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Nutrição e dietética N/2

CONSISTENCIA DA DIETA
DIETA NORMAL
INDICAÇÃO:
Dieta que atende as leis da nutrição: lei da harmonia, adequação, qualidade e quantidade
dos alimentos. Esta dieta é indicada para indivíduos cuja condição clínica não justifica
restrição de nutrientes ou da consistência dos alimentos.
CARACTERÍSTICAS DA DIETA:
● Sem alteração de consistência
● Sem alteração de nutrientes
● Valor energético total – 2500 kcal

DIETA BRANDA
Uma dieta branda inclui os alimentos típicos de uma dieta de consistência normal, mas com
restrição de frituras, alimentos que causem flatulência e alimentos cruas, exceto de textura
macia. São permitidos pedaços de legumes, vegetais, carnes, e não é obrigatório que o
alimento seja triturado ou moído. Para que UMA DIETA SE caracteríze como branda, a maior
parte dos alimentos é abrandada por cozimento, que os faz adquirirem consistência mais
Tenra. Esse tipo de dieta em geral é utilizado na fase de transição de uma dieta pastosa para
uma dieta normal em pacientes com saciedade precoce, por ter baixo teor de fibras.

DIETA LIQUIDO PASTOSA OU SEMILIQUIDA


Os alimentos de uma dieta líquida líquida pastosa ou semiliquida podem ser engrossados
caracterizando então uma dieta semilíquida. Não pode ter resíduos.
Os alimentos permitidos são vitamina de frutas sem a casca, mingau ralo, sopa liquidificada e
coada, iogurtes, coalhada, sorvetes e picolés, papa de fruta, milk shakes.
Dieta semilíquida são indicadas para pacientes com dificuldade de deglutir ou mastigar
adequadamente os alimentos ou como uma etapa na evolução da consistência da dieta.

DIETA PASTOSA
A dieta pastosa inclui alimentos abrandados por cocção e por processos mecânicos, como os
alimentos moídos, liquidificados, amassados ou em forma de purê: arroz pastoso, purê de
batata, abóbora, aipim ou inhame, carne vermelha ou de frango moída, frutas amassadas,
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caldos e sopas engrossadas, creme de milho, de espinafre, macarrão bem cozido, nhoque,
requeijão, pão mole molhado no leite ou no café, ovo cozido.
Situações que indicam a utilização da dieta pastosa incluem:
*Ausência dos dentes ou uso de prótese dentárias mal adaptadas;
* alterações anatômicas na boca;
* doenças esofágicas;
* distúrbios neurológicos ou neuromotores
* retardamento mental grave

DIETA LIQUIDA DE PROVA


Os alimentos que compõem uma dieta líquida de prova incluir chá, água chá de cor clara e
água de coco alimentos que proporcionam o mínimo de resíduos alimentares, o que
possibilita repouso intestinal máximo. Por ser uma dieta restritiva e nutricionalmente
inadequada, não deve ser utilizada por período superior a três dias.
É indicada como primeiro passo na alimentação por via oral em pacientes que passaram por
jejum prolongado, além de servir de estímulo inicial para o funcionamento dos processos de
digestão e absorção.
Promover repouso intestinal; o objetivo ñ e nutrir mas sim verificar a tolerância do paciente;
deve ser utilizada por no máximo 3 dias.

DIETA LIQUIDA RESTRITA


Consiste na dieta líquida de prova acrescida de sucos naturais coados, caldos de carne,
gelatinas e bebidas isotônicas não pode ter residuos. Assim como as dietas líquidas de prova,
as dietas líquidas restritas são restritivas e nutricionalmente inadequadas e não devem ser
utilizadas por período superior a três dias. Mas e restringido alimentos que podem dar gases
por exemplo: feijão, leite.
São indicadas no pós-operatório imediato de cirurgias do gastrointestinal tais como
gastroplastia redutora. Também pode ser prescrita para pacientes em processos iniciais de
infecção grave e diarreia aguda tem como para aqueles que se preparam para exames.
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DIETA LIQUIDA COMPLETA


Uma dieta líquida completa inclui qualquer alimento ou preparação de consistência líquida
ou que dissolve rapidamente na boca: a água, chás, água de coco, sucos naturais, caldo de
carne, calda de feijão, mate, café, bebidas isotônicas, leite, picolés, sorvetes, gelatina pode
ter feijão desde que seja batido e coado ñ pode ter residuos.
Trata-se de dieta caracteristicamente mais calórica do que as dietas citadas anteriormente e
que tem no leite a fonte proteica a dieta líquida completa.
É indicada para pacientes com problemas mecânicos de deglutição (disfagia) e de
mastigação, no pôs operatório de cirurgias de cabeça e pescoço, ou para pacientes com
problemas mecânicos do trato digestivo superior.

TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL


TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL (TNE) A TNE consiste na administração de nutrientes pelo
trato gastrointestinal, através de um tubo, sondas ou ostomias, localizadas no tubo
digestivo. É empregada quando o paciente não pode ou não deve se alimentar por via oral
(via oral contra-indicada) ou quando a ingestão oral é insuficiente. Para que ocorra a
indicação da Terapia Nutricional Enteral (TNE) é necessário que o trato digestivo esteja total
ou parcialmente funcionante e, de modo geral, utilizá-la por pelo menos 5 a 7 dias.
DIETA ARTESANAL:
E feita a partir de alimentos preparados que são liquidificados e oferecidos ao paciente. A
adição de óleo ou azeite deixa a dieta mais calórica. São elaboradas a partir de alimentos
naturais geralmente consumidos pela família, com acréscimo de alimentos processados e/ou
de suplementos alimentares.
É indicada para pacientes que não têm condições de se alimentar totalmente ou
parcialmente por via oral, mas que apresentam o trato gastrintestinal funcionante, podendo
ser administrada através da nutrição enteral.
ORIENTAÇÕES A PACIENTES COM DIETA ENTERAL
 Lavar as embalagens dos ingredientes antes de abri-las;
 Medir corretamente os ingredientes, de acordo com a prescrição do nutricionista;
 Conservar a dieta na geladeira em recipiente tampado, de preferência vidro ou louça;
 Retirar da geladeira apenas o volume a ser administrado, alguns minutos antes do
horário da administração;
 Nunca administrar dieta quente, sempre em temperatura ambiente;
 Utilizar a dieta por até 24 horas após o preparo; em caso de sobras desprezar e preparar
uma nova dieta.
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Se você utilizar a dieta industrializada em pó:


 Verificar se a embalagem está dentro do prazo de validade e se não está danificada;
 Lavar a embalagem com água e sabão antes de abrí-la;
 Utilizar a quantidade de dieta em pó prescrita pelo nutricionista;
 Utilizar a quantidade de água filtrada e fervida recomendada;
 Misturar bem com movimentos circulares sem agitar o frasco;
 Seguir as demais recomendações para conservação e administração já citadas.
Se você utilizar a dieta industrializada líquida:
 Verificar, no rótulo, se está dentro do prazo de validade;
 Verificar se a embalagem não está danificada;
 Lavar bem a embalagem com água e sabão;
 Agitar bem antes de abrí-la;
 Seguir a quantidade prescrita pelo nutricionista em cada horário.
A administração da dieta pode ser feita com uma seringa ou com um equipo apropriado
para a infusão da dieta, de acordo com a orientação do nutricionista ou do médico.
Antes da administração:
 Reunir todo o material sobre uma mesa ou bandeja limpa;
 Lavar as mãos;
Durante a administração:
 Manter decúbito do paciente elevado durante a infusão da dieta e 45 minutos após o
término de cada dieta. Este cuidado evitará que haja regurgitação, vômitos ou aspiração
da dieta para o pulmão.
 ATENÇÃO: não passar a dieta se a sonda não estiver bem posicionada!

METODOS DE ADMINISTRAÇÃO DA DIETA ENTERAL

Intermitente:
• a) gravitacional - é utilizada a força da gravidade para a administração de “porções” da
dieta; : A dieta ocorrerá por gravidade a partir de frascos de 300 ou 500 mL. Cada frasco
deverá ser ligado ao equipo e as gotas controladas para que a dieta seja administrada ao
longo de 1 hora. Seguir o procedimento observando os horários sugeridos,
• b) em bolus: é administrado, através de uma seringa, 100 a 350 ml a cada 2-4 horas.
Seguida por 20 a 30 ml de agua potável, para limpar a sonda. A regularidade e o volume
dependem da condição do paciente. Geralmente o volume administrado demora menos de
15 minutos. A alimentação é infundida de 4 a 8 vezes ao dia. Esse método de administração
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é preferível na alimentação em posição gástrica para pacientes estáveis, pois permitem que
eles realizem outras atividades.
• Vantagens: não exige bomba de infusão e permite custo menor.
• Desvantagens: maior risco de aspiração, náuseas, vômitos, diarréia, intolerância à
alimentação e maior instabilidade na glicemia capilar.
Contínua:
E o método administrado por gotejamento lento e contínuo ou, preferencialmente, por meio
de bomba de infusão, volumétrica (ml/h) ou peristáltica (gotas/h). É utilizado sempre que a
sonda estiver em posição póspilórica, ou pode ser empregado quando houver dificuldade de
esvaziamento gástrico, distensão e risco de aspiração. A diarréia pode ser também uma
indicação.
• Vantagens: bem tolerada pelos pacientes, menos risco de aspiração, diarréia, náuseas,
vômitos, possibilidade de fornecer maior aporte energético, pois os constituintes da dieta
são mais completamente absorvidos.
• Desvantagens: exige bomba de infusão, oferece menor liberdade ao paciente, maior risco
de obstrução da sonda e maior custo.
• Em um estudo prospectivo comparando o método de infusão contínua com o
intermitente, verificou-se maior incidência de diarréia, deslocamento de sonda e pneumonia
aspirativa no método de administracão intermitente. O grupo que recebeu TNE contínua
evidenciou maior ocorrência de obstrução de sonda, mas como vantagem observou-se
maior percentual de dieta diária, sendo esse modo de administração o mais recomendado.
* bomba de infusão (BI)
Será, obrigatoriamente, utilizada quando o método de administração por infusão contínua
for adotado. A dieta enteral deverá ser administrada por BI em pacientes de Unidade de
Terapia Intensiva (UTI), 25 a 150 ml hr por 24 hrs interrompida de 6 a 8 hrs para irrigação da
sonda enteral.
Dose e velocidade de administração
• Iniciar com 50 – 100 mL da fórmula escolhida, 6 vezes ao dia, de 6 às 21 horas. • Lavar a
SNE nos intervalos com 20 a 30 mL de água ou hidratar nos intervalos da administração da
NE.
• As dietas devem ser administradas lentamente, duração aproximada de 1,5 horas. • A
infusão contínua pode ser feita respeitando-se uma pausa noturna de seis horas com
objetivo de reduzir a população bacteriana intragástrica. Durante a pausa noturna, o pH
gástrico não bloqueado pela dieta, cai a níveis bactericidas, auxiliando o controle da
população bacteriana no estômago e do trato-gastrointestinal, favorecendo a diminuição de
índices de pneumonia naso comial por ascensão bacteriana
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INDICAÇÕES DA TNE

*Pacientes que ñ podem se alimentar (AVC, NEOPLASIA...)


*Pacientes com ingestão oral insuficiente (QUIEMADURAS, TRAUMAS)
*Pacientes nos quais a alimentação comum causa dor ou desconforto (PANCREATITE,
RADIOTERAPIA, DOENÇA DE CROHN...)
*pacientes com disfunção no trato gastrointestinal (FISTULA, MA ABSORÇÃO...)
• Pacientes com hiporexia ou anorexia, incluindo gestantes, que recusam a se alimentar pela
boca;
• Pacientes em risco de desnutrição e desnutridos, incluindo gestantes, com ingestão oral
inferior a dois terços (67%) das necessidades nutricionais diárias durante os 5 dias que
antecederam a indicação, sem expectativa de melhoria da ingestão;
• Pacientes clínicos e cirúrgicos com: neoplasias orofaríngeas, gastrointestinais, pulmonares,
esofágicas, cerebrais; inflamação; trauma; cirurgias gastrointestinais; pancreatite; doenças
inflamatórias intestinais; síndrome do intestino curto;
• Pacientes não cirúrgicos com anorexia grave, faringite, esofagite, caquexia cardíaca,
doença pulmonar obstrutiva crônica;
• Paciente eutrófico com ingestão abaixo de 50% de suas necessidades e perda de peso >2%
em 1 semana;
• Disfagia grave secundária a processos neurológicos e megaesôfago;
• Pacientes com nível de consciência rebaixado;
• Pacientes submetidos a cirurgia maxilo-facial (lesão de face e mandíbula);
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• Ressecção do intestino delgado;


• Fístulas êntero-cutâneas de baixo débito;
• Fístula traqueoesofágica;
• Queimaduras > 30 % e de terceiro grau;
• Depressão grave, anorexia nervosa;
• Doenças desmielinizantes;
•Trauma muscular extenso;
• Má absorção, alergia alimentar múltipla;
•Politraumatismo;
•Insuficiência hepática e grave disfunção renal;
•Doença inflamatória intestinal;
•Pancreatite aguda grave com motilidade gastrointestinal preservada;
•Pacientes em UTI que não tiverem atingido, no mínimo, 2/3 (67%) das necessidades
nutricionais com alimentação oral em 3 dias de internação.
Em crianças (além das indicações especificadas acima):
• Perda de peso e crescimento deficiente;
• Desnutrição aguda, crônica e hipoproteinemia;
• Dificuldade ou incapacidade de sucção e deglutição;
• Risco de aspiração (Doença do Refluxo Gastroesofágico);
• Anomalias congênitas (fissura do palato, atresia de esôfago, fístula traqueoesofágica,
outras anomalias do TGI);
• Diarreia crônica não-específica;
• Fibrose cística;
• Câncer associado à quimioterapia, radioterapia e/ou cirurgia;
• Atingir ganho ponderal mínimo para realização do transplante renal;

Contraindicações:
São geralmente relativas ou temporárias mais do que, definitivamente, absolutas. A
escolha e execução da intervenção mais adequada requer conhecimento e
acompanhamento do paciente, julgamento clínico experimentado e reavaliação frequente
das metas da TN, com modificações apropriadas sempre que necessário.
As contraindicações relativas ou temporárias para a terapia NE são:
• Doença terminal quando as complicações potenciais superarem os benefícios;
• Diarreia grave (intratáveis);
• Síndrome do intestino curto do tipo maciça (< de 60 cm de intestino delgado, sem válvula
íleo-cecal e ressecção de cólon);
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•Íleo paralítico intestinal por peritonites, hemorragia intraperitonial e perfuração intestinal;


• Obstrução intestinal mecânica total ou localizada;
• Hemorragia grave do TGI com presença de náusea, vômito (hematêmese) e melena ou
enterorragia;
•Vômitos intratáveis;
•Varizes esofágicas (relativa);
• Fístulas jejunais e enterocutâneas de alto débito (>500 ml/dia);
• Inflamação do TGI como a doença de Crohn em atividade, enterite grave pós-irradiação ou
quimioterapia;
• Instabilidade hemodinâmica;
•Isquemia gastroinstestinal em doentes críticos, com sepse, disfunção de múltiplos órgãos,
instabilidade cardiopulmonar evidente, síndrome de compressão ou oclusivas crônicas;
• Choque severo (contraindicação absoluta);
• Volume residual gástrico > 400 ml/24h (suspender a alimentação e reavaliar a tolerância
do paciente);
• Pancreatite aguda grave sem motilidade gastrointestinal.

Vias de Acesso A TNE


Deverá ser realizada por meio de sondas nasoenterais (em posição gástrica, duodenal ou
jejunal) ou ostomias (gastrostomia, jejunostomia, gastrojejunostomia).

A SONDA NASOENTERAL
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Sonda localizada na porção duodenal ou jejunal do intestino. Utilizada principalmente


quando o paciente não é capaz de deglutir alimentos, mas ainda é capaz de digeri-lo mesmo
que parcialmente e absorvê-lo. A comunicação se dá entre o nariz e o estômago, e a sua
inserção se dá manualmente. São recomendados para uso de curto prazo, de 3 até 4
semanas. Suas vantagens incluem o fácil posicionamento da sonda, a progressão mais
rápida e a boa tolerância de fórmulas hiperosmóticas. Dentre as desvantagens, está o maior
risco de aspiração pulmonar em pacientes com gastroparesia, doença neurológica e
decúbito a zero grau.
Indicações
• Casos em que o estômago não está funcional; • Pacientes inconscientes;
• Pacientes com dificuldade de deglutição; • Administração medicamentos e alimentos;
• Pacientes com alto risco de bronco aspiração e • Pacientes com pancreatites agudas,
fístulas esofágicas ou gástricas.
Contraindicações
• Nos casos de pacientes com desvio de septo importante;
• Traumatismo crânio-encefálico • Obstrução intestinal mecânica;
• Sangramento gastrintestinal; • Vômitos incontroláveis; • Diarreia intratável; • Isquemia
gastrintestinal; • Íleo paralítico prolongado; • Inflamação do trato gastrintestinal; • Tumor
de boca e hipofaringe e varizes esofágicas.

Sonda Nasogástrica e Orogástrica


Indicações
• Via de escolha em pacientes que necessitem de aporte nutricional e possuem a função
gástrica preservada.
• Drenagem de conteúdo gástrico,
• Realização de lavagem gástrica e
• Administração de medicações ou alimentos.
Em pacientes com suspeita de traumatismo crânio encefálico é recomendada a sondagem
orogástrica.
Contraindicações
• Casos de má formação ou obstrução do septo nasal (no caso da nasogástrica);
• Sangramentos gastroesofágicos; • Desconforto respiratório importante;
• Pacientes com traumatismo crânio encefálico (utilizar apenas sonda orogástrica);
• Má formação ou obstrução do trato gastrointestinal;
• Hérnia de hiato importante; • Pancreatite;
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• Neoplasias de boca, faringe, esôfago ou estômago


Vantagens
• É a via habitual e mais próxima da via fisiológica de alimentação e administração de
medicamentos.
Desvantagens • Maior risco de refluxo e aspiração do conteúdo gástrico; • Desconforto local
pela passagem da sonda.

Gastrostomia

É um procedimento cirúrgico que estabelece o acesso à luz do estômago através da parede


abdominal. Dependendo da técnica aplicada pode ser realizado através de laparotomia, por
via endoscopia ou laparoscopia.
Indicações
• Necessidade de nutrição prolongada (>1 mês); • Descompressão gástrica;
• Alimentação em pacientes em que se deseja evitar o desconforto e os riscos do emprego
de sonda nasogástrica;
• Usado para cuidado paliativo em pacientes portadores de neoplasias malignas
irressecáveis e outras condições que afetam a motilidade da língua, da faringe e do esôfago,
as quais comprometem a deglutição.
Contraindicações
• Coagulopatias não corrigidas; • Peritonite; • Ascite maciça; • Obesidade mórbida;
• Hérnia hiatal volumosa; • Expectativa curta de sobrevida.
Vantagens
• Maior conforto ao paciente;
Desvantagens
• Necessita de procedimento cirúrgico e, dessa forma, possui complicações inerentes ao
processo;
• Possui risco de infecção da parede abdominal, cabe salientar, no entanto, que esse risco é
diminuído com o uso de antibioticoprofilaxia.

Jejunostomia

A jejunostomia é um procedimento cirúrgico que permite acessar à luz do jejuno proximal


através da parede abdominal.
Indicações
• Necessidade de nutrição enteral prolongada; • Refluxo gastroesofágico intenso;
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• Gastroparesia não responsiva a procinéticos; • Pancreatite aguda grave;


• Estenose cáustica envolvendo esôfago e estômago;
• Alterações anatômicas ou gastrostomia prévia;
• Utilizada também para cuidados paliativos em pacientes portadores de neoplasia maligna
irressecável do estômago;
• Doenças neurológicas como demências, esclerose lateral amiotrófica, sequelas de acidente
vascular cerebral em que a gastrostomia não pode ser realizada; • Pós gastrectomia total.
Contraindicações • Obstrução, fístulas ou perfuração intestinais.
TIPOS DE DIETA

CLASSIFICAÇÃO:

DIETA POLIMERICA: e onde os alimentos estão


intactos deve ser inserida orogastrica e nasogastrica.
Nesta classificação, as principais fontes proteicas são
o caseinato, a proteína de soja e o soro do leite.
DIETA OLIGOMERICA: e mais hidrolisada para ser
colocada no intestino
SEMI-ELEMENTAR: para pacientes que tem alguma
doença como doença de chron já vem pronto
para ser absorvido. A hidrolisação já está completa
(proteínas na forma de aminoácidos). Estas dietas requerem uma menor digestão, sendo
indicadas para pacientes com funções gastrointestinais prejudicadas.
Dieta enteral artesanal ou industrializada.
As dietas artesanais (também chamadas de caseiras ou não industrializadas) são definidas
pela RDC Nº 503 como aquelas formuladas e manipuladas a partir de alimentos in natura
e/ou produtos alimentícios, sob prescrição dietética.
Já as dietas industrializadas, segundo a mesma resolução, são aquelas comercializadas na
forma de pó ou líquido, com prazo de validade determinado pelo fabricante.
Quando há associação de dietas artesanais e industrializadas, a dieta resultante é
denominada de “dieta enteral mista”.
Dieta enteral hipocalórica, normocalórica e hipercalórica.
▪ Dietas enterais hipocalóricas: <0,9 Kcal/mL

▪ Dietas enterais normocalóricas: 0,9 a 1,2 Kcal/mL

▪ Dietas enterais hipercalóricas: >1,2 Kcal/mL

Dieta enteral completa ou incompleta.


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dos anteriormente. Elas não podem ser utilizadas como fontes exclusiva de alimentação.
Quanto ao fornecimento dos nutrientes, as dietas enterais podem ser classificadas como
completas ou incompletas.
As dietas enterais completas são aquelas que contêm todos os nutrientes em sua
composição (proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas e minerais) e podem ser usadas
como fonte exclusiva de alimentação.
Por sua vez, as dietas enterais incompletas, também conhecidas como “módulos” ou
“suplementos”, são as fórmulas compostas por apenas um dos principais grupos de
nutrientes cita
Teor de macronutrientes nas dietas enterais.
Durante a doença crítica, por exemplo, são priorizadas as fórmulas enterais hiperproteicas,
com uma oferta que varie de 1,3 a 2 g/kg/dia. O objetivo é minimizar o catabolismo
muscular, a fraqueza e promover a reabilitação precoce.

Dieta enteral hipotônica, isotônica e hipertônica.


A osmolaridade de uma dieta enteral é atribuída ao número de partículas dissolvidas na
solução. Sendo assim, as dietas enterais podem ser classificadas em:
▪ Hipotônicas (<300 mOsm/L);

▪ Isotônicas (300 a 350 mOsm/L);

▪ Hipertônicas (>350 mOsm/L).


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A nutrição enteral (NE) em sistema aberto é aquela em que há a necessidade de


manipulação da dieta antes de sua administração.
A NE em sistema fechado é estéril, industrializada, acondicionada em recipiente
hermeticamente fechado e apropriado para conexão do equipo de administração, de modo
a evitar manipulação da fórmula.

COMPLICAÇÕES DA DIETA ENTERAL


Entre as complicações gastrointestinais, mais frequentes no uso da terapia nutricional
enteral, estão diarreia, vômitos, náuseas e constipações, que podem estar relacionadas ao
excesso de gordura na dieta, infusão rápida ou intolerância a componentes da fórmula. Além
disso, a gastroparesia, uma dificuldade no esvaziamento gástrico, tornando-o mais lento,
também pode ocorrer, podendo ser causada pelo uso de alguns medicamentos, por
distúrbios hidroeletrolíticos ou mesmo pela situação clínica do doente.
A também complicações metabólicas- hiper-hidratação; mecânicas- faringe obstrução da
sonda; infecções; aspiração, pneumonia; ansiedade e depressão.

TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL

A terapia nutricional parenteral refere-se à oferta de nutrição por via parenteral (venosa),
central ou periférica, realizada quando o trato gastrointestinal está indisponível ou quando a
necessidade nutricional não pode ser atendida de forma completa pelo trato gastrointestinal
(via oral/enteral).
Em algumas situações a Nutrição Parenteral (NP) pode ser realizada por via periférica,
principalmente quando esta é indicada como complementar a nutrição enteral e quando
esta é proposta por tempo breve. A solução para infusão periférica não deve exceder a 900
mOsm/Kg (ex: glicose 10%, aminoácidos 2% e eletrólitos). A seleção e cálculo da NP deve
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considerar as limitações das condições mórbidas, como diabetes, doença crítica, sepse,
doença hepática, doença renal, hipertrigliceridemia, dentre outras.

Indicações
• Trato gastrointestinal (TGI) não funcionante ou contraindicado ou tentativa de acesso
enteral fracassada;
• Condições que impeçam o uso do trato gastrointestinal por mais que 7-10 dias em adultos,
5-7 dias em pacientes pediátricos e 1-2 dias em neonatos;
• Quando o aporte enteral é insuficiente a associação com NP é recomendada a após cinco
dias de TNE sem sucesso;
• Fístula Gastrointestinal;
• Pancreatite Aguda; vômitos intratáveis;
• Síndrome do Intestino Curto;
• Colite ulcerativa complicada ou em período perioperatório;
• Desnutrição com mais de 10% a 15% de perda de peso;
• Necessidades nutricionais maiores que a capacidade de oferta por via oral/enteral; •
Hemorragia gastrointestinal persistente;
• Abdome Agudo/Íleo paralítico prolongado;
• Trauma abdominal requerendo repetidos procedimentos cirúrgicos
* Diarreia grave,
* Repouso intestinal;
* Mucosite, esofagite

Contraindicações
• Quando o risco de NP é julgado excessivo para o potencial benefício;
• Pacientes hemodinamicamente instáveis;
• Insuficiência cardíaca crônica com retenção hídrica (exceto em pacientes com evidente má
absorção e a nutrição enteral mostrou-se inefetiva);
• Insuficiência renal crônica sem tratamento dialítico (exceto em pacientes com perda
calórico-protéica severa ou com severas alterações gastrointestinais).

Vias de Acesso
• Periférica (< 900 mOsm/L) veias no braço o mesmo acesso do soro.
• Central (1500 – 2800 mOsm/L) centro cirúrgico, reservada ao medico
*Cateter Central de Inserção Periférica (PICC)
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*Cateter Central de Curta Permanência (INTRACATH), de dupla via ou de uma via (VSC > VJI >
VF).
*Cateter Central de Longa Permanência (PERMCATH, PORTOCATH)

Métodos e Técnicas de Administração


• A NP manipulada deve ser retirada do refrigerador 30 a 60 minutos antes da
administração;
• A administração da NP será do tipo contínua, via bomba de infusão, em 24 horas, com
fluxo constante, sem interrupção;
• O equipo será trocado a cada bolsa a ser infundida;
• Proceder à correta higienização da bomba de infusão conforme procedimentos da
enfermagem.

COMPONENTES DA NP

COMPLICAÇÕES DA NP
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A nutrição parenteral é, por definição, administrada por via intravenosa.


A nutrição parenteral parcial fornece somente parte das necessidades nutricionais diárias,
suplementando a ingestão oral. Muitos pacientes hospitalizados recebem glicose ou
soluções de aminoácidos por esse método. De 7 a 10 dias, osmolaridade < mOsn/l (flebite)
A nutrição parenteral total supre todas as necessidades nutricionais diárias. Pode ser
utilizada tanto em hospitais como em domicílio. Como as soluções de NPT são concentradas,
pode ocorrer trombose das veias periféricas, sendo necessário acesso venoso central.
Menos de 10 dias, osmolaridade > 1000 mOsm/l.
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Monossacarídeos
Os monossacarídeos são carboidratos simples, não sofrem hidrólise, como a glicose, a
frutose e a galactose. São encontrados, principalmente, em frutas, no mel e no leite.
Dissacarídeos
Os dissacarídeos também chamados de oligossacarídeos são carboidratos simples, resultado
da ligação entre dois monossacarídeos.
Os principais são:
• Sacarose: união da glicose com a frutose, presente no açúcar de mesa e alguns
adoçantes;
• Maltose: união de suas moléculas de glicose, extraída de cereais, como a cevada,
germinados;
• Lactose: união da glicose com a galactose, encontrada no açúcar do leite.
Polissacarídeos
Os polissacarídeos são carboidratos complexos, possuem grandes moléculas e, por isso, são
digeridos mais lentamente pelo organismo. Esse tipo de carboidrato é encontrado em
alimentos de baixo índice glicêmico.
Em geral, são formados através da ligação entre carboidratos menores. E cumprem uma
função muito importante na alimentação por liberarem gradativamente a energia de que o
corpo necessita.
Diferente dos monossacarídeos e dos dissacarídeos, os polissacarídeos atuam como um
reservatório de energia que é liberado em um maior espaço de tempo.

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