o animal está se
alimentando e diminui nos períodos de repouso.
se inicia no retículo, tem uma leve contração e depois
uma contração mais potente, após a segunda Distensão.
contração o estímulo vai caudal. Dor.
Pirexia.
Depressão.
Ciclo secundário
Ingestão de líquido
Apetite
Grau de bem-estar.
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Defecação
animal não consegue deglutir. camada mais ventral tem mais líquido.
camada intermediária mais fibras.
O pH da saliva tende a ser alcalino pela sua composição.
camada mais dorsal os gases.
Inspeção e palpação interna.
Bezerros: auscultação + balotamento.
Olfação.
ANÁLISE DO LÍQUIDO RUMINAL:
normal = ligeiramente adocicado.
cor, odor, consistência.
pH (5,5 – 7,4).
TRAM (3 – 6’).
1,10 – 1,25 m de comprimento ➔ mm. estriada.
microscopia.
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Inspeção.
Palpação.
Percussão.
Auscultação.
Balotamento e percussão do lado direito do abdômen.
Exame das fezes.
COMPLEMENTARES: punção, laparotomia,
Omaso laparoscopia, imagem.
ALTERAÇÃO DA MOTILIDADE
RETICULORRUMINAL: aumentada, reduzida ou
ausente.
Síndrome Indigestão dos Ruminantes mais comum é a redução ou ausência da motilidade.
Quando fala das enfermidades do sistema digestório usa o
termo Síndrome Indigestão dos Ruminantes.
Síndrome é quando tem um conjunto de sinais com vários
possíveis diagnósticos.
Grau
Leve.
Moderado.
Grave.
A sondagem é útil para diagnóstico e tratamento, essa O problema é quando o animal tem acesso a árvore
sondagem deve ser ororruminal. frutífera e tenta pegar no pé, algumas vezes cai de uma
Faz essa sondagem e dependendo de como essa sondagem vez na região de laringe e por reflexo tenta engolir e com
for consegue estabelecer o diagnóstico, ou seja, se está isso obstrui em algum ponto do esôfago.
passando a sonda e essa passagem é impedida entende-se Dentre as opções para fazer a correção dessa obstrução
que o esôfago está obstruído, sendo o diagnóstico esofágica temos a sonda de Thygessen que tem duas
obstrução esofágica. extremidades, sendo uma das extremidades úteis para
o timpanismo gasoso devido a obstrução esofágica, a empurrar o conteúdo ou para fazer a tração desse
obstrução de esôfago tem diversas abordagens conteúdo (abraça-lo).
terapêuticas dependendo do local que está obstruído. Esse corpo estranho, na região mais oral está repleto de
Se a passagem da sonda apresenta resistência, mas passa saliva porque o animal tenta deglutir e não consegue,
e tem drenagem de gás, se isso ocorre pode afirmar que deixando a superfície do material lisa, deve-se tomar
é um timpanismo gasoso porque esse gás está livre e cuidado ao empurrar porque pode escapar e causar uma
consegue ser eliminado. laceração de esôfago.
o espumoso não consegue eliminar porque essa espuma
não vem com facilidade na sonda.
nesse caso pensa mais em alguma compressão do Pastagens
esôfago para ter causado o timpanismo gasoso.
Se apresenta uma passagem fácil e drena gás também, LEGUMINOSAS:
nesse caso, pode pensar em alguma atonia ruminal, pode pastagem! (planta imatura/suculenta/úmida).
ser uma obstrução do cárdia e massas pedunculadas – ex. feno de alfafa (?): existem relatos por gerar essa
carcinoma pedunculado no cárdia. alteração, mas não é tão comum por não ser úmido.
Se tem uma passagem fácil sem drenagem de gás, mas
Proteínas solúveis ➔ digestão rápida e fácil ➔ dispersão
tem espuma na ponta da sonda o diagnóstico é timpanismo
estável de gás e partículas (espuma).
espumoso.
DECÚBITO: cirurgia de bovino em decúbito lateral opta Acontece principalmente quando o animal tem uma dieta a
em manter o esquerdo para cima pela possível dilatação, base de leguminosas, não é muito comum na nossa região, é
pois quando o animal está deitado muda o padrão de especificamente quando essa leguminosa é em forma de
motilidade, ou seja, o ciclo secundário não é eficiente pastagem, sendo uma planta mais nova/imatura, suculenta
porque a bolha de gás não está mais dorsal e sim lateral,
e úmida, tendo mais folha do que caule. O trevo é o
gerando um timpanismo gasoso.
principal exemplo de pastagem leguminosa e a pastagem de
por isso, não pode fazer uma cirurgia demorada e tem
que fazer jejum pré-operatório para diminuir a alfafa.
produção de gás. Pastagens novas com orvalho de manhã aumenta a
Obstrução esofágica. umidade e facilita o timpanismo espumoso. Esse material é
composto por um complexo de proteínas que é facilmente
digerível, sendo sua digestão rápida e fácil, isso faz com que
haja uma dispersão estável de gás e forme a espuma.
Confinamento
Em bovinos tem uma causa bastante comum que é a
ingestão de frutos causando a obstrução esofágica, GRÃOS muito triturados.
dificilmente isso acontece quando o indivíduo pega o fruto Dieta rica em concentrado e pobre em fibras.
do chão.
Causa não está muito clara
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alterações nos micro-organismos do rúmen ➔ entra 90º graus na pele na fossa paralombar esquerda
produção de slime (composto viscoso) ➔ espuma e sempre deve manter o trocater com um contato
estável. muito firme na pele, porque conforme elimina o gás o
rúmen vai murchando, então, o interessante é fazer a
Acredita-se que há alterações nos microrganismos palpação retal e manter o rúmen perto do trocater
ruminais, principalmente bactérias e protozoários, com isso, para eliminar o gás e manter o contato.
há uma seleção de um grupo de bactérias que faz a Tem que tomar cuidado com 2 coisas, quando o rúmen
produção de slime que é um composto viscoso, aumentando distende muito acaba retorcendo um pouco a região do
a viscosidade do conteúdo e formando a espuma estável.
cárdia, ao fazer esse processo e tentar sondar pode
acabar rompendo.
SALIVA: efeito tampão sobre o pH, Timpanismo muito grave tem que tomar cuidado e pode
mucoproteínas, efeito de diluição. causar a morte por comprimir as vísceras.
A característica da saliva é o efeito tampão por ter Um trocater no rúmen pode causar uma peritonite, mas é
bicarbonato na sua composição, tem mucoproteínas, como melhor tratar esse timpanismo, e o lado positivo é que os
a mucina que tem a função de diminuir a viscosidade do bovinos tendem a fazer uma peritonite mais localizados.
conteúdo e o efeito de diluição.
O timpanismo de pastagens e confinamento tem em
comum o baixo estímulo de salivação, as leguminosas são
plantas úmidas e jovens e não estimula tanto a
mastigação e ruminação, consequentemente a salivação, e
no confinamento os grãos são muito triturados sendo uma
mastigação curta e não estimulando a salivação.
CASOS LEVES
Tratamento do timpanismo espumoso
Sondagem ororruminal é suficiente.
resolve facilmente durante a sondagem ororruminal.
CASOS LEVES
faz o diagnóstico e nessa mesma sondagem faz o
tratamento, o gás será eliminado e diminui a extensão Uso de fármacos atimpânicos.
abdominal, a tendência é que retorne a motilidade. óleos não absorvíveis: óleo mineral, mucilagem.
silicone e metilcelulose: Blo-trol®, Ruminol®..
250-500 mL, intrarruminal.
Os fármacos atimpânicos reduzem a tensão superficial dessa
. bolha e promovem a eliminação do gás, é como se
CASOS GRAVES transformasse o espumoso em gasoso. Sua aplicação é
intrarruminal.
Trocaterização: é realizado no flanco esquerdo.
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Esse material pode ficar no assoalho do retículo de maneira As sequelas dessas peritonites localizadas são: indigestão
inócua, ou seja, sem causar prejuízos, além disso, também vagal e hérnia diafragmática pela fragilidade do tecido na
pode perfurar a serosa causando uma peritonite ou se região.
ficar na mucosa/submucosa e não causar doença.
Após a perfuração ele pode seguir os seguintes caminhos:
perfurar e ficar no ponto de perfuração, cronificando e Aparecimento súbito de:
virando um abscesso. anorexia.
pode avançar e atingir outros órgãos tendo diversas queda na produção.
possíveis complicações.
febre.
retornar ao lúmen do retículo e o organismo se
recuperar, sendo a menos provável de acontecer. dor abdominal localizada.
atonia ruminal.
Pode haver recuperação, persistir a forma crônica ou
gerar peritonite difusa.
A forma clássica é a peritonite localizada aguda, nas
primeiras 48 horas a 72 horas da perfuração, o animal
apresenta anorexia, queda na produção, febre, dor
abdominal localizada e atonia ruminal, porém é valido
Pode ser de duas formas: lembrar que após esse período pode haver a recuperação,
1. LOCALIZADA: podendo se tornar crônico ou gerar uma peritonite difusa.
a) aguda: logo que há a perfuração e se manifesta por LOCALIZADA AGUDA: animal nitidamente está
dor abdominal intensa localiza, atonia reticulorruminal, desconfortável, abdômen tenso, coluna arqueada e tem
anorexia, relutância em se movimentar e etc. todos os sinais súbitos.
b) crônica: se o organismo não se recuperar nessa fase LOCALIZADA CRÔNICA: os sinais não são tão
forma abscesso e aderências, nessa peritonite esses evidentes assim ou podem se tornar evidente de forma
sinais de dor e disfunção motora se tornam mais intermite.
intermitentes ou leves. DIFUSA: apresenta sinais de toxemia, tem uma
2. DIFUSA: ocorre na maioria das vezes quando tem o alteração sistêmica mais evidente.
rompimento de algum abscesso, pois é um padrão do bovino
formar essas peritonites mais localizadas.
se torna mais difuso quando esse animal é submetido
ao transporte, quando a fêmea passa por um parto ou
outras situações.
ao ter esse rompimento de abscesso teremos o quadro
agudo com sinais de toxemia, sendo um quadro mais
grave.
Podemos ter diversas complicações quando há perfuração
e esse corpo estranho avança e atinge outros órgãos, os
principais são: pericárdio, pleura, fígado e baço.
O mais comum é a reticulopericardite e reticulopleurite.
é um distúrbio motor e tem o impedimento do impulso Uma compressão já é suficiente para que haja as
eferente, ou seja, impulso que vem do SNC e chega no alterações.
órgão alvo.
acomete os pré-estômagos (rúmen, retículo e omaso) e
pode acometer o abomaso.
EFA (Estenose Funcional Anterior)
Evolução crônica.
SINÔNIMOS A inervação do ramo dorsal inervará todo o
rúmen e parede lateral de retículo e omaso,
Dilatação ruminal crônica. enquanto que o ramo ventral inerva retículo,
Meteorismo recidivante. omaso e abomaso.
a dificuldade não é o trânsito reticulomasal, é no molécula de bicarbonato de sódio que vai para o sangue,
esvaziamento pilórico, se tem essa dificuldade, o esse HCl que seria absorvido não é absorvido mais e por
abomaso irá dilatar primeiro. isso tem a manutenção da alcalose metabólica.
Acúmulo de ingesta e dilatação abomasal.
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LAPARATOMIA E RUMINOTOMIA
EXPLORATÓRIAS
Com essas intervenções busca verificar alguma aderência
ou abscesso próximo do reticulo (sinais de RPT).
O quão cheio está o omaso e abomaso.
Avalia o aspecto do conteúdo ruminal, presença de corpo
EFP (Estenose Funcional Posterior) estranho no retículo, outra coisa importante, é tentar
introduzir o dedo no orifício reticulomasal para avaliar o
Sinais iguais à EFA.
tônus, se for na EFA não tem tônus, é flácido.
Dilatação abomasal (abaulamento do abdômen ventral
direito).
Desidratação.
sinais mais claros de desidratação.
Necropsia
(Boro) Gluconato de cálcio: ajuda no efeito de contração. MORBIDADE: 10-50% nos confinamentos.
Casos graves
É a segunda principal causa de morte em equinos no mundo. a dor em outros órgãos sem ser do sistema digestório, como
cólica renal, cólica uterina e entre outras.
Instalações.
Inspeção
Pasto.
Alimentação. Busca alguma possível distensão abdominal.
Rotina diária. Inspeciona o animal de trás, quando essas distensões são
Enfermidades prévias. leves é difícil de visualizar.
Controle parasitário. DISTENSÃO ABDOMINAL
Auscultação intestinal
QUADRANTES:
superior – inferior.
direito – esquerdo.
Divide o abdômen em pelo menos 4 quadrantes, em cada
quadrante espera um som mais característico.
Motilidade e fluxos.
Sondagem nasogástrica
Ruídos de gás e líquido.
Deve passar essa sonda em todos os casos de cólica, é um
sons normais: mistura e segmentação, propulsão e
procedimento relativamente simples.
enchimento cecal (no quadrante superior direito, local
que tem a base do ceco e as válvulas). CONTEÚDO: normal X alterado.
INGESTA ALTERADA: cor e aspecto.
2 a 3 minutos em cada quadrante!
GÁS: quantidade e odor.
++ normal. LÍQUIDO: quantidade, odor, cor e pH.
+++ aumentado. Após a sondagem faz o exame do conteúdo recuperado,
+ diminuído. analisando esse conteúdo.
- atonia intestinal. Conteúdo avermelhado pode indicar uma lesão inflamatória
a nível de duodeno, conteúdo amarelado pode ser uma
QUADRANTE DIREITO sobrecarga gástrica por ter comido muita ração, conteúdo
mais amarronzado mais próximo do normal.
Superior: base do ceco. Avalia o odor também, consistência e pH.
nesse ponto com o estetoscópio espera ouvir as o pH costuma indicar da onde está vindo o líquido, o
descargas cecais. suco gástrico é mais ácido e espera um pH ácido, pH
Inferior: corpo do ceco e cólon ventral direito. mais alcalino que o normal tende a pensar que esse
conteúdo está refluindo do intestino delgado.
PASSAR EM TODOS OS CASOS DE CÓLICA!!!
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5.0mmx1.5m (neonato).
8.0mmx2.8m (potro).
11.0mmx2.8m (refluxo).
15.0mmx3.0m (inicial).
15 é mais fácil para fazer uma lavagem gástrica, obstrui Paracentese
menos que a 11.
17.0mmx3.0m (inicial). PUNÇÃO PARA COLHEITA DE LÍQUIDO
Entra pela narina e passa pelo meato nasal ventral, deixa a PERITONEAL
sonda o mais ventral e medial possível por ser o local que Tricotomia + Antissepsia.
tem mais espaço para passar e por ocorrer de forma menos
Linha média ventral:
traumática, nesse momento sopra e estimula a deglutição, o
10 – 15 cm caudal ao processo xifoide.
animal desloca a região dorsal da laringe e entra no
guiada por ultrassom.
esôfago.
Agulha, cateter ou cânula mamária.
Para a técnica é importante fazer uma tricotomia e
Palpação transretal
antissepsia na região mais baixa do abdômen do equino,
25 – 30% da cavidade abdominal. identifica a linha média ventral (linha alba). Em alguns
Localização das estruturas. casos são coletas improdutivas, ou seja, não vem o líquido,
Consistência do conteúdo. isso pode ocorrer pela desidratação, gordura abdominal
Distensão de alça por gás. espessa ou técnica inadequada.
Corpo estranho.
Ajuda em alguns casos, só realiza essa palpação se estiver
em um local seguro. Normalmente não é para se palpar o
intestino delgado, quando está obstruído e está dilatado,
ficando distendido consegue identificar.
Vícios.
presença de alguns vícios, se o animal tem algum vicio
já mostra que tem algum fator estressante envolvido.
A síndrome cólica pode ocorrer por diversas causas e
existem diferentes quadros que devemos tentar animal que tem aerofagia e que engole ar, além do
diferenciar, sendo quadros mais leves até dores mais comprometimento dentário pode causar uma dilatação
intensas. gástrica.
Anormalidades dentárias.
Clima.
Os equinos são animais que costumam estabelecer rotina, questões climáticas no Brasil não são muito importantes
esses animais se acostumam com o horário de se alimentar, devido a alteração não ser tão marcante.
de treinar e se alterar essa rotina costuma a atrapalhar o clima no Brasil interfere mais com a oferta e qualidade
metabolismo e aumenta o risco de algumas enfermidades, do alimento.
como a síndrome cólica. Exercícios/Baia.
frequência de exercício, mudanças que mexem com o
Alimentação (horários, concentrado). organismo dos cavalos.
são as principais fontes de alteração para causar cólica, Medicações (usadas recentemente):
mas não são as únicas.
amitraz: é um ectoparasiticida e frequentemente é
perguntar sobre a quantidade de concentrado que o
usado em outras espécies, porém, nos equinos é tóxico
animal come.
e causa uma hipomotilidade intestinal, como
animal atleta é mais exigido metabolicamente e consequência temos a compactação de cólon maior.
nutricionalmente parcelamos essa ingestão ao longo do
imidocarb: é uma droga utilizada para tratar
dia para não comer uma grande quantidade de uma
única vez, porque isso pode favorecer a fermentação Babesiose, por exemplo, pode causar a cólica
excessiva. espasmódica.
Alterações de manejo. vermífugos: dependendo da carga parasitária do
animal, se causar uma morte rápida dos parasitas pode
Menor ingestão de água. causar uma obstrução.
desde uma baixa disponibilidade de água ou água de má
qualidade.
Verminoses. QUE CAUSAM DOR!
ocorrência de verminoses que podem levar a um quadro 1. Obstrução simples: é toda a obstrução do lúmen dos
de cólica. órgãos que não causem obstrução do fluxo sanguíneo, ou
Transporte. seja, da circulação.
muito tempo em transporte terá um certo grau de obstrução funcional: não tem nada obstruindo o
desidratação. lúmen, é algum distúrbio de motilidade que impede o
Sexo. trânsito normal no sentido aboral, pode ocorrer em
algumas afecções são mais comuns em determinado estômago, intestino delgado e intestino grosso.
sexo ou idade. cólica espasmódica.
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o pH e menor que 5, quando faz a sondagem logo após proteica, quando tem mais fator agressivo ou tem uma
a alimentação pode ter o pH abaixo de 3, se o pH for quebra no fator de proteção ocorre a úlcera.
acima de 7 já pensa em um refluxo enterogástrico.
Multifatorial e complexa.
Tratamento
Exercício intenso ➔ retarda esvaziamento gástrico.
Descompressão: faz a descompressão pela sondagem tende a retardar o esvaziamento gástrico, tem o
nasogástrica, passa a sonda e tira o máximo de conteúdo sistema simpático ativado que diminui a motilidade e
que conseguir, isso ajuda a diminuir a dor. influencia no esvaziamento gástrico.
Lavagem gástrica porque o conteúdo está fermentando além disso, alguns autores falam que o exercício intenso
facilmente, então é melhor tirar o conteúdo para diminuir aumenta a secreção de gastrina que é um dos estímulos
a fermentação e por poder causar cólica novamente. que tem para a secreção ácida no estômago.
procedimento mais fácil de realizar com uma sonda de Estresse. reduz a PGE2 → reduz proteção
número 15, mais calibrosa. AINEs. (muco) → maior secreção HCl
Fluidoterapia. O estresse e AINEs reduzem a síntese de
Analgésicos. prostaglandina E2, essa prostaglandina faz
parte da cascata de produção da barreira
pode fazer de forma a mais fluidoterapia e analgésicos, muco bicarbonato, associado a isso tem uma
alguns animais não precisam disso. maior secreção de HCl.
Alimentação.
> CHO ➔ fermentação → reduz pH → inibe
transporte Na → edema.
Fatores Fatores dieta rica em carboidrato, esse carboidrato é
de de fermentado.
agressão proteção inicia sua fermentação no estômago, reduz o pH no local
e ocorre uma inibição do transporte de sódio que gera
um edema celular, como consequência tem a formação
de úlcera naquele ponto
Tem vários fatores envolvidos, desde fatores
predisponentes até fatores determinantes. pouca forragem ou jejum ➔ redução do pH.
A úlcera ocorre quando tem um desequilíbrio entre os animal que recebe pouca forragem ou muito tempo em
fatores de agressão e fatores de proteção. O estômago dos
jejum, a secreção ácida é contínua e reduz o pH e
aumenta os fatores de agressão.
equinos é dividido em duas porções pela margo plicatus,
Agentes bacterianos (Helicobacter equorum)?
sendo a porção aglandular e glandular.
já foi encontrado a Helicobacter equorum nos equinos,
FATORES DE PROTEÇÃO: na mucosa aglandular os mas não tem certeza da associação da presença da
mecanismos de defesa são mais limitados, tem uma bactéria com a presença de úlcera gástrica.
hiperqueratose que é pouco eficiente contra os fatores
agressivos, enquanto que a mucosa glandular tem uma
barreira de muco bicarbonato que faz a proteção contra os
agentes agressores.
SILENCIOSAS (SUBCLÍNICAS).
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Diagnóstico Tratamento
ANAMNESE + SINAIS CLÍNICOS. Reduzir estresse.
tentar correlacionar os fatores predisponentes, Interromper AINE (se for a fonte causadora de úlcera
principalmente estresse e AINEs e sinais clínicos, gástrica).
principalmente em cólicas recorrentes.
Ajustar dieta.
DIAGNÓSTICO TERAPÊUTICO: Hidróxido Al e Mg
Usar alguns fármacos específicos.
+ Lidocaína → 15’.
o diagnóstico terapêutico é pouco utilizado, é feito por
sonda nasogástrica e passa hidróxido de Al e Mg mais
lidocaína e espera 15 minutos, se cessar a dor do animal
pode considerar como diagnóstico terapêutico de úlcera
gástrica.
COMPLEMENTARES:
gastroscopia: presença, gravidade, localização →
evolução.
Exame confirmatório é a gastroscopia para ver se tem lesão, ANTAGONISTA H2
qual a gravidade e localização da lesão, para conseguir
Reduz secreção gástrica.
estabelecer como foi a evolução.
São fármacos anti-histamínicos, atuam nos receptores de
histamina.
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para formar a secreção ácida precisa do estímulo da Não deve ser administrado isoladamente, tem que ser
histamina, gastrina e acetilcolina, para liberar o ácido associado com os outros medicamentos.
temos uma bomba de prótons que libera o HCl na luz Sucralfato (20-40 mg/kg, VO, TID).
do estômago, o anti-histamínico atua nesse receptor de
histamina. NÃO usar salicilato de bismuto.
Ranitidina (2 mg/kg, IV, QID; 6,6 mg/kg, VO, TID). tóxico para equinos.
Cimetidina → não eficaz no tratamento de equinos. ANÁLOGO PGE2
INIBIDOR BOMBA PRÓTONS Aumenta secreção de bicarbonato e o fluxo sanguíneo.
Reduz secreção. Misoprostol (5 μg/kg, VO, TID); para úlcera devido ao AINE;
potencialmente abortivo (tomar cuidado a utilização em
Omeprazol (4 mg/kg, VO, SID; 2 mg/kg, VO, SID; 0,5-1 fêmeas).
mg/kg, IV, SID).
Atua na bomba e impede a liberação de HCl na luz do PROCINÉTICO
órgão, a droga é o omeprazol, as doses de 4mg é se for Betanecol (0,3-0,45 mg/kg, VO, QID; 0,025-0,03 mg/kg,
fazer o tratamento do animal que tem úlcera. Enquanto que SC, cada 3-4h).
a dose de 2mg é quando você faz a prevenção. Visa facilitar o esvaziamento gástrico para o ácido não
A prevenção é feita quando o animal passa por situações ficar acumulado, é empregado antes de fazer a endoscopia
estressantes frequentemente ou é um animal que vai receber para facilitar a visualização das estruturas no exame. a
tratamento com AINE, pensando nisso, a droga mais eficaz metoclopramida não é utilizada por causar excitação e
Tratamento
Tratamento
Complicações
Enterólitos.
O intestino grosso é subdividido em ceco, cólon maior, cólon grandes cálculos que são formados, mais comum
transverso, cólon menor e reto. acometer animais mais velhos pelo tempo que leva para
se formar.
Timpanismo.
timpanismo cecal é mais comum.
acontece de forma secundária na maioria dos casos,
Fecaloma.
por uma hipomotilidade generalizada, o conteúdo no
ceco sobre uma hiper fermentação e resulta no massa compactada no cólon menor.
timpanismo.
Sablose.
é quando tem um acúmulo de terra ou areia no trato
digestivo, nesse caso vai agredindo e devido a gravidade
fica localizada mais nas alças ventrais, a mucosa do
trato digestivo sofre uma agressão física, podendo
gerar quadros de enterite e até peritonite. Reto
Retenção de mecônio.
acomete os potros.
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o mecônio tem que ser eliminado assim que começa a Cólon dorsal esquerdo (CDE) e cólon ventral esquerdo (CVE
mamar pelo reflexo gastrocólico. – região de flexura pélvica) se deslocam para o espaço
nefroesplênico, ou seja, o espaço entre o rim esquerdo e
o baço.
fica preso nessa região pelo ligamento nefroesplênico e
não consegue sair por ser pesado.
Diagnóstico
tratamento cirúrgico!
Hematologia (desidratação).
não espera grandes alterações, no máximo uma
Cólon menor
desidratação pelo tempo de evolução.
Menos frequentes. Líquido peritoneal.
Torção. análise do líquido peritoneal pode estar normal ou com
Intussuscepção. um aumento de leucócitos.
Sondagem nasogástrica.
tratamento cirúrgico!
tem que fazer uma sondagem nasogástrica porque
A maioria dos casos é na flexura pélvica por ser a estrutura alguns animais desenvolvem refluxo devido a pressão
mais livre e mais predisposta ao deslocamento. que ocorre sob o duodeno ou pela tensão no
mesentério.
Ultrassom transabdominal.
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Tratamento clínico
A presença desses fatores predisponentes acarretam em
Fluidoterapia + jejum. uma redução da motilidade de cólon maior e um acúmulo e
não pode fornecer alimento por não ter trânsito e estar ressecamento da ingesta, consequentemente tem a
obstruído. obstrução parcial do lúmen (reduz as fezes) e obstrução
Exercício com ou sem vasopressor. total (ausência de fezes).
exercício: trote. Ocorre uma obstrução inicial e o alimento que vai chegando
começa a compactar.
vasopressor: fenilefrina, estimula uma vasoconstrição e
EX: se a compactação começa na flexura pélvica, tudo o
uma contração esplênica, ao fazer essa contração que for chegando vai acumulando, em um determinado
esplênica espera que o baço retraia e libere a alça momento todo o cólon ventral esquerdo começa a ficar
encarcerada. compactado e a massa vai apenas aumentando, por isso
Rolamento? deixa o animal em jejum no início do tratamento.
existe uma técnica de rolamento, mas é pouco utilizada. além de ficar compactada essa alça começa a
Se mesmo assim não realizar a correção faz a opção distender, essa distensão ativa os receptores de
estiramento gerando dor.
cirúrgica.
se a compactação não for desfeita, essa pressão feita
na parede do cólon pode iniciar o processo de isquemia
em algumas regiões, que evolui para necrose, peritonite
Tem diversos fatores predisponentes: séptica e morte.
tipos de alimento: alimentos muito fibrosos, alguns
capins específicos (principalmente Panicum). Diagnóstico
medicamentos: amitraz é tóxico para equinos Histórico + sinais clínicos.
justamente por causar isso, mas também temos histórico: analisar se apresenta fatores
sedativos podendo causar por estimular uma
predisponentes.
hipomotilidade transitória, imidocarb.
sinais clínicos: dor leve a moderada, não costuma ter
dor: tende a causar uma hipomotilidade.
dor intensa nos casos iniciais, pode ser intermitente.
desidratação: causa uma desidratação do alimento
distensão abdominal visível.
também.
fezes escassas, com presença de muco ou ausência de
alterações dentárias: animal não consegue fezes.
mastigar e triturar esse alimento corretamente.
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Resolução cirúrgica ➔ RESERVADO (~57%). infarto: dor mais intensa e de ocorrência aguda,
geralmente essa dor não responde a analgésicos
comuns, taquicardia intensa, atonia intestina e sinal de
halo toxêmico.
TORÇÃO DE RAIZ DE MESENTÉRIO: quando
todas as alças giram em torno do pivô que é a artéria
mesentérica cranial, é um quadro grave com prognóstico
ruim.
Strongylus vulgaris (parasita).
Obstrui a perfusão sanguínea sem estrangular, também é
chamada de arterite verminótica devido a lesão no vaso
pela migração do parasita.
Lesões na artéria mesentérica cranial e seus ramos
(ileocólica, cecal e cólica).
Diagnóstico
ULTRASSOM
A contaminação abdominal mais lesão no mesotélio que é o Visualiza um aumento na quantidade líquido peritoneal e da
tecido do peritônio irá estimular a liberação dos mediadores celularidade.
inflamatórios na circulação, isso desencadeia um processo
no peritônio com vasodilatação e hiperemia, secreção de LÍQUIDO PERITONEAL
fluido rico em proteínas (exsudato) e aumento da
permeabilidade capilar. Aumento de proteína (>2,5 g/dL).
Esse processo se mantém e faz com que haja uma AGUDA: > 100.000 células/μL.
transformação das células mesoteliais em macrófagos e, CRÔNICA: 20.000 – 60.000 células/μL.
além disso, um influxo de polimorfonucleares (neutrófilos ou BACTÉRIAS: livres ou fagocitadas.
demais leucócitos granulócitos), anticorpos e complemento.
Em rupturas gástricas ou de algum segmento intestinal
Consequentemente tem uma hipovolemia por exsudar pode notar conteúdo vegetal no líquido.
dentro de um abdômen, hipoproteinemia pela exsudação
ser rica em proteínas, íleo paralitico e é mais comum
Tratamento
formar aderências.
Antibiótico.
Sinais clínicos
gentamicina + metronidazol penicilina..
variáveis Anti-inflamatório, analgesia.
Aguda vs Crônica. Fluidoterapia intensa porque pode estar entrando em um
processo endotoxêmico.
agudo: perfuração por exemplo, ruptura gástrica que
Heparina.
causa esse quadro mais agudo.
para fazer a prevenção de aderências.
crônico: quando tem sofrimento de alça que ocorre aos
poucos com evolução mais lenta. Drenagem e/ou Lavagem peritoneal.
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Transmissão
Tricophyton equinum*
CONTATO DIRETO: animal/animal, animal/homem.
• Tricophyton mentagrophytes*
• Tricophyton verrucosum* existe a transmissão pelo contato direto, não é a
• Microsporum equinum* principal forma de transmissão, mas deve isolar o animal.
• Microsporum gypseum# CONTATO INDIRETO: compartilhamento de fômites,
podendo ser a principal forma de transmissão.
Tricophyton mentagrophytes*
instrumentos de manejo.
• Trcophyton verrucosum*
esporas, arreios/selas.
estabulação.
cercas.
*: zoofílico.
comedouros.
maior afinidade pela superfície do animal. cama.
#: geofílico. capas, cobertores.
maior afinidade pelo ambiente. Período de incubação: 1-6 semanas.
Características dos microrganismos o período de incubação é desde o momento da sua
infecção até a demonstração dos sinais clínicos, ou seja,
Queratolíticos. as vezes o compartilhamento está ocorrendo antes da
Não invasivos. manifestação dos sinais clínicos sendo esse um
problema.
atuam de forma superficial.
Não sobrevivem às intensas reações inflamatórias
do hospedeiro. Ocorre um crescimento dos microrganismos que
DOENÇA AUTOLIMITANTE aparentemente causam uma ruptura mecânica do estrato
apesar de ser uma doença autolimitante pela córneo do pelo, facilitando a penetração e invasão nos
caracterização da doença tem que lembrar que é folículos pilosos.
contagiosa. ECTOTRIX: quando fica por fora do pelo do animal e
causa a infecção.
ENDOTRIX: entra dentro do pelo e causa a infecção.
A queda de pelo é localizada pela quebra do pelo no bulbo
Fatores predisponentes A resolução espontânea é quando os pelos infectados
entram na fase que o dermatófito para de se multiplicar
Aglomeração de animais.
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e diminui a produção das queratinases ou se a inflamação e face devido ao compartilhamento de instrumentos como
local se inicia e combate o fungo. selas e arreios em equinos.
Lesões clássicas
Tópico
Dermatite bacteriana infectocontagiosa superficial,
Antissépticos/Antifúngicos: pustular e crostosa.
Iodopovidona tópica 1% Zoonose.
Hipoclorito de sódio 0,5% SINÔNIMOS: “Queimadura”/“Escaldadura” da chuva
Clorexidine 4% (spray). (equinos), Estreptotricose cutânea (bovinos e caprinos), “Lã
grumosa” (ovinos).
Miconazol 2% (spray, creme ou loção).
é um antifúngico, porém os antifúngicos são evitados
por serem caros e por sobrecarregarem o fígado, por Dermatophilus congolensis
ser uma doença autolimitante é questionado pelos
veterinários. Bactéria gram +, filamentosa e ramificada.
SID ou BID por1 semana e depois espaça o tempo de FILEIRAS PARALELAS DE COCOS: “linhas de
tratamento. estrada de ferro”, “trilho de trem”.
Remover previamente as crostas (raspagem ou escova na microscopia consegue observar essas fileiras
macia). paralelas de cocos.
shampoos? Aeróbio facultativo.
Shampoo é menos recomendado por não ter ação residual Resistência no meio ambiente:
e por precisar fazer fricção para aplicar e remover. 42 meses em crostas (28-31°C).
meses nos carrapatos.
Meio ambiente e fômites
Cresois 3%
Formalina 5%
Fatores predisponentes
Hipoclorito de sódio 0,5% (1-2x/semana).
Eliminar/destruir possíveis focos. BAIXA
RESPOSTA
IMUNE
Maior frequência:
orelhas e face (bezerros e touros).
lombo, garupa, cauda e períneo.
CONTATO DIRETO: animais portadores.
virilha, úbere, tetos, prepúcio e escroto.
CONTATO INDIRETO: é o mais importante.
fômites contaminados. Ovinos e caprinos
moscas e carrapatos.
Maior frequência:
face, narina, orelhas e cauda.
dorso e flanco.
Crostas supurativas, proliferativas, elevadas, espessas
e de coloração acastanhada: extremidades dos membros: dermatite proliferativa,
início na coroa dos cascos e pode se estender dos
desprendem com facilidade. cascos ao jarrete.
tufos de pelos – “aspecto de escova”.
Pelos embolados e descamação.
Região acometida – dor.
ao fazer a coleta de material o animal pode ter uma
reação pela dor.
Não pruriginoso.
Pele despigmentada – maior susceptibilidade.
Equinos
Tópico
Substâncias hepatotóxicas:
BOVINOS
micotoxinas:
São os mais acometidos.
Phitomyces chartarum – esporodesmina.
Todas as idades.
Periconia spp – Capim bermuda.
CRIAÇÃO A PASTO: surtos ou casos isolados.
alcaloides pirrolizidínicos: Senecio spp, Crotalaria Phitomyces chartarum
spp, Brachiaria decumbens.
ou
cianobactérias: relacionadas a rios, represas, açudes, Brachiaria sp. Compostos tóxicos da Brachiaria sp
depende da fonte de água desse rebanho. Surtos geralmente em animais mais jovens ou através da
vedação de algumas espécies de gramíneas, a Brachiaria
após um período de vedação tem o aparecimento da doença
de forma mais grave.
Culturas de inverno:
azevém, trevo e aveia.
EQUINOS
Brachiaria humidicola.
É uma doença grave no equino.
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Patogenia
Exertional myopathy.
Afecções Hepatopatias
musculares Exertional rhabdomyolysis.
Hiperlipemia
Formas de apresentação
DESIDRATAÇÃO:
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VG > 50%
PPT > 8g/dL.
HEMOGASOMETRIA:
alcalose hipoclorêmica.
hipocalemia.
Alcalose hipoclorêmica e hipocalemia pela perda de
eletrólitos pelo suor.
Biópsia muscular
RER
Biópsia muscular especialmente nos casos crônicos.
Agulha Bergstrom. Necrose segmentar e desorganização de fibras.
Coloração de PAS. Infiltração de macrófagos.
coloração usada para identificar o acumulo de glicogênio, PAS negativo (reserva de glicogênio normal).
nos casos de MAP essa coloração PAS será positiva.
Teste genético
MAP tipo I.
Detecção da mutação do gene GYPS1.
material: sangue total.
locais: Universidade de Minnesota (EUA) e Laboklin
(Reino Unido).
UNESP de Botucatu também faz o teste genético
dessa doença específica, podendo mandar o
sangue ou o bulbo do pelo, a vantagem do
bulbo é conseguir conservar o material mais
fácil.
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Restabelecimento do equilíbrio
RESERVADO A BOM: em estação.
hidroeletrolítico
MAU:
decúbito. Reposição IV e/ou VO.
uremia grave. Fluidos com bicarbonato não são indicados.
baixa resposta ao tratamento. Não utilizar diuréticos!
DESIDRATAÇÃO LEVE
VO.
Objetivos 5L/30’ ou infusão contínua.
Prevenir dano muscular adicional. Soro caseiro.
se possível deixar o animal em uma baia confortável. Soluções balanceadas.
Controle da dor e ansiedade. DESIDRATAÇÃO MODERADA A GRAVE
Restabelecer equilíbrio hidroeletrolítico.
IV.
Tratar as complicações secundárias.
NaCl 0,9%
Prevenção de danos musculares Suplementação com KCl 19% (6mL/500mL SF).
adicionais Adição de borogluconato de Ca 23% (10mL/L SRL).
Condicionamento físico