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CUIDADOR DE

IDOSOS

PROF. NILTON BOAES


CLASSIFICAÇÃO
DOS ALIMNETOS
&
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
ALIMENTOS
• PROCESSADOS: são aqueles produzidos pela indústria, que
leva adição de substancia como sal e o açúcar, permitindo que o
produto tenha mais duração de vida e o torne mais atraente.
Exemplo: as conservas de ameixas, sardinhas, carne, pêssego.

• ULTRAPROCESSADOS: são alimentos totalmente


produzidos pela indústria ou em laboratório, busca-se sabor
aroma entre outras características do produto original, porem
tudo produzido quimicamente pelo homem. Exemplo: os
sorvetes, a geleia, tempero instantâneos.
ALIMENTOS
• IN NATUROS: são alimentos extraídos diretamente da
natureza, seja de plantas ou animais, não passam por nenhum
processamento industrial. Exemplo: o peixe, o camarão,
verdura, as frutas e legumes.

• MASTIGAÇÃO: é o processo inicial digestivo, tem como


finalidade a degradação mecânica dos alimentos, permitindo que
sejam reduzidos a um tamanho adegado para a deglutição.
ALIMENTAÇÃO
• A alimentação é um cuidado importantíssimo que garante saúde e
bem-estar aos idosos. A seguir apresentam-se os dez passos para a
alimentação saudável em pessoas idosas:
1. Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e
dois lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições;
2. Inclua diariamente seis porções do grupo de cereais (arroz, milho,
trigo, pães e massas), tubérculos (batata), raízes (aipim) nas
refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na
sua forma mais natural;
ALIMENTAÇÃO
3. Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras
como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas
sobremesas e lanches;

4. Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes
por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de
proteínas e bom para a saúde;

5. Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma


porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das
carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos
mais saudáveis;
ALIMENTAÇÃO
6. Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite,
manteiga ou margarina;

7. Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e


recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da
alimentação. Coma-os, no máximo, duas vezes por semana;

8. Diminuía a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa;

9. Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Dê
preferência ao consumo nos intervalos das refeições;
ALIMENTAÇÃO
10. Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de
• atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo.
FONTES DE ALIMENTOS
• Proteínas: constroem e conservam o organismo. São chamadas de
construtores como os tijolos de uma casa;

• Gorduras: além de fornecer energia para o corpo, ajudam no transporte


das vitaminas A, D, E e K através do organismo;

• Carboidratos: fornecem energia para o corpo; por essa razão, são


chamados também de energéticos;

• Vitaminas e Sais Minerais: são chamados reguladores, pois ajudam no


bom funcionamento do organismo, como uma chave de fenda que ajuda
na regulação das engrenagens de uma máquina;
• Água: hidrata o organismo e transporta nutrientes;

• Fibras: auxiliam o bom funcionamento intestinal e a prevenção e


tratamento do colesterol elevado.

• “Energia vazia”: são alimentos que não contêm proteínas,


vitaminas ou minerais, somente a energia proveniente do açúcar.
Substitua balas, refrigerantes, refrescos industrializados, açúcar
comum, gelatina artificial e outros por alimentos mais equilibrados.
Orientação alimentar para
aliviar sintomas
• Náuseas e vômitos
• Oferecer à pessoa com vômitos ou diarréia, 2 a 3 litros de
líquidos por dia em
• pequenas quantidades, de preferência nos intervalos das
refeições.
• • Oferecer refeições menores 5 a 6 vezes ao dia.
• Os alimentos secos e em temperaturas mais frias são mais bem
aceitos.
• • Logo após as refeições, o cuidador deve manter a pessoa
sentada para evitar as náuseas e vômitos.
Dificuldade para engolir
(disfagia)
• Oferecer as refeições em quantidades menores de 5 a 6 vezes por
dia.
• • Oferecer líquidos nos intervalos das refeições, em pequenas
quantidades e através de canudos.
• • Manter a pessoa sentada ou em posição reclinada com ajuda de
travesseiros nas costas, para evitar que a pessoa engasgue.
• • As sopas podem ser engrossadas com macarrão, mandioquinha,
cará, inhame e aveia.
Intestino preso (constipação
intestinal)
• Os alimentos ricos em fibras como o arroz e pão integrais, aveia,
verduras e legumes, frutas como mamão, laranja, abacaxi, mangaba,
tamarindo, ameixa, grãos em geral etc., ajudam o intestino a funcionar.

• • Quando a pessoa está com intestino “preso” evite oferecer banana


prata, caju, goiaba, maçã, chá preto/mate, pois esses alimentos são ricos
em tanino e prendem o intestino.

• • Cuidador, ofereça à pessoa uma vitamina laxativa feita com 1 copo de


suco de laranja, 1 ameixa seca, 1 pedaço de mamão, 1 colher de sopa
de creme de leite, 1 colher de sopa de farelo de aveia, milho, trigo, soja.
O farelo de arroz deve ser evitado, pois resseca o intestino.
Gases (flatulência)
• • A formação de gases causa muito desconforto às pessoas
acamadas.

• Para evitar a formação de gases é importante oferecer à pessoa


mais líquidos e uma alimentação saudável, evitando alguns
alimentos, como: agrião, couve, repolho, brócolis, pepino, grãos
de feijão, couve-flor, cebola e alho crus, pimentão, nabo,
rabanete, bebidas gasosas, doces concentrados e queijos
amarelos.
• • Os exercícios auxiliam na eliminação dos gases.
Alimentação por
sonda (Dieta enteral)
• A dieta enteral é fornecida na forma líquida por meio de uma sonda,
que colocada no nariz ou na boca vai até o estômago ou intestino.
Assim, é possível fornecer os nutrientes que a pessoa necessita
independente da sua cooperação, fome ou vontade de comer.

• A alimentação por sonda é usada nas seguintes situações:


• • Para ajudar na cicatrização de feridas.
• • Para controlar a diarreia, prisão de ventre e vômitos.
• • Para preparar o organismo para algumas cirurgias e tratamentos de
quimioterapia, radioterapia e diálise.
• • Quando a pessoa não pode se alimentar pela boca.
• • Quando a quantidade de alimentos que a pessoa come não está
sendo suficiente.
• • Quando há necessidade de aumentar a quantidade de calorias sem
aumentar a quantidade de comida.

• Em algumas situações a pessoa recebe alimentação mista, isso é, se


alimenta pela boca e recebe um complemento alimentar pela sonda.
• A nutrição enteral pode ser preparada em casa ou industrializada.
As dietas caseiras são preparadas com alimentos naturais cozidos e
passados no liquidificador e coados, devem ter consistência líquida
e sua validade é de 12 horas após o preparo. A dieta industrializada
já vem pronta para o consumo, tem custo mais alto e pode ser
utilizada por 24 horas depois de aberta.

• A alimentação enteral deve ser prescrita pelo médico ou


nutricionista e a sonda deve ser colocada pela equipe de
enfermagem. A fixação externa da sonda pode ser trocada pelo
cuidador, desde que tenha cuidado para não deslocar a sonda. Para
fixar a sonda é melhor utilizar esparadrapo antialérgico, mudando
constantemente o local de fixação, assim se evita ferir a pele ou as
alergias.
CUIDADOS NO PREPARO
• Para o preparo e administração de dieta enteral alguns cuidados de
higiene são muito importantes:
• • Lave o local de preparo da alimentação com água e sabão.
• • Lave bem as mãos com água e sabão antes de preparar a dieta.
• • Pese e meça todos os ingredientes da dieta, seguindo as
instruções da equipe de saúde.
• • Utilize sempre água filtrada ou fervida.
• • Lave todos os utensílios com água corrente e sabão.
• • Lave com água e sabão o equipo, a seringa e o frasco e enxágue
com água fervendo.
CUIDADOS
IMPORTANTES
• Antes de dar a dieta coloque a pessoa sentada na cadeira ou na cama, com
as
• costas bem apoiadas, e a deixe nessa posição por 30 minutos após o
término
• da alimentação.

• • Pendure o frasco de alimentação enteral num gancho, prego ou suporte


de vaso. • Injete a dieta na sonda lentamente gota a gota.

• • A quantidade de alimentação administrada de cada vez deve ser de no


máximo 350ml, várias vezes ao dia; ou de acordo com a orientação da
equipe de saúde.

• • Ao terminar a alimentação enteral injete na sonda 20ml de água fria,


filtrada ou
• fervida, para evitar que os resíduos de alimentos entupam a sonda.
• Para as pessoas que não podem tomar água pela boca ofereça água
filtrada ou fervida entre as refeições, em temperatura ambiente, por
meio de seringa ou colocada no frasco descartável. A quantidade de
água deve ser definida pela equipe de saúde.

• • A sonda deve permanecer fechada sempre que não estiver em uso.

• • A dieta enteral de preparo caseiro deve ser guardada na geladeira e


retirada 30 minutos antes do uso, somente a porção a ser dada.

• • A dieta deve ser dada em temperatura ambiente, não há


necessidade de aquecer a dieta em banho-maria ou em microondas.
ESTOMAS INTESTINAIS E
URINÁRIOS
• Um Estoma ou Ostomia é uma abertura cirúrgica realizada na
parede abdominal para construção de um novo trajeto para saída
de fezes e urina. Dependendo do local onde foi realizada a
cirurgia a abertura recebe um nome:

• ILEOSTOMIA OU COLOSTOMIA – Conecta o intestino à


parede abdominal com função de eliminação de fezes. A
característica das fezes da colostomia é de consistência pastosa
enquanto que na ileostomia são fezes liquidas/semilíquidas.

• UROSTOMIA – Conecta a bexiga à parede abdominal com


função de eliminar urina.
CUIDADOS COM A BOLSA:
1. Usar o dispositivo conforme orientação do profissional de saúde;

2. Se indicado o recorte da base adesiva, cuidar para seguir o tamanho e formato exato
do estoma para evitar que as fezes ou urina entrem em contato com a pele e causem
irritações. Se ao redor do estoma surgir sinais de vermelhidão, coceira, ferida ou dor, o
paciente deve ser avaliado por um profissional da saúde;

3. Retirar o papel que protege o adesivo e colar a base adesiva de baixo para cima e
pressione até que o equipamento esteja bem fixado à pele;

4. Feche a parte de baixo com o clamp;

5. Guardar as bolsas em locais limpos, secos e protegidos da luz solar para evitar
danificações no material;

6. Esvaziar a bolsa sempre que estiver com 1/3 da capacidade ocupada com fezes e
urina. Na ileostomia e urostomia é necessário esvaziar constantemente para que não
pese e descole;
CUIDADOS COM A BOLSA:
7. A frequência de troca varia conforme o tipo de estoma e características
do efluente e serão orientados pelos profissionais da saúde. Mas sempre que
a base adesiva (resina sintética) perde a característica de cor amarela para
esbranquiçada ou se perceber descolamento e vazamento, é indicado troca
da bolsa;

8. No momento da troca descole delicadamente a base adesiva e não utilize


álcool, éter ou benzina pois causam ressecamento, ferindo a pele e causando
reação alérgica;
9. Higienize o estoma e a pele ao redor com água e sabonete neutro. Seque
com pano macio e observe a coloração saudável do estoma (vermelho vivo
e brilhante) e da pele peri-estomal;

10. Para o banho não é necessário remover a bolsa pois é impermeável, mas
é necessário protege-la com saco plástico e fita adesiva.
CATETER VESICAL DE
PERMANÊNCIA
• Quando o paciente perde a capacidade de controlar a urina e não
consegue urinar espontaneamente é indicado uso de cateter
vesical de permanência que tem por objetivo esvaziar a bexiga.
O cateter é introduzido até a bexiga em uma conexão estéril até
um coletor onde é depositada a urina.
CUIDADOS
• passagem do cateter e sua retirada é de responsabilidade exclusiva
da equipe da saúde;
• Nunca tracionar/puxar o cateter para não lesionar a uretra;

• Sempre que for manipular a bolsa é necessária a lavagem das


mãos;
• Alterar o lado da fixação da bolsa coletora para evitar lesão no
meato urinário;

• O cateter tem que ficar livre e permitir que a urina saia


continuamente. Atentar para que a perna do paciente ou outro
objeto não obstrua e comprima o cateter;
CUIDADOS
• Nunca elevar a bolsa coletora acima da linha da cintura do
paciente sem clampear o extensor para evitar o refluxo da urina;

• Realizar a higiene perineal diariamente e observar presença de


sinais de infecção;
• Observar e registrar a quantidade de urina que é drenada
diariamente;

• Visualizar o aspecto da urina como coloração, presença de sangue


e odor;
• Nunca desconectar o sistema entre a bolsa coletora e o cateter;
HIGIENE
• A higiene corporal além de proporcionar conforto e bem-estar se
constitui um fator importante para recuperação da saúde. O banho
deve ser diário, no chuveiro, banheira ou na cama. Procure fazer
do horário do banho um momento de relaxamento.
Proceder no banho de chuveiro
com auxílio do cuidador
• Separe antecipadamente as roupas pessoais.
• • Prepare o banheiro e coloque num lugar de fácil acesso os objetos
necessários para o banho.

• • Regule a temperatura da água.


• • Mantenha fechadas portas e janelas para evitar as correntes de ar.

• • Retire a roupa da pessoa ainda no quarto e a proteja com um


roupão ou toalha.
Proceder no banho de chuveiro
com auxílio do cuidador
• • Estimule, oriente, supervisione e auxilie a pessoa cuidada a fazer sua
higiene. Só faça aquilo que ela não é capaz de fazer.

• • Após o banho, ajude a pessoa a se enxugar. Seque bem as partes


íntimas, dobras de joelho, cotovelos, debaixo das mamas, axilas e entre
os dedos.

• Evite olhar para o corpo despido da pessoa a fim de não constrangê-la.


• • Coloque a pessoa no banho e não a deixe sozinha porque ela pode
escorregar e cair.
•fim
TRABALHO EM GRUPO
• O trabalho em grupo é uma importante ferramenta para
socialização do idoso, pode representar uma rede de apoio frente as
dificuldades enfrentadas no processo de envelhecimento, bem
como um espaço para discussão de situações cotidianas. Um grupo
é constituído por pessoas com interesses comuns, permite descobrir
potencialidades e, portanto, eleva a auto-estima.
TRABALHO EM GRUPO
• As atividades de vida diária e básicas de cuidado podem ser
divididas conforme o esquema que segue:

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