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3.

Digestão dos Carboidratos pelos Eqüinos

A digestão dos carboidratos pelos equinos ocorre em duas etapas: a enzimática, no


intestino delgado, e a microbiana, no intestino grosso. No intestino delgado, os
carboidratos são expostos a enzimas que os digerem em açúcares simples, como
monossacarídeos, maltose e sacarose, que são absorvidos. Já no intestino grosso,
a digestão ocorre principalmente na fração fibrosa. Os carboidratos solúveis, como
açúcares e amido, são digeridos e absorvidos no intestino delgado, mas os que
escapam dessa digestão são fermentados no ceco-cólon, juntamente com os
carboidratos estruturais, produzindo ácidos graxos voláteis que são absorvidos e
metabolizados para a produção de energia. A eficiência digestiva e metabólica dos
equinos é maior para carboidratos hidrolisáveis do que para carboidratos
fermentáveis. O consumo excessivo de carboidratos rapidamente fermentáveis,
como frutas, pode levar a distúrbios digestivos, como cólicas e diarréia. O
fornecimento excessivo de amido também pode comprometer a digestão no
intestino delgado e resultar em complicações metabólicas. Portanto, é importante
fornecer uma dieta equilibrada em termos de carboidratos para atender às
necessidades energéticas dos equinos.

4. Componentes da Fibra e sua Utilização pelos Eqüinos

Os equinos têm a capacidade de digerir eficientemente a fração fibrosa dos


alimentos. A fibra desempenha um papel essencial na promoção do funcionamento
normal do trato digestivo dos equinos, prevenindo distúrbios comportamentais e
promovendo a saúde gastrointestinal. A composição da parede celular vegetal, que
consiste em celulose, hemicelulose e pectina, é um determinante importante da
qualidade dos alimentos volumosos. A lignina, um polímero fenólico presente na
parede celular, tem um efeito negativo na digestibilidade da fibra. As gramíneas
tropicais apresentam uma proporção mais elevada de parede celular em
comparação com as espécies de clima temperado. A celulose é o componente mais
abundante da parede celular, enquanto as hemiceluloses são compostos amorfos
que os equinos digerem relativamente melhor do que a celulose. As pectinas estão
presentes nas leguminosas em maior quantidade do que nas gramíneas. A lignina,
por sua vez, afeta negativamente a digestibilidade dos carboidratos estruturais. A
eficiência de digestão da fibra pelos equinos está relacionada à composição da
dieta, à atividade microbiana e à taxa de passagem da digesta pelo trato digestivo.

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