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NUTRIÇÃO CLÍNICA

Dietas Hospitalares/Consistência de Dieta - Teoria


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DIETAS HOSPITALARES/CONSISTÊNCIA DE DIETA – TEORIA

Objetivo: garante o aporte de nutrientes ao paciente internado e preserva seu estado


nutricional por ter um papel coterapêutico em doenças crônicas e agudas
Podem ser padronizadas segundo as modificações qualitativas e quantitativas da alimen-
tação normal, assim como da consistência, temperatura, volume, valor calórico total, altera-
ções de macronutrientes e restrições de nutrientes.
Ex.: Pacientes pós operados na face, por exemplo, devem comer alimentos mais frios.

Classificação das dietas

• Dietas de rotina: sem restrição e modificações quanto à composição, mas com alte-
rações na consistência. Adequada a indivíduos sadios e aqueles doentes que não
necessitam de nenhum tipo de modificação na sua dieta.
– Ex.: dieta geral e branda.

Obs.: As dietas de rotinas incluem também as refeições produzidas para os acompanhan-


tes do paciente

• Dietas modificadas: com acréscimo ou diminuição de algum componente.


– Ex.: dietas laxativas e hipossódica;

• Dietas especiais: alterações para atender patologias específicas.


– Ex.: dietas para diabéticos.
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CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CONSISTÊNCIA

Dieta Livre/Normal/Geral

ATENÇÃO
Esse é o tema mais abordado nas provas a respeito da dieta hospitalar.

• Objetivo: Fornecer proporções adequadas dos diversos grupos de alimentos e garantir


uma oferta equilibrada de nutrientes sem modificações na consistência dos alimentos.
ANOTAÇÕES

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• Indicação: É indicada para os pacientes com mastigação e funções gastrointestinais


preservadas, que não necessitam de modificações significativas na consistência dos
alimentos.
• Características: Normoglicídica, normoprotéica e normolipídica, em consistên-
cia normal.
• Indicação: nos casos de correção de alterações e/ou perturbações orgânicas e fun-
cionais do trato gastrointestinal e como intermediária na progressão para dieta livre.
– Exemplo: doenças do trato gastrointestinal, pacientes com utilização de próteses
dentárias e pós operatórios tardios.

Exemplo:
– Desjejum: Café com leite; Pão com margarina; Maçã.
– Almoço/jantar: Salada de alface e tomate; Frango assado; Quiabo refogado; Arroz
e feijão; Banana.
– Lanche da tarde: Café com leite; Pão de queijo
– Ceia: Chá erva doce; Biscoito Cream cracker; e geleia de morango

Dieta Branda

• Objetivo: oferecer alimentos de mais fácil mastigação, macios ou abrandados pela


cocção, pouco condimentados, subdivididos, porém não necessariamente moídos ou
triturados.

Obs.: A progressão de dieta é quando a consistência vai progredindo de acordo com a


evolução do paciente.
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• Características: normoglicídica, normoproteica e normolipídica, em consistência


branda/macia, pobre em resíduos celulósicos e tecido conjuntivo.

Exemplo:
– Desjejum: Café com leite Pão com margarina Mamão
– Almoço/jantar: Salada cozida (cenoura e beterraba); Frango; Ensopado; Batata
sauté; Arroz e Feijão; Goiabada.
– Lanche da tarde: Café com leite; Bolo caseiro.
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– Ceia: Chá erva doce; Biscoito doce.

Dieta Pastosa

• Objetivo: minimizar o esforço da mastigação, deglutição e digestão dos alimentos;


• Indicação: pacientes com dificuldade de mastigação e/ ou deglutição devido à infla-
mação, danos neurológicos, distúrbios neuromotores, alterações anatômicas da boca
ou esôfago e uso de próteses dentárias; evolução pós-cirúrgica e para proporcionar
certo repouso gastrointestinal;
• Característica: Contém preparações cremosas, líquidas, papas, purês, desfiados ou
triturados; alimentos bem macios.

Exemplo:
– Desjejum: Café com leite; Pão doce com margarina; Mamão.
– Almoço/jantar: Frango desfiado; Purê de batata; Arroz em papa; e Feijão batido
Gelatina.
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– Lanche da tarde: Mingau de aveia com canela.
– Ceia: Chá de erva doce; Vitamina de frutas.

Dieta Líquida Pastosa

• Objetivo: Minimizar o trabalho do TGI e resíduos do cólon;


• Indicação: Dificuldade moderada/grave de mastigação, deglutição e digestão, que
impeçam a utilização da dieta pastosa.
– Exemplos: doenças do trato gastrointestinal, utilização de próteses dentárias, pós-
-operatórios imediatos e doenças neurológicas

Exemplo:
– Desjejum: Café com leite; Mingau de fubá.
– Almoço/jantar: Sopa de legumes com frango batido; Gelatina.
– Lanche da tarde: Vitamina de abacate.
– Ceia: Chá de erva doce; Mingau de farinha láctea.
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Dieta Líquida Completa

• Objetivo: excluir a função mastigatória, facilitar a deglutição, digestão e absorção dos


alimentos;
• Indicação: Anorexia, dificuldade de mastigação, disfagia, lesões obstrutivas do trato
gastrointestinal, pré e pós-cirúrgicos, preparo de determinados exames.
• Características: composta de alimentos líquidos e de substâncias que em contato
com o líquido se dissolvem, conservando as características da dieta.

Exemplo:
– Desjejum: Café com leite; Mingau de fubá ralo.
– Almoço/jantar: Sopa de legumes com frango batido e coada; Gelatina.
– Lanche da tarde: Vitamina de banana e maçã rala.
– Ceia: Chá de erva doce; mingau de amido ralo.

Dieta Líquida Restrita/Prova

• Objetivo: saciar a sede, evitar a desidratação, evitar acidose, manter função renal,
repousar o TGI e amenizar a sintomatologia;
• Indicação: pré-preparo de determinados exames, pré e pós-cirúrgicos.
• Característica: composta de líquidos claros e coados, sem fibras. Hipoglicídica, hipo-
proteica e hipolipídica.
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Obs.: É importante ressaltar que essa dieta não consegue garantir o aporte calórico e pro-
téico que o paciente precisa. Nesse sentido, ela é feita no intuito de amenizar alguma
inflamação e, logo que possível, progredir com a dieta.

Exemplo:
– Desjejum: Chá de capim cidreira.
– Colação: Água de coco.
– Almoço/jantar: Caldo de legumes coado; Suco de maçã coado.
– Lanche da tarde: Água de coco e suco de Pêra coado.
– Ceia: Chá erva doce.
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Exemplos – almoço/jantar

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Beatriz Abu Ali da Silva.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte-
údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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DIETAS HOSPITALARES/CONSISTÊNCIA DE DIETA – QUESTÕES

Este bloco será dedicado à resolução de questões acerca do tema da dieta hospitalar.

DIRETO DO CONCURSO
1. (AMEOSC/PREFEITURA/NUTRICIONISTA/2023) No que se refere às dietas orais hos-
pitalares, é CORRETO afirmar que:
a. A dieta líquida restrita também conhecida como cristalina ou de líquidos claros. Carac-
teriza-se pela presença de água, líquidos límpidos e carboidratos, com a finalidade de
hidratação e a mínima formação de resíduos, proporcionando o máximo repouso do
sistema digestivo.
b. A dieta branda é conhecida também como dieta livre. Caracteriza-se pela consistên-
cia normal e a quantidade suficiente de energia, proteína, carboidratos, lipídios, vita-
minas, minerais, entre outros nutrientes, com a finalidade de manutenção da saúde e
estado nutricional adequado.
c. A dieta líquida pastosa consiste em dieta com valor nutricional similar à dieta normal,
caracteriza-se, principalmente, pela atenuação da textura por meio do processo de
cocção das fibras e de verduras/legumes/ frutas e tecido conectivo das carnes. Com a
finalidade de facilitar o trabalho digestivo (mastigação/deglutição/ digestão/ absorção).
d. A dieta geral proporciona repouso digestivo e fornece quantidade adequada de nutrien-
tes semelhante à dieta branda. A textura, porém, é menos sólida. Normalmente, os
alimentos/ preparações apresentam-se na forma de purês, cremes, papas e carnes
subdivididas (moídas, trituradas, desfiadas) e suflês.

COMENTÁRIO
b. A dieta branda não possui outra nomenclatura.
c. Essa descrição é referente à dieta branda.
d. Essa dieta seria a pastosa, não a dieta geral.

2. (FEPESE/PREFEITURA DE VIDEIRA/NUTRICIONISTA/2023) assinale a alternativa


correta com relação às modificações de dietas hospitalares.
ANOTAÇÕES

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a. Na dieta pastosa, os alimentos estão na forma de purê, amassados ou bem cozidos;


indicada quando há dificuldade na mastigação ou deglutição por inflamação, danos
neurológicos, distúrbios neuromotores, alterações anatômicas no trato digestório
e quando há risco de broncoaspiração. Alimentos indicados: arroz pastoso, feijão
batido, mingaus, purês, flans, gelatina, iogurte, vitamina de frutas, carnes picadas,
legumes crus e cozidos.
5m
b. Na dieta líquida completa, os alimentos estão na forma líquida ou se liquefaz à tempe-
ratura corporal, sem alteração de nutrientes; indicada para pacientes que não podem
ingerir alimentos sólidos, como após cirurgias de cabeça e pescoço ou com dificulda-
des de mastigação ou deglutição. Alimentos indicados: vitamina de fruta, mingau, leite,
coalhada, creme de leite, margarina, alimentos gordurosos em geral, feijão batido.
c. Na dieta líquida restrita, os alimentos são translúcidos, com baixa quantidade de resí-
duo; altamente restritiva e nutricionalmente inadequada em todos os nutrientes e não
deve ser utilizada por um período maior que duas semanas, pois seu objetivo é pre-
venir a desidratação, saciar a sede, minimizar o trabalho do trato gastrintestinal. Ali-
mentos indicados: água, chá, água de coco, sucos coados, gelatina diet, consomês e
molhos com leite e gordura.
d. Dieta geral, normal ou livre; não existe restrição no tipo ou no método de preparo ou
na consistência dos alimentos servidos; prescrita para pacientes com leves altera-
ções na função e motilidade do trato digestório ou sem alterações significativas. Ali-
mentos indicados: pão, leite e derivados, arroz, feijão, carne, frutas, verduras, sucos,
exceto para alimentos crus, que não são permitidos.
e. Na dieta branda, os alimentos são abrandados por cocção ou ação mecânica, facili-
tando a mastigação e a digestão, sem alteração de nutrientes; indicada para pacien-
tes no pós-cirúrgico, com dificuldade na mastigação ou deglutição, entre outros.
Exemplos de alimentos indicados: arroz, feijão batido, frutas macias sem casca ou
cozidas, legumes cozidos, sucos de frutas, iogurte, pães macios, carnes cozidas e
ovos cozidos.
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COMENTÁRIO
a. Esse item misturou todas as informações e, nesse sentido, legumes crus não fazem
parte da dieta pastosa.
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b. Lembre-se de que os alimentos da dieta líquida completa devem ser todos líquidos, o
que não é o caso da margarina.
c. Leite, gordura e molhos não fazem parte da dieta líquida restrita.
d. A dieta geral pode ser composta por diversos alimentos, sem restrição.
e. Esse item está em conformidade com a descrição da dieta branda.

3. (FUNDATEC/GHC/ATENDENTE/ÁREA: NUTRIÇÃO/2022) A dieta líquida clara é indi-


cada para pacientes em pré e pós-operatório, preparo de exames e afecções do trato
digestivo. Qual dos alimentos abaixo é indicado para esse tipo de dieta?
a. Gelatina de abacaxi.
b. Chá mate.
c. Suco de laranja.
d. Caldo de lentilha.
e. Sorvete.

COMENTÁRIO
Lembre-se de que os alimentos devem ser líquidos, claros e não derivados do leite.

4. (INSTITUTO CONSULPLAN/PM-RN/OFICIAL DE APOIO À SAÚDE DA PM/ÁREA: NU-


TRIÇÃO CLÍNICA/2022) Os objetivos dietoterápicos das dietas hospitalares variam de
acordo com a demanda nutricional relacionada com a fisiopatologia da doença que o
paciente apresenta, podendo, assim, exigir alterações na composição química, quanto
ao teor de macro e micronutrientes. Além disso, também podem ser feitas mudanças na
textura da dieta, para adequá-la a limitações determinadas por dificuldades de deglu-
tição ou pela preparação para cirurgias ou exames que exijam eliminação de resíduos
no sistema digestório. A dieta em que a consistência é abrandada pela cocção e por
processos mecânicos, sendo os alimentos moídos ou liquidificados. Não se recomenda
nesta dieta salada crua, legumes e frutas duras, feijão inteiro, carnes inteiras e torradas.
Assinale, a seguir, a denominação dessa dieta.
a. Geral.
b. Branda.
c. Líquida.
d. Pastosa.
e. Semilíquida.
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COMENTÁRIO
Observe que o próprio enunciado define quais são os alimentos dessa dieta, tornando mais
simples o entendimento da questão, bastando apenas se lembrar como ela é denominada.
“A dieta em que a consistência é abrandada pela cocção e por processos mecânicos,
sendo os alimentos moídos ou liquidificados. Não se recomenda nesta dieta salada crua,
legumes e frutas duras, feijão inteiro, carnes inteiras e torradas.”
15m

5. (AMEOSC/PREFEITURA/NUTRICIONISTA/2022) No que se refere Modificação da die-


ta normal e padronização hospitalar, atribua V, para verdadeiro, ou F, para falso, às
afirmativas a seguir:

 (  ) A dieta líquida restrita é indicada para repouso gastrointestinal como em casos de
vômitos, diarreia agudas, pancreatite, reinício de alimentação pós cirurgias abdo-
minais, preparação para exames ou cirurgias gastrointestinais.
 (  ) A dieta pastosa é indicada em casos de dificuldade de mastigação e deglutição,
pós-operatórios, neurológicos, insuficiência respiratória, cardíaca, alterações ana-
tômicas da boca ou esôfago, uso de próteses dentárias mal fixadas e disfagia para
sólidos e líquidos.
 (  ) A dieta branda é indicada para pacientes com patologias de esôfago, com dificulda-
des na mastigação ou deglutição.

Após análise, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens
acima, de cima para baixo:
a. F, V, F.
b. F, F, F.
c. V, V, V.
d. V, V, F.

COMENTÁRIO
I – Nesse caso, ele especificou os motivos que levam à especificação dessa dieta.
ANOTAÇÕES

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II – Com relação às doenças respiratórias, lembre-se da Covid-19, em que os pacientes


tinham bastante dificuldade respiratória e, por conta disso, a alimentação é mais pastosa
para evitar o trabalho mecânico da digestão
III – A dieta branda é utilizada para pacientes com a restrição mais leve.

6. (IBFC/SESACRE/NUTRICIONISTA/2022) A dieta __________ é indicada para pacien-


tes com disfagia grave e com risco aumentado de broncoaspiração. Mingau espesso e
purê de batata são alimentos característicos desse tipo de dieta.
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
a. líquida
b. geral
c. laxativa
d. Pastosa

COMENTÁRIO
Observe a restrição a respeito do mingau que o próprio enunciado estabeleceu. “Min-
gau espesso”.

 Obs.: Pacientes com disfagia grave, geralmente, é contraindicado a dieta via oral, é indica-
da dieta alternativa. Portanto, caberia recurso nessa questão.
20m

7. (ARES/UF-CE/RESIDÊNCIA EM NUTRIÇÃO/ÁREA: SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNI-


DADE/2021) A alimentação hospitalar faz parte do cuidado e terapêutica do indivíduo
hospitalizado e com agravos à saúde. Qual a dieta hospitalar preconizada na transição
da dieta enteral para a dieta via oral, considerada hipocalórica, hipoproteica, normogli-
cídica e hipolipídica?
a. Dieta pastosa.
b. Dieta branda.
c. Dieta líquida.
d. Dieta geral.
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COMENTÁRIO
O paciente submetido à dieta enteral, ao evoluir o seu quadro, é reintegrado à alimentação
via oral. Nessa transição, a consistência mais adequada é aquela que evite uma ação me-
cânica de imediato, já que, por se tratar de uma musculatura, é necessário o estímulo e a
readaptação.

8. (COTEC/2021/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA PONTE/MG/NUTRICIONISTA) Dieta


modificada é aquela que, em qualquer de suas características físico-químicas, necessi-
ta ser ajustada a uma alteração do processo digestivo ou de funcionamento geral do or-
ganismo, sendo modificada a partir da dieta normal. Fonte: CLEMENTE; JAIME, 2005.

A prescrição se refere à dieta


a. branda.
b. pastosa.
c. líquida completa
d. isenta de glúten.
e. branda de baixo resíduo.

COMENTÁRIO
Observe os alimentos como: pão de leite, salada cozida, frango cozido, isca de carne bo-
vina etc., pois eles são essenciais para identificar o tipo de dieta.
25m
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GABARITO
1. a
2. e
3. a
4. d
5. d
6. d
7. c
8. a

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pela professora Beatriz Abu Ali da Silva.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Dietas Hospitalares/dietas Modificadas
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DIETAS HOSPITALARES/DIETAS MODIFICADAS

Neste bloco serão discutidas algumas características que podem ser alteradas nas dietas
observadas no bloco anterior, não se altera a consistência.

Laxante

• Objetivo: suprir as necessidades nutricionais dos pacientes e melhorar o trânsito intestinal.


• Indicação: pacientes com obstipação intestinal.
• Características:
– Normocalórica, normoproteica, normoglicídica, normolipídica, rica em fontes de
fibras 25 a 30g por dia (insolúvel e solúvel);
– Ofertar frutas com casca ou bagaço; vegetais folhosos crus; frutas ricas em fibras;
– Substituição de alimentos pobres em fibras e refinados por alimentos ricos em fibras
e laxativos, como cereais integrais, frutas laxantes in natura e salada crua.

Obs.: Perceba que independente da consistência da dieta, realiza-se a alteração dos ali-
mentos que alterem a característica.

Constipante

• Objetivo: suprir as necessidades nutricionais dos pacientes, melhorar o trânsito intes-


tinal, auxiliar no alívio dos sintomas da diarreia, prevenir desidratação e perda de peso;
• Indicação: pacientes com diarreia.
• Características:
– Normocalórica, normoproteica, normoglicídica, normolipídica, com predominância
de fibras solúveis;
– Ofertar líquidos e eletrólitos (água de coco, chás, sucos sem bagaço) para repor as
perdas intestinais;
– Cereais refinados e derivados, batata inglesa, aipim e cará bem cozidos e sem molho.
Cenoura e chuchu, sem casca e bem cozidos. Frutas obstipantes como banana
prata, banana-maçã, maçã e pera sem casca, goiaba sem casca e sem semente,
sucos de goiaba, caju, limão, maçã ou outras frutas constipantes.
ANOTAÇÕES

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Dietas Hospitalares/dietas Modificadas
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Hipossódica

• Objetivo: controlar a pressão arterial e o balanço hídrico;


• Indicação: na insuficiência renal aguda e crônica, insuficiência cardíaca congestiva,
hipertensão arterial, retenção hídrica (ascite, edema), cirrose e encefalopatia hepática,
tratamentos com corticoide etc.
5m
• Características:
– Restrita em alimentos ricos em sódio; exclusão de alimentos processados, enlata-
dos, conservas, embutidos, temperos e molhos industrializados.
– A dieta é preparada apenas com temperos naturais sem o acréscimo de sal. Somente
as proteínas são preparadas com sal reduzido

Hipolipídica

• Objetivo: fornecer baixa quantidade de gordura.


• Indicação: prevenir e/ ou aliviar sintomas gastrointestinais (dor abdominal, diarreia,
flatulência, esteatorreia), tratamento de doenças hepáticas, pancreáticas, da vesícula
biliar, obesidade, síndrome de má absorção, doenças cardiovasculares e dislipidemias.
• Características:
– Baixo teor de gorduras e óleos (de 20 a 25% do VET), principalmente das gorduras
saturadas (< 7% das calorias totais), até 10% das calorias totais de ácidos graxos
poliinsaturados, até 20% das calorias totais de ácidos graxos monoinsaturados e
com colesterol < 200mg/dia.
– Alimentos permitidos: leite desnatado, iogurte desnatado, queijos magros, carnes
magras cozidas ou grelhadas ou assadas, vegetais crus ou cozidos, geleia de
frutas, mel, ovo.

Hipercalórica

• Objetivo: fornecer aporte calórico elevado, em quantidades acima do valor energético


total (VET) do paciente; minimizar a resposta catabólica da doença e/ ou maximizar a
recuperação da desnutrição; gerar balanço energético positivo e ganho de peso.
• Indicação: desnutrição, politraumas e queimaduras (de moderadas a graves), sepse.
ANOTAÇÕES

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• Características:
– Hipercalórica, normoproteica, hiperglicídica, hiperlipídica;
– Aumento nas porções do desjejum, almoço e jantar;
– Oferta de alimentos com alta densidade calórica (vitaminas, mingaus, doces, pães,
mel, geleia de frutas etc.); acréscimo de azeite cru no almoço e/ ou jantar.

Hiperproteica

• Objetivo: fornecer aporte proteico elevado; cuja relação caloria/proteína deve ser
adequada, a fim de minimizar a resposta catabólica da doença e/ou maximizar a recu-
peração da desnutrição; produzir balanço nitrogenado positivo;
• Indicação: pacientes desnutridos, em estado de hipercatabolismo, queimados, poli-
traumatizados, pós-operatórios;
• Características: normocalórica, hiperproteica, normoglicídica, normolipídica. Aumen-
tar a oferta de alimentos ricos em proteínas de alto valor biológico (leite e derivados,
ovos, carnes, leguminosas).

Hipoproteica

• Objetivo: fornecer menor aporte proteico a fim de prevenir o acúmulo de metabólitos


nitrogenados e reduzir o trabalho renal.
• Indicação: pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento conservador e
outras patologias cujo catabolismo proteico possa interferir na evolução positiva do
quadro clínico.
• Características: hipoproteica, com predomínio de proteína de alto valor biológico
(60%PAVB).

Sem irritantes gástricos

• Objetivo: suprir as necessidades nutricionais dos pacientes e fornecer dieta que não
provoque irritação na mucosa gastrointestinal;
10m
• Indicação: pacientes com comprometimentos gástricos e intestinais (gastrites, úlce-
ras), desconforto ou dor gástrica;
ANOTAÇÕES

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Dietas Hospitalares/dietas Modificadas
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• Características:
– Normocalórica, normoproteica, normoglicídica, hipolipídica;
– Isenta de alimentos fonte de cafeína (chá preto, mate, café, chocolate), frutas e
sucos ácidos (de acordo com tolerância individual do paciente), condimentos indus-
trializados e pimenta;
– Menor quantidade de gorduras, óleos, leite e derivados, sobremesas à base de leite.

Pobre em vitamina K

• Objetivo: suprir as necessidades nutricionais dos pacientes e fornecer uma dieta redu-
zida em alimentos fonte de vitamina k;
• Indicação: pacientes em uso de anticoagulante;
• Características:
– Normocalórica, normoproteica, normoglicídica, normolipídica, utilizando quantida-
des mínimas de alimentos fontes de vitamina k, como óleos de soja, canola, algodão
e oliva, margarina e maionese à base de óleos vegetais, vegetais folhosos verdes
escuros (espinafre, brócolis, couve, repolho), alface romana e alimentos conserva-
dos em óleo vegetal.

Sem flatulentos

• Objetivo: fornecer dieta com redução de alimentos fermentativos;


• Indicação: pacientes com desequilíbrio da microbiota intestinal, distensão e descon-
forto abdominal causados por gases; pacientes em pós-operatório;
• Características
– Normocalórica, normoproteica, normoglicídica, normolipídica, isenta de alimentos
flatulentos, como condimentos, leguminosas, leite e derivados, vegetais crucíferos
(brócolis, couve-flor, couve etc.), alho, milho, pimentão, repolho, batata doce, raba-
nete, nabo, cebola, melão, melancia, abacate, maçã crua, nozes, ovos e uva passa.

Ovolactovegetariana

• Objetivo: suprir as necessidades nutricionais dos pacientes ovolactovegetarianos.


• Indicação: pacientes ovolactovegetarianos por opção.
ANOTAÇÕES

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• Características: normocalórica, normoproteica, normoglicídica, normolipídica. Com


exclusão de carne bovina, frango e peixe. Substituição por preparações com proteínas
vegetais (como soja), ovos e/ou lácteos.

DIRETO DO CONCURSO
1. (IADES/SES-SP/RESIDÊNCIA EM NUTRIÇÃO/ÁREA: NEONATOLOGIA/2022) As re-
presentações envolvidas na dieta hospitalar refletem, de um lado, o caráter da hospi-
talização no que diz respeito à condição de controle e disciplina, da pouca autonomia
e do poder de voz do doente e, de outro, uma importância limitada da dieta hospitalar
por parte dos atores que participam, efetivamente, do atendimento e do gerenciamento
hospitalar. É necessário investir esforços na mudança da cultura alimentar hospitalar,
para que a dieta hospitalar e a atenção nutricional possam ser parte importante no tra-
tamento do paciente hospitalizado.
(GARCIA, Rosa Wanda Diez. A dieta hospitalar na perspectiva dos sujeitos envolvidos
em sua produção e em seu planejamento. Rev. Nutr., Campinas, v. 19, n. 2, p. 129-
144, abr. 2006. Com adaptações)
Acerca das dietas hospitalares, assinale a alternativa correta.
a. Nutrição enteral por sonda é a via mais fisiológica e deve ser priorizada
b. Dieta hospitalar sem irritantes gástricos deve ser isenta de frutas e sucos ácidos.
c. Toda dieta branda hospitalar é hipossódica.
d. Pacientes que recebem dieta líquida completa precisam receber nutrição enteral via
oral (NEVO).
e. Dieta hospitalar sem irritantes gástricos deve apresentar menor teor de lipídeos e ser
isenta de alimentos fonte de cafeína (chá preto, mate, café, chocolate), condimentos
industrializados e pimenta.

COMENTÁRIO
a. A via mais fisiológica é a via oral e ela deve ser priorizada.
b. Os irritantes gástricos vão depender da restrição do paciente.
15m
c. A dieta modificada não altera a consistência da dieta em si.
d. Paciente com dieta líquida completa pode ser submetido à nutrição enteral, mas vai de-
pender do quadro do paciente.
ANOTAÇÕES

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e. Lembre-se dos alimentos definidos como irritantes gástricos.

2. (AMEOSC/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO OESTE/NUTRICIONISTA/2021) No que


se refere às dietas hospitalares, assinale a alternativa INCORRETA:
a. A dieta pobre em resíduos é indicada para pacientes com doenças inflamatórias intes-
tinais de fase aguda (colite ulcerativa, diverticulite, doença de Crohn).
b. As dietas ricas em fibras podem ser indicadas para pacientes com diverticulose.
c. A dieta branda é caracterizada por ser abrandada pela cocção ou por ação mecânica,
moderada em resíduos e sem alimentos flatulentos e estimulantes de secreção ácida.
d. Nas dietas pobres em potássio, deve-se evitar alimentos como: abobrinhas, chuchu e
berinjela.

COMENTÁRIO
Lembre-se das características da dieta branda.

 Obs.: Com relação às dietas livres de potássio, lembre-se que de existem alternativas para
diminuir a concentração desse mineral nos alimentos, ao invés de substituí-los.

3. (AVANÇA SP/2022/PREFEITURA DE LOUVEIRA/SP/NUTRICIONISTA) Ainda sobre a


dieta geral hipossódica, indique, entre as alternativas, qual dos condimentos/ temperos
abaixo poderão ser utilizado no preparo das refeições:
20m
a. catchup.
b. shoyo.
c. louro.
d. molho inglês.
e. tabletes para temperos.

COMENTÁRIO
Lembre-se que de o condimento/tempero deve ser o mais natural possível.

4. (COVEST-COPSET/2019/UFPE/NUTRIÇÃO E DIETÉTICA) Identifique a composição


adequada à dieta laxativa.
a. Creme de inhame com queijo de coalho, suco de acerola.
ANOTAÇÕES

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Dietas Hospitalares/dietas Modificadas
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b. Papa de maizena, bolacha água e sal, geleia de morango, suco de limão.


c. Salada de espinafre, frango ao forno, feijão macarrão, suco de laranja.
d. Tapioca de ricota, creme de goiaba e suco de maracujá. E) Suflê de cenoura, banana
grelhada e suco de uva.

COMENTÁRIO
Ao contrário de alimentos laxantes, são os alimentos constipantes. Entre eles, tem-se:
inhame, bolacha de água e sal, suco de limão, frango ao forno, tapioca, goiaba e banana.

5. (COPESE/UFJF/2009/UF-JF/MÉDICO NUTROLOGISTA) As dietas modificadas são in-


dicadas para indivíduos que não conseguem mastigar e/ou digerir normalmente. Com
base nessa informação, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:
a. a dieta líquida restrita é indicada para retorno das funções intestinais, sendo impor-
tante acrescentar o leite para o aumento do valor energético.
b. a dieta branda é similar à dieta normal, porém com alimentos de consistência mais macia,
abrandada pela cocção, sendo permitidos pedaços de legumes, vegetais e carnes.
c. a dieta pastosa é indicada para pacientes com dificuldades de mastigação, alterações
gastrointestinais e/ou em situações de pós-operatório.
d. a dieta hipossódica é recomendada para pacientes com problemas renais, insuficiên-
cia cardíaca e hipertensão arterial.
e. dietas muito concentradas podem causar diarreia osmótica, caracterizada pela perda
de líquido da circulação para o intestino.

COMENTÁRIO
Lembre-se de que a dieta líquida restrita é composta por alimentos claros e límpidos.

6. (CONTEMAX/PREFEITURA DE PASSIRA/NUTRICIONISTA/2020) Das dietas hospitala-


res, considere a alternativa que descreve a indicação da prescrição de dieta hipossódica:
a. pacientes com diarreia.
b. pacientes com obstipação intestinal.
ANOTAÇÕES

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Dietas Hospitalares/dietas Modificadas
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c. na insuficiência renal aguda e crônica, insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão


arterial, retenção hídrica (ascite, edema), cirrose e encefalopatia hepática, tratamen-
tos com corticoide etc.
d. pacientes desnutridos, em estado de hipercatabolismo, queimados, politraumatiza-
dos, pós-operatórios.
e. desnutrição, politraumas e queimaduras (de moderadas a graves), sepse.

COMENTÁRIO
As dietas hipossódicas são aquelas que necessitam de baixo teor de sódio. Portanto, lem-
bre-se dos principais casos que requerem essa condição.
Ex.: na insuficiência renal aguda e crônica, insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão
arterial, retenção hídrica (ascite, edema), cirrose e encefalopatia hepática, tratamentos
com corticoide etc.

GABARITO
1. e
2. d
3. c
4. c
5. a
6. c

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pela professora Beatriz Abu Ali da Silva.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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DIETAS HOSPITALARES/CONDIÇÕES ESPECIAIS

Com relação às modificações das dietas, agora serão discutidos casos específicos que
essa alteração se torna necessária, não alterando a consistência dos alimentos.

Restrição Hídrica

• Objetivo: reduzir a oferta de líquidos.


• Indicação: pacientes renais em diálise, hepatopatas, portadores de insuficiência car-
díaca congestiva.
• Características: redução na oferta hídrica (sucos, vitaminas, caldos, leite), substitui-
ção por alimentos sólidos (por exemplo fruta).

Obs.: Lembre-se de que os alimentos sempre dependerão da condição particular


do paciente.

Diabetes

• Objetivo: controle da taxa de glicose sanguínea, prevenir, retardar ou tratar complica-


ções ligadas à progressão da doença.
• Indicação: pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 ou com hiperglicemias decorrentes
de outras patologias.
• Características: restrita em açúcar simples, pobre em gordura saturada, rica em
fibras; cereais integrais, aveia, frutas e verduras cruas, leite e iogurtes desnatados.

DRC (conservador)

• Objetivo: suprir as necessidades nutricionais dos pacientes e fornecer uma dieta


hipoproteica.
• Indicação: é indicada para os pacientes que apresentam doença renal crônica e estão
em tratamento conservador (fase não dialítica).
• Características: normoglicídica, hipoproteica e normolipídica.
ANOTAÇÕES

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Obs.: Na dieta hipoproteica reduz somente a proteína. Diferente da dieta para doença renal
crônica, que pode ser restrito outros alimentos, além da proteína.

DRC (dialítico)

• Objetivo: suprir as necessidades nutricionais dos pacientes e evitar deficiência, manter


um bom estado nutricional; controlar o edema e o desequilíbrio eletrolítico.
• Indicação: pacientes que apresentam doença renal crônica e estão em tratamento de
hemodiálise.
• Características: normoglicídica, hiperprotéica e normolipídica. Hipossódica, hipocalê-
mica, hipofosfatêmica e com restrição de líquidos.
5m

Hepatopata

• Objetivo: suprir as necessidades nutricionais dos pacientes com hepatopatia;


• Indicação: pacientes que apresentam alterações nas funções hepáticas;
• Características: normoglicídica, normoproteica e hipolipídica. Hipossódica.

Isenta de lactose

• Objetivo: suprir as necessidades nutricionais dos pacientes e excluir a lactose;


• Indicação: pacientes com intolerância à lactose por deficiência da enzima lactase,
doenças inflamatórias intestinais, ressecções intestinais e outros casos;
• Características: isenta de alimentos que contêm lactose.

Isenta de leite e derivados (APLV)

• Objetivo: suprir as necessidades nutricionais dos pacientes e fornecer uma dieta


isenta de proteína do leite de vaca;
• Indicação: pacientes que apresentam alergia à proteína do leite de vaca, ou mães que
estão amamentando bebês com alergia à proteína do leite de vaca;
• Características: exclusão total do leite de vaca (inclusive do leite sem lactose) e de
todos os derivados do leite.
ANOTAÇÕES

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ATENÇÃO
É importante a dieta materna também, principalmente aquelas que ainda estão amamen-
tando os filhos os quais possuem alergia.

Isenta de glúten

• Objetivo: suprir as necessidades nutricionais dos pacientes e fornecer uma dieta


isenta de glúten.
• Indicação: pacientes que apresentam alergia ao glúten (doença celíaca) e doenças
inflamatórias intestinais.
• Características: exclusão de alimentos à base de farinha de trigo e daqueles que
contêm glúten (trigo, aveia, cevada e centeio) em seus ingredientes.

10m DIRETO DO CONCURSO


1. (FUNIVERSA/NUTRICIONISTA) As modificações na dieta normal são realizadas a fim
de suprir as necessidades de nutrientes e atender ao processo digestivo ou de funcio-
namento geral do organismo. Em relação a esse assunto e aos conhecimentos sobre
patologias, assinale a alternativa incorreta.
a. A modificação da consistência da dieta pode melhorar a ingestão de alimentos em
pacientes que apresentam disfagia.
b. Dietas sem glúten devem ser prescritas a pacientes com doença celíaca. Assim, esses
indivíduos não devem consumir alimentos que contenham trigo, cevada e centeio.
c. Na intolerância à lactose, deve-se reduzir o consumo de alimentos que a contenham;
entre estes, os queijos e o iogurte são mais bem tolerados, quando comparados com leite.
d. No paciente renal crônico, é importante que a quantidade de potássio na dieta seja
monitorada.
e. A dieta para fenilcetonúricos deve ser pobre em fenilalanina, um aminoácido não
essencial. Assim, deve-se restringir o consumo de carnes e derivados.

COMENTÁRIO
a. Pacientes com disfagia possuem bastante dificuldade na ingestão de alimentos.
ANOTAÇÕES

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b. a aveia, naturalmente, não tem glúten. Entretanto, por ser produzida em grandes indús-
trias, muito possivelmente há uma contaminação cruzada.
c. Os intolerantes à lactose, geralmente, toleram uma certa quantidade dela, característica
de alimentos processados como iogurte, queijo etc.
d. É necessário monitorar os micronutrientes como fósforo, potássio e sódio com relação
aos pacientes renais.
15m
e. A fenilalanina é um aminoácido essencial e está presente nas carnes e derivados.

2. (IADES/SES-DF/RESIDÊNCIA EM NUTRIÇÃO/ÁREA: GESTÃO DE POLÍTICAS PÚ-


BLICAS PARA A SAÚDE/2021) As preparações que compõem o cardápio de uma
unidade de alimentação e nutrição hospitalar possuem uma série de particularidades
devido às condições de saúde de cada paciente. Quanto às preparações da cozinha
dietética da UAN hospitalar, julgue o item a seguir.
No caso de um paciente constipado e com insuficiência renal crônica, poderia ser oferta-
da a ele a seguinte refeição: carne ao molho com purê de batatas, lentilha e arroz integral.

COMENTÁRIO
Observe que será necessário estabelecer duas condições com relação à dieta devido ao
seu quadro clínico: insuficiência renal e constipação. Portanto, deve-se buscar alimentos
laxantes e com baixo teor de fósforo, potássio e sódio.

3. (UEPA/RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE CARDIOVASCULAR/ÁREA:


NUTRIÇÃO) As dietas hospitalares, além de serem classificadas em dietas com modifica-
ções na consistência, podem ser modificadas em nutrientes e em condições especiais. Em
relação as suas indicações e características, correlacione a segunda coluna de acordo com
a primeira e, após, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
20m
(1) Restrição de líquidos;
(2) Úlcera péptica;
(3) Hipossódica;
(4) Gastrite.
ANOTAÇÕES

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Dietas Hospitalares/Condições Especiais
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(5) Insuficiência renal crônica sem tratamento dialítico.

 (  ) pacientes com doenças cardiovasculares, hipertensão arterial sistêmica, hiperten-


são portal, retenção hídrica, edema em razão de problemas cardiovasculares ou
renais e cirrose hepática com ascite.
 (  ) pacientes com insuficiência hepática, falência hepática, cirrose alcoólica, hepatite
fulminante, insuficiência cardíaca congestiva, obstrução da veia cava inferior e con-
dições renais graves.
 (  ) dieta nutricionalmente completa, restrição de café, chá-mate ou preto, bebidas ga-
seificadas e álcool. Evitar extremos de temperaturas e leite puro como alimento
exclusivo na ceia, ou última refeição do dia.
 (  ) dieta hipoprotéica, com restrição de sódio, potássio, fósforo e líquidos.
 (  ) dieta com consistência normal ou branda, 5-6 vezes ao dia, de 3 em 3 horas, pe-
queno volume. Restrição de gorduras, temperos condimentados, frutas cítricas,
café, chá-mate ou preto, bebidas gaseificadas e álcool. A sequência correta é:

a. 3-2-1-4-5
b. 2-1-3-5-4
c. 3-1-2-5-4
d. 3-1-2-4-5
e. 2-3-1-4-5

COMENTÁRIO
I – Nesse caso, é necessário diminuir a ingestão de alimentos com alto teor de sódio.
II – Alimentos mais líquidos devem ser evitados nesse quadro.
III – Denotam-se alimentos que são prejudiciais ao quadro de úlcera.
IV – Observe os micronutrientes e como estão relacionados ao funcionamento renal.
V – Lembre-se dos alimentos irritantes gástricos.
25m
ANOTAÇÕES

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GABARITO
1. e
2. E
3. c

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pela professora Beatriz Abu Ali da Silva.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES

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