Você está na página 1de 7

Resumo para prova de nutrição

Macronutrientes: necessários ao organismo diariamente e em grandes quantidades,


constituindo a maior parte na dieta, fornecem energia e componentes fundamentais para o
crescimento e manutenção do corpo. Fazem parte desse grupo carboidratos, proteínas e gordura,
e a unidade de medida é o grama. Micronutrientes: necessários ao organismo, embora
requeridos em pequenas quantidades, de miligramas a microgramas. Fazem parte deste grupo as
vitaminas e minerais, são essenciais e devem estar presentes na alimentação diariamente., a falta
pode provocar doenças ou disfunções e o excesso, intoxicações.

Nutriente digestível: fração possível de ser digerida pelo animal, que não é eliminada nas
fezes.

Nutrientes digestíveis totais (NDT): é uma das formas de representar as concentrações


energéticas dos alimentos. Representada por: Proteína digestível+ fibra digestível+extrativo não
nitrogenado digestível+gordura digestível X 2,25.Expresso em porcentagem.

Composição dos animais e vegetais:

Principais nutrientes: proteínas, carboidratos, lipídeos (ácidos graxos), vitaminas


(lipossolúveis e hidrossolúveis), minerais (macro e microelementos), água.

Os alimentos podem ser classificados em volumosos (nível de fibra superior a 18%), dos quais
fazem parte as forragens secas (fenos, palhadas, cascas de grãos,etc) e as forragens aquosas
(silagens, pastagens,raízes e tubérculos). Ou em concentrados (nível de fibra inferior a 18%),
que podem ser energéticos (nível de proteína inferior a 20%) ou protéicos (nível de proteína
superior a 20%, podendo ser de origem animal ou vegetal).

Suplementos: formados por minerais, vitaminas e aminoácidos

Alimentos são divididos em: volumosos, concentrados, vitaminas, minerais e aditivos

Digestão de ruminantes

Processos anabólicos mais importantes nos animais: relacionados à síntese de lactose na


glândula mamária, síntese de lipídios no tecido adiposo e na glândula mamária, síntese de
proteína no músculo e na glândula mamária. Estes processos precisam de energia, liberada
durante os processos catabólicos que ocorrem nos tecidos, a qual é transportada na forma de
ATP, ADP, etc.

Nos ruminantes, o catabolismo dos AGV é a principal fonte de energia, representando


aproximadamente 60% da energia gerada durante a digestão das forragens. Os ácidos acético e
butírico são oxidados no ciclo de Krebs para produzir energia e o ácido propiônico é reservado
para ser utilizado na síntese de glicose.

Funções da salivação: adicionar água ao conteúdo do rúmen, ação tamponante do rúmen,


lubrificar o alimento para formação do bolo alimentar, fornecer nutrientes aos microorganismos
do rúmen, prevenir timpanismo, produção insuficiente causa acidose.

Compartimentos do estômago de ruminantes

Rúmen: funciona como uma câmara de fermentação na qual os microorganismos


(bactérias,fungos e protozoários) degradam as forragens liberando nitrogênio, energia e outros
nutrientes necessários a seu crescimento. O rúmen tem temperatura constante, anaerobiose, pH é
mais ou menos constante (5,5 a 7,4), suprimento contínuo de alimento, contrações (motilidade),
forma gases e os expulsa: CO2+CH4.
As bactérias são os microorganismos mais conhecidos e que se encontram em maior número no
rúmen dos animais em pastejo, geram a maior parte dos AGV e praticamente toda a proteína
microbiana digerida e absorvida no rúmen.As bactérias do rúmen podem ser classificadas em
celulolíticas ou aminolíticas, de acordo com o substrato fermentado.

A fermentação anaeróbica realizada pelos microorganismos do rúmen é incompleta, por isso os


produtos finais ricos em energia saem dos microorganismos para o líquido ruminal. Os
principais produtos finais dessa fermentação são os AGV: Ácido acético- C2, propiônico- C3 e
butírico- C4.

Retículo: tem a função de controlar a passagem de alimento, pois o orifício retículo-omasal


controla o tamanho das partículas que passam para o omaso.

Omaso: também conhecido como folhoso, age como desidratador da digesta.

Abomaso: é o estômago verdadeiro dos ruminantes, pois secreta HLC e pepsina- enzima que
inicia a digestão de proteínas. Os resíduos de forragem, grande parte dos microorganismos e
alguns produtos finais da digestão ruminal iniciam sua digestão.

Contrações primárias: misturam as ingestas e separam partículas grandes de pequenas.

Contrações secundárias: forçam o gás em direção à porção cranial do rúmen, pois estes devem
ser removidos rapidamente para evitar a distenção do rúmen.

Intestino:

Os materiais resultantes da ruminação são clivados em moléculas básicas (glicose, aminoácidos,


ácidos graxos,minerais, etc.) e absorvidos pela parede intestinal e levadas ao sangue ou linfa por
processos como difusão, transporte ativo, pinocitose. Os resíduos restantes sofrem uma segunda
fermentação anaeróbica no ceco e intestino grosso.

Intestino delgado- faz digestão e absorção: secreta enzimas digestivas; digestão enzimática de
proteínas; carboidratos e lipídios; absorção de água, minerais e produtos da digestão: glicose,
aminoácidos e ácidos graxos.

Ceco e intestino grosso: pequena população microbiana fermenta os produtos da digestão que
não foram absorvidos; absorção de água e formação das fezes.

Carboidratos: maior fonte de energia para os ruminantes, tem como principais representantes
celulose, hemicelulose e frutose. Proporcionalidade entre os AGV produzidos: predomina o
ácido acético, seguido do propiônico e do butírico, estes servem de fontes inespecíficas de
energia quando absorvidos, o C3 é transformado no fígado em glicose, os outros passam por ele
e vão para a circulação periférica em outras rotas de metabolização.

Lipídios: com grande valor energético, na dieta dos ruminantes a gordura corresponde a no
máximo 3 a 4% e nos grãos não representa mais do que 5%. No organismo animal os lipídios
são armazenados na forma de triglicerídeos no fígado e no tecido adiposo.

Funções das gorduras: reservas de ATP, isolante ao frio, transporte e armazenamento da


vitaminas lipossolúveis A, D, E e K.

No rúmen ocorre a hidrogenação dos ácidos graxos insaturados livres resultantes da hidrólise
microbiana.

Proteínas: a maioria do material regulador do corpo é constituída de proteínas (enzimas). São


componentes essenciais a todas as células vivas e estão relacionadas a todas as funções
fisiológicas, se constituem em polímeros de aminoácidos.
Funções das proteínas: Plásticas- constituem a estrutura do corpo animal; Fonte de energia.

Para a segunda prova:

A maior demanda nutricional de um animal é quando lactante.

Praticamente ½ do alimento ingerido servirá para o atendimento das funções metabólicas do


animal, independente de sua função.

Volumosos: >18% de FB;

Concentrado: <18% de FB;

Concentrado energético: <20% de PB;

Concentrado protéico: > 20% de PB;

Aditivos: vegetais e animais

A digestão química nos monogástricos ocorre no estômago e a fermentativa dos ruminantes


ocorre no rúmen e retículo.

A bile é produzida no fígado e tem a função de degradar gorduras, atuando como um detergente,
o que facilita a digestão e absorção de substâncias gordurosas.

O principal local de absorção dos monogástricos é o intestino delgado, mais precisamente o


jejuno. A substância simples pronta para absorção oriunda da proteína e dos carboidratos é o
aminoácido e os açúcares.

O ambiente ruminal é caracterizado por ser formado por bactérias, fungos e protozoários, ter o
pH estável, ser o local de digestão microbiana, ser um local anaeróbico, ter temperatura de mais
ou menos 39°, além disso, de forma mais completa: funciona como uma câmara de fermentação
na qual os microorganismos (bactérias,fungos e protozoários) degradam as forragens liberando
nitrogênio, energia e outros nutrientes necessários a seu crescimento. O rúmen tem temperatura
constante, anaerobiose, pH é mais ou menos constante (5,5 a 7,4), suprimento contínuo de
alimento, contrações (motilidade), forma gases e os expulsa: CO2+CH4.

Os produtos da digestão dos carboidratos estruturais nos ruminantes são os AGV (ácidos graxos
voláteis), que são absorvidos principalmente no rúmen. Ácido acético (C2), ácido propiônico
(C3) e ácido butírico (C4).

O principal local de digestão e absorção dos nutrientes dos monogástricos é o jejuno, no


intestino delgado.

Proteína degradável no rúmen: 60% da proteína que é fornecida ao animal é degradada no


rúmen, originando amônia. Parte dessa amônia é absorvida pelo corpo e o excesso é absorvido
pelo fígado, que elimina parte na urina, e parte na saliva em forma de nitrogênio.

Proteína não degradável no rúmen: 40% da proteína do animal passa pelo rúmen sem ser
degradada, depois irá sofrer digestão enzimática no abomaso e o que ainda continuar como
proteína irá sofrer fermentação no ceco e será absorvida como aminoácido, uma pequena parte
ainda não foi degradada e é expulsa no bolo fecal.

Proteína microbiana: é a proteína não degradável no rúmen mais os AGVs , que vão para
digestão e absorção no intestino.

-Proteção contra infecções do meio externo é uma das funções do trato gastro-intestinal.

-Aves e suínos necessitam de dietas com baixo teor de fibra no alimento.


-Na saliva está presente a enzima alfa-amilase que é inativada pelo pH ácido do estômago.

-No intestino grosso não ocorre secreção de enzimas que atuam na digestão.

-A absorção dos nutrientes por transporte ativo envolve carreadores geralmente específicos.

Como fazer as continhas que dizem qual a quantidade de uréia que pode ser fornecida?

1% do PV de suplementação, para cada 100kg, 1kg de suplemento

-A mantença é aplicada para o animal adulto, é a exigência que previne qualquer ganho ou
perda de peso, é a primeira e maior exigência que o animal atende.

-O crescimento se aplica a animais jovens (formação do tecido corporal), sendo que o principal
nutriente nesta fase é a proteína. O crescimento exige maior valor nutritivo, mais rico em
proteína,maior exigência de vitamina D minerais (Ca, P).

-Reprodução: primeiro 1/3 da gestação a exigência é pouca, o ganho de peso no animal é no


terço final da gestação.

-Durante a lactação há alta demanda de nutrientes e de água, em uma lactação uma vaca produz
2,5 vezes o seu peso em MS.

-Nas aves, durante a produção dos ovos há alta exigência de Ca.

-Durante a engorda há uma alta relação entre energia e PB.

Normas de alimentação: tem o objetivo de fornecer aos animais os nutrientes exigidos na


quantidade e proporção correta para os diferentes níveis nutricionais. Utiliza tabelas que
fornecem a quantidade e a proporção dos nutrientes, sendo a tabela um guia, que dá um
parâmetro, uma média.Morrison- mais utilizada.

Formulação de ração: para formular uma ração devemos pensar em: qual animal, para que
finalidade, qual a fase de vida do animal, o que tenho disponível.

Passos: 1° listar exigências, 2° listar os alimentos disponíveis para preparar a ração, 3°


adequação...

Ração balanceada: é a que supre os diferentes nutrientes da tal modo que nutre um dado
animal quando fornecida em quantidades apropriadas.

Uso de tabelas: exigências das espécies para as diferentes categorias, informação sobre a
composição dos alimentos, deve utilizar uma só tabela.

Cálculo de ração passos: Primeiro faz uma regra de três baseada na MS: Ex- % PD= 4,6; %
MS= 20, monta a continha assim: 4,6............20/ x................100= 23% , e assim para cada um (
NDT, Ca, P). Depois tem que fazer a conta de quanto dá em kg-> tem que saber quantos kg do
alimento para converter a % em kg. Ex- Para 9kg de cornichão: 9kg..........100/ x..............23%=
2,07 (PD), e faz para cada um. Aí compara na tabela de exigências e vê se atende as exigências
do animal, nesse caso, atendeu. Se não atender, deve-se fazer um mistura de grãos, ou o que for.
A mistura pode ser de 1:1 ou de 3:1, se ainda não fechar, pode-se trocar um dos ingredientes,
por exemplo, pode-se tirar um pouco de capim Rhodes para colocar a mistura no lugar, para isso
precisa calcular de quantos kg será essa troca. Aí calcula novamente baseado em novos valores,
se ainda não fechar pode-se substituir novamente, no caso feito na aula, usamos uréia, mas esta
só pode ser utilizada até 30%, por isso precisa calcular se pode ser utilizada...

Cálculo de concentrado:

Usa Quadrado de Pearson:

Ex: Elabore um concentrado contendo 15% PB, utilizando uma mistura de 2:1 de milho (8% de
PB) e sorgo (7% de PB) + farelo de soja (42% de PB).

Primeiro como é uma mistura de 2:1, tem que calcular quanto de PB tem na mistura: (8x2)+
(7x1)/ 3= 7,67, aí monta a continha do quadrado:

Mistura- 7,67 PB

Farelo de soja- 42 PB

Daí depois calcula a porcentagem de cada um, por regra de três: 34,33.............100%

27..................x=78,65%

34,33.............100%

7,33...............x=
21,35%-> um mais o outro tem que fechar 100%.

Depois calcula quanto será em kg:

-> a soma dos dois tem que fechar os 15 kg.

Como calcular com x, y e z. Quando é só x e y pode montar direto a continha, já multiplicando e


cortando. Não esquecer do x+y= 100. Na conta com três letras x, y e z, substitui na primeira
continha o x por (100-y-z), e assim vai ficar só o z e o y na conta, depois corta igual a simples,
daí é só substituir os valores para achar o resultado. Depois calcula a contribuição de cada um,
com uma regra de três , que somando os 3 resultados tem que fechar a porcentagem de PB dada
no início do problema.

 MS(kg): alimento –água;


 PB(kg): total de nitrogênio contido no alimento;
 PD(kg): proteína ingerida pelo animal descontando as fezes;
 EM (energia metabolizável): energia que o animal ingere- fezes-urina- gases de
fermentação;
 EL (energia líquida): considera perda calórica;
 NDT (kg): valor energético do alimento obtido através de um cálculo de digestibilidade;
 Ca(g): macromineral
 P (g): micromineral
O que mais varia entre uma ração volumosa e uma concentrada é a PB.
Concentrado= -18% de FB
Energético= -20% de PB
Proteico= +20% de PB
PB é um valor mais preciso que PD. EM é mais preciso do que PD e PB. NDT é mais preciso
que EM, PD e PB.
Volumoso tem mais Ca do que P, e concentrado mais P do que Ca.
Milho tem energia, uréia não.
Animais menos exigentes: vacas secas, touros, vacas prenhas até 6 meses;
Animais mais exigentes: animais de desfrute (novilha, animais em crescimento); vacas em
lactação (suplementar com NDT e PB).
Maior consumo pastagem fresca, depois feno, depois silagem (em relação à qualidade do
alimento).
Quando a vaca parir, há um pico de produção de leite, mas há uma diminuição da capacidade de
consumo.
Pico de ingestão de MS= período médio de lactação.
Se a vaca emagrece muito não sobra energia pra ciclar.
Na fase inicial da gestação há um balanço energético negativo, que é quando consome menos do
que demanda.
No período final da lactação a preocupação é com a mobilização do Ca.

Cuidados ao se fornecer uréia: nunca fornecer em jejum, no máximo 30% da PB oferecida ao


animal (1/3 da PB), 35g de uréia a cada 100kg de peso vivo, 100 a 150g de uréia/ animal por
dia. A molécula de uréia tem 45% de N -> PB= 6,25x %N.

O que são distúrbios metabólicos?


São alterações no metabolismo normal dos animais, que causam várias conseqüências, sendo
que os principais distúrbios estudados foram: acidose, cetose, deslocamento de abomaso,
timpanismo, toxemia, em grandes animais. E em pequenos foram: obesidade, deficiências de
minerais, etc.
Acidose: A acidose lática ocorre quando grandes quantidades de carboidratos facilmente
fermentáveis (geralmente grãos) são consumidos além do que os animais estão acostumados.
Cetose: ocorre em conseqüência de uma desordem no metabolismo
energético dos ácidos graxos durante períodos de aumento de sua utilização hepática,
típicas do período do parto de vacas de elevada produção de leite.
Deslocamento de abomaso: O deslocamento de abomaso é um distúrbio metabólico, sua
ocorrência é comumente observada com certa frequência em bovinos, principalmente em vacas
de alta produção leiteira associada ao pós-parto, alimentadas basicamente com grãos e pouca
fibra, onde os carboidratos em grande quantidade produzem um aumento na concentração de
ácidos graxos voláteis no abomaso, resultando na produção de gás metano e provocando o
deslocamento ou torção.
Toxemia: Esta doença é causada por hipoglicemia aguda que pode ser provocada tanto pelo
aumento da exigência de glicose, como pela interrupção na ingestão de alimentos, implicando
em baixo suprimento de glicose para o organismo, levando a mobilização de gordura e produção
de corpos cetônicos.
Timpanismo: esta doença é associada a fatores que impeçam o animal de eliminar gases
produzidos durante a fermentação ruminal. O timpanismo é a causa comum da morte súbita em
bovinos.
Deficiência de arginina em gatos: não são capazes de sintetizar arginina para o ciclo da uréia e
por isso, a falta deste aminoácido causa uma severa hiperamonemia, sendo que este aminoácido
está presente em fontes de proteína que todos os gatos precisam para viver.
Distúrbios metabólicos em animais obesos: poliúria, polidipsia, polifagia (sinais clínicos);
causa diabetes melitus, que trás várias complicações, como infecções do trato urinário e
catarata.
Importância dos minerais e vitaminas na dieta animal:

São fundamentais à vida do animal. A exigência máxima em minerais é apresentada por animais
novos, fêmeas durante a segunda fase da gestação, boas produtoras de leite, ovelhas de leite, de
cria e de lã, porcas de cria e galinhas de postura. As menores necessidades são dos animais
adultos de trabalho ou de carne. Deve-se manter o equilíbrio necessário entre os elementos
minerais na ração do animal, os suplementos devem ser utilizados de forma cautelosa.

As vitaminas também devem ser suplementadas apenas quando necessário, especialmente pra
ruminantes, pois o pasto contém as vitaminas necessárias, já para os monogástricos é mais
comum se suplementar a ração com vitaminas.

Você também pode gostar