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Hematopoiese
GTA
12 de abril de 2019 10:50
Sangue - Funções Gerais
✓ Transporte: nutrientes e gases, produtos do metabolismo, metabolitos, hormonas, eletrólitos (sais)
✓ Nutrição e eliminação de metabolitos
✓ Hormonal (gl. Endócrinas)
✓ Regulação Térmica
✓ Trocas gasosas (O2 e CO2)
✓ Defesa (Leucócitos - Diapedese e Quimiotaxia)
Composição Sanguínea
⚫ Plasma
○ 90% Água
○ 9% Proteínas (albumina, a b e g globulinas e proteínas da coagulação)
○ 1% Compostos orgânicos (p.ex., aminoácidos, vitaminas, hormonas, glicose)
○ Sais inorgânicos, iões e gases
⚫ Células
TROMBOPOIESE
ERITRÓPOIESE
→ Eritrócitos
○ Discos Bicôncavos (aumento da superfície de contacto)
○ Flexíveis
○ HEMOGLOBINA (pigmento respiratório que permite o aumento de tamanho)
○ Função:
▪ Transporte de O2 e CO2 (HEMOGLOBINA)
→ Reticulócitos
○ Eritrócitos Jovens anucleados
○ 1% dos eritrócitos
○ Com ribossomas (RNA) -> Atividade metabólica intensa
→ Eritropoiese:
GRANULÓCITOS
NEUTRÓFILOS:
⚫ Polimorfonucleares (2-5Lóbulos) - Bastonetes
⚫ Grânulos:
○ Específicos (colagenase, lactoferrina, lisozima, etc)
○ Azurófilos (lisossomas com hidrolases ácidas)
⚫ Funções:
○ Fagocitose
○ Defesa imunocelular contra bactérias
○ Grânulos :Síntese de H2O2 e O2-. Lisozima perfura a parede e lactoferrina sequestra Ferro.
EOSINÓFILOS:
⚫ Polimorfonuclear: 2-3 lóbulos
⚫ Muitos Grânulos Eosinófilos
○ Específicos (Internum + Externum)
○ Azurófilos (lisossomas com hidrolases ácidas)
⚫ Funções:
○ Defesa contra parasitas
○ Fagocita complexos AG-AC (IgE)
○ Participa nos processos alérgicos
BASÓFILOS:
⚫ Núcleo irregular e retorcido (S)
⚫ Os menos frequentes dos granulócitos
⚫ Grânulos específicos intensamente basófilos (Histamina e Heparina)
⚫ Recetores para IgE
⚫ Função: Parecida com macrófagos (resposta alérgica)
○ Mastócitos: Células do sistema imunitário, da linhagem mielóide. Circula no sangue na forma
imatura, maturando apenas no tecido onde vão atuar.
GRANULOPOIESE
MONOCITOS:
⚫ Monócitos -> Tecidos-> Macrófagos MONOCITOPOIESE:
⚫ Ovais com núcleo reniforme e excêntrico (cromatina frouxa)
⚫ Menos RER e ribossomas e maior Complexo de Golgi e Mitocôndrias
⚫ com Microvilosidades e vesiculas de pinocitose
LINFÓCITOS:
⚫ Núcleo esférico e bem corado (grumos grosseiros de cromatina) LINFOPOIESE:
⚫ Citoplasma escasso e periférico (ribossomas)
⚫ Diferenciação:
• Linfócitos B, T
• NK -> Plasmócitos e Células B de memória
○ As células natural Killer, também conhecidas como células
exterminadoras naturais ou células NK são definidas como
células citotóxicas não específicas, importantes na resposta
precoce às células tumorais e infecções virais.
• NKT -> Células T auxiliar, T supressora e T citotóxica
○ grupo de células T que partilham as propriedades das
células T e das células exterminadoras naturais.
HEMATOPOIESE RESUMIDA:
1. Vasoconstrição
• O espasmo vascular é iniciado pela lesão no endotélio e é causada por mecanismos locais e/ou humorais.
• O espasmo vai contrair o vaso, diminuindo o seu diâmetro e reduzindo o fluxo sanguíneo.
• É um evento transiente que geralmente dura menos de 1 minuto
• O Tromboxano A2 (TXA2), uma prostaglandina libertada pelas plaquetas, contribui para aumentar a
vasoconstrição.
• Uma segunda prostaglandina, a prostaciclina (PGI2), libertada a partir do endotélio, vai provocar
vasodilatação e inibir a agregação plaquetária.
• QUANTO MENOR O TRAUMA, MAIOR A VASOCONSTRIÇÃO (ex: corte do dedo com papel sai mais sangue)
5. Dissolução do Coágulo
• A dissolução do coágulo começa pouco tempo depois da sua formação; isto vai permitir o
restabelecimento do fluxo sanguíneo no vaso e a concretização da reparação definitiva do mesmo
• O processo tem o nome de fibrinólise
• O plasminogénio (inativo),a proenzima do processo fibrinolítico, está normalmente presente no sangue,
integrando as proteínas plasmáticas.
• Passa à forma ativa, plasmina, através da ação dos ativadores do plasminogénio formados no endotélio
vascular, fígado e rins
• A plasmina (também chamada fibrinolisina) formada a partir do plasminogénio digere as fibras de fibrina
do coágulo e certos fatores de coagulação
• A plasmina circulante é rapidamente inativada pelo inibidor a2 da plasmina
Hemostase Vascular
• Hemostase normal: resulta de processos bem regulados que mantêm o sangue num estado fluido e sem
coágulos, ao mesmo tempo que induz a rápida formação de um tampão hemostático localizado no
local da lesão vascular
○ As células endoteliais modulam vários aspetos da hemostase normal:
▪ Por um lado, no início, exibem propriedades antiagregantes plaquetárias, anticoagulantes e
fibrinolíticas
▪ Por outro lado, são capazes (após lesão ou ativação) de exercer funções pró-coagulantes
• Trombose: é o inverso patológico da hemostase formação de um coágulo sanguíneo (trombo) em
vasos não lesionados ou a oclusão trombótica de um vaso após lesão relativamente pequena
• Tanto a hemostase como a trombose dependem de três componentes gerais: a parede vascular, as
plaquetas e a cascata de coagulação
Trombose
Tríade Virchow:
Trombos
• Os trombos podem-se desenvolver em qualquer parte do sistema cardiovascular: dentro das câmaras
cardíacas, nas cúspides valvares ou nas artérias, veias ou capilares
• Eles são de tamanho e forma variáveis, dependendo do local de origem e das circunstâncias que
levam ao seu desenvolvimento.
• Trombos arteriais ou cardíacos geralmente começam num local de lesão endotelial ou turbulência.
• Os trombos venosos caracteristicamente ocorrem em locais de estase.
• A zona de propagação do coágulo pode não estar bem aderida e, particularmente nas veias, é
propensa a fragmentar-se, criando um êmbolo
Distúrbios Hemorrágicos
Embolia
• Um êmbolo é uma massa sólida, líquida ou gasosa intravascular destacada que é transportada pelo
sangue para um local distante do seu ponto de origem
• Praticamente 99% de todos os êmbolos representam alguma parte de um trombo desalojado, daí o
termo comumente usado: tromboembolismo
• Formas raras de êmbolos incluem gotículas de gordura, bolhas de ar ou azoto, detritos ateroscleróticos,
fragmentos de tumor, pedaços de medula óssea ou corpos estranhos, como balas.
• Os êmbolos alojam-se em vasos muito pequenos, levando à oclusão vascular parcial ou completa. A
consequência potencial destes eventos tromboembólicos é a necrose isquémica do tecido a jusante,
conhecida como enfarte.
Enfarte
Angioplastia Coronária
• A angioplastia coronária é um procedimento em que uma secção estreita de uma artéria coronária é
ampliada com o uso de um balão e um stent , acoplado a um cateter. Também é conhecida como
intervenção coronária percutânea (ICP).
○ Um cateter é um tubo fino e flexível que é inserido numa artéria coronária. O balão na ponta do
cateter é expandido na secção estreita da artéria para a obrigar a “abrir”. Um stent (um pequeno
tubo) é deixado no lugar para manter a artéria aberta.
OSMORREGULAÇÃO E EXCREÇÃO
Osmorregulação: todos os animais equilibram os ganhos e as perdas de água e de solutos dissolvidos
• Leva a maiores gastos metabólicos
• Movimento de água no corpo: osmolaridade e transporte transepitelial
• Balanço da água: osmoconformistas e osmorreguladores
• Libertação de resíduos metabólicos
Homeostase Osmótica
Trocas Osmóticas:
Tolerância Osmótica:
Tecidos podem coexistir com elevada osmolaridade do plasma, elevando a osmolaridade intracelular. Como?
○ Aumentando concentração de "osmolitos" orgânicos intracelulares
▪ Ex: Ureia, óxido de trimetilamina. Os níveis de tais osmolitos reduz necessidade de garantir a
conservação da pressão osmótica com iões inorgânicos, evitando distúrbios ex. diminuição da
eficiência enzimática.
Osmorreguladores
→ Conservam a osmolaridade interna constante e diferente da do meio externo: organismo está constantemente
a corrigir alterações que ocorram no organismo, induzidas por influencias exteriores, dentro de valores
determinados
→ Homeostase osmótica
→ Intolerância dos tecidos a variações elevadas da osmolaridade extracelular
→ Ex.: Maioria dos vertebrados. Peixes ósseos são osmorreguladores mas os cartilagíneos não
Nota: Nos peixes: = Níveis de O2 dissolvidos na água são baixos (passam rapidamente para a atmosfera), então estes
tem pouco O2 disponível, não podendo gastá-lo na regulação da sua temperatura -> Branquias funcionam como
órgão de respiração e osmorregulação
~
Osmoconformistas
→ Osmolaridade interna tende a variar com a do meio externo, seja de uma forma passiva ou ativa: menos
gastos energéticos
→ Elevado grau de tolerância osmótica dos tecidos
→ Ex.: Invertebrados marinhos
Ambientes Marinhos
Invertebrados Marinhos:
○ Osmoconformistas
○ Cooperam com meio hiperosmótico
Solutos em Peixes Marinhos: solutos iónicos substituídos por solutos orgânicos
Teleósteos marinhos:
▪ [sais organismo] < [sais meio externo]
▪ Problema: perda de H2O por osmose e ganho de sais por difusão pelas guelras
▪ Solução: mecanismos compensatórios
□ Ingestão de quantidades elevadas de água
□ Excretam pouca quantidade de urina
□ Epitélio intestinal
Absorve água e iões
Iões divalentes são excretados nas fezes ou urina
Iões monovalentes são excretados pelas guelras
Teleósteos de água-doce:
▪ [Sais organismo]>[sais meio externo]
▪ Problema: tendência para perda de solutos e ganhar H2O
□ Guelras: Ganho de água por osmose e perda de solutos
▪ Solução:
□ Ingestão de pouca água
□ Excreção de urina abundante e diluída (excesso de água sai)
□ Transporte ativo de sais, via guelras, para o organismo
→ Apenas dois grupos de animais colonizaram com sucesso a terra: artrópodes e vertebrados
→ Problemas?
○ Desidratação!
▪ Perda de água por evaporação
▪ Muitos apenas toleram 10% de perda de água
○ Remoção (EXCREÇÃO) de resíduos metabólicos
▪ Têm que equilibrar a remoção de tecidos com a perda de água
→ Necessidade: Regular composição dos líquidos corporais
▪ RINS: Preponderantes
→ Animais terrestres ganham água ingerindo água (líquidos) e alimentos
→ Perdem água e solutos por evaporação e eliminação de resíduos metabólicos
→ Seus rins, comportamento, e impermeabilidade da superfície corporal conservam a água corporal
Excreção
→ Aplicável a resíduos metabólicos que atravessam as membranas plasmáticas
Eliminação: Remoção das fezes
Estratégias de excreção:
Ácido Úrico
• Aves, répteis e insetos convertem NH3 em ácido úrico
• Processo que consome muita energia
• Ácido úrico é insolúvel em água => poupador de água
• Não tóxico, praticamente
Túbulos de Malphigi
→ Sistemas excretores de insetos
→ Filtração, secreção, e reabsorção através de epitélio tubular
Mamíferos
• Osmorreguladores
• Rins
• Concentração significativa de urina
Aves e Répteis
• Rins
Aves Marinhas
• Bebem água do mar
• Aumenta NaCl no LEC
• Diminui volume de LEC quando H2O entra no intestino
• Depois, aumenta NaCl no LEC, seguido da H2O
• Elevada [NaCl] no LI hipotalâmico e elevado volume LEC -> activação de glândula do sal
• 2-3 X [NaCl] plasma
• Por que não nos mamíferos?
Notas:
→ LEC tem composição iónica diferente do LIC, mas a quantidade de soluto tanto num como noutro são iguais
(são isotónicos -> quantidade de água que entra é igual à que sai)
RINS
Funções:
→ Filtra 200 litros de sangue diariamente, removendo desta forma toxinas, subprodutos metabólicos e iões em
excesso
→ Regula o volume e a composição química do sangue
→ Mantém o equilíbrio adequado entre a água e os sais, e os ácidos e bases
→ Gliconeogénese durante períodos de jejum prolongado
→ Produção de renina (regulação da pressão sanguínea) e eritropoietina (estimular a produção de hemácias)
→ Activação da Vitamina D
→ Importante para a pressão sanguínea
Nota: O rim não tem capacidade de concentração -> Não há muita excreção de grandes quantidades de NaCl
(por beber água do mar) -> apenas acontece em animais marinhos que têm glândulas do sal
O NEFRÓNIO
Os nefrónios são as unidades estruturais e funcionais que fabricam a urina, sendo compostos por:
○ Glomérulo–novelo de capilares associado a um túbulo renal
○ Cápsula de Bowman (cápsula glomerular) – parte final de um túbulo renal, cega e em forma de cálice,
que envolve completamente o glomérulo (recolhe líquido que sai dos glomérulos)
○ Corpúsculo renal –o glomérulo e correspondente cápsula de Bowman
○ Endotélio glomerular –epitélio fenestrado, que permite que um filtrado isento de proteínas e rico em
solutos passe do sangue para a cápsula glomerular
○ Cada nefrónio trabalha independente do outro
Anatomia da cápsula de Bowman
• A camada parietal external tem papel estrutural
• A camada visceral consiste em podócitos modificados (ramificados)
• Extensões dos podócitos em forma de polvo, terminam em processos com forma de um "pé"
• Fendas de filtração: aberturas entre os pés, que permitem a saída do filtrado
TÚBULOS RENAIS
• Está localizado onde o TCD passa junto à arteríola aferente (e por vezes a eferente)
• As paredes das arteríolas possuem células justaglomerulares (CJG), que:
São células musculares lisas, aumentadas
• Mácula densa:
○ Parte do TCD, composto por células altas e muito compactadas
○ Adjacente às CJG
○ Funcionam como quimiceptores ou osmoreceptores
• Células mesangiais (CM):
○ Têm propriedades contrácteis e fagocíticas
○ Influenciam a filtração capilar
Membrana de Filtração
• Filtro situado entre o sangue e o interior da cápsula de Bowman
• É composta por 3 camadas de células:
○ Endotélio fenestrado dos capilares glomerulares
○ Membrana visceral da cápsula de Bowman (podócitos)
○ Membrana basal originada pela fusão das lâminas basais das outras camadas
• O rim filtra todo o volume de sangue do organismo humano 60x por dia
• O filtrado:
○ Contém todos os componentes do plasma exceto proteínas
○ Vai perder água, nutrientes e iões essenciais até se transformar em urina
• A urina contém subprodutos metabólicos e substâncias desnecessárias
• A formação da urina e o acerto da composição do sangue envolvem 3 processos principais
○ Filtração glomerular
• Urina obtida por filtração (muita
urina/água, diluída, e com muitos
solutos)
○ Reabsorção tubular
• Solutos Importantes para o
organismo. Com muita água
○ Secreção
• Secreção de moléculas maiores,
que não podem ser filtradas
1. Filtração glomerular
• Os princípios da dinâmica de fluidos que se aplicam aos leitos capilares em geral, também se aplicam ao
glomérulo
• Este é mais eficiente que outros leitos capilares porque:
A membrana de filtração é mais permeável
Pressão sanguínea glomerular é mais alta
Tem uma pressão de filtração líquida superior
Sistema de • Em condições normais, a autorregulação renal mantém uma TFG quase constante
controlo • A autorregulação engloba 2 tipos de controlo:
intrínseco → Miogénico: responde a alterações na pressão dos vasos sanguíneos renais
→ Feedback fluxo dependente tubuloglomerular: deteta mudanças no sistema
justaglomerular
Controlos • Quando o S.N. Simpático está em repouso:
extrínsecos → Os vasos sanguíneos renais estão dilatados ao máximo
(nervosos) → Nessa situação, os processos de autorregulação prevalecem
• Sob stresse:
→ A norepinefrina é libertada pelo S.N. Simpático
→ A epinefrina é libertada pela medula adrenal
→ As arteríolas aferentes entram em constrição e a filtração é inibida
• O S.N. Simpático também estimula o sistema renina-angiotensina
Sistema Renina- • É ativado quando as CJG libertam renina (estimuladas pela diminuição da pressão)
Angiotensina • A renina atua sobre o angiotensinogénio levando ao aparecimento da angiotensina I
• A angiotensina I é convertida em angiotensina II
• A angiotensina II faz subir a pressão arterial e atua no córtex adrenal, que liberta a
aldosterona
• Em consequência, as pressões sistémica e glomerular sobem
3. Secreção Tubular
• No essencial, "reabsorção ao contrário", em que as substâncias se movem dos capilares peritubulares
ou células tubulares para o filtrado
Mecanismo de contracorrente
• Interação entre o fluxo de filtrado através da ansa de Henle (multiplicador de contracorrente) e o fluxo de sangue
através da vasa recta (intercambiador de contracorrente)
• A concentração de solutos na ansa de Henle ronda os 300 a 1200 mOsm
• A dissipação do gradiente osmótico medular é prevenida porque o sangue na vasa recta tende a igualar
osmolalidades com o fluido intersticial
• Gradiente osmótico na medula renal aumenta à medida que se aproxima da pélvis renal!
• Aumenta Osmolalidade (concentração de solutos)
Diuréticos