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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Campus Professora Cinobeina Elvas


Nutriçã o de Ruminantes

PRIMEIRA AVALIAÇÃO 2021.2


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Aluno (a):
Matrícula:

1. Explique o processo de desenvolvimento ruminal e fatores que o afetam. (2,0)


R: Quando um filhote de ruminante nasce, pois é equivalente a um monogá strico, ou
seja, tem o reticulo-rú men nã o atuando no processamento do alimento e o alimento
é direcionado ao omaso. Assim, o animal nã o tem qualquer funcionalidade de
ruminante, pois ainda nã o tem microrganismos no rú men e nã o realiza o ato de
ruminar, ou seja, o pré-estomago é pequeno e nã o funcional; visto que nas primeiras
semanas de vida o alimento ingerido é o leite e assim o processo é feito pela goteira
esofá gica que conduz o leite do esô fago direto para o omaso e deste modo, alimento
nã o passa pelo reticulo-rú men e posteriormente o alimento ingerido vai para o
abomaso, visto que é o estomago propriamente dito. No entanto, os fatores que
afetam o desenvolvimento do sistema de ruminal é a idade, a nutriçã o quanto ao
consumo de alimentos só lidos nas primeiras semanas de vidas, sendo que esse é um
fator de grande relevâ ncia para a transiçã o de ruminante filhote para ruminante
adulto, ou seja, esses alimentos vã o estimular o desenvolvimento do rú men.

2. Ruminantes sã o altamente especializados no uso da fibra, no qual tal componente é


essencial para manutençã o do ambiente ruminal. Descreva a relaçã o ambiente
ruminal x dieta. (2,0)
R: O aproveitamento de alimentos fibrosos pelos ruminantes está relacionado à
síntese e secreçã o de enzimas pelos microrganismos do rú men, promovendo a
hidró lise da parede celular, pois o fato dos ruminantes possuírem câ meras
fermentativas em seu trato digestivo lhes confere maior eficiência no
aproveitamento de alimentos fibrosos e dos produtos da fermentaçã o, ou seja, uma
alimentaçã o com maior teor de fibra promove uma maior absorçã o de nutrientes,
visto que eles possui uma alta capacidade de degradar las, principalmente nos
animais mantidos em pastejo. Portanto, os ruminantes em pastejo potencializam a
utilizaçã o dos carboidratos celuló sicos por causa do seu trato digestivo, a câ mara de
fermentaçã o(retículo-rú men) precede o principal sítio digestivo. Desta maneira, os
produtos da fermentaçã o sã o utilizados de forma mais eficiente.
3. Comente sobre a reciclagem da ureia em ruminantes. (2,0)
R: A ureia é uma fonte de nitrogênio nã o-proteico, que vem sendo bastante utilizada
na alimentaçã o de ruminantes, sendo uma vez consumida pelo animal vai ser
metabolizada pelos micro organismos presente ali e posteriormente é transformada
em proteínas; no rú men a ureia é transformada em amô nia, sendo que algumas
bactérias utilizam a amô nia através de combinaçõ es de carbonos que iram sintetizar
aminoá cidos, sendo que esses aminoá cidos estã o presentes na constituiçã o das
proteínas; bem como, o processo de reciclagem começa quando a amô nia é
absorvida pela parede do rú men e é imediatamente transportada pela circulaçã o
entero-hepá tica via veia porta para o fígado, no fígado, a amô nia é novamente
convertida em uréia. Parte dessa uréia volta ao rú men, onde é intensamente
metabolizada pelo organismo e a outra parte vai para a saliva e parte é excretada na
urina.
4. Comente sobre a importâ ncia da fibra. (2,0)
R: A fibra representa um componente indispensável e um dos principais ingrediente da
dieta de ruminantes, que dependendo de suas características físicas e químicas pode
interferir diretamente na fisiologia digestiva do rúmen. Bem como, a fibra estimula a
mastigação, serve como substrato aos microrganismos, contribui para manutenção dos
padrões fermentativos e estabilidade do ambiente ruminal. Assim, para os animais
ruminantes é compreendida como um conjunto de componentes dos vegetais que possui
baixa digestibilidade e promovem ao rúmen equilíbrio em função da ruminação, ou seja, a
fibra na dieta de ruminantes quando não disponibilizada em quantidade e qualidade aos
animais, pode comprometer o desempenho e interferir nas características dos seus
produtos finais, além de causar distúrbios no metabolismo energético dos animais.
5. Comente sobre as rotas dos á cidos graxos de cadeia curta. (2,0)
R: Os á cidos gá stricos de cadeias curtas, sã o substancias produzidas pelas bactérias e
atuam no rú men no processo de fermentaçã o, que sã o rapidamente absorvidos pela
parede ruminal e assim sendo posteriormente liberados para corrente sanguínea e
depois sendo disponibilizados no organismo do animal, como gandulas mamarias,
armazenados no fígado, dentre outros. Sendo que esse processo de disponibilizaçã o
depende das condiçõ es fisioló gicas do animal.

CICLO DA URÉ IA
Apó s a ingestã o, a uréia alcança o rú men e aí é hidrolisada pela enzima urease
proveniente dos microrganismos, produzindo amô nia e dió xido de carbono. A
amô nia entã o será usada pelos microrganismos para a produçã o sua pró pria
proteína, conhecida como proteína microbiana (PM). Com o decorrer do processo
digestivo, todo o alimento ingerido, junto com os microrganismos e seus produtos,
continua avançando pelo trato digestivo até chegar ao abomaso, onde ocorre a
destruiçã o dos microrganismos e entã o seu conteú do é liberado, a PM é quebrada em
aminoá cidos que sã o absorvidos pelo intestino e transformados em proteína. O
metabolismo animal produz ainda a uréia endó gena que é sintetizada pelo fígado.
Neste processo, a amô nia proveniente da degradaçã o da proteína ou da uréia
ingerida é absorvida pela parede do rú men e chega ao fígado pela veia porta e, neste
ó rgã o, a amô nia é convertida em uréia. Parte desta uréia volta ao rú men, parte vai
para a saliva e, ainda, parte é excretada pela urina. Processo este, conhecido como
"ciclo da uréia"..

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