DIETAS HOSPITALARESss
Água s/ gás, infusos adocicados com
Quais os objetivos da dietoterapia?
→ Oferecer uma alimentação que atenda às
necessidades fisiológicas decorrentes do
estado físico, mental e patológico do paciente,
contribuindo para a manutenção/recuperação
da saúde.
→ Adequar a ingestão de energia,macros e
micronutrientes às necessidades nutricionais.
→ Evitar a desnutrição durante a internação
(avaliar ingestão).
Quais as vias de acesso?
→ Oral, enteral e parenteral
Como se classificam?
DIETA LÍQUIDA RESTRITA
Objetiva saciar sede, hidratar tecidos,
evitar acidose, manter função renal,
repousar o TGI e amenizar a
sintomatologia.
Indicada para o pré preparo de alguns
exames (colonoscopia/endoscopia);
pré e pós operatório
(bariátrica/cirurgia extensa de cólon);
reintrodução alimentar.
Hipocalórica (375/600 kcal/dia),
hiperglicídica, hipoproteíca e
hipolipídica; consistência líquida com
vol. de 200 a 300ml por ref. (Isenta de
fibras e sem leite).
açúcar (chás claros), caldos de
legumes e sucos de fruta coados,
gelatina clara, sorvetes a base de
frutas coadas (sem leite), água de
coco, bebidas isotônicas.
Indicada por curtos períodos, pois
não supre necessidades especiais.
DIETA LÍQUIDA COMPLETA
Com o objetivo de hidratar e nutrir os
tecidos, repousar o trato
gastrointestinal e amenizar
sintomatologia.
Indicada para pacientes que
apresentam alteração na mastigação,
deglutição, digestão ou disfagia; ou
que estão sendo preparados para
exames ou pós-operatório; em casos
graves de infecção; transtornos
gastrointestinais.
Hipocalórica (750/1500 kcal/dia),
normoglicídica, normoproteica e
normolipídica; consistência líquida
com vol de 2000 a 300ml por ref.
(pode incluir leite).
→ Usar espessante se necessário!
Todos da líquida + café, leite, batida
de leite com frutas e iogurte, cremes e
mingaus ralos a 3%.
DIETA PASTOSA
Seu objetivo é fornecer uma dieta que
possa ser mastigada ou deglutida com
pouco ou nenhum esforço.
É indicada para pacientes
comprometidos da mastigação,
deglutição e digestão: idosos,
pneumopatas graves, neurológicos ou
com lesões orais (mucosite), ausência
de prótese dentária etc.
Normocalórica (1500/2200 kcal/dia),
normoglicídica, normoproteica e
normolipídica; consistência pastosa ou
abrandada pela cocção (purês,
cremes e papas)
Recomenda-se todos os alimentos
que possam ser transformados em
consistência pastosa,
ex: Vitaminas, purês, polenta, creme,
mingaus, carne moída ou liquidificada,
ovo cozido, alimentos sem casca ou
pele etc.
DIETA BRANDA
Fornece calorias e nutrientes para
manter o estado nutricional, além de
ajudar na mastigação, deglutição e
digestão.
Para pacientes com
alterações/perturbações orgânicas e
funcionais do trato gastrointestinal;
pós operatório, afecções do TGI,
plaquetopenia, etc
Dieta normocalórica (1500/2200 kcal),
normoglicídica, normoproteica,
hipolipídica, balanceada e completa (5
a 6 refs. diárias);
pobres em resíduos, gorduras e
condimentos e isenta de alimentos
que possam causar flatulências.
→ Diferenciar de dieta hipolipídica!
Salada cozida, caldo de feijão, leite e
derivados desnatados, açúcar, frutas
cozidas ou bem madura s/ casca,
carnes magras, ovos cozidos, cereais,
biscoitos e pães com farinhas
refinadas.
Evitar cereais integrais, oleaginosas,
vegetais ricos em enxofre, gorduras e
frituras, bebidas gaseificadas, grãos
de leguminosas, vegetais/frutas crus.
Dieta Normal ou livre
Seu objetivo é manter o estado
nutricional de pacientes com ausência
de alterações metabólicas
significativas ao risco nutricional.
É indicada para pacientes que não
necessitam de restrições específicas e
que possuem funções de mastigação
e gastrointestinais preservadas.
É uma dieta suficiente, harmônica,
com consistência normal,
nutricionalmente completa
→ normocalórica (2000/2200 kcal),
normoglicídica, normoproteica e
normolipídica.
Dieta hipercalórica e
hiperprotéica
Dieta para pacientes que demandam
maior gasto proteico associado a um
menor gasto calórico e que não
atinjam suas necessidades
nutricionais pela dieta livre.
Hipercalórica, hiperprotéica,
normoglicídica e normolipídica.
PTN → >15% do VCT; calorias >30
cal/dia
Indicada para pacientes desnutridos
e/ou inapetentes com HIV/SIDA em
risco nutricional; pancreatite crônica,
doenças inflamatórias intestinais em
fase ativa, cirrose, DNC, pré/pós
transplantes, lesão renal aguda,
queimaduras, melhorar resposta
inflamatória (câncer).
Recomendado para todos,
especialmente leite (+em pó), carnes,
ovos, batidas, mingaus, pães,
acréscimo de azeite.
DIETA HIPOPROTÉICA
Seu objetivo é reduzir a formação de
metabólitos nitrogenados e diminuição
do trabalho renal.
Indicada para pacientes com doenças
renais em tratamento conservador ou
com necessidade de redução da
ingestão proteica ou de nutrientes
como fósforo/potássio.
Normocalórica, hiperproteica,
normoglicídica e normolipídica.
(Restrição de PTN totais)
→ PTN/kg de peso: <0,8g
Redução de porções de ovos, carne,
feijão, leite.
→ preferência por carnes brancas
ou ovos como substituto de carne
vermelha.
DIETA RICA EM FIBRAS
Possui o objetivo de normalizar o
trânsito intestinal através do aumento
do volume fecal e peristaltismo.
Retardar o esvaziamento gástrico com
melhor controle glicêmico e
manutenção da saciedade.
Normocalórica, normoprotéica,
normoglicídica e normolipídica
Rica em fibras (>25g/dia), com aporte
hídrico aumentado.
Indicada em quadros de constipação e
para controle de picos glicêmicos
(fibras solúveis e insolúveis). Em caso
de diarreia e em fase ativa de doença
inflamatória intestinal.
Cereais, pães integrais, frutas,
vegetais fibrosos (preferencialmente
crus e com casca, caldo de ameixa,
módulo de fibras).
DIETA HIPOSSÓDICA 2-4g
Feita por alimentos preparados sem
adição de sal ou baixo teor de sódio.
Almoço e janta → um sachê de 1g
(400mg), resultando em 2g ao dia.
Indicada para pacientes hipertensos,
cirróticos, cardiopatas com
insuficiência cardíaca congênita,
renais com insuficiência renal aguda
ou com algum grau de retenção
hídrica (edemas).
Preferência por alimentos in natura e
não industrializados, com composição
pobre em sódio.
DIETA PARA DIABÉTICO
Seu objetivo é o controle glicêmico.
É formada por cereais integrais, pobre
em gordura saturada e colesterol,
além de ser restrita à sacarose.
VCT adequado às necessidades
individuais do paciente.
Normoglicídica, CHO complexos, de
absorção lenta, menor IG,
normoproteica e normolipídica.
→ Atentar-se para a CEIA!
DIETA PARA
NEUTROPÊNICOS
Com o objetivo de reduzir o risco de
contaminação por alimentos e
proteger o paciente de possíveis
infecções (DTA).

NÃO HÁ EVIDÊNCIA que sustente o

uso de dieta hospitalar para
neutropenia, salvo em casos graves
onde não há estudos disponíveis.

Evitar vegetais crus, carnes e ovos

cozidos de forma incompleta, laticínios
sem pasteurização, iogurtes e
derivados com derivados de
microrganismos vivos

Água mineral deve ser fornecida de

forma envasada, em porções
individuais.