Você está na página 1de 31

Dietas Hospitalares

Prof Me. PAULO BUCCIOLI


Dieta Hospitalar

Objetivos:

 Garantir o aporte de nutrientes ao paciente internado;


 Preservar o estado nutricional;
 USA: 1347 pacientes;
 40% desnutridos;
 12% severamente desnutridos;
 Brasil: 4000 pacientes;
 48,1% desnutridos;
 61% desnutridos > 15 dias de internação.

 Atenuar o sofrimento gerado pelo período de internação;


Via de Administração

Oral;
 Modificações de Consistência;
 Modificações Nutricionais.

Enteral;

Parenteral.
Profissionais

Equipe Médica;
Prescrição alimentar calculada após a
 Prescrição
avaliação do estado nutricional do
indivíduo.
Equipe SND;
É um plano alimentar elaborado de
 Nutricionista; acordo com as necessidades
nutricionais
 Cozinheiros;
 Copeiros.

Equipe de Enfermagem;
 Enfermeiros;
 Técnicos de Enfermagem.
Dietas Hospitalares

A alimentação fornecida, qualquer que seja o tipo de dieta, deverá


apresentar os seguintes aspectos:

Seguir os conceitos de alimentação saudável e/ou das prescrições


dietéticas;

Ser preparadas segundo os preceitos da culinária saudável,


temperada principalmente com ervas aromáticas e pouco sal;

O sabor deverá ser agradável de modo a proporcionar prazer,


evitando a sua substituição por comida trazida do exterior do
hospital.
Queixa na Hospitalização
Queixa na Hospitalização

• não ingerem boa parte do que é oferecido devido à doença;


• falta de apetite;
• alterações do paladar;
• insatisfação com as preparações dos alimentos e com o
ambiente hospitalar.
Pontos Negativos

AUSÊNCIA DE TEMPEROS NAS REFEIÇÕES;

TEMPERATURA FRIA;
AUSÊNCIA DE VARIEDADE NOS CARDÁPIOS;

TEXTURA DOS ALIMENTOS OFERECIDOS;


LIMITAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS.
Dietoterapia Hospitalar

Oferecer uma dieta equilibrada, visando o prazer e satisfação do ato

de comer.
 Adequação dietética;
 Aroma;
 Sabor;
 Temperatura dos Alimentos;
 Tempero das Preparações;
 Apresentação do prato e bandeja;
 Variedade do cardápio;
 Atenção do nutricionista às individualidades do paciente.
Dietoterapia Hospitalar

Implantação de cardápio especial;

Inclusão de preparações diferentes no


cardápio;

Utensílios adequados;

Apresentação e montagem do prato;

Uso de ervas e especiarias;

Cocção adequada;

Decoração de Prato.
Baixa aceitação da dieta Boa aceitação da dieta

Risco de desnutrição Paciente satisfeito

complicações Melhora do quadro clinico

Período de internação complicações

Custo para a instituição Sofrimento gerado nesse período

Alimentação Positiva
Negativa

Recuperação do paciente
Alteração na Consistência
Geral
Mudança da textura das
preparações, afim de Branda

melhor atender as Leve

necessidades do paciente.
Pastosa

Líquida

Líquida sem resíduos

Água, Chá e Gelatina


Descrições das dietas

1. Dieta Geral ou Normal:

Indicação: pacientes que não necessitam de modificações dietoterápicas

específicas, com restrições específicas e, apresentam funções de mastigação e

gastrintestinais preservadas.

Objetivo : oferecer a quantidade adequada de macro e micronutrientes afim de

manter o EN com ausência de alterações metabólicas ao risco nutricional.

Características:

 Sem alteração de consistência;

 Sem alteração de nutrientes.


Dieta Geral

Almoço e Jantar
Arroz
Desjejum e Lanche da Tarde
Feijão
Pão Francês
Bife Grelhado
Manteiga
Brócolis ao Alho
Leite com café
Salada (Folhas + Legumes)
Mamão
Fruta

Ceia Suco

Chá
Torrada
Geléia
Dieta Geral
Descrições das dietas

2. Dieta Branda:
Indicação: Pacientes no pós-operatório, enfermidades do esôfago, pacientes com uso de

próteses dentárias e aqueles com dificuldades leves na mastigação ou deglutição.

Objetivo : oferecer a quantidade adequada de macro e micronutrientes afim de manter

ou recuperar o EN, além d melhorar a mastigação, deglutição e digestão.

Características:

 Dieta de transição entre leve e geral, abrandada por cocção ou ação mecânica , facilitando o trabalho do TGI;

 Sem alteração de nutrientes;

 Evitar: especiarias e condimentos fortes, bebidas gaseificadas; hortaliças e legumes crus e alimentos duros.
Dieta Branda

Almoço e Jantar
Arroz
Desjejum e Lanche da Tarde
Caldo de Feijão
Pão de leite
Carne Desfiada
Manteiga
Cenoura Cozida
Leite com café
Salada Legumes Cozidos
Mamão ou Banana
Fruta (mais mole)

Ceia Suco

Chá
Pão de Leite
Geléia
Dieta Branda
Descrições das dietas
3. Dieta Leve:

Indicação: pacientes com preparo de determinados exames, no pré e pós-operatório,

dificuldade de deglutição e mastigação, e em casos de intolerância a alimentos muito

sólidos.

Objetivo: oferecer uma dieta que permite minimizar o trabalho do TGI e a presença de

resíduos no cólon.

Características:

 Dieta de transição entre a branda e a pastosa, de fácil digestão ;

 Sem alteração de nutrientes;

 Proporciona um mínimo trabalho digestório, por provocar pouco estímulo químico e mecânico;

 Evitar: especiarias e condimentos fortes; hortaliças e legumes crus.


Dieta Leve

Almoço e Jantar
Canja OU Sopa de Fubá
Desjejum e Lanche da Tarde
Gelatina Suco
Mingau de Aveia
Purê de Fruta
Leite com café

Ceia
Chá
Mingau
Vitamina
Dieta Leve
Descrições das dietas
4. Dieta Pastosa:

Indicação: Pacientes com dificuldade de mastigação ou deglutição devido à inflamação, danos

neurológicos, alterações anatômicas da boca ou esôfago e/ou uso de próteses dentárias, bem

como àqueles com necessidade de repouso gastrintestinal e alguns pós operatórios.

Objetivo : oferecer uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou nenhum esforço.

Características:

 Dieta de transição entre a leve e a líquida, composta por alimentos abrandados por cocção ou por ação

mecânica, facilitando o trabalho digestório, deglutição e a mastigação;

 Sem alteração de nutrientes;

 Alimentos com textura macia, para que possam ser mastigados e deglutidos com pouco esforço: purês,

legumes em pedaços pequenos e bem cozidos, carne moída; massas bem cozidas
Dieta Pastosa

Almoço e Jantar
Arroz Papa
Desjejum e Lanche da Tarde
Caldo de Feijão
Mingau de Aveia
Creme de Frango
Purê de Fruta
Purê de Mandioquinha
Leite com café
Gelatina OU Banana
Amassada

Ceia Suco

Chá
Mingau
Dieta Pastosa
Descrições das dietas

5. Dieta Líquida:
Indicação: Pacientes com cirurgia de cabeça e pescoço, casos graves de infecção, pós-operatório,

transtornos intestinais, preparo de exame e pacientes incapazes de tolerar alimentos sólidos ou

com dificuldade de mastigação e deglutição.

Objetivo : favorecer a hidratação e facilitar o trabalho digestório

Características:

 Composta por alimentos na consistência líquida ou que liquefaz na boca;

 Sem alteração de nutrientes;

 Proporciona um mínimo trabalho digestório, por provocar pouco estímulo químico e mecânico;

 Alimentos, que podem ser incluídos na dieta: Leite, iogurte, mingau e vitaminas ralas; chás e café,

sucos de fruta; sopas na consistência líquida; gelatina e sorvete.


Dieta Líquida

Almoço e Jantar
Caldo de Legumes
Desjejum e Lanche da Tarde
Suco
Vitaminas
Sorvete
Leite com café
Suco

Ceia
Chá
Água de Coco
Vitamina
Dieta Líquida
Dieta Líquida sem Resíduo

 Indicação: Utilizado na primeira fase do pós-operatório e

na preparação das cirurgias do cólon;

 Constituída de líquidos claros, sem leite , gorduras e de fácil

absorção. Os alimentos permitidos são: água, água mineral


sem gás, chás fracos, caldo de canja (sem gordura), caldo de
frutas cozidas e gelatina.
Dieta Líquida sem Resíduos
Descrições das dietas

6. Água, Chá e Gelatina:


 Indicação: pós-operatório, preparo para exames ou para pacientes que necessitem

de repouso gastrointestinal.

 Objetivo : pacientes que necessitem de repouso gastrointestinal.

 Características:

 Composta apenas por água, chá e gelatina;

 Sem alteração de nutrientes;

 Necessidade de suplementação e monitorização do EN do paciente


Dieta Zero

Jejum;

NPO: nada por via oral

Finalidade: Preparatório para exame ou cirurgia,

ou logo após a cirurgia, quando o organismo deve se

recuperar da anestesia.

Você também pode gostar