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Os carboidratos estruturais são aqueles que fazem parte da parede celular das plantas,
basicamente representados pela celulose, hemicelulose e pectina. Nas dietas usuais dos
ruminantes, eles são a principal fonte de energia. A pectina, apesar de ser um carboidrato
estrutural, é praticamente toda utilizada no rúmen, de maneira semelhando aos carboidratos não
estruturais.
Advindos de alimentos vegetais, a hemicelulose normalmente tem degradabilidade
ruminal entre 45-90% e a celulose entre 25-90%. Isso porque elas estão associadas à lignina,
que reduz a degradabilidade. Possuem degradação lenta e parcial dos carboidratos e alta
degradabilidade dos compostos nitrogenados.
Grandes quantidades de concentrado (ou quando o tamanho das partículas da forragem é muito
pequena) levam a:
- Uma menor porcentagem de ácido acético, menor que 40%
- Uma maior porcentagem de ácido propiônico, maior que 40%
Podendo levar a um aumento da produção de leite, devido ao aumento da glicose (advinda do
propionato), entretanto, as concentrações do ácido acético importantes para a síntese de
gordura, podem estar em concentrações muito baixas, levando a uma redução na produção de
gordura, com baixa porcentagem de gordura no leite. Ademais, esse excesso de propionato,
poderá levar a vaca a acumular gordura corporal e, como consequência, a obesidade. Que
causará não apenas problemas no parto, mas também, a problemas metabólicos como fígado
gordo ou cetose.
A falta de concentrado na dieta limita a ingestão de energia e afeta na produção da
proteína o leite.
As mudanças na proporção de forragem e concentrado na dieta têm um profundo efeito
na quantidade e na porcentagem de cada AGV que são produzidos no rúmen.
Outra fonte de glicose para o fígado é o lactato, que é produzido no rúmen através da
oferta de amido na alimentação. Entretanto, quando esse amido é ofertado em excesso, o
ambiente ruminal se torna ácido, a fermentação das fibras não acontece adequadamente e em
casos extremos a vaca para de se alimentar.
Durante a lactação, a glândula mamária têm uma grande necessidade de glicose, que é
utilizada principalmente na formação da lactose (açúcar do leite). A quantidade total de lactose
sintetizada no úbere esta diretamente ligada com a quantidade de leite produzida por dia. Logo, a
produção de leite é fortemente influenciada pela quantidade de glicose que pode ser produzida
pelo propionato ruminal.
- Glicose convertida em glicerol = produção de gordura do leite
- Acetato e o Beta-hidroxibutirato = formação de ácidos graxos que ficarão aderidos ao glicerol
na formação da gordura do leite.
CONSIDERAÇÕES FINAIS