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Março
2022
Alimentação entérica em
animais hospitalizados
Ana Luísa Lourenço
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Malnutrição
Anorexia/hiporexia
NPO Barendregt et al 2008 ! E Spen Eur E J Clin Nutr Metab
Idade/gestação/lactação
PC CC
SUB-IDEAL EXCESSIVA
CM
Avaliação Nutricional
PC CC
SUB-IDEAL EXCESSIVA
Gatos igual! Pesagens no internamento devem ser 1 x/dia, à mesma hora do dia, antes da refeição da manhã.
Avaliação Nutricional
Quadro clínico
• Doença
• Perdas
Hábitos alimentares
Preferências
WSAVA guias de alimentação. Há quanto tempo é que estes animais não comem ou comem pouco? Quando o tutor diz 3 dias, é 5 dias na realidade e
já não é hipo mas sim anorexia. Ter em conta que normalmente é mais grave
3 dias anoréxico – alto risco
5 dias em hiporexia – alto risco
Etapas
Avaliação nutricional
Plano nutricional
Seleção da via de alimentação
Video
catarina a
Otimização do ambiente comer à
Ambiente calmo mão e com
Caixa no
Separação de espécies interior da
Pessoa de confiança (dedicada a carícias e alimentação; tutor) box
Muitas situações em que temos recomendação de nada PO – anestesia ou situações de vomito. Nalgumas situações é erradamente indicado. Tem
de haver um follow up. A não administração faz atrofia da vilosidades intestinais e risco de translocação bacteriana.
Temos de ver se há dificuldade na absorção.
Ingestão voluntária
Ingestão assistida
Otimização da alimentação
Alimento palatável - o mais palatável possível
• Tipo– seco vs húmido
• Textura – patê, pedaços,…
• Sabor
• Odor
aumenta o cheiro
• Temperatura
• Bem conservado - devemos colocar uma película
de água por cima e colocar a tampa
mesmo que os animais tenham tubo, Oferecer “à mão”
devemos sempre tentar oferecer à
mão primeiro
Pessoa dedicada calma e paciente
Em casos de DRC, o mais habitual de darmos no
internamento é comida renal mas, muitas vezes eles não
gostam e não comem.
Nestas situações, é melhor comerem um pouco doutro tipo
de comida do que não comerem nada da renal.
Também associam, mtas x, o alimento renal a situações
más que tenham passado no internamento. Depois, em
casa, não os querem comer.
Ingestão voluntária
Ingestão assistida
Há animais que não se conseguem mexer, logo não se conseguem locomover até ao alimento.
O colar também restringe movimentos, p.ex
Ingestão voluntária
Ingestão assistida
Medicação
Ajuda/problema
Ingestão voluntária
Ingestão assistida
A ingestão assistida pode ser implementada logo no primeiro dia (é melhor, porque pode estar com hiporrexia há 5 dias ou anorexia há 3 dias). Se
ficasse naquela situação mais tempo - atrofia ainda maior das vilosidades intestinais.
Alimentação forcada NÃO!!! Só mesmo de forma correta e segura, em animais super colaborantes. Quando os cães toleram, mas normalmente
não recomendado!
Estimular ingestão entérica, mesmo em casos de vómitos (se não for muito intenso). Normalmente conseguimos controlar o vomito
farmacologicamente e damos por via entérica. Podemos usá-la parcialmente. Se usarmos a dose diária e dividirmos em 12 refeições e tentamos
dar algumas delas por via entérica.
Mesmo quando temos possibilidade de alimentação parentérica devemos usar sempre entérica também.
oluntária
Ingestão assistida
Alimentação forçada
• Fazê-lo corretamente
• Animal super-colaborante
oluntária
Ingestão assistida
Sondas
oluntária
Ingestão assistida
- Vantagens: não precisamos de anestesia, só anestésico local e em estado mais crítico mais usadas.
- Diâmetros muito pequenos e alimentos mais limitados. Só para dietas líquidas ou pates especialmente formulados, porque são muito macios.
- Temos que administrar água antes da refeição, depois da refeição e o alimento com água.
- Risco real de sobrehidratação - mais baixo em animais com perdas acima da média, como diarreias, PU etc. Temos que contabilizar sempre a água que
está a ser administrada através da sonda. Se os fluídos não forem essenciais IV podemos fazer fluidoterapia PO
- Animais não toleram muito bem, e conseguem retirar a sonda.
oluntária
Ingestão assistida
Sondas esofágicas
• Semanas a meses
• Diâmetro 10-20 French
• Dietas líquidas/patês tipo “recovery” ou “convalescence”
• Outros alimentos húmido ou secos (+ água)
• É possível utilizar em casa
• Aplicação com anestesia e invasiva, mas técnica simples
• Risco de infeção do estoma
oluntária
Ingestão assistida
Sondas gástricas
• Semanas a meses
• Diâmetro >20 French
• Alimento húmido ou seco + água
• É possível utilizar em casa
• Aplicação com anestesia e invasiva, técnica mais complexa
• Risco de infeção do estoma e tecidos envolventes, migração
1Quando achamos que a situação se vai prolongar. Normalmente é melhor usar as NG ou NE.
Etapas
Avaliação nutricional
Plano nutricional
Seleção da via de alimentação
Seleção do alimento
Seleção dos alimentos: normalmente recovery etc são adequados: são altamente palatáveis, com elevado teor
em proteína e gordura, com baixos teores de HC – vantagem porque normalmente animais estão em stress
(com hiperglicemia), o que poderia provocar hiperglicemia com alimentos normais.
Animais com vómito - cuidado!- a gordura é um dos fatores que conduz ao vómito.
Plano alimentar
Quantidade de alimento
Energia
Aqui a prof considera não usar o peso ideal. Exceto em animais com CC 1 ou 2/9. Primeiro devemos
atingir as nec energéticas de repouso para o atual, e depois para o peso ideal e depois depende da
evolução do peso do animal.
Plano alimentar
Quantidade de alimento
Exemplo:
NER de gato 4kg = 70 x 40.75 = 198 kcal/dia
Exemplo:
NER de cão 40kg = 70 x 400.75 = 1113 kcal/dia
Quantidade de alimento
https://wsava.org/global-guidelines/global-nutrition-guidelines/
Feeding Guide for Hospitalised Cats and Dogs (ES, CH, FR, PT)
Plano alimentar Peso (kg) NER (kcal/dia) Peso (kg) NER (kcal/dia)
Quantidade de alimento
NER / nº kcal = g ou mL
nº
1 kcal/ml
Exemplo gato 4kg :
198 / 1 = 198 g ou mL/dia
1 kcal/g
nº Exemplo cão 40kg :
1113/1 = 1113 g/dia
Etapas
Avaliação nutricional
Plano nutricional
Seleção da via de alimentação
Seleção do alimento (tipo)
Quantidade do alimento
Instruções de alimentação
• Preparação do alimento
• Introdução do alimento e água
• Maneio alimentar (sonda)
Plano alimentar
Instruções de alimentação
• Preparação do alimento
• Preparação do alimento
Lata com 196 kcal/lata, mas precisamos de água. Misturamos este alimento com volume de água necessário. Sabemos que no volume total
temos 196 kcal – quantos mL temos de administrar?
Plano alimentar
Instruções de alimentação
• Preparação do alimento
2 dias
100g = 400kcal 400kcal / Vol total (mL) nº kcal/mL
+ nº mL H2O
Mesma coisa com o alimento seco. A água não tem energia, o volume total tem mesma.
Plano alimentar
Instruções de alimentação
• Introdução do alimento
• Introdução do alimento
Temos que saber quanta água no alimento por causa do problema da sobrehidratação.
Animal não tem necessidades acrescidas, até onde podemos ir por causa do risco de sobrehidratação? 2x das
doses RER. NER de 198 mL p.e. podemos ir até aos 400 mL. Normalmente as necessidades em água são
equivalentes às necessidades de energia – 600 kcal = 600 mL.
Plano alimentar
Instruções de alimentação
Obstução da sonda?
Obstrução da sonda? Cuidado ao tentar empurrar. Usar água tépida para tentar dissolver, enzimas digestivas, líquidos com CO” (coca-
cola ou água das pedras).
Se nada funcionar, retiramos e voltamos a colocar.
Etapas
Avaliação nutricional
Plano nutricional
Seleção da via de alimentação
Seleção do alimento (tipo)
Quantidade do alimento
Instruções de alimentação
• Preparação do alimento
• Introdução do alimento e água
• Maneio alimentar
Monitorização
Reavaliação
Monitorização
Ficha individual
• Instruções e registo
Bem nutridos: ingere de forma consistente as RER, mantem peso, mantem CC, massa muscular estável ou perda ligeira
Em risco de malnutrição: PP animais em risco!!
https://wsava.org/global-guidelines/global-nutrition-guidelines/
Questões?